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0Alexandre Pereira, diretor-adjunto do jornal A Bola, comentou a postura adotada por Rúben Amorim em conferência de imprensa, após o triunfo do Sporting frente ao Vitória de Guimarães (3-0). No seu texto de opinião, o responsável do diário desportiva lembra que "é fácil quando se está a ganhar por três", mas lembra que o técnico leonino tem mantido a coerência.
“Rúben Amorim viu o frame e sentenciou (viu-se na filmagem bigbrotheriana que se faz do banco): «Está fora de jogo.» Voltemos ao início: é fácil quando se está a ganhar por três. Concordo. Mas agora vou ao meu ponto: estou a ver Rúben Amorim a dizer exatamente o mesmo se o jogo estivesse 0-0. E, honestamente, não estou a imaginar nenhum outro treinador da Liga a fazê-lo”, começou por escrever.
“Rúben Amorim prepara-se, ao que tudo indica, para festejar o segundo título nacional em quatro épocas e meia ao leme do Sporting. Mas já foi segundo e já foi quarto. E não há grande memória de chegar às conferências de imprensa ou às flash interviews preparado para culpar o inimigo do costume — a arbitragem”, continuou o responsável pelo diário desportivo.
De seguida, Alexandre Pereira questiona mesmo: “É Rúben Amorim um santinho? Não: basta verificar quantas vezes foi expulso do banco por ser humano e reagir ao que parece ser uma verdade absoluta quando toda a nossa energia está virada para um objetivo e algo se interpõe. Teve razão numas vezes, não teve noutras. Soube sempre penitenciar-se por esses comportamentos”, acrescentou.
Já em modo de conclusão, o diretor-adjunto d’A Bola enaltece a postura do técnico do Sporting, assumindo que acredita que Amorim é apreciado não só por Sportinguistas, mas também pelos adeptos dos rivais dos leões, Porto e Benfica.
“Há inúmeras características que fazem de Rúben Amorim o maior fenómeno entre os treinadores portugueses desde a revolução quase filosófica de José Mourinho no início deste século. A maioria destas características tem a ver com liderança, sim, mas obviamente também com a capacidade técnico-tática. Sabe pôr equipas a ganhar e isso será sempre, no fim do dia, o mais importante. Mas há algo mais no treinador do Sporting, e vai muito além do sorriso empático. O tal respeito de que falávamos há pouco. Ganhando, empatando ou perdendo. Não é só por ter jogado no Benfica que os adeptos do Benfica gostam dele. Até porque nunca jogou no Porto e aposto que a maioria dos aficionados portistas também gosta”, terminou.