
Receba, em primeira mão, as principais notícias do Leonino no seu WhatsApp!
Histórias do Leão
|
André Martins falou de alguns dos temas que marcaram mais vincadamente o seu percurso no Sporting numa entrevista exclusiva concedida ao Leonino. Atuando como médio-centro, o antigo jogador foi formado na Academia de Alcochete, estreando-se no futebol sénior, por empréstimo, no Real Massamá na temporada 2009/10. Depois de novas cedências a Belenenses e Pinhalnovense, fez a sua primeira temporada ao serviço da equipa principal dos leões em 2011/12, onde ficou até 2015/16.
Certamente, a conquista da Taça de Portugal de 2015 perdura na memória dos Sportinguistas e com André Martins, a história não é diferente. Ao Leonino, partilhou as lembranças do dia em que o Clube conquistou a sua 16.ª prova rainha: “Foi um dia muito intenso e inesquecível para mim. Tínhamos dois golos de desvantagem, com um jogador a menos, ainda na primeira parte, e conseguimos dar a volta, vencendo nos penáltis. A forma como vencemos demonstrou a alma e a crença dessa equipa”.
Depois de três cedências nos seus primeiros anos enquanto jogador sénior, André Martins estreou-se, finalmente, na equipa principal do Sporting, numa partida contra o Vaslui a contar para a Liga Europa 2011/12, pelas mãos do treinador Domingos Paciência, sendo suplente utilizado e lançado no jogo aos 78 minutos.
Sobre esse dia e o que representava, André Martins partilha: “Foi um sonho tornado realidade. Quando saí de casa dos meus pais, com 12 anos, com o objetivo de representar o Sporting ao mais alto nível e tive a sorte de a minha estreia ter sido num jogo europeu”.
Mesmo sendo internacional ao serviço da seleção portuguesa e de representar o Comité Olímpico Português, a estreia na equipa principal do Sporting foi o momento de maior recompensa para André Martins: “Naquele momento, percebi que todos os sacrifícios que fiz e tudo aquilo por que lutei fizeram sentido".
Em relação ao que ficou por concretizar, o antigo atleta não conseguiu esconder o título que, por tantos anos, fugiu ao Sporting: Conquistar o campeonato pelo Clube do meu coração foi uma das coisas que me faltou”. Mas ainda assim, não é por isso que gosta menos da formação que o viu nascer para o mundo do futebol: “Guardo um carinho muito grande pelo Sporting e claro que estarei disposto a ajudar naquilo que precisarem”.
Depois de quatro anos ao serviço da equipa principal do Sporting, fora os anos que passou pela equipa de Alcochete, André Martins não consegue esconder o seu amor pelos leões e mostra-se grato pelos valores desportivos e pessoais que o Clube lhe transmitiu: “Tenho uma dívida de gratidão enorme por tudo aquilo que o Sporting me deu como atleta, porque foi onde me formei, e como pessoa, porque me incutiram os princípios e valores que levo para a vida”.
Antigo técnico do Clube de Alvalade partilhou alguns dos sentimentos sobre jogos, objetivos e jogadores no seu tempo enquanto treinador dos leões
|
Para além de jogar com a Listada verde e branca, Paulo Bento foi também treinador da equipa principal do Sporting, chegando em 2005/06, para substituir José Peseiro, depois de um terrível final de temporada em que este perdeu o campeonato e a Taça UEFA. Após aceitar um convite do Canal 11, o antigo técnico dos leões fez algumas revelações inéditas e destacou, inclusive, a final da Taça da Liga de 2008/09.
O encontro em questão foi uma partida entre Sporting e Benfica, em que a má prestação do árbitro acabou por ditar o vencedor. Numa altura em que os leões estavam a ganhar 1-0, Lucílio Baptista considerou que Pedro Silva - o mais injustiçado da noite - cometeu penálti ao tocar na bola com o peito fora da sua grande área. Revoltado, o brasileiro foi tirar justificações ao juiz e terminou expulso, com os encarnados a vencerem, posteriormente, o troféu, nas grandes penalidades.
Em declarações ao Canal 11, Paulo Bento revelou que ainda não conseguiu esquecer o encontro e não aceita a derrota: “Não se perderam duas finais, só se perdeu uma… essa não posso dizer que perdi, hei de viver até aos últimos dias da minha vida sem dizer que a perdi”.
Paulo Bento merecia mais ao serviço do Sporting, depois de quatro temporadas seguidas em segundo lugar, atrás do Porto. Questionado sobre os objetivos traçados em Alvalade, o antigo treinador respondeu: “Nós sabíamos por obrigação institucional e pela grandeza que tínhamos de ser campeões, era o objetivo”.
Após ser confrontado por um telespectador do Canal 11 sobre qual o melhor jogador com que jogou e treinou, Paulo Bento viu-se algo atrapalhado com a pergunta. Depois de algum tempo, respondeu: “No Benfica, lembro-me que joguei com Ricardo Gomes e com Mozer, João Pinto, na seleção com Figo e Rui Costa, no Sporting com (Pedro) Barbosa". Já na função de técnico, a resposta acabou por ser: “Se estamos a falar profissionalmente, daquilo que era o dia a dia, há um que já o disse mais de não sei quantas vezes, o João Moutinho foi o que mais me marcou até agora”.
Paulo Bento, vale lembrar, chegou ao Sporting no início da temporada 2005/06, para substituir o então treinador José Peseiro, onde ficou até novembro de 2009, altura em que se despediu e deu a vez a Carlos Carvalhal. Nos quatro anos e meio que teve como técnico principal dos leões, liderou a equipa à conquista de duas Taças de Portugal e duas Supertaças Cândido de Oliveira.
