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0Daniel Sá, especialista em marketing desportivo e diretor-executivo do IPAM, analisou a questão do novo equipamento do Sporting em parceria com a marca CR7. Os leões têm visto a camisola ser partilhada por todo e mundo e já bateram recordes de vendas graças à parceria.
“É uma boa estratégia de marketing por parte do Sporting. Inclusivamente porque vemos cada vez mais os clubes europeus a saber gerir esta questão dos equipamentos. Há um efeito novidade. O 3.º equipamento é aquele que os clubes conseguem utilizar para ser mais arriscado. Quer em termos de cores ou formato. Dá para ser mais criativo. Veja-se os exemplos dos equipamentos do Benfica, o cor-de-rosa de há algumas épocas, ou desta temporada, com a linha que representam os 5 continentes. Esta forma revivalista, como acontece com a nova camisola do Sporting, tem uma narrativa associada. É uma boa estratégia, porque permite chegar a um público que não seja tão fanático. Permite chegar a outros públicos”, começou por dizer, em declarações ao jornal Record.
“Temos uma mistura de gerações diferentes nos adeptos. Há uns anos era estranho ter jogadores estrangeiros e passou a ser normal. Não era normal ter publicidade nas camisolas e passou a ser assim. Os tempos mudaram. Com todo o respeito pela história, isto é o Sporting em 2023 e num Mundo extremamente competitivo, a todos os níveis. Os adeptos podem criticar, mas querem uma equipa para ser campeão e o clube a gerar receitas. O sentimento muito puro no futebol já não é real. Os clubes têm de gerar receitas. Isso é o Mundo real”, fomentou o especialista em marketing.
“Esta é sempre uma matéria sensível... Os adeptos têm amor ao clube. Não têm amor a uma marca de roupa ou carro que se usa. Por isso é que é um tema tão sensível. E isto da mudança do símbolo em si tem acontecido até um pouco por toda a Europa. Especialmente em Itália. A Juventus é conhecida por Vecchia Signora [Velha Senhora] e, se olharmos aos últimos anos, mudou várias coisas como o símbolo, até bastante diferente, mas não perdeu esse legado. A mudança foi radical. Foi logo a nível de instalações, na comunicação e no equipamento. Mas resultou. Mas não vejo isto tudo, minimamente, como algo prejudicial para o Sporting, se acontecer”, terminou, valorizando a perspetiva dos adeptos em relação a novidades como esta.