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Futebol

LUÍS FREITAS LOBO FALA SOBRE DIFICULDADES DE COATES NO SPORTING E DEIXA ELOGIOS A ESTRATÉGIA DE RÚBEN AMORIM: "NÃO É COMUM"

Conhecido comentador desportivo analisou momento de forma dos verdes e brancos, depois da vitória em Arouca

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O Sporting venceu em Arouca, por 3-0, e Luís Freitas Lobo considera que parte do sucesso da turma de Rúben Amorim se deveu às mudanças na linha defensiva, referindo as dificuldades que Coates estava a ter em controlar a profundidade e destacando as entradas de Gonçalo Inácio e St. Juste.


“Foi dos jogos em que, frente ao bom futebol do Arouca, Amorim teve de mexer mais para segurar a equipa e o jogo que se tornava difícil de trás para a frente, isto é, a partir da linha defensiva que ia sendo obrigada a baixar à medida que o jogo decorria, num relvado revolto de relva aos saltos, deixando de pressionar alto por opção. Dessa forma, as mexidas principais de Amorim foram na linha dos três centrais, tanto fazendo duas substituições como mudando todos de posição em relação a como começou o jogo”, atira Freitas Lobo.


“A entrada de Gonçalo Inácio ao intervalo deu um pé esquerdo na saída pelo lado canhoto com qualidade para tirar bola de trás no passe em vez da tendência de saída em condução de Quaresma, destro e condicionado para fazer esse sair a jogar em posse veloz devido ao estado do relvado”, defende o comentador.


“Diomande passou então para o lado direito, onde fecha também em largura como defesa direito quando a equipa faz linha de “4” na transição defensiva (protegendo as costas de Catamo, que acompanhava subidas do lateral arouquense)”, afirma Luís Freitas Lobo.

“Depois, a meio da segunda parte, face às dificuldades de Coates a controlar bolas nas costas (a profundidade e mobilidade de Mujica e Cristo) meteu a velocidade de St. Juste na direita, medindo bem tempos de antecipação no corte, e puxou Diomande, mais forte, para o meio a segurar os avançados centro do Arouca. Ao mesmo tempo, metia, na frente, o avançado que melhor podia segurar a bola, Paulinho, em vez da mobilidade mais leve de Trincão que já não conseguia andar com a bola na relva”, atira o colunista do jornal ‘O JOGO’.


“Não é comum ver um treinador conseguir mexer tanto taticamente no jogar coletivo da equipa a partir de mexer (substituir ou mudar de posição) nos três defesas centrais. Sucede neste Sporting em face das características muito específicas do seu modelo de jogo e seus princípios (de posicionamento e importância de saída na primeira fase de construção) a partir de trás para a frente. Adapta a equipa a como defender (traços técnicos dos defesas e colocação do bloco, mais médio-baixo) em face das circunstâncias do jogo e do adversário para, assim, a deixar melhor posicionada para reagir às especificidades táticas adversas”, finaliza Luís Freitas Lobo.


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