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Curiosidades
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A partida que reúne Sporting e Benfica no Jamor no próximo domingo, dia 25 de maio, conta com duas das equipas que têm mais participações na prova rainha, mas a verdade é que nem sempre foi assim. No dia 12 de julho de 1942, a final da Taça de Portugal não contou com nenhum dos três grandes. Os protagonistas foram Belenenses e Vitória de Guimarães e a vitória acabou no lado dos azuis do Restelo por 2-0.
Rodolfo Faroleiro, treinador do Belenenses, foi para campo com Salvador Jorge, José Simoes, António Feliciano, Serafim Neves, Francisco Gomes, Mariano Amaro, Elói da Silva, Artur Quaresma, José Pedro, Franklim Oliveira e Gilberto Vicente. No lado dos vimaranenses, o técnico Alberto Augusto avançou com Machado, Castelo, João, Lino, Zeferino, Arlindo, Laureta, José Maria, Miguel, João Ferraz e Alexandre.
A final da Taça de Portugal desta época foi disputada no Estádio do Lumiar, antiga casa do Sporting até à construção do José Alvalade, e apitada por Vieira da Costa, árbitro da Associação do Porto. Com tudo a postos, o árbitro dá o apito inicial na partida que seria histórica para o futebol português.
O jogo foi disputado em condições lastimáveis, com um piso de terra batida, que estava sujeito a fortes rajadas de vento que levantavam poeira, dificultando o controlo da bola e a visibilidade dos jogadores, por isso, poucas oportunidades foram criadas.
Ainda assim, aos 40’, Artur Quaresma faz o primeiro golo da partida na sequência de um belíssimo cruzamento de Mariano Amaro pela direita. Bem posicionado, o jogador coloca o Belenenses em vantagem no jogo.
O segundo grande momento da partida acontece aos 46’, logo um minuto após o intervalo, Gilberto Vicente amplia o marcador e faz o 2-0 para a equipa do Restelo, depois de uma grande combinação entre o meio-campo dos azuis. O jogo decorre, mas sem golos, até que aos 90’, Vieira da Costa dá o apito final.
Esta vitória foi histórica porque, por um lado, ditou a primeira conquista da Taça de Portugal do Belenenses, após duas tentativas anteriores sem sucesso, mas por outro também foi fundamental para o Vitória de Guimarães, porque chegava pela primeira vez à final, um feito notável para o clube minhoto.
Atual técnico dos verdes e brancos conduziu o Clube até à final da prova rainha e pode buscar inspiração a figuras históricas do banco dos leões
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O Sporting marca presença na final da Taça de Portugal, disputada no próximo domingo dia 25 de maio, onde terá como seu adversário a equipa do Benfica. Os leões têm o grande objetivo de juntar esta competição à conquista do Campeonato Nacional e, assim, fazer a dobradinha que foge desde os tempos de Laszlo Boloni, em 2002. Como tal, Rui Borges pode buscar inspiração a grandes técnicos do passado leonino.
Recorde, na lista abaixo, os treinadores do Sporting mais vitoriosos em partidas da Taça de Portugal:
Conjunto leonino sai derrotado do confronto decisivo e fica eliminado da prova rainha com a vitória a ficar no lado dos encarnados
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No próximo domingo, dia 25 de maio, Sporting e Benfica reencontram-se para disputarem a final da Taça de Portugal no Jamor - troféu que os leões já levantaram 17 vezes. Este confronto aconteceu há 39 anos, no dia 12 de março de 1986, mas pelos quartos-de-final da competição. Os leões perderam por 5-0 no eterno dérbi e deixaram de poder lutar por mais um título.
Manuel José, treinador do Sporting, foi para campo com Vítor Damas, Fernando Mendes, Virgílio, Duílio, Morato, Jaime Pacheco, Sousa, Oceano, Romeu, Manuel Fernandes, Ralph Meade e as posteriores entradas de Carlos Xavier (29’) e Rui Jordão (45’). John Mortimore, técnico inglês das águias, alinhou com Bento, Samuel, Álvaro, Oliveira, Veloso, Carlos Manuel, Shéu, Diamantino, Rui Águas, Manniche e Wando, tendo feito alterações aos 57’ e 85’ para as respetivas entradas de Nunes e Pietra.
O primeiro lance de perigo é do Sporting com três minutos de jogo, mas Ralph Meade falha à entrada da grande área encarnada. Na resposta, o Benfica consegue um livre e Manniche remata ao lado da baliza leonina. O primeiro golo do Benfica surge aos 11’, nas alturas, com o cabeceamento de Rui Águas.
O grande lance do jogo surge quando Manniche carregar a bola pelo lado direito e consegue o passe para o interior da área leonina. Depois de um remate à barra e de uma grande defesa de Vítor Damas, Wando marca na terceira tentativa do Benfica (40’).
O jogo seguiu para intervalo e o Sporting continuava a ser pressionado na segunda parte. Apesar de duas ou três grandes oportunidades e ter visto um golo assinalado num fora de jogo, a exibição não foi boa. Vítor Damas ainda fez quatro grandes defesas no jogo, mas não foi o suficiente para pôr fim ao jogo do Benfica. Álvaro, lateral dos encarnados, marca aos 86’, depois de mais uma defesa do guarda-redes verde e branco.
Dois minutos após o 3-0, o Benfica consegue o quarto na partida. Manniche cai na grande área do Sporting e acaba a converter a grande penalidade em golo. Aos 90’, Wando faz o bis na partida e aumenta o placar para 5-0 depois de uma perda de bola do defesa dos leões.
Com a derrota por 5-0, os leões ficam eliminados da prova rainha nos quartos-de-final da competição. Nesta época, o Sporting acabou em terceiro lugar no Campeonato Nacional e não conseguiu alcançar qualquer título.
Equipa verde e branca levanta título nacional, mas a partida acaba por ficar eternizada devido a um acontecimento fora do normal
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O Sporting irá defrontar, já no próximo domingo, dia 25 de maio, o Benfica, na final da Taça de Portugal, e faz por isso sentido recordar o dia 30 de junho de 1963, aquele em que os leões, orientados por Juca, protagonizaram um triunfo de 4-0 marcante, frente ao Vitória de Guimarães, num jogo que não só ficou marcado pelo resultado, mas também por um episódio insólito no final da partida.
A equipa leonina foi claramente superior em campo e construiu uma vitória clara por quatro bolas a zero, mas o grande momento do jogo foi protagonizado por Mascarenhas, que marcou golo e tornou-se no melhor marcador da competição. No final, como forma de assinalar esse feito, decidiu guardar a bola como recordação, agarrando-se a ela com firmeza.
No entanto, o inesperado aconteceu quando Daniel, do Vitória de Guimarães, apanhou Mascarenhas desprevenido e lhe tirou a bola pelas costas. A situação rapidamente causou um alvoroço entre os atletas, com o jogador dos vimaranenses a insistir que a bola era pertença do clube minhoto.
Foi então necessária a intervenção do árbitro, Clemente Henrique, que definiu para que lado ia a ‘redonda’. Explicou que, no início do encontro, havia sido escolhida uma bola do Sporting, então esta pertencia ao clube de Alvalade. Com isso, Mascarenhas pôde finalmente levar o objeto como lembrança do seu feito.
O primeiro golo, vale lembrar, surgiu logo aos 12 minutos, quando Figueiredo aproveitou uma defesa incompleta do guarda redes do Vitória de Guimarães e, com frieza, empurrou a bola para o fundo das redes. Ainda na primeira parte, aos 32’, Lúcio aumentou a vantagem com um remate cruzado de fora da área, que bateu o guardião adversário sem hipótese de defesa, deixando o Sporting confortável no marcador antes do intervalo.
Na segunda metade, os leões continuaram a dominar e, aos 61 minutos, Mascarenhas apareceu ao segundo poste para finalizar com precisão um cruzamento vindo da direita, assinando o terceiro golo. Aos 67’, Figueiredo bisou na partida, desmarcando-se bem entre os defesas e finalizando com classe após receber um passe em profundidade, fechando o resultado em 4-0 numa exibição convincente da formação de Alvalade.
Anteriormente, nas meias-finais, os verde e brancos viram-se obrigados a vencer no dérbi eterno por 2-1, tirando o seu maior rival da competição - algo que pode voltar a acontecer, mas desta vez, na final. Desta forma, o Sporting conquistou a sexta Taça de Portugal na sua história, marcada por um momento insólito.