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Futebol
23 Mar 2020 | 11:38 |
A notícia mais importante para o universo Sporting, na passada semana, prendeu-se com a decisão do TAD em relação ao caso que opunha a SAD ao jogador Rafael Leão. O veredicto do Tribunal Arbitral do Desporto foi favorável ao Sporting, que tem agora a receber 16,5 milhões de euros (como e quando o jogador pagará, isso é outro assunto). Esta sentença apanhou muito boa gente de surpresa. Existia a expetativa de uns e o desejo de outros em ver o Sporting sair perdedor da disputa. Entre esses até se identificam facilmente ‘sportinguistas’ que pelo ódio ao ex-Presidente Bruno de Carvalho preferiam não ‘ter’ o dinheiro só para exibir a ‘razão’ do ‘eu sempre disse’ (cada episódio mostra-nos bem que as fraturas entre leões são reais, extremadas e dificilmente ultrapassáveis nos anos mais próximos). Nos extremos da discussão colocaram-se dois cenários: para uns, o Sporting não devia ter chegado a acordo com nenhum dos nove jogadores porque venceria todos os casos em tribunal; para outros, Rafael Leão era/é a exceção e os restantes iriam originar derrota certa. Para perceber de que lado estaria a razão li as 327 páginas do acórdão, somando-lhe os pormenores que conheço de todos os casos, e creio que a razão está na proporção de dois terços para os que pensavam ganhar todos os casos, e de um terço para os pessimistas que davam a derrota total como garantida. Passo a explicar os porquês em três pontos, precisamente os pilares da decisão, ou seja, o julgamento do TAD em relação às três razões aduzidas pela defesa de Real Leão.
1 – ASSÉDIO MORAL. O TAD deu como provado que Rafael Leão foi vítima de assédio moral por parte de Bruno de Carvalho e, perante a Lei, esse crime constitui “incumprimento contratual grave e culposo”. Pode considerar-se uma decisão discutível, uma vez que o jogador, fora da equipa (por lesão) a partir do dia 2 de março de 2018, não se enquadrava no grupo de visados pelo ex-Presidente nas declarações/publicações feitas entre o final do jogo com o Rio Ave (18 de março de 2018) e o final do jogo de Madrid (5 de abril). Contudo, também ele foi alvo de processo disciplinar a 7 de abril (anulado cinco dias depois) por ter publicado no Instagram o comunicado conjunto de repúdio às palavras de BdC após o jogo com o At. Madrid. Partindo deste entendimento do TAD, pode afirmar-se que a todos os nove jogadores seria aceite a queixa de assédio moral. Este ‘crime’, contudo, não é por si só suficiente para se alegar justa causa na denúncia unilateral de um contrato, como à frente se verá, daí que o TAD, escudado no n.º 4 do artigo 29 do Código do Trabalho, tenha sentenciado o Sporting ao pagamento de uma multa (40 mil euros).
2 – FALTA DE SEGURANÇA. O TAD deu como provado que o Sporting ‘violou os deveres de segurança’ para com os seus funcionários (jogadores, treinadores e restantes profissionais ligados à equipa de futebol) quando da invasão/ataque à Academia, no dia 15 de maio de 2018. Ao contrário do entendimento inicial do Ministério Público sobre este mesmo crime, o TAD nunca equacionou, sequer, que pudesse tratar-se de ‘terrorismo’, antes procurou identificar responsáveis diretos e indiretos, através de elementos de prova e de testemunhos, que tivessem falhado nas questões de segurança. Os dados comprovativos das falhas de segurança eram de tal forma evidentes para a culpabilização do Sporting que o TAD sublinhou: “Era exigível que Ricardo Gonçalves (responsável pelas operações de segurança na Academia) tivesse dado ordens para se fechar o portão da Academia, mas essencialmente que tivesse garantido que os adeptos não conseguissem alcançar os atletas. Não seria exigível que todas as portas de acesso à zona afeta à equipa principal do Sporting fossem imediatamente trancadas após o telefonema de Bruno Jacinto (oficial de ligação aos adeptos)? Não seria exigível que a porta automática tivesse sido imediatamente desativada? Não seria exigível que a porta de vidro (imediatamente a seguir à porta de entrada) fosse trancada, até porque a chave encontrava-se na Academia, dentro do chaveiro? Se não é para garantir a segurança dos atletas, para que serve um diretor de segurança?” Estas questões são levantadas depois de as provas testemunhais demonstrarem que: a) Ricardo Gonçalves deu ordens a vários elementos ligados ao departamento de futebol para trancarem todas as portas de acesso à área do futebol profissional; b) Ricardo Gonçalves não deu ordem para ser encerrado o portão de entrada da Academia; c) a porta da entrada principal da zona do futebol profissional abria automaticamente através de sensor de movimento e o mesmo não foi desativado (tornando evidente a mentira que se ouviu durante meses a alguns elementos que estavam na Academia, segundo os quais a porta tinha aberto de forma automática depois de ter disparado o alarme de incêndio, o qual, já agora, só accionou com os invasores dentro do vestiário); d) a porta de vidro que está a seguir à porta automática não foi trancada; e) para chegar à zona do vestiário os invasores teriam de passar uma porta que se encontrava trancada e só podia ser destrancada por dentro, mas a mesma foi aberta por Manuel Fernandes e Pedro Brandão (que não voltaram a fechá-la) quando se dirigiram para a entrada do edifício, imediatamente antes da invasão do mesmo; f) Vasco Fernandes (secretário técnico) tentou trancar a porta do vestiário para impedir a entrada dos invasores no espaço onde se encontravam os jogadores, mas foi impedido por Raúl José (treinador adjunto). Uma sequência de cinco erros humanos levou o TAD a considerar que o Sporting ‘violou os deveres de segurança’ para com Rafael Leão. Pode dizer-se, por uma questão de lógica, que o TAD iria sentenciar de forma semelhante em processo que envolvesse qualquer outro jogador da equipa profissional. Eis que Rafael Leão, à luz da Lei, conseguia o segundo argumento para ver-lhe ser atribuída a justa causa na rescisão contratual.
