
Receba, em primeira mão, as principais notícias do Leonino no seu WhatsApp!
Jogos
|
No dia 22 de junho de 1963, o Sporting levou a melhor no confronto com o Benfica, tendo vencido por 0-2 fora de casa. A vitória na segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal deu a passagem à final para os leões. No eterno dérbi, o conjunto verde e branco triunfou com o bis de Figueiredo (45’ e 48’) e passou à final contra o Vitória de Guimarães, que trouxe o sexto troféu da prova rainha ao Clube.
Juca, técnico do Sporting, avançou com Carvalho, Lúcio, Pedro Gomes, Hilário, Osvaldo Silva, David Júlio, José Pérides, Figueiredo, Mascarenhas, Géo Carvalho e Morais. Fernando Riera, treinador do Benfica, alinhou com Costa Pereira, Fernandes, Augusto Silva, Raúl Machado, Mário Coluna, António Simões, Humberto Fernandes, José Augusto, José Águas, Santana e Eusébio.
O Sporting preparava-se para visitar o Benfica, depois de ter perdido por 0-1 na recepção ao clube da Luz, com o golo solitário de José Águas (6’) na primeira mão desta eliminatória. Desta forma, as equipas preparavam-se para uma segunda partida bastante disputada, mas que os leões conseguiram levar a melhor.
O Sporting esteve por cima no jogo. O primeiro remate certeiro desta segunda mão das meias-finais da prova rainha aconteceu aos 45 minutos, mesmo antes de chegar o intervalo. Figueiredo foi o grande responsável por abrir o marcador e fazer a bola entrar na baliza defendida por Costa Pereira, guardião da Luz.
A verdade é que a segunda parte começou da mesma forma que a primeira terminou. O Sporting teve um arranque muito forte e conseguiu marcar o seu segundo e último golo da eliminatória. Foi Figueiredo, novamente a aparecer no marcador e a chegar ao bis na partida.
Com esta vitória, os adeptos Sportinguistas festejaram a passagem à final, na qual viriam a enfrentar o Vitória de Guimarães. Os vimaranenses tinham derrotado o Belenenses na fase anterior com um resultado de 6-4 no agregado após três mãos na eliminatória.
Na final, o Sporting saiu com a vitória ao derrotar o Vitória de Guimarães por 4-0. Figueiredo voltou a bisar (25’ e 70’) e Lúcio Soares (73’) e Mascarenhas (87’) também fizeram parte da história da partida. Assim, o Clube de Alvalade ergueu a sexta Taça de Portugal da sua história.
Equipa verde e branca perdeu troféu para os rivais azuis e brancos num jogo que promete continuar a dar que falar mesmo depois do apito final
|
Foi no dia 18 de junho de 1922 que se escreveu um dos grandes capítulos da história do futebol português: a finalíssima da 1.ª edição dos Campeonatos de Portugal, uma prova criada com o objetivo de determinar, pela primeira vez, o verdadeiro campeão nacional entre os vencedores das principais associações regionais, Lisboa e Porto. O Sporting, infelizmente, não ergueu o troféu e perdeu mesmo a finalíssima.
O modelo, no entanto, causou desconforto na crítica da época. A opinião dominante era que, à semelhança do que se fazia noutros países com provas semelhantes, a decisão deveria ter ocorrido num único jogo e em campo neutro. A polémica prolongou-se até se recorrer ao sorteio para escolher o local da finalíssima, tendo o Estádio do Bessa, sugerido pelo próprio Porto, sido o eleito. Foi nesse palco que a cidade invicta registou, até então, a maior assistência de sempre num jogo de futebol.
Dentro das quatro linhas, o ambiente foi tenso e a partida caracterizou-se por uma intensidade que, por vezes, roçou a agressividade excessiva. O marcador manteve-se inalterado até ao intervalo, mas aos 51 minutos, Balbino abriu o ativo para o Porto, após cruzamento certeiro de Tavares Bastos. Pouco depois, o Sporting desperdiçou uma chance de ouro para empatar, quando Artur Augusto falhou uma grande penalidade, primeiro defendida por Amadeu Cruz, e depois desperdiçada novamente na repetição, ao rematar à trave.
O empate chegaria aos 70 minutos, graças a Emílio Ramos, num momento que devolveu o entusiasmo aos lisboetas e empurrou o Sporting para uma ofensiva final, coroada com uma enorme oportunidade falhada por Jaime Gonçalves já perto do fim do tempo regulamentar. Com 1-1 no final dos 90 minutos, o título nacional seria decidido no prolongamento.
A etapa suplementar revelou-se decisiva a favor do Porto. Mais eficaz e mais resistente no plano físico, a equipa nortenha marcou por duas vezes, primeiro por Nunes, depois por Brito, e selou a vitória por 3-1. A festa foi imediata e intensa, em clima quase de São João antecipado, tal era a dimensão da conquista: o Porto tornava-se o primeiro campeão nacional da história do futebol português.
Contudo, a derrota do Sporting não ficou isenta de controvérsia. O Clube verde e branco apresentou um protesto formal à União Portuguesa de Futebol, apontando ao ambiente hostil que a sua comitiva enfrentou. Desde a noite anterior ao jogo, marcada por uma ruidosa sessão de morteiros junto ao hotel dos jogadores, até ao próprio dia da final, com insultos e ameaças no estádio e o árbitro a ser acusado de parcialidade, o Sporting sentiu-se prejudicado e apontou o dedo a uma campanha organizada para o desestabilizar.
Este ano inaugural do Campeonato de Portugal coincidiu com um período de profundas transformações no futebol nacional. Em 1922, a modalidade vivia ainda a dor da perda precoce de António Stromp, um dos grandes nomes do Sporting e do desporto português. Ao mesmo tempo, assinalava-se a estreia da Seleção Nacional, que realizou o seu primeiro jogo oficial com a presença de dois Sportinguistas: Jorge Vieira e João Francisco. Também o Campeonato de Lisboa sofreu alterações profundas, com um novo formato idealizado por Cândido de Oliveira: duas divisões com apenas quatro clubes, organizadas por antiguidade, e uma divisão de promoção, com regras inovadoras para acesso ao título.
Conjunto verde e branco saiu derrotado do dérbi com o eterno rival numa final que fica marcada por uma exibição que não correu nada bem para o lado leonino
|
O Sporting saiu derrotado do duelo com o Benfica a contar para a final da Taça de Portugal - que foi vencida pelos verde e brancos em 2024/25 - no dia 14 de junho de 1970. Os encarnados roubaram o título ao conjunto verde e branco ao vencerem por 3-1. O golo solitário marcado pelos leões aconteceu aos 83 minutos por intermédio de Fernando Peres.
Fernando Vaz, comandante técnico dos leões, avançou para campo com Vítor Damas, pedro Gomes, Francisco Caló, José Carlos, Hilário, Celestino Martins, Fernando Peres, Vítor Gonçalves, Nélson Fernandes, Marinho e Dinis. José Augusto, treinador dos encarnados, alinhou com José Henrique, Humberto Coelho, Zeca, Malta da Silva, Augusto Matine, Jaime Graça, Toni, Diamantino Costa, Artur Jorge, José Torres e António Simões.
Artur Jorge, jogador das águias, foi quem abriu o marcador no eterno dérbi na final da prova rainha disputada no Estádio Nacional do Jamor. O avançado dos encarnados marcou o golo com um remate rasteiro a passar entre as pernas de Vítor Damas, o guardião leonino.
A primeira parte acabou com apenas um golo, um número que triplicou no segundo tempo. Passados cinco minutos da partida ter retomado, o Benfica chegou ao 2-0, desta vez por José Torres. O português recebeu um passe dentro da grande área verde e branca e lá só teve de empurrar a bola sem força para dentro da baliza do Sporting.
O Benfica continuou por cima no jogo e, pouco depois, retirou as últimas esperanças aos leões, que ainda tiveram algumas oportunidades. António Simões, aos 63 minutos, recebeu um passe de cabeça e rematou a redonda para o fundo das redes de Vítor Damas, chegando ao 3-0 no marcador.
O Sporting conseguiu criar algumas jogadas perigosas, mas todas sem efeito na baliza encarnada. O único golo dos verde e brancos surgiu aos 83', com um livre muito bem marcado por Fernando Peres. Apesar de tudo, o remate certeiro não resultou em muitos festejos, visto que os adeptos já não acreditavam na vitória.
O conjunto verde e branco, infelizmente, não conseguiu triunfar na Taça de Portugal, mas acabou por ter um bom desempenho na competição. Os encarnados festejaram o seu 14.º título da prova rainha, enquanto que se o Sporting fosse o campeão teria comemorado o 7.º troféu.
Clube equipado de verde e branco sai derrotado do duelo com o eterno rival, num confronto decisivo a contar para a Taça de Portugal
|
O Sporting foi eliminado pelo Benfica nas meias-finais da Taça de Portugal no dia 13 de junho de 1943. Os leões saíram derrotados por 2-3 a jogar em casa, no campo do Lumiar. Os dois remates certeiros dos verdes e brancos na partida foram efetuados por Carlos Canário (33’) e João Cruz (50’), este último de grande penalidade.
Joseph Szabo, técnico leonino, avançou com João Azevedo, Álvaro Cardoso, Carlos Canário, Manuel Marques, João Nogueira, António Lourenço, Adolfo Mourão, Daniel Silva, Fernando Peyroteo – goleador máximo do Sporting, João Cruz e Ermitério Amorim. Janos Biris, treinador dos encarnados, alinhou com António Martins, Francisco Albino, Álvaro Pinto, Francisco Ferreira, Joaquim Alcobia, César Ferreira, Manuel da Costa, Joaquim Teixeira, Rogério Pipi, Julinho e Francisco Pires.
O Benfica entrou melhor na partida, conseguindo chegar primeiro que os leões ao marcador. O placar foi aberto por Francisco Pires, que aos 10 minutos fez o primeiro remate certeiro das meias-finais da Taça de Portugal, a jogar como visitante neste confronto.
Carlos Canário apareceu na lista de marcadores do eterno dérbi aos 33 minutos. O Sporting conseguiu responder ao empatar a partida e levando os adeptos Sportinguistas à loucura. Ainda assim, pouco antes de ser dada como terminada a primeira parte, o Benfica conseguiu voltar à vantagem.
Joaquim Teixeira, médio do Benfica, deixou a bola no fundo das redes defendidas por João Azevedo, guardião equipado de verde e branco, aos 44’. Os encarnados conseguiram fazer o 1-2 no placar e, desta forma, foram para o intervalo, novamente com a vantagem no marcador.
O Sporting entrou bem na segunda parte e conquistou uma grande penalidade na área benfiquista. O responsável por marcar o golo que empatou a partida aos 50 minutos foi João Cruz, que sem dó nem piedade deixou a sua assinatura na partida e fez o 2-2 para a equipa da casa.
Infelizmente, o Benfica esteve melhor em campo e Francisco Pires voltou a aparecer na partida. O avançado das águias bisou aos 65’ e chegou ao 2-3 para a equipa visitante. Apesar de algumas oportunidades criadas por ambos os lados, o Sporting acabou mesmo por ser eliminado pelo eterno rival nas meias-finais da Taça de Portugal.