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Nascido a 22 de abril de 1968, Ivaylo Iordanov representou o Sporting durante uma década, entre as temporadas 1991/92 e 2000/01. Ao serviço da turma verde e branca, o internacional búlgaro disputou 222 jogos e apontou 69 golos. Ainda como jogador dos leões, conquistou uma Liga Portuguesa, uma Taça de Portugal e uma Supertaça Cândido de Oliveira.
Ivaylo Iordanov foi formado no clube da sua terra natal, o Rilski Sportist, onde fez também a sua estreia como sénior, na segunda divisão búlgara. O polivalente avançado foi, facilmente, o jogador de maior destaque da sua formação e apenas na sua terceira época já fez mexer o mercado.
No início da época 1989/90, transferiu-se do Rilski Sportist para o Lokomotiv Gorna, clube que jogava na divisão cimeira do futebol búlgaro, e, de novo, as suas exibições mostravam que estava talhado para palcos maiores. A representar um novo emblema, Ivaylo Iordanov tinha veia goleadora e tornou-se no melhor marcador do campeonato ao apontar 23 golos em 51 jogos. Para os lados de Portugal, as suas exibições não passaram despercebidas.
Na final da Taça de Portugal de 1994/95, Ivaylo Iordanov foi o herói do jogo ao marcar dois golos contra o Marítimo, numa partida que terminou 2-0 a favor dos leões, naquele que foi o seu primeiro troféu como jogador do Sporting. No início da época seguinte, levantou também a Supertaça Cândido de Oliveira, mas o título mais importante, chegou na época 1999/00, quando como capitão do emblema Leonino, se tornou campeão nacional, terminando um jejum de 18 anos sem vencer a competição.
O Sporting abriu também as portas de Iordanov para a seleção nacional do seu país. O avançado representou a Bulgária em 50 ocasiões diferentes e foi convocado para três competições internacionais: os Mundiais dos Estados Unidos (1994) e da França (1998) e também no Europeu de Inglaterra (1996).
A época 2000/01, foi a última de 'Iorda' enquanto jogador de futebol, o búlgaro terminou a sua carreira enquanto jogador do Sporting e ficou lembrado como um dos grandes capitães, que já passou pelo emblema Leonino e saiu com uma estatística curiosa: o avançado tornou-se no segundo estrangeiro a capitanear o Clube de Alvalade, depois do brasileiro Vagner Canotilho, na década de 1970. Após o término da sua carreira enquanto jogador, Iordanov voltou a casa, quando em 2001/02, regressa ao Sporting para ser treinador adjunto da equipa B, função que teve durante três épocas, até à temporada 2003/04.
Após a conquista do Mundial sub-20 na Arábia Saudita, o médio foi transferido para o Clube de Alvalade, onde se afirmou como peça chave dos leões
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Nascido a 21 de abril de 1970, Filipe Ramos é um ex-futebolista que representou a equipa do Sporting, durante sete épocas, entre as temporadas 1989/90 e 1995/96. O antigo médio centro português teve uma carreira na qual somou 273 partidas, 119 das quais ao serviço da turma verde e branca. Ainda em Alvalade, apontou dois golos e conquistou uma Taça de Portugal em 1995/95 e uma Supertaça na época seguinte.
Filipe Ramos fez a sua formação no Torreense, clube onde também fez a sua estreia como sénior. Mesmo acabado de sair dos escalões jovens, Ramos mostrou ser uma das peças mais fundamentais da equipa de Torres Vedras, onde nas suas duas primeiras épocas na equipa principal apontou dois golos em 38 jogos.
Como se veio a verificar, as suas exibições não passaram despercebidas, quando o selecionador da seleção sub-20, e futuro treinador do Sporting, Carlos Queiroz, o chama para ser um dos convocados a representar a seleção das quinas, no Mundial do mesmo escalão. Esta dupla de jogador e treinador viria a encontrar-se apenas uns anos mais tarde, quando ambos representaram o emblema leonino.