3 – RELAÇÃO LABORAL PODIA TER SUBSISTIDO. Há quem pense que o assédio moral por si só basta para rescindir um contrato. Errado. Há quem pense que a violação do dever de segurança basta para rescindir um contrato. Errado. Há quem pense que a junção dos dois crimes é suficiente para a rescisão de um contrato. Errado. É isso mesmo que nos diz o TAD, ao explicar que o contrato de um jogador de futebol é bem diferente daquele que é firmado fora do âmbito desportivo, e que por isso as condições que levem à sua nulidade por justa causa têm de ser muito mais estreitas do que aquelas que são exigíveis a um trabalhador ‘comum’. Condição essencial para dar razão ao jogador que rescinda com um clube de forma unilateral, no entendimento do TAD, é verificar que um ou uma sucessão de atropelos legais tornou praticamente impossível a manutenção da relação laboral. Ora, foi precisamente o que tramou Rafael Leão. A pedra de toque que levou à condenação do jogador foi o facto de ele ter entrado em negociações com a administração da SAD para regressar ao Sporting, nos primeiros dias de setembro de 2018. Para o TAD, tal ação tornou evidente que existiam condições para que relação laboral entre Rafael Leão e Sporting pudesse ter subsistido. Assim, e aceitando que o Tribunal Arbitral do Desporto teria, nos outros oito casos de rescisão, testemunhos idênticos ao deste processo, até porque as razões aduzidas pelos nove jogadores foram quase decalcadas umas das outras, chegamos à conclusão que: seria dada razão de justa causa a Rui Patrício, William Carvalho e Gelson Martins, porque estes três jogadores demonstraram que para eles seria impossível fazer subsistir a relação laboral com o Sporting (juntando o assédio moral e a violação do dever de segurança); recusada a razão de justa causa a Rúben Ribeiro, Podence, Bas Dost, Battaglia e Bruno Fernandes, porque todos eles mostraram abertura para negociar o regresso, tal como fez Rafael Leão, logo não lhes era impossível manter a relação laboral com o Sporting. Mas, repito, creio que o entendimento do TAD, em tese, seria este caso o Sporting arrolasse as testemunhas que o poderiam comprovar (principalmente no caso Rúben Ribeiro). E, pelo menos, no caso de Gelson Martins (do qual a SAD veio a desistir) não o fez. Sei-o porque fui testemunha do Sporting e estranhei o facto de não se ter recorrido a pessoas que poderiam responder com conhecimento de causa a questões às quais eu não o podia fazer, por delas ter conhecimento apenas de forma indirecta.
P.S. Pormenor curioso dado como provado pelo TAD, ouvidos os testemunhos: “A data da realização do treino oficial no Estádio Nacional já se encontrava definida com antecedência pelo treinador Jorge Jesus e por Vasco Fernandes. O treino iria ocorrer na terça-feira 15 de maio de 2018, da parte da tarde. Na viagem do Funchal para Lisboa, Jorge Jesus decidiu alterar o local do treino, para a Academia, e comunicou-o a Vasco Fernandes.”
Plantel principal dos verdes e brancos veio de folga após o empate com o Braga, válido para a oitava jornada da Liga Portugal Betclic
10 Out 2025 | 13:18 |
Rui Borges aproveitou o regresso da equipa do Sporting aos trabalhos para colocar os pontos nos i's junto do seu plantel. Depois de três dias de folga, com muitos jogadores ausentes devido à paragem para as seleções, o técnico dos leões quis deixar uma mensagem.