Antigo jogador dos leões chegou também a técnico da equipa principal e fez pronunciou-se em relação a esse período da sua vida
|
Depois de uma breve passagem como treinador da equipa de juniores, Paulo Bento foi o técnico principal do Sporting, entrando no decorrer da temporada 2005/06 até meados de 2009/10. No passado dia 21 de maio, a figura que em tempos também jogou de verde e branco, prestou declarações ao Canal 11, acompanhado do seu antigo diretor desportivo em Alvalade, Carlos Freitas.
Paulo Bento iniciou o seu percurso como treinador em Alcochete, ao serviço da equipa juniores do Sporting, onde teve a oportunidade de desenvolver pérolas do futebol leonino e, mais tarde, já ao serviço da equipa principal do Clube, de lançar muitos dos jovens que ajudou. Isto foi mencionado por Carlos Freitas, que se referiu a jogadores como Rui Patrício, Daniel Carriço, André Marques, Nani, João Moutinho e Miguel Veloso.
Com o descalabro do final da temporada de 2004/05 - em que os os verdes e brancos perderam uma final europeia -, o Presidente Dias da Cunha abandona o Sporting e, para o seu lugar, surge Soares Franco. Após receber convite para regressar a diretor desportivo, Carlos Freitas revelou uma conversa que teve com o recém-eleito dirigente máximo do Clube: "A indicação que eu dei foi a do Paulo Bento, porque era alguém que eu achava que estava mais do que preparado”.
Apesar da sua convicção, Carlos Freitas revelou que sabia dos riscos desta decisão. “Obviamente não havia histórico, a decisão era arriscada mas o suporte disto tudo era o conhecimento que eu tinha dele enquanto pessoa e a capacidade profissional que eu lhe reconheci”, disse, mostrando também o porquê de ser Paulo Bento o escolhido.
Depois de apenas uma temporada completa ao serviço da equipa júnior, em Alcochete, Paulo Bento chegou a treinador do plantel principal do Sporting. Questionado sobre se estava preparado para assumir o papel tão rápido, o técnico português respondeu: “Era um objetivo, mas não diria que seria tão rápido e que ao fim de 16 meses nos sub-19 chegaria à equipa A”. Ainda assim, estava completamente confiante nas suas competências: “A verdade é que se não me sentisse preparado naquela altura, não teria aceitado”.
Paulo Bento revelou, também, que estava muito confiante por ter um privilégio que, em Portugal, não é muito comum para os treinadores portugueses: “Tive tempo para perder e é importante quando o treinador tem tempo para perder e do outro lado sabem que ele vai perder e que, ainda assim, nele não se vai tocar. Isso, quando me despedi, em novembro de 2009, tinha a convicção e a clara certeza de que não me voltaria a acontecer”.
Recorde-se que Paulo Bento chegou ao Sporting no início da temporada 2005/06, para substituir o então treinador José Peseiro, onde ficou até novembro de 2009, altura em que se despediu e deu a vez a Carlos Carvalhal. Nos quatro anos e meio que atuou como técnico principal dos leões, liderou a equipa à conquista de duas Taças de Portugal e duas Supertaças Cândido de Oliveira.
Aquele que é recordado como um dos episódios mais negros da história do futebol português aconteceu no final de competição nacional
|
Durante um dérbi intenso entre Benfica e Sporting, no dia 18 de maio de 1996, Rui Mendes, Adepto Leonino morreu depois de ser atingido por um very-light, que foi lançado por Hugo Inácio, apoiante do clube da Luz. O episódio continua a ser lembrado com muito pesar.
A equipa de Octávio Machado alinhava com Costinha, Luís Miguel, Naybet, Marco Aurélio, Nélson, Luís Vidigal, Pedro Martins, Emílio Peixe, Afonso Martins, Sá Pinto e Iordanov. Já o conjunto encarnado, liderado pelo técnico Mário Wilson, entrou em campo com Preud’homme, Ricardo Gomes, Hélder Cristóvão, Dimas, Kenedy, Calado, Paulo Bento, Bruno Caires, Valdo, Mauro Airez e João Vieira Pinto.
O primeiro e mais marcante momento do jogo foi aos nove minutos, quando Mauro Airez faz o primeiro para os encarnados, foi aí que tudo começou. Durante os festejos do remate certeiro, Hugo Inácio, adepto do Benfica, atirou um very-light para a bancada sul do estádio e atingiu mortalmente Rui Mendes, adepto de 36 anos do Sporting.
Com toda esta tragédia que contava com a inquietação nas bancadas, o jogo seguiu e João Vieira Pinto fez o 2-0 para as águias, jogador que viria a bisar aos 67’ da partida. O único golo dos leões surge aos 83’, através de uma grande penalidade efetuada com sucesso por Carlos Xavier.
A verdade é que o Benfica acaba o jogo a levantar o título mais negro da sua história, depois de ter visto um adepto do Sporting a morrer em pleno jogo. O resultado foi o que menos importou nesse dia e a prova disso é que este momento permanece nas memórias de todos até hoje. Na altura, os leões arrecadaram integralmente com os custos do funeral de Rui Mendes.
O homem responsável pela tragédia, Hugo Inácio, é um adepto do Benfica que, em 1998 foi condenado a quatro anos de prisão, mas conseguiu fugir em 2000, tendo sido capturado em 2011. Voltou a ser julgado em 2016, depois de desobedecer a uma pena do tribunal, recebendo mais três anos de cadeia e a proibição de entrar em recintos desportivos durante sete anos, por posse de material pirotécnico. No entanto, em 2018, voltou a ser detido em pleno Estádio da Luz.