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0André Bernardo deixou, esta quinta-feira, 15 de junho, duras críticas à arbitragem do jogo dois da final do play-off da Liga Placard, que colocou frente a frente o Sporting e o Benfica e em que os leões saíram derrotados, num jogo em que a atuação dos árbitros deixou muito a desejar.
“A outra face da moeda é a dos fatores que não controlamos, que são vários, como por exemplo algum tipo de lesões ou influências de decisões de arbitragem (favoráveis ou desfavoráveis). Anteontem, no segundo jogo da final de futsal, análises técnicas à parte, isso foi bem notório, tendo até um verdadeiro ippon a Zicky Té passado despercebido”, referiu André Bernardo.
“A propósito, saltando para o futebol, e tal como já manifestado pelo Sporting em comunicado, é de louvar a proposta da Federação Portuguesa de Futebol para um modelo de organização da arbitragem independente”, atirou o dirigente dos leões.
Confira, na íntegra, o artigo de opinião de André Bernardo no Jornal Sporting:
“Esta competição é uma moeda, mas estava escrito nas estrelas, ela pertence-nos”. A frase é de Pep Guardiola em declarações após a vitória na UEFA Champions League.
Aproprio-me da citação para estendê-la às vitórias do Sporting CP na Taça de Portugal de andebol e no Campeonato de ténis de mesa feminino a que damos hoje destaque na capa.
A probabilidade de Glória numa competição desportiva não é equivalente ao atirar de uma moeda ao ar, nem muito menos se trata de um jogo de sorte ou azar. A análise mais comum é ver qual a face que saiu da moeda em termos de resultado, vitória ou derrota, e a partir dela fazer uma análise. As vitórias e as moedas têm em comum, porém, o facto de terem duas faces que fazem parte de uma entidade só, em várias dimensões.
A primeira face é a dos fatores que controlamos, muitas vezes subvalorizados ou enviesadamente interpretados pelo resultado final. Também referiu Guardiola que, não tivesse o guarda-redes do Manchester City FC defendido um dos lances de perigo do FC Internazionale Milano e certamente surgiriam várias interpretações diferente sobre os méritos do trabalho realizado.
No final do dia, mesmo fazendo tudo bem, às vezes a bola bate na trave e entra, outras não.
Giannis Antetokounmpo, actual estrela da NBA dos Milwaukee Bucks, teve recentemente uma brilhante resposta a um jornalista a este propósito, após a derrota da sua equipa nos play-offs, utilizando inclusive o percurso da lenda Michael Jordan como exemplo, que merece a pena ser revisitada*.
A outra face da moeda é a dos fatores que não controlamos, que são vários, como por exemplo algum tipo de lesões ou influências de decisões de arbitragem (favoráveis ou desfavoráveis). Anteontem, no segundo jogo da final de futsal, análises técnicas à parte, isso foi bem notório, tendo até um verdadeiro ippon a Zicky Té passado despercebido.
A propósito, saltando para o futebol, e tal como já manifestado pelo Sporting em comunicado, é de louvar a proposta da Federação Portuguesa de Futebol para um modelo de organização da arbitragem independente.
Noutra dimensão, a mesma moeda tem também o lado invisível de todo o trabalho de preparação, motivação, disciplina, e detalhe por trás do caminho até à vitória. Muitas vezes pouco enaltecido na hora do diagnóstico final.
Algumas moedas ganham também valor simbólico. A conquista do andebol ganha o número 17 da coleção existente no Museu, conferido por um especial simbolismo de revivalismo de termos sido os primeiros a conquistá-la em 1972.
Não sei se estava escrito nas estrelas, mas, vitórias à parte, as boas sensações destas modalidades que vinham de trás materializaram-se “justamente” no presente, e deixam bons augúrios para o futuro.