Receba, em primeira mão, as principais notícias do Leonino no seu WhatsApp!
Clube
09 Mar 2020 | 12:30 |
Quando um clube adquire um jogador, seja por que preço for, acrescenta valor à coluna do ativo (o que não sucede com um treinador). E cria a expectativa, lógica, de juntar um futuro ganho financeiro ao desportivo. Essa é a regra base do negócio futebol e a probabilidade de a mesma vir a verificar-se é grande, embora não garantida. No caso do Sporting, se olharmos às aquisições mais dispendiosas da história do clube (Sinama-Pongolle, Alan Ruiz e Bas Dost, todas a rondar os 10 milhões) verificamos que não houve aproveitamento desportivo com os dois primeiros nem lucro financeiro com qualquer deles (todos saíram abaixo do preço de custo). Isto para dizer o quê? Se nem com futebolistas o retorno do investimento está seguro, imagine-se no ‘mercado’ de treinadores, o qual existe apenas de forma muito esporádica. Mas esta lógica não foi suficiente para travar a decisão irracional de Frederico Varandas, que aceitou pagar, numa semana que entra directamente para a história do futebol Mundial, 10 milhões de euros ao Sp. Braga para ter o treinador Rúben Amorim no Sporting, dando até a entender que conta ganhar dinheiro no futuro, com a transferência deste mesmo técnico (que tem uma cláusula de saída de 20 milhões de euros).
1 – Milhares de Sócios do Sporting manifestaram-se no domingo, pela segunda vez nas imediações do Estádio, contra o Presidente do Clube, Frederico Varandas. O número total de aderentes às duas manifestações levadas a cabo no mesmo local em junho de 2018, a pedir a demissão do então Presidente Bruno de Carvalho, não chegou sequer a metade daqueles que no domingo fizeram ouvir bem alto a sua voz de contestação. Estive no local nesses três momentos. É-me fácil, por isso, comparar as ‘molduras humanas’. No entanto, para a generalidade dos comentadores televisivos as ‘manifs’ de 2018 foram uma demonstração cabal do descontentamento dos Sócios, enquanto esta foi apenas fruto de um movimento de claques (como se os seus elementos não fossem também eles Sócios), ignorando que nem sequer foram os GOA a ‘convocar’ o encontro. Dentro do Estádio, uma hora depois, tornou-se claro quem eram os contestatários: a esmagadora maioria daqueles que estavam na Superior Sul A (sector das claques), muitos dos que estavam na Superior Norte A (sector das famílias onde até entrou uma faixa ‘Godinho 2.0’) e pequenos grupos espalhados pela Central A oposta à Tribuna Presidencial. Sim, o movimento que começou há meses nos GOA está a alastrar de forma rápida e teve na decisão da aquisição do novo treinador um curto rastilho.
2 – Não pelo facto da escolha ter recaído em Rúben Amorim, mas sim por terem sido pagos 10 milhões para concretizar a operação. Não existe uma razão lógica para que um clube português gaste 10 milhões de euros na aquisição de um treinador, seja ele quem for. Ser o Sporting a fazê-lo é ainda mais irracional. Só não entende isso quem não quer. A capacidade de investimento no mercado de futebolistas é reduzida em Alvalade. Não se compara com o poder financeiro dos dois rivais na luta pelo título. Por exemplo, é mais difícil ao Sporting encontrar uma solução financeira para gastar 10 milhões num jogador, do que ao Benfica para gastar o dobro num único reforço (Weigl e Pedrinho, 20 milhões cada). É assim tão difícil entender as razões pelas quais a opção de Frederico Varandas não tem qualquer sentido? Mas acrescento outra: o Presidente leonino não vinculou a contratação de Rúben Amorim ao desejo de ganhar títulos. Deste treinador ele espera, sim, e sublinhou-o, trabalho de valorização de determinados jogadores para que depois os mesmos possam ser transferidos por verbas superiores. É esta perspectiva redutora do futebol-negócio que afasta os ‘clientes’. E qual é a importância destes mesmos ‘clientes’? Perguntem aos jogadores do Vitória Sport Clube que peso específico teve uma bancada cheia de apoiantes na forma como viraram o resultado em Paços de Ferreira.
3 – O Sporting com esta troca de treinadores já gastou quase metade da verba orçamentada para o reforço da equipa 2020/21. E agora esse ‘bolo’ só cresce se lhe for adicionado o ‘fermento’ de novas vendas. Como é fácil de ver, os poucos jogadores que ainda podem valer alguma verba significativa são aqueles que hoje garantem uma qualidade mínima à equipa. Colocar Coates (quando Mathieu vai terminar carreira), Wendel ou Acuña no mercado, para depois ter de encontrar substitutos à altura, é perder o certo e passar a ter o incerto. Bem sabemos que existe outra via porque o empresário Jorge Mendes consegue pegar num qualquer jogador banal e transferi-lo por um valor igual ou superior a 10 milhões. Já o mostrou com Thierry Correia. Mas entre as ‘encomendas’ que já lhe foram feitas por FC Porto e Benfica para o Verão, não sei se lhe sobrará muito tempo (e clubes) para ‘arranjar’ pelo menos 20 milhões ao Sporting.
P.S. Único ponto positivo da aquisição do treinador por 10 milhões: nunca mais ouviremos Salgado Zenha ou outro administrador falar de problemas financeiros até final do mandato…
Na última segunda-feira, vice-presidente do Clube de Alvalade partilhou mensagem sobre operação, liderada pelo mercado norte-americano
28 Out 2025 | 07:57 |
Na última segunda-feira, dia 27 de outubro, Francisco Salgado Zenha recorreu à rede social Linkedin com o objetivo de destacar a emissão de obrigações de 225 milhões de euros no Sporting, para investimento no Estádio José Alvalade. O vice-Presidente dos verdes e brancos alertou que, há uns anos, o Clube "vivia um momento de fragilidade financeira", mas que agora "dá um passo histórico no caminho da solidez e da ambição".
"Através da Sporting Entertainment S. A., o Clube concluiu com sucesso uma emissão de obrigações de €225 milhões, com prazo de 28 anos e uma taxa fixa de 5,75%. A operação foi liderada pelo mercado norte-americano, cuja procura — 8,5 vezes superior à oferta, atingindo cerca de €2 mil milhões — demonstra a confiança de investidores internacionais com um histórico profundo no setor de sports entertainment", pode ler-se.
O Sporting volta a entrar em campo já na terça-feira, dia 28 de outubro, frente ao Alverca. O encontro, a contar para os quartos-de-final da Taça da Liga, diante da turma liderada por Custódio, jogar-se-á no Estádio José Alvalade, pelas 20h30.
Confira a mensagem na íntegra:
Há apenas alguns anos, o Sporting Clube de Portugal vivia um momento de fragilidade financeira. Hoje, dá um passo histórico no caminho da solidez e da ambição.
Através da Sporting Entertainment S.A., o Clube concluiu com sucesso uma emissão de obrigações de €225 milhões, com prazo de 28 anos e uma taxa fixa de 5,75%.
A operação foi liderada pelo mercado norte-americano, cuja procura — 8,5 vezes superior à oferta, atingindo cerca de €2 mil milhões — demonstra a confiança de investidores internacionais com um histórico profundo no setor de sports entertainment.
Esta emissão obteve rating “investment grade” (BBB pela Morning Stars e BBB- pela Fitch Ratings, marcando o regresso daFitch Ratingsa emissões de clubes de futebol na Europa desde a operação do Real Madrid CF.
Para o Sporting Clube de Portugal, significa mais do que um selo financeiro — é o reconhecimento internacional de um projeto reconstruído sobre rigor, visão e credibilidade.
É a confirmação de que o Clube voltou a inspirar confiança e respeito no panorama global.
Mais do que uma operação, este é um marco estrutural: cria as bases para uma nova etapa de crescimento, permitindo ao Sporting Clube de Portugal acelerar o seu caminho para se afirmar como um hub global de entretenimento e lifestyle, onde o futebol é o centro, mas a experiência, a inovação e a emoção são o futuro.
Quero expressar o meu profundo agradecimento André Bernardo e à sua equipa — em especial à Teresa Muller e Sousa — pelo rigor e determinação ao longo de todo o processo.
Agradeço igualmente o enorme contributo do André Varela e Helena Morais Lima e as suas equipas, que foram incansáveis ao longo de todo o processo, e aos nossos parceiros estratégicos — J.P. Morgan, PLMJ e Legends Global, entre outros — cuja colaboração foi essencial para o sucesso desta transação.
Este momento marca uma nova era para o Sporting Clube de Portugal: a de uma instituição financeiramente sólida, globalmente respeitada e pronta para transformar a forma como vivemos o desporto e o entretenimento.
Porque quando se alia visão a execução, o impossível torna-se inevitável.
Confira algumas obras já realizadas:
SAD dos verdes e brancos, liderada por Frederico Varandas, comunicou a transação na última quinta-feira, 23 de outubro, à CMVM
24 Out 2025 | 07:17 |
A SAD do Sporting anunciou, na última quinta-feira, dia 23 de outubro, ter procedido ao reembolso integral da operação de titularização “Lion Finance no. 2”, num montante próximo dos 69 milhões de euros. Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o clube explicou esta operação.
A mesma tem por base a cessão dos créditos dos direitos televisivos da NOS à Sagasta Finance, que foi concluída sem quaisquer encargos financeiros associados. Com esta liquidação, a Sporting SAD e a Sporting Comunicação e Plataformas readquirem a totalidade dos créditos do contrato com a NOS até ao final do mesmo.
“Na sequência da conclusão da operação de emissão de obrigações da Sporting Entertainment, S.A. (adiante Sporting Entertainment) realizada no dia 22 de outubro de 2025, informa-se que, na presente data, a operação de titularização de créditos denominada “Lion Finance no. 2”, assente na cessão de créditos emergentes do Contrato de Cessão de Direitos Televisivos da NOS Lusomundo Audiovisuais, S.A. (adiante Contrato NOS) à Sagasta Finance STC, S.A. (adiante Sagasta Finance) e na subsequente emissão de obrigações emitidas pela Sagasta Finance foi, por deliberação unânime dos obrigacionistas, reembolsada, integralmente, pelo montante de EUR 68.792.338,48”, lê-se no comunicado.
Vale lembrar, ainda, que esta operação está diretamente ligada à recente emissão obrigacionista de 225 milhões de euros por parte da Sporting Entertainment, destinada a financiar o projeto de modernização do Estádio José Alvalade e reforçar a estrutura financeira do grupo.
O emblema verde e branco volta a entrar em campo na próximo domingo, dia 26 de outubro, frente ao Tondela. O encontro, a contar para a nona jornada da Liga Portugal Betclic, diante da turma liderada por Ivo Vieira, jogar-se-á no Estádio João Cardoso, às 18h00.
Antiga figura política, e da comunicação social nacional faleceu recentemente. No discurso durante o funeral, o filho mencionou o Clube de Alvalade
23 Out 2025 | 15:49 |
Francisco Pedro Balsemão fez questão de ressalvar que toda a família de Francisco Pinto Balsemão era adepta do Sporting. O filha da figura política nacional, que faleceu recentemente, fez um discurso de homenagem ao pai, esta quinta-feira, dia 23 de outubro, e não se esqueceu do Clube de Alvalade.
"Construiu uma família que tudo fará para continuar o seu legado”, constituída pelos 20 descendentes - entre filhos, netos e bisnetos - “todos Sportinguistas”. “Somos unidos, fortes, divertidos como ele quis", explicou, durante o seu discurso, Francisco Pedro Balsemão.
Relembrar que a notável figura política em Portugal - foi um dos fundadores do PSD - bem como uma personalidade forte no campo da comunicação social - criador do grupo Imprensa, que detém a SIC e o Expresso - morreu na passada terça-feira, 21 de outubro, com 88 anos de idade.
Entretanto, já foram várias as personalidades portugueses que deixaram o seu testemunho e a sua homenagem para com Francisco Pinto Balsemão. Entre muitas vozes, destacam-se as de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, e Luís Montenegro, Primeiro Ministro português.
Francisco Pinto Balsemão era, de resto, adepto e sócio do Sporting Clube de Portugal, - que venceu ontem para a Liga dos Campeões - emblema que apoiava desde criança. Futebol, hóquei em patins, ténis ou golfe eram algumas das modalidades preferidas da personalidade nacional que nos deixou na última terça-feira, dia 21 de outubro.
Vídeo relacionado - Sporting vence o Marselha na UEFA Youth League: