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0Há ideias que são transmitidas sem que previamente tenham sido alvo de qualquer reflexão. