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Sporting está na final da Taça: Eis os últimos 10 treinadores que conseguiram este feito
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Curiosidades
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No próximo domingo, 27 de abril, o Sporting desloca-se ao terreno da formação do Boavista, em jogo a contar para a 31ª jornada da Liga Portugal Betclic 2024/2025. Este jogo tem um papel fundamental na caminhada dos leões, que procuram manter o primeiro lugar, nesta que é a fase final da prova e as decisões importantes aproxima-se.
Estes dois emblemas, são dois dos mais históricos da história do futebol português: Sporting e Boavista já se defrontaram 135 vezes para todas as competições e os registos são favoráveis para os leões, com 70 vitórias. Sendo duas das equipas que mais se enfrentaram em Portugal, é normal que existam alguns jogadores que, na sua carreira, já representaram os verdes e brancos e os axadrezados. Recorde 10 dos jogadores que já representaram ambas as formações, na lista que pode ver abaixo:
Em fim-de-semana de importante deslocação ao Bessa, recorde quais os melhores artilheiros dos leões diante das panteras negras
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No próximo domingo, às 20h30, o Sporting terá uma deslocação difícil à cidade do Porto, para defrontar a equipa do Boavista, numa partida a contar para a 31ª jornada da Liga Betclic. Recordamos os cinco melhores marcadores dos leões deste confronto histórico do futebol português, numa lista onde estão presentes alguns dos maiores símbolos do clube.
1. Fernando Peyroteo - o primeiro “Violino” desta lista, Peyroteo tem números extraordinários nos seus confrontos frente aos axadrezados. Em apenas sete jogos, o avançado apontou 18 golos à baliza boavisteira, contando com um “poker” e duas partidas com cinco golos ou mais.
2. Rui Jordão - a “Gazela de Benguela” é o segundo nome desta lista. Com 1340 minutos de utilização em 16 partidas contra o Boavista, o antigo ponta-de-lança do Sporting apontou um total de 10 golos, bisando por três vezes contra a equipa da cidade do Porto.
3. Jesus Correia - outro membro dos famosos “5 Violinos” do Sporting, Jesus Correia apontou 10 golos em partidas contra o Boavista, os mesmos que Rui Jordão, mas em apenas 720 minutos, disputados ao longo de 8 jogos, onde por uma vez bisou e por duas, marcou mesmo hattrick.
4. Manuel Vasques - o último membro dos “Violinos” desta lista, Manuel Vasques, defrontou a formação do Boavista por 13 ocasiões. No seu histórico de confrontos frente aos axadrezados, o “Malhoa” apontou 9 golos e também ele marcou um “poker” ao adversário em questão.
5. Manuel Fernandes - o “Leão de Sarilhos” é o jogador que fecha esta lista. Na sua carreira de 12 anos a jogar de leão ao peito, o ponta-de-lança defrontou a equipa do Boavista em 26 ocasiões, e nos seus 2189 minutos de utilização, fez abanar as redes das panteras negras por 8 vezes.
Em dia decisivo para Portugal, a equipa verde e branca esteve muito perto de alcançar a disputa de um importante troféu internacional
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Na tarde cinzenta de 24 de abril de 1974, enquanto o Sporting tentava escrever uma nova página dourada na sua história europeia, o destino do país preparava-se para uma mudança radical. No coração da então República Democrática Alemã, os leões defrontavam o Magdeburg nas meias-finais da Taça das Taças, mas não foram além de uma derrota por 2-1 nesta que foi a segunda vez, em apenas uma década, que chegavam tão longe numa competição continental.
A campanha europeia do Sporting até ali fora notável. Começara com uma espécie de acerto de contas com o passado: a vingança da eliminação de 1964, batendo o Cardiff City. Depois, seguiu-se o Sunderland, outra equipa britânica de renome, e os suíços do Zurique, que em 1968 haviam aplicado um doloroso 3-0. Desta vez, os lisboetas devolveram esse mesmo resultado, com juros de orgulho e eficácia. A caminhada parecia promissora, o destino uma final europeia.
Mas o desafio final antes da consagração revelava-se duro: o Magdeburg, campeão da Alemanha Oriental. Em Alvalade, o Sporting empatara 1-1, num jogo marcado por oportunidades perdidas, incluindo um penálti desperdiçado por Dinis, que fez ecoar a ausência de Héctor Yazalde, o artilheiro argentino afastado por lesão depois de uma entrada dura de Toni num jogo anterior.
Privado de Yazalde e Dinis, o Sporting chegava à Alemanha de Leste combalido, mas ainda crente. O jogo foi tenso e disputado. Pommerank e Sparwasser, este último viria a assinar um golo lendário no Mundial de 1974, colocaram os alemães em vantagem. Marinho ainda reduziu, mas já tarde. Nos últimos segundos, Tomé teve nos pés o golo do milagre, o falhanço de baliza aberta consumou o adeus. Um golo que teria premiado justamente o percurso heroico dos leões, mas que se esfumou em frustração. A derrota por 2-1 eliminava o Sporting e deixava a equipa em choque. O regresso à casa tornou-se, porém, ainda mais surreal do que a eliminação.
Na mesma noite da eliminação europeia, os portugueses ouviam, pela RTP, a transmissão direta da partida, uma raridade nos anos 70. Mal sabiam que, minutos depois do apito final, um novo desafio, bem mais importante, se iniciaria. Às 22h55, os Emissores Associados de Lisboa passavam 'E Depois do Adeus', canção de Paulo de Carvalho. Era a primeira senha do Movimento das Forças Armadas (MFA). Pouco depois, às 00h20, 'Grândola Vila Morena', de Zeca Afonso, ecoava na Rádio Renascença: o golpe militar estava em marcha. As tropas saíam para as ruas, ocupavam pontos estratégicos, e Lisboa acordava para a Revolução de Abril.
Enquanto o povo português marchava rumo à liberdade, a comitiva Sportinguista vivia algo surreal, dado que a viagem de regresso durou mais de 40 horas. Com as fronteiras portuguesas encerradas devido ao clima político incandescente, a equipa ficou retida, sem saber ao certo o que se passava no seu próprio país. Foi necessária a intervenção direta de João Rocha, então presidente do Clube, para que os jogadores pudessem voltar a entrar em Portugal.
A eliminação frente ao Magdeburg, que poderia ter terminado numa glória europeia, acabou por cruzar-se com o nascimento de uma nova era nacional. O Sporting não trouxe a Taça, mas a história ficou marcada: num mesmo dia, viveu-se um adeus à Europa e um olá à liberdade. Nunca um jogo de futebol estivera tão perto, no tempo e no simbolismo, de uma dupla 'revolução'.
Turma verde e branca está de regresso à final realizada no Estádio Nacional e os registos dão conta da história do Clube na prova
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No passado dia 22 de abril, o Sporting deslocou-se ao Estádio Capital do Móvel para derrotar a equipa do Rio Ave por 2-1, com golos de Gonçalo Inácio (11’) e Viktor Gyokeres (50’). Este resultado assegurou a passagem dos leões à final da Taça de Portugal, a trigésima primeira da sua história, e os números apontam que o emblema verde e branco é sempre um dos principais favoritos à conquista da prova.
Na história da final da Taça, o Sporting tem um registo positivo, saindo como vencedor da prova 17 vezes no total de 31 participações, o que resulta num saldo de 55% de aproveitamento, numa história que começa ainda no início da década de 1940.
A primeira final de Taça de Portugal da história do Sporting foi na época 1940/41, quando no Estádio do Jamor, o Clube de Alvalade derrotou o Belenenses por 4-1. Os golos leoninos foram apontados João Cruz, que foi o primeiro jogador da história a apontar um hattrick no final da prova (36’ 48’ 53’) e Fernando Peyroteo (79’). Assim começava um percurso que viria a marcar a história do futebol português.
A última conquista do Sporting na prova rainha foi há seis anos, na época 2018/19, quando os leões defrontaram a equipa do Porto. Os verdes e brancos até começaram a perder, mas Bruno Fernandes empatou a partida aos 41 minutos. A igualdade persistiu e foi necessário a realização de um prolongamento, onde foram marcados dois golos: um para cada parte, com o da formação de Alvalade a ser apontado por Bas Dost (101’). A nova igualdade no marcador levou ao desempate por grandes penalidades que a formação leonina venceu por 5-4: penáltis convertidos por Bruno Fernandes, Mathieu, Raphinha, Coates e Luiz Phellype.
Após a conquista em 2019, o Sporting até regressou à final da Taça de Portugal, na passada temporada. A decisão de 2023/24, pôs frente a frente o Clube de Alvalade ao Porto e os leões até começaram a ganhar através de um golo de St. Juste, aos 20 minutos, mas apenas passados mais 10', o central holandês foi expulso e deixou a sua equipa a jogar com menos um para o resto do jogo. Com o tempo regulamentar a terminar com um empate a um, a partida avançou para prolongamento, que os dragões acabaram por vencer por 2-1.
Com a vitória frente ao Rio Ave, Rui Borges e os seus jogadores procuram que não aconteça o mesmo que na edição passada da final da prova rainha e estão à espera do seu adversário, que será entre o seu rival eterno, Benfica,cou um estreante nestas andanças, o Tirsense.
No total da competição, o Sporting tem um registo de 309 vitórias, 51 empates e 83 derrotas num total 443 jogos, onde apontou 1183 golos e sofreu 438, o que resulta num saldo 745 positivos, a favor da turma verde e branca, ao longo da história da sua participação na Taça de Portugal.