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Futebol
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Carlos Saleiro acredita que Rafael Nel terá uma tarefa complicada em assumir um papel na equipa principal do Sporting. O jovem avançado será aposta de Rúben Amorim, que é muito apreciador das suas características e pediu a Frederico Varandas para prolongar o vínculo com o jogador, como avançou em Exclusivo o Leonino, no passado dia 2 de março (saiba mais AQUI).
“A experiência de estar com a equipa principal num estágio é de sonho. É uma realidade completamente nova e um contexto de altíssimo nível. Estão com a confiança no máximo, de certeza. Mas nem todos estão preparados e, depois, por vezes, é preciso rodar noutro sítio”, começou por dizer, ao Record.
"O Nel, que tem golo, esteve na Liga 3, mas daí o salto também não é tão fácil. O contexto deve assemelhar-se ao que se vai encontrar no futuro. O estágio serve para ganhar outra intensidade!”, assegurou o antigo avançado dos leões, que também deixou um reparo a Rodrigo Ribeiro (saiba mais AQUI).
Vale lembrar que o atacante de 18 anos foi formado no Benfica, tendo representado os encarnados durante oito anos. Em 2018/19 mudou-se para o Belenenses e, no inverno da temporada seguinte, trocou Belém pelos verdes e brancos. Em 2022/23, Rafael Nel fez 32 jogos e nove golos pelos juniores leoninos, somando, ainda, oito partidas e quatro tentos ao serviço dos sub-23.
Na temporada que terminou, Rafael Nel fez a estreia na equipa principal do Sporting, tendo entrado aos 84 minutos, na vitória diante do Young Boys, por 3-1, para a Liga Europa. Ao serviço da equipa B dos leões, o jovem ponta de lança fez oito golos, em 27 partidas disputadas.
Não perca este golo de belo efeito de Rafael Nel:
Antigo médio dos leões admitiu que não apreciou a forma como Clube de Alvalade conduziu processo de saída do seu ex colega de equipa
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Miguel Veloso criticou a forma como a Direção do Sporting tratou João Pereira. O atual treinador-adjunto do recém-promovido à Serie A, Pisa, admitiu que não apreciou a forma como o Clube de Alvalade colocou as culpas no seu compatriota e antigo colega de equipa
"Não gostei muito de como as coisas foram conduzidas"
“Conhecendo o João Pereira, obviamente, era uma oportunidade que não poderia rejeitar, mas não gostei muito de como as coisas foram conduzidas, sinceramente, das culpas que foram dadas somente a ele, porque penso que, após a saída do Ruben Amorim, qualquer treinador que chegasse ao Sporting iria ter as mesmas dificuldades”, disse Miguel Veloso, numa entrevista à Antena 1.
O antigo médio internacional português destacou também a estabilidade que Rui Borges conferiu à equipa verde e branca: “Com a chegada de Rui Borges, ainda bem que as coisas se acalmaram um pouco, e, depois, conseguimos chegar ao objetivo principal, que era, obviamente, ser campeões. O Sporting está, mais uma vez, de parabéns, porque é campeão nacional”.
Vale lembrar que João Pereira foi o escolhido de Frederico Varandas para substituir Ruben Amorim no comando técnico do Sporting, em novembro de 2024. O jovem técnico orientou a equipa leonina em oito jogos, com o saldo de três vitórias, um empate e quatro derrotas. No final de dezembro, o antigo lateral-direito cedeu o lugar a Rui Borges e, entretanto, rumou aos turcos do Alanyaspor.
A equipa leonina está focada na final da Taça de Portugal, frente ao Benfica. O jogo decisivo da prova rainha – no qual o central St. Juste deve ser titular - está marcado para as 17h15 do próximo domingo, dia 25 de maio, no Jamor. No dérbi, o Sporting vai procurar carimbar a conquista da dobradinha, que escapa aos verdes e brancos desde a temporada 2001/02.
Internacional português foi determinante no último jogo dos leões ao ter feito primeiro dos dois golos da vitória frente ao Vitória de Guimarães
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Pedro Gonçalves foi determinante no último jogo do Sporting ao ter feito primeiro dos dois golos da vitória frente ao Vitória de Guimarães. O jornalista Rui Dias deixa rasgados elogios às características do internacional português e compara-o a Andrés Iniesta, lenda da seleção espanhola.