Antes de arrancar com a sessão de trabalhos, o treinador dos verdes e brancos optou por se dirigir ao plantel e abordou tudo o que correu mal no empate frente ao Braga (1-1), tanto como apontou rapidamente para o próximo objetivo do Sporting, que é o jogo da terceira eliminatória da Taça de Portugal.
De acordo com o jornal Record, Rui Borges pediu ao seu grupo seriedade na preparação do jogo frente ao Paços de Ferreira e que todos encarem o adversário da Liga 2 com o maior respeito, uma vez que a deslocação ao seu terreno é tradicionalmente complicada.
Vale lembrar que o Sporting também deverá ter agendado um jogo particular para uma das próximas sessões de trabalho, mas ainda não se conhece o adversário escolhido. O objetivo da equipa técnica passa por dar minutos aos jogadores menos utilizados do plantel.
O emblema verde e branco volta a entrar em campo apenas no sábado, dia 18 de outubro, frente ao Paços de Ferreira. O encontro, a contar para a terceira eliminatória da Taça de Portugal, diante da turma liderada por Filipe Cândido, jogar-se-á no Estádio Capital do Móvel, às 20h15.
Jogador da formação verde e branca fez questão de mostrar a desilusão que sente nas suas mais recentes declarações aos meios de comunicação
10 Out 2025 | 12:46 |
Georgios Vagiannidis não quis esconder a sua frustração após a derrota da Grécia na última quinta-feira, 9 de outubro, por 3-1, com a Escócia. O jogador do Sporting, que foi titular na partida, fez o rescaldo da terceira jornada da fase de qualificação para o Mundial 2026.
Vagiannidis: "O jogo virou do nada"
"Os primeiros sentimentos são negativos, é difícil. Não acho que nada tenha corrido mal em termos do nosso plano de jogo, entrámos com muita dinâmica, dominámos desde o primeiro minuto e não consentimos qualquer oportunidade. Mas o futebol é assim, nem sempre o melhor vence. O jogo virou do nada, mas o futebol é assim", começou por dizer, em declarações à Alpha.
Afastado do Sporting para representar o seu país, Vagiannidis também abordou o que mudar para o próximo jogo, no qual estará frente a frente com o seu capitão no Clube de Alvalade, Morten Hjulmand, uma vez que irá defrontar a Dinamarca.
"A única coisa positiva que posso tirar de hoje é que não há necessidade de mudar muito no nosso plano, porque funcionou na maior parte do tempo. Fizemos o que sabemos fazer bem, manter a bola, criar oportunidades, não permitir oportunidades atrás de transições. Temos de estar mais focados nas bolas paradas, que não são o nosso ponto forte", atirou.
Esta temporada, com a camisola do Sporting, Georgios Vagiannidis - avaliado em 12 milhões de euros - participou em sete partidas. O lateral dos verdes e brancos disputou um total de 440 minutos, nos quais conseguiu fazer uma assistência para os companheiros de equipa.
Estrutura do Clube de Alvalade não tem tido vida facilitada com o jogador que ainda pertence aos quadros da SAD verde e branca até ao final da época
10 Out 2025 | 12:22 |
Jeremiah St. Juste acabou 'desmentido' pela imprensa nacional, após recorrer às redes sociais para deixar a dúvida sobre se está atualmente lesionado ou não. Ao que parece, o jogador está mesmo entregue à Unidade de Performance do Sporting há dez dias.
De acordo com o jornal O Jogo, o central neerlandês lesionou-se a 1 de outubro, o que impossibilitava a sua utilização na equipa B mesmo se João Gião assim o desejasse, uma vez que já falhou os trabalhos da formação secundária dos leões antes da partida frente ao Leixões, do último domingo.
"Não acreditem em tudo o que lêem na comunicação social", escreveu Jeremiah St. Juste, numa publicação partilhada através dos stories da sua conta pessoal do Instragram que, mais tarde, até acabaria por eliminar das suas redes sociais.
O defesa ainda não participou em qualquer partida esta época - apesar de ter estado no banco na Supertaça, que terminou com derrota dos leões por 1-0 frente ao Benfica) e de ter sido expulso no banco de suplentes - e está a cumprir os últimos meses ao serviço do Sporting.
Em 2024/2025, St. Juste – avaliado em 6 milhões de euros – fez 28 jogos com a camisola do Sporting: 14 na Liga Portugal Betclic, seis na Liga dos Campeões, cinco na Taça de Portugal e três na Taça da Liga. No total, o defesa somou 1.385 minutos, não tendo marcado ou feito qualquer assistência.