O Big Brother 2024 começou, no passado domingo. Zé Lopes e Luísa Castel-Branco estiveram esta segunda-feira no programa ‘Dois às 10’, da TVI, a fazer uma análise à estreia. A certa altura falaram de Jacques Costa, concorrente que se identifica como pessoa não-binária: “Uma pessoa não-binária, para mim, é ser eu a 100%. Nunca me identifiquei com estas duas construções de homem e de mulher”, esclareceu na gala.

“Uma pessoa nascer no corpo errado é um dado, a pessoa deve ter direito a escolher, tudo certo, não tem nada a ver com ideologia de género. Dizer que não é homem nem é mulher. É o quê? Um cão? Um gato?”, começou por questionar Luís Castel-Branco, convidada de Cláudio Ramos e Cristina Ferreira. 

“Se uma pessoa não é homem nem é mulher, o que é que é? É um gato? (…) As pessoas lá em casa da minha idade perguntam como eu ‘mas que raio é isto?’…”, concluiu Luísa Castel-Branco, depois de contar um episódio que assistiu na rua.

“No outro dia vi um homem a puxar um outro homem pela coleira. Depois explicaram-me que ele todos os dias passeia o companheiro, que é um cão. É no que isto dá. Se uma pessoa não é homem nem mulher, é um gato? As pessoas que estão lá em casa, da minha idade e não só, perguntam como eu: ‘mas que raio é isto?’”, questionou.

“Ele não devia querer ser tratado como ele ou ela, ele tinha de ser tratado como elu [pronomes pessoais neutros]”, rematou. Zé Lopes aplaudiu a entrada da concorrente, mas neste ponto concordou com a colega. “Se ele defende que é não-binário, tem de ir ao encontro daquilo que os não-binários defendem”, disse.