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0Nuno Correia da Silva deixou rasgados elogios a Rúben Amorim e a Sérgio Conceição a propósito do encontro da final da Taça de Portugal. Na sua coluna de opinião no jornal 'O Jogo', o antigo administrador da SAD do Sporting diz mesmo que os técnicos são "os melhores em Portugal".
"O Jogo da final da Taça de Portugal iniciou-se com um futebol de entrega total, um futebol aguerrido, físico, intenso, com ambas as equipas a procurarem o golo, em total sintonia para com as expectativas criadas.
Todavia, a expulsão de um jogador do Sporting provocou um desequilíbrio numérico que alterou por completo a dinâmica do jogo. A velocidade e a intensidade deram lugar à táctica, foi interessante ver como os treinadores tentavam corrigir, em momento real, os pontos fracos que cada equipa apresentava", começou por dizer.
"Estando na presença de dois dos melhores treinadores portugueses e, seguramente, os dois melhores em Portugal, o jogo proporcionou aos espectadores uma lição de estratégia, oferecida por dois grandes protagonistas. Revelou a tendência dominante no futebol atual, onde os treinadores são a “pedra de Abóboda” de qualquer equipa. Uma lição a reter e a seguir. Sobretudo no futebol de formação.
"Se é fácil reconhecer o mérito perante grandes resultados, sobre vitórias e conquistas de títulos, nomeadamente nos clubes que têm os holofotes sobre si, já é mais difícil identificá-lo num treinador de um pequeno clube, de um clube de formação, de um clube em que todos os meios faltam, mas mesmo assim conseguem revelar talentos. São estes clubes que permitem a Portugal ter no futebol o que não encontra em qualquer outra “indústria”, estar nos seis melhores do mundo.
À frente destes pequenos clubes estão bons dirigentes e grandes treinadores, treinadores que se agigantam, não pelos resultados, mas pelo valor que conseguem retirar de cada jogador. São professores porque também ensinam, são conselheiros porque também aconselham, são líderes porque de muitos conseguem fazer um, uma equipa.
"Veem mais além, veem o que cada um pode ser antes do próprio descobrir, por isso a humildade do jogador, a disponibilidade e o espírito de entrega, são atributos indispensáveis para um treinador fazer o seu trabalho.
O que aconteceu no Jamor foi o exemplo maior do que os treinadores conseguem quando os deixam trabalhar", concluiu.