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Maniche, Evaldo e André Santos: Trio improvável que reforçou o Sporting de uma virada
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Histórias do Leão
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Nascido a 17 de abril de 1947, José Dias Ferreira é advogado de profissão e esteve sempre dentro das vários assuntos do Sporting. É o sócio n.º 2481 e conta já com 62 anos como associado do Clube, isto para não falar das diferentes funções representadas no emblema leonino, das várias candidaturas à presidência e ainda participações em programas televisivos.
Dias Ferreira estreou-se em funções em Alvalade no verão de 1980, como dirigente integrante do secretariado-geral de João Rocha, mas desempenhou o cargo durante pouco tempo. O advogado entrou em rota de colisão com o “eterno presidente” e saiu do Clube após o desentendimento, tendo sido chamado a regressar pela nova direção do mesmo.
As eleições de 1984 ditaram a continuidade da presidência de João Rocha e com isto surge novo convite para Dias Ferreira. O ex-dirigente voltou ao Sporting, mas desta vez mais acima na hierarquia da direção do Clube: seria o novo vice-presidente do emblema de Alvalade e continuou no cargo após a saída de Rocha, com a chegada de Amaro de Freitas à presidência leonina. Nesta nova Direção, assumiu também a secção do futebol profissional.
Com a chegada da década de 1990, Dias Ferreira foi assessor da Sporting SAD na presidência de José Roquette, mas acabou por sair por um motivo curioso: recusou-se a ser pago, quando a Direção impunha que o fosse. Talvez este tenha sido o motivo pelo qual começou a ser ainda mais reconhecido pelo público fora do seio Sportinguista.
Dias Ferreira iniciou então a sua carreira como comentador e aparecia assim no televisor das casas portuguesas sendo parte integrante de um painel de comentadores desportivos por vários canais informativos, em 1995. Foi protagonista em famosos momentos da televisão portuguesa, como quando teve uma troca de acusações com o então presidente do Sporting Pedro Santana Lopes, ou quando, anos mais tarde, abandonou o estúdio em direto o estúdio do programa 'Dia Seguinte', após um desentendimento com o moderador do painel.
No ano de 2005, o Sporting encontrou-se numa crise de resultados que resultou na demissão do então presidente, António Dias da Cunha, e seriam convocadas novas eleições para 2006. Dias Ferreira chegou mesmo a ponderar chegar-se à frente com uma candidatura, mas o seu plano acabou por não se materializar. Mas a verdade é que não teve de esperar muito para nova oportunidade: o vencedor das eleições de 2006, Filipe Soares Franco, decidiu não se recandidatar e estava aberta a porta para novo presidente. De novo, Dias Ferreira considera uma candidatura para as eleições de 2009, mas também não foi em frente na mesma e tornou-se parte integrante da lista de José Eduardo Bettencourt, como Presidente da Mesa de Assembleia-Geral.
A verdade é que a década de 2000 não foi fácil para o Sporting nem para os seus Adeptos. Existiam graves crises desportivas e económicas em Alvalade e, em 2011, a direção de José Eduardo Bettencourt demitiu-se. Com eleições marcadas ainda no mesmo ano, Dias Ferreira oficializa, finalmente, a sua candidatura à presidência do Clube leonino e, numa das eleições mais polémicas da história verde e branca, o advogado acabou em terceiro, com 16,54% dos votos.
2011 não seria a última candidatura de Dias Ferreira à presidência do Sporting. Num dos períodos mais frágeis do Clube, as eleições de 2018 foram das mais importantes da história do Clube de Alvalade e o advogado, de novo, constava nos boletins. A verdade é que a sua percentagem de voto apenas caiu e o advogado teve apenas 2,35% dos votos totais. O vencedor acabou por ser o atual presidente leonino, Frederico Varandas.
Dias Ferreira nunca foi uma figura consensual dentro do Clube. O advogado é uma figura polarizante do seio Sportinguista, mas nunca teve receio em dar a sua opinião honesta sobre os assuntos desportivos ou internos do Sporting e continua a manifestá-la, nos dias de hoje, em programas de comentário em canais televisivos.
Líder leonino trouxe o conjunto verde e branco de volta às grandes conquistas na modalidade na temporada 2024/25, depois de se sagrar Campeão Nacional
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João Coelho – que numa entrevista recentemente abordou as suas recentes conquistas - nasceu no dia 24 de junho de 1981, em Vila Nova de Gaia, e tem sido uma das figuras das modalidades do Sporting nos últimos anos. O português já leva três épocas ao comando técnico da equipa de Voleibol dos leões e conquistou um Campeonato Nacional, uma Taça de Portugal, uma Supertaça e uma Taça da Federação.
Como jogador, João Coelho não conseguiu grande destaque, mas ainda somou passagens por diversos clubes do Voleibol em Portugal, como o CD Fiães, Castêlo da Maia, Vitória de Guimarães, Esmoriz, Fonte do Bastardo e Benfica.
Já enquanto treinador, João Coelho conseguiu elevar o nível. Começou ao serviço do Castêlo da Maia, clube onde também esteve como jogador, mas rapidamente assumiu o comando técnico do Fonte do Bastardo.
Depois de quatro temporadas a liderar o Fonte do Bastardo com sucesso, João Coelho provou que tinha qualidade para assumir o Sporting. Em 2022/23, o técnico português foi anunciado como treinador oficial da equipa de Voleibol do Sporting e venceu, desde logo, a Taça da Federação.
No seu segundo ano a ocupar o comando técnico da equipa de Voleibol leonina, João Coelho conseguiu grandes resultados, ao conquistar a Taça de Portugal. Desta forma, o treinador do Sporting foi mostrando provas do seu trabalho de forma gradual, até que 2024/25, deixando claro que foi a escolha certa.
João Coelho na sua terceira temporada ao serviço do comando técnico dos leões, conseguiu cumprir com as exigências e trouxe o Campeonato Nacional 2024/25 para Alvalade. Um ano mágico para o Voleibol leonino, no qual também ergueu a Supertaça.
O timoneiro português tem contrato até junho de 2028 e já conquistou um Campeonato Nacional, uma Taça de Portugal, uma Supertaça e uma Taça da Federação. O Sporting quer continuar contar com o treinador que, por outro ladoo, também parece querer dar seguimento ao seu projeto vitorioso.
Craque reconhecidíssimo a nível mundial, que tem carreira super estrelada no futebol, chega ao Clube verde e branco para continuar a fazer história
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No dia 20 de junho de 1999, Peter Schmeichel - primeiro dinamarquês dos verdes e brancos - foi apresentado pelo Sporting, sendo este na altura um dos guarda-redes com maior estatuto em termos mundiais. Este dia foi inesquecível para os adeptos e Sócios do Clube de Alvalade, que receberam um dos maiores guardiões da história do desporto.
O Mallorca, de Espanha, chegou a fazer-lhe uma proposta tentadora, não só a nível económico, como também desportivo. Em França, Paris Saint-Germain e Rennes também tentaram assegurar o passe do dinamarquês, mas sem sucesso. Em Itália também houve interessados.
Os dirigentes do Sporting já sabiam que Schmeichel tinha interesse em, pelo menos, ouvir o que tinham para oferecer. Com a época dada como terminada depois dos festejos da conquista da Liga dos Campeões, o dinamarquês estava finalmente disponível para ser negociado, apesar de num só ano ter erguido três troféus.
Carlos Janela, que na altura era o diretor desportivo do Sporting, já tinha recebido algumas críticas depois de falhar a contratação de Brian Laudrup, que era pretendido por 15 equipas, segundo o que se dizia na época. Desta forma, os adeptos olharam para as negociações com o guardião de uma forma mais cautelosa.
No dia 19 de junho de 1999, ainda era sábado e Schmeichel já estava na capital portuguesa. A verdade é que o guardião dinamarquês queria ir para o hotel descansar, mas os dirigentes estavam focados em conseguir um único objetivo: o guardião só podia sair para o hotel quando o contrato com os leões estivesse assinado.
Nas palavras de Schmeichel: "Passou o tempo: meia-noite, uma da manhã, e eu muito cansado e só queira ir para o hotel descansar". Há uma da manhã, o guardião foi apresentado aos jornalistas, numa das transferências que mais chocou todos os adeptos do futebol português.
“O Peter é, a partir deste momento, jogador do Sporting e o Sporting vai ser campeão, porque para onde o Peter vai é campeão”, disse Carlos Janela, diretor desportivo dos verdes e brancos, no momento em que foi anunciada a contratação do craque à saída do hotel.
Médico cirurgião fanático pelo conjunto verde e branco colocou o avançado sueco na mesma prateleira de outros jogadores históricos que já passaram pelo Clube
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Eduardo Barroso, médico conhecido em Portugal por ser um Sócio ativo do Sporting desde nascença, deu uma entrevista exclusiva ao Leonino, na qual fez algumas comparações entre o passado e presente do Clube. O antigo cirurgião referiu nomes como Yazalde - histórico goleador argentino e Mário Jardel, para além de citar os Cinco Violinos.
Eduardo Barroso: “Quando saiu o Yazalde, também pensei que íamos sentir muita falta”
Relativamente à possível saída de Gyokeres, o médico Sportinguista fez uma comparação com o ‘adeus’ de velhos craques ao Clube: “Acho que o Harder também se vai fazer um grande jogador, mas se calhar ainda não chega porque agora vamos ter uma crise, vamos sentir falta do Gyokeres. Quando saiu o Yazalde, também pensei que íamos sentir muita falta, e sentimos. Quando saiu o Manuel Fernandes, a mesma coisa. O Bas Dost e o Jardel também".
Ainda assim, Eduardo Barroso mostra-se esperançoso e acredita que o Sporting fará um ótimo trabalho para conseguir deixar a equipa tão forte quanto estava: “Isso é bom sinal. Assim como nós fomos descobrir o Gyokeres e o Hjulmand, espero que o nosso scouting já esteja a ver quem são os novos possíveis craques. Se voltarem a acertar como acertaram nestes dois, é um dos meus parabéns”.
Eduardo Barroso: “Eu vi o Yazalde jogar”
Ainda sobre a eventual saída de Gyokeres, Eduardo Barroso recorda o histórico goleador argentino do Sporting como um dos grandes avançados que já viu no Clube: “Não vamos passar uma crise existencial. Eu vi o Yazalde jogar. O Yazalde esteve um ano sem jogar nada, quando veio, e depois foi um craque bestial”.
“A vida é feita de renovação, agora surgiram os Quendas e os Catamos, a vida continua. É o ciclo do futebol. Eu formei-me como cirurgião e também tive de ser substituído. É uma crise 'existencialzinha', mas quem vem a seguir será melhor que eu”, acrescenta Eduardo Barroso ao refletir, com muita esperança, sobre o futuro do Sporting.
Eduardo Barroso: “Foram as melhores duas épocas da minha vida”
Sportinguista desde nascença, Eduardo Barroso fez, ainda, uma forte afirmação sobre os últimos dois anos do Clube: “Eu tenho 76 anos. Sou sócio há 76 anos. Não me lembrava de ter sido bicampeão. Teria sido bicampeão quando tinha 2 anos ou 3. É evidente que na minha existência nunca tinha visto uma época tão fluente. Devem ter sido as melhores duas épocas da minha vida”.
Na conversa, ainda houve espaço para uma comparação do atual plantel à histórica equipa que representou o equipamento verde e branco durante uma boa parte do século anterior: “Aquele período dos Cinco Violinos que eu conheço a história do Sporting bem e, portanto, deve ter sido uma história muito bonita. Eu vi também grandes épocas do Sporting”.
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