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Efemérides
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Dionísio da Silva Castro nasceu a 22 de novembro de 1963, em Fermentões, Guimarães. Tal como o seu irmão gémeo, Domingos, iniciou-se no atletismo no Lameirinho antes de dar o salto para o Sporting, em 1985, sob a orientação de Moniz Pereira. Embora sempre à sombra do irmão, Dionísio construiu uma carreira brilhante e tornou-se uma referência no atletismo nacional.
Ao serviço do Sporting, Dionísio ajudou a conquistar sete títulos europeus de corta-mato, tornando-se um dos pilares da equipa. Em 1990, alcançou um dos momentos mais altos da sua carreira ao vencer individualmente essa competição, provando o seu valor e afastando os complexos de ser sempre “o segundo”, atrás do irmão.
No mesmo ano, bateu o recorde mundial dos 20.000 metros em pista, com o tempo de 57,18,4m, e ficou a apenas um metro do recorde da corrida da hora. Curiosamente, foi inicialmente convidado para servir de “lebre” na prova, mas acabou por continuar e surpreender tudo e todos com a sua resistência e talento.
Dionísio Castro participou em dois Jogos Olímpicos, em Seul 1988 e Barcelona 1992, além de três Campeonatos do Mundo e dois Campeonatos da Europa. Em Split 1990, esteve perto de conquistar uma medalha nos 5000 metros, mas acabou em quarto lugar. A nível nacional, foi campeão português nos 5000 e 10.000 metros, venceu dois títulos de corta-mato e conquistou a Taça dos Campeões Europeus de pista nos 10.000 metros, em 1988. O seu percurso no Sporting terminou em 1998, quando assinou pelo Pão de Açúcar, no Brasil. No ano seguinte, uma lesão obrigou-o a abandonar a carreira.
Mesmo depois de deixar a competição, Dionísio manteve-se ligado ao desporto. Juntamente com o irmão, fundou o clube “Gémeos Castro”, que em 2003 venceu o Campeonato Nacional de Corta-Mato. Mais tarde, os dois criaram a empresa “Castro Brothers”, dedicada à organização de eventos desportivos e à representação de atletas.
Além do seu legado como atleta, Dionísio Castro foi também uma figura ativa no meio desportivo português. Em 2018, apresentou-se como candidato à presidência do Sporting, demonstrando a sua paixão e compromisso com o clube que ajudou a elevar no atletismo. O recorde europeu dos 20.000 metros, estabelecido em 1990, ainda permanece intacto.
Antiga casa do leão começou a receber visitas em junho de 1956, tendo sido este o início de uma fase bonita passada neste recinto
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O desenho do recinto esteve a cargo de dois nomes importantes: António Augusto Sá da Costa e Anselmo Fernandez. Este último, mais do que arquiteto, foi um verdadeiro homem do Sporting. Ao longo de 17 anos, vestiu as cores do Clube como atleta, ofereceu o projeto do estádio sem pedir nada em troca e viria, ainda, a conduzir, como treinador, a equipa que levantou a histórica Taça das Taças em 1964. Um Sportinguista completo, ao serviço da sua paixão.
Na vertente de engenharia, o responsável foi Ruy José Gomes, e a execução da obra coube à construtora Alves Ribeiro, supervisionada por Mário Themudo Barata. O plano original previa duas bancadas centrais cobertas, simetricamente colocadas a poente e a nascente, mas só a primeira foi efetivamente erguida. O lado oposto só contou em 1983 com a "bancada nova", já distante do projeto inicial.
A edificação do estádio representou um enorme desafio económico. Com os cofres do Clube longe de serem suficientes, um grupo de mais de 40 Sócios ofereceu-se para garantir os pagamentos iniciais à construtora e ao banco, assumindo pessoalmente riscos financeiros. O apoio dos Adeptos foi igualmente extraordinário: antes mesmo das máquinas entrarem em ação, os Sportinguistas já tinham doado milhões de escudos. As célebres sessões de “picaretada” - em que os sócios pagavam para participar simbolicamente na demolição do antigo campo - tornaram-se símbolo da devoção popular à causa leonina.
Durante meio século, o Estádio de Alvalade foi palco de inúmeras emoções e memórias. A Porta 10-A, em particular, transformou-se num ponto de encontro sagrado, onde adeptos e jogadores cruzavam destinos e onde muitas histórias começaram.
A inauguração do novo recinto foi celebrada com pompa e circunstância. Mais de 60 mil pessoas encheram as bancadas para testemunhar um espetáculo vibrante, que contou com o desfile de centenas de atletas do Clube e a presença de representantes de dezenas de entidades desportivas nacionais.
O jogo inaugural foi frente ao histórico Vasco da Gama do Brasil, num encontro em que o Sporting, reforçado com jogadores cedidos por outros clubes, acabou por perder por 2-3. Apesar do resultado, o espírito da festa manteve-se intacto.
Na equipa Leonina desse dia figuravam nomes como Carlos Gomes, Caldeira, Juca, Vasques e João Martins - que anos antes contribuiu, por exemplo para a maior goleada sobre o Estoril. O primeiro golo da história do novo estádio surgiu de forma insólita - um autogolo de Juca - mas o Sporting respondeu com um tento de Miltinho, que fez vibrar a multidão pela primeira vez neste novo palco.
Um momento especialmente simbólico ocorreu quando uma comitiva de motas Vespa entrou em campo, uma delas trazendo consigo terra vinda diretamente de Olímpia, a mítica cidade grega onde nasceram os Jogos Olímpicos. Essa terra foi misturada com o solo do novo estádio, numa cerimónia que reforçava a ideia de que Alvalade não era apenas um estádio de futebol, mas também um espaço dedicado ao desporto em toda a sua expressão, com uma pista de ciclismo e vocação multidisciplinar que refletia o espírito ecletista do Clube. O Estádio José Alvalade recebeu 50 anos da história do Sporting, até ser substituído pela nova casa do leão.