“Parece discreto, inofensivo, frágil e preguiçoso mas, num dia normal, transforma-se em figura esmagadora, enquadrada por deslumbramento, agressividade, robustez e tremenda eficácia. Pote é um jogador superior, com a velocidade adequada às zonas que pisa e às necessidades de cada instante; a técnica maravilhosa para executar tudo aquilo que se propõe fazer; a visão de quem entende o futebol em toda a sua dimensão coletiva”, começa escrever num artigo de opinião publicado em no jornal Record.
"Com três títulos no bolso, em cinco épocas douradas de leão ao peito – às quais devemos acrescentar um ano incrível em Famalicão, onde foi uma espécie de Iniesta dos pobres"
O jornalista enaltece mesmo Pedro Gonçalves - que falou sobre a grave lesão que sofreu em novembro passado - como “ídolo absoluto” do Clube de Alvalade: “Com três títulos no bolso, em cinco épocas douradas de leão ao peito – às quais devemos acrescentar um ano incrível em Famalicão, onde foi uma espécie de Iniesta dos pobres – consolidou a dimensão de figura central da melhor equipa portuguesa. Entrou sem bater à porta e adquiriu o estatuto de ídolo absoluto do Sporting e vulto maior do futebol português”.
Rui Dias sublinha também a importância do golo que o “camisola 8” marcou no recente jogo contra o Vitória de Guimarães: “Pote ainda foi a tempo de deixar a impressão digital no grande feito que foi a conquista do bicampeonato, mais de sete décadas depois. No capítulo final da Liga, com o V. Guimarães, num estádio a rebentar pelas costuras, foi ele quem o fez explodir, lançando a glória com um golo que o identifica: remate pronto, inesperado, sem esforço, com fabulosa precisão”.
A terminar, Rui Dias afirma que Pedro Gonçalves pode tornar-se na grande figura da equipa verde e branca, na luta pelo tricampeonato: “Pote tem agora vários desafios para vencer e obstáculos para superar: com a mais do que provável saída de Gyokeres, será dele o rosto verde e branco rumo ao ‘tri’; deve esperar ventos favoráveis para a consolidação de um lugar na Seleção Nacional e, por fim, forçar o mercado a reparar nele como merece, isto é, um dos melhores atacantes da Europa”.
Depois de anos de instabilidade, o Clube de Alvalade volta a provar que tem uma fórmula vencedora, e o segredo pode estar mesmo no topo da estrutura
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O Sporting sagrou-se bicampeão nacional no último sábado, um feito que escapava aos leões há 71 anos. Com a vitória por 2-0 frente ao Vitória de Guimarães, em Alvalade, a equipa conquistou o título que já sonhava desde o arranque da época. O Benfica, que ainda sonhava com o título, não só falhou em vencer como teve uma exibição apática diante do Braga (1-1)
A liderança de Morten Hjulmand dentro de campo refletiu uma estrutura coesa, capaz de superar até a saída de Ruben Amorim. João Pereira assumiu interinamente sem sucesso, mas Rui Borges entrou para consolidar o rumo, provando que a estabilidade estrutural era mais forte que a turbulência no banco. A coesão do grupo, celebrada na Praça Marquês de Pombal com milhares de adeptos é fruto de uma base bem construída, e nesse aspeto, Frederico Varandas merece destaque.
O atual presidente do Sporting pode estar prestes a tornar-se o mais titulado da história do Clube. Ganhou com três treinadores numa só temporada e viu também a equipa B regressar à Liga 2 num cenário igualmente instável. Mais do que sorte ou acaso, este sucesso revela um plano com bases sólidas, sustentado por uma política desportiva que evitou vendas precipitadas e manteve pilares fundamentais no plantel. Nomes como Gonçalo Inácio, Nuno Santos, Daniel Bragança e Pedro Gonçalves formam o núcleo duro que atravessou épocas e treinadores.
Ao longo da Liga, o Sporting utilizou 34 jogadores, cada um com uma média de 73 jogos pelo Clube. Já o Benfica recorreu a 35 jogadores, mas com uma média de apenas 61 jogos. Estes números mostram que o Sporting contou com um grupo mais experiente e habituado a jogar junto, o que ajuda a explicar a solidez da equipa ao longo da época.
Na noite da consagração, Pedro Gonçalves deixou um aviso, atirando o microfone ao chão, sobre um possível adeus de Gyokeres. Mas mesmo que o craque sueco saia, a fundação está lançada. E no centro dela, está um presidente que, afinal, parece estar a fazer muita coisa bem.