Nuno Ribeiro, antigo ciclista e diretor desportivo da equipa W52-FC Porto, foi suspenso pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADOP) por 25 anos. O dirigente azul e branco foi condenado pela “posse, administração e tráfico de substâncias proibidas e métodos proibidos”, após conclusões retiradas do processo ‘Prova Limpa’. Esta suspensão pode fazer sorrir os leões que, assim, podem ver um novo título a chegar ao museu.

Segundo a lista de sanções da ADOP, retificada na passada segunda-feira, dia 7 de novembro, o arguido irá ficar suspenso de trabalhar no mundo do ciclismo entre 16 de dezembro de 2022 e 15 de dezembro de 2047, por ter recorrido a hormonas de crescimento, hormona luteinizante, betametasona, ou testosterona, TB-500, vilanterol e gonadorelina.

“Aproveitando-se da sua qualidade de diretor desportivo e do ascendente que, por essa via, detinha sobre os ciclistas da sua equipa (nomeadamente por ser quem decidia convocar ou não convocar os ciclistas para as competições) […], fomentou o uso por estes das substâncias”, concluiu o juiz da instrução criminal.

“Sobre os dias, horas e forma de administrar as referidas substâncias, adquiria-as para depois as entregar aos ciclistas, guardava-as para dar aos ciclistas, quando em competição, preparava as substâncias e deixava-as já nas seringas nos quartos dos ciclistas ou chamava-os ao seu quarto e entregava-lhas para que as consumissem; tinha sempre à disposição destes, betametasona e menotropina”, pode ler-se na decisão instrutória, revela pela LUSA.

Nuno Ribeiro foi o segundo individuo da equipa W52 – Porto a ser suspenso depois de José Rodrigues, o então diretor adjunto e massagista da equipa agora inexistente, também ter sido algo de sanção. De notar ainda que a ambos os intervenientes foi alocada pena máxima pela ADOP permitida, 25 anos.