Foi dado, em 2015, o passo inicial na construção da estrutura que iria substituir a nave de Alvalade, depois de largos anos sem um recinto para os leões
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Foi lançada, a 27 de março de 2015, a primeira pedra do Pavilhão João Rocha. Um dia emblemático para o Sporting, com o início a construção da nova casa das modalidades, que veio substituir a antiga nave de Alvalade, batizada com o nome de um dos mais célebres Presidentes da história dos leões. O dia foi de celebração e de comunhão entre atletas e adeptos do Clube verde e branco.
O mesmo começou com treino aberto em Alvalade, ao qual se juntaram 4000 adeptos do Sporting - três deles puderam, inclusive, juntar-se à sessão de trabalho da equipa principal e no final houve lugar a autógrafos e convívio entre jogadores e Sportinguistas. A festa seguiu, depois, para o exterior do estádio.
Discursos do então Presidente do Clube, Bruno de Carvalho, e do Vice-Presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, abriram a cerimónia. A primeira pedra foi posta às 12h30 e foi enterrada também uma 'caixa do tempo' com vários objetos referentes ao Sporting. Às 12h40 foi a inauguração do outdoor do pavilhão e às 13h00 das placas toponímicas das ruas Vítor Damas e José Travassos.
Para além destas atividades, as modalidades do Sporting abriram as portas aos adeptos, com a realização de treinos abertos para os adeptos do Sporting. O Museu do Sporting também esteve aberto todo o dia, com entrada gratuita.
Relembrar que o Pavilhão João Rocha foi construído com a ajuda de muitos Sportinguistas, através da Missão Pavilhão, movimento de angariação de fundos lançado por Bruno de Carvalho. Vários adeptos do Sporting contribuíram para o projeto que tornou possível a construção da nova casa das modalidades, reforçando ainda mais o caracter das celebrações do dia do lançamento da primeira pedra da obra.
As obras iriam iniciar-se um pouco mais tarde, a 3 de agosto de 2015. Demoraram cerca de 22 meses até ficarem concluídas, altura em que o novo Pavilhão João Rocha, a casa das modalidades, estava pronto para a sua inauguração.
Essa chegou a 21 de junho de 2017, exatamente 15 anos depois da abertura da Academia do Sporting, em Alcochete. Uma cerimónia oficial, em dia de festa para os Sportinguistas, marcou o evento que foi transmitido na integra pela Sporting TV. Pouco tempo depois, a estreia: foi a equipa de andebol dos leões a primeira a jogar na nova casa, com vitória por 30-17, sobre o Fafe, em setembro de 2017.
Antigo líder do Clube de Alvalade havia sido derrotado por Godinho Lopes no ato eleitoral anterior, mas, dois anos depois, levou a melhor sobre a concorrência
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No dia 23 de março de 2013, ou seja, há precisamente 12 anos, Bruno de Carvalho - que recentemente recordou algumas histórias enquanto liderou o Clube de Alvalade - foi eleito como o 42.º Presidente do Sporting. Nas eleições, o antigo líder dos verdes e brancos somou 53,69% dos votos, batendo a concorrência de José Couceiro (45,29%) e Carlos Severino (1,02%).
Dois anos antes, em 2011, Bruno de Carvalho já havia sido candidato a Presidente do Sporting, mas acabou derrotado por uma pequena e polémica margem, perdendo para Luís Godinho Lopes, que registou 36,55%, contra 36,15% daquele que viria a ser o seu sucessor, dado que o mandato acabou mais cedo do que o previsto.
Contudo, após esse desaire, Bruno de Carvalho continuou a ser a grande figura da oposição. Aquando da demissão de Godinho Lopes, o empresário avançou de imediato e partiu como o grande favorito à vitória, que viria mesmo a acontecer, pese embora por uma margem menor do que o esperado.
No que aos adversários de Bruno de Carvalho diz respeito, foram vários os nomes que circularam nos bastidores, nomeadamente os de Rogério, Luís Figo, entre outros. Todavia, à última da hora, a dois dias da data limite para entrega das listas, José Couceiro apareceu surpreendentemente como um forte opositor.
Perante uma situação financeira bastante complicada, esse foi um dos principais temas da campanha eleitoral. Contudo, a grande divergência entre Bruno de Carvalho e José Couceiro passava pela manutenção da maioria do capital social da SAD. O futuro Presidente do Sporting mostrou-se veementemente contra, enquanto o ex-técnico de futebol não fechava a porta a essa possibilidade.
Quanto ao futebol, Bruno de Carvalho tinha como caras fortes nomes como Virgílio Lopes e Augusto Inácio, apoiando a manutenção de Jesualdo Ferreira como técnico principal pelo menos até final da temporada. Do lado de José Couceira, Pedro Barbosa – histórico atleta do Sporting que marcou o seu último golo de leão ao peito nas competições europeias – era um dos trunfos do futuro dirigente da Federação Portuguesa de Futebol.
Na noite das eleições, que foi, até então o segundo ato eleitoral mais concorrido da história do Clube de Alvalade, os resultados finais só chegaram madrugada dentro. Apesar da margem menor do que o esperado, Bruno de Carvalho haveria mesmo de ser eleito como o 42.º Presidente do Sporting, batendo José Couceiro e Carlos Severino, sucedendo a Godinho Lopes na liderança dos verdes e brancos.
Confira os resultados oficiais das eleições de 2013 do Sporting:
Conselho Diretivo
Mesa da Assembleia Geral
Conselho Fiscal e Disciplinar
Conselho Leonino