Na Arábia Saudita, Filipe Ramos foi dos mais utilizados de Portugal em toda a prova, sendo titular em quatro das seis partidas. No final da competição, a sorte sorriu para a equipa portuguesa, que bateu na final a Nigéria por 2-0, iniciando-se assim o período da “Geração de Ouro”, da qual fizeram parte outros jogadores leoninos como João Vieira Pinto, Paulo Sousa ou Paulo Alves.
A prestação de Filipe Ramos no Mundial FIFA sub-20 chamou a atenção de vários clubes para o centro-campista e um deles foi o Sporting. No verão de 1989, tornou-se numa das primeiras do presidente Sousa Cintra, que procurou nele um novo patrão para o meio-campo da equipa leonina, mas este fez poucos jogos na sua época de estreia. Ao comando de Raul Águas, Ramos realizou apenas cinco partidas.
A chegada de Marinho Peres como treinador dos Leões na época seguinte, serviu como catalisador para a afirmação de Filipe Ramos no onze do Sporting. A jogar como número 8, Ramos deu continuidade à boa forma que teve quando ganhou o Mundial sub-20 e mostrou o porquê da aposta de Sousa Cintra.
Em três anos como titular absoluto da formação de Alvalade levantou dois troféus: a Taça de Portugal de 1994/95 e a Supertaça Cândido de Oliveira da seguinte época. Estes resultados e exibições permitiram que Ramos representasse a seleção nacional A por três vezes. Infelizmente, o seu bom momento de forma foi travado por lesões: na época 1995/96, apenas disputou três jogos, naquela que foi a sua última época de leão ao peito.
Após a sua saída de Alvalade, Filipe Ramos teve uma carreira mais discreta pelo futebol português, representando emblemas como o Marítimo, o Vitória de Guimarães ou a Naval e terminou o seu percurso como jogador ao serviço do Mafra, que foi o clube que lhe deu um virar de página na sua vida profissional.
Neste último emblema, estreou-se em 2005/06 como o treinador principal da equipa, cumprindo três épocas, até à sua saída para o Real Massamá, em 2009/10. Desde 2011 que Filipe Ramos é selecionador nacional jovem por Portugal, passando por escalões como os sub-15 até aos sub-19, escalão que se encontra atualmente a orientar.
Antigo guarda-redes viveu conformado com o facto de ser uma segunda escolha e nem por isso deixou de ser determinante no balneário
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Tiago Ferreira teve uma carreira algo discreta, mas simultaneamente marcante no Sporting. O antigo guarda-redes notabilizou-se pelo profissionalismo que sempre demonstrou ter e, apesar de nunca ter sido titular indiscutível, mostrou-se estar pronto para responder quando foi chamado. Foi, assim, que chegou aos 128 jogos de leão ao peito ao longo de 15 épocas em Alvalade.
Nascido em Torres Vedras, a 16 de abril de 1975, Tiago iniciou o seu percurso no futebol no A dos Cunhados, antes de assinar pelo Lourinhanense, em 1991. Depois de passar pelas camadas jovens deste clube, estreou-se pela equipa principal, em 1994, e numa só época provou que merecia dar o salto das distritais para o principal escalão. Aos 20 anos, e referenciado por Ferenc Meszaros, chegou ao Sporting.
Conformado com a condição de suplente, passou duas épocas com um único jogo realizado, até ter recebido mais oportunidades em 1997. Na época seguinte jogou, finalmente, como titular, em 31 partidas, mas a contratação do renomado Peter Schmeichel forçou o empréstimo de Tiago ao Estrela da Amadora, onde atuou por duas temporadas.
Em 2001, Tiago regressou ao Sporting e se nos dois primeiros anos de novo com a Listada verde e branca ainda fez mais de 20 jogos, a verdade é que, a partir daí, não voltou a somar este número de partidas numa só época. Passou a ser conhecido por estar sempre disponível e por ter uma ética de trabalho exemplar.
Com a falta de espaço no plantel, o ex-guarda-redes afirmou-se, por outro lado, como um elemento de união no balneário e um apoio para os titulares que se seguiram: Ricardo e Rui Patrício. Acabou, também, por fazer parte das conquistas do campeonato e da Taça de Portugal, em 2001/02, de uma Supertaça, em 2002/03, e de mais uma Taça de Portugal, em 2006/07.
Depois de terminar a carreira de jogador, em 2012, Tiago manteve-se ligado ao Sporting, como não podia deixar de ser, e passou a integrar a equipa técnica, primeiro como treinador-adjunto dos juniores, em 2012/13, e mais tarde desempenhou a mesma função na equipa B dos leões.
Em 2017, foi convidado para ser treinador de guarda-redes. A sua experiência e conhecimento da casa foram vistos como trunfos importantes na transição de jovens talentos. O antigo guardião, agora com 50 anos, ainda se mantém neste cargo, a par de Hugo Tecelão, fazendo assim parte da equipa técnica de Rui Borges.
Guarda-redes húngaro tinha já muita experiência quando foi contratado pelo Clube de Alvalade e conseguiu tornar-se campeão nacional
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No início da década de 1980, o Sporting encontrava-se à procura de um guardião que trouxesse estabilidade à baliza, após a saída de Vítor Damas, e a resposta viria do Leste europeu, com a contratação de Ferenc Mészáros, um dos guarda-redes mais respeitados da Europa na altura. Pelo Sporting, chegou aos 80 jogos em duas épocas.
Antes de pisar os relvados portugueses, o guarda-redes natural de Szekszárd já somava um vasto percurso no futebol húngaro, país que também 'enviou' para Portugal o histórico. Após uma breve passagem pelo MTK, foi no Vasas SC que cimentou o seu estatuto de lenda doméstica.
Ao serviço do clube de Budapeste, conquistou um campeonato, duas Taças da Hungria e uma Mitropa Cup, distinções que lhe valeram a titularidade na seleção. Com 29 internacionalizações, representou a Hungria nos Mundiais de 1978 e 1982, sendo este último já como jogador do Sporting.
A estreia em Alvalade foi fulgurante. Na época 1981/82, Mészáros tornou-se uma das figuras de destaque do plantel comandado por Malcolm Allison, tendo um papel essencial na campanha que culminou com a conquista do campeonato nacional e da Taça de Portugal. A solidez, segurança e experiência que transmitia à defesa leonina granjearam-lhe rapidamente a confiança dos Adeptos e o reconhecimento da crítica. Era o equilíbrio perfeito entre classe e frieza.
Na temporada seguinte, voltou a ser protagonista ao ajudar o Sporting a conquistar a Supertaça Cândido de Oliveira, encerrando assim um ciclo de títulos consecutivos. Surpreendentemente, no final dessa época, deixou o Clube de Alvalade, após 80 jogos com a Listada verde e branca, rumando ao Farense, onde jogou durante uma época. Apesar da curta estadia no Algarve, manteve o prestígio intacto.
O regresso à Hungria aconteceu em 1984, quando assinou pelo Győri ETO FC, clube no qual permaneceu duas temporadas. Mas Portugal já o tinha conquistado. Regressou ao país que o acolhera de braços abertos para integrar o Vitória de Setúbal, onde jogou por três épocas. Curiosamente, voltou a encontrar nomes familiares no Bonfim, como Jordão, Manuel Fernandes, Eurico, Zezinho e Ademar, sendo que Manuel Fernandes viria mesmo a ser seu treinador.
Quando pendurou as luvas, já com 39 anos, Mészáros não abandonou o futebol. Deu início à carreira de treinador, tendo uma breve experiência no Vasas, antes de regressar a Portugal para integrar os quadros técnicos do Sporting, como treinador de guarda-redes. Trabalhou ainda no Lourinhanense, na altura clube satélite dos leões, mantendo-se ligado à formação de novos talentos e à identidade Sportinguista. Ferenc Mészáros morreu a 9 de janeiro de 2023, aos 72 anos, mas o seu legado permanece vivo na memória dos Adeptos que o viram jogar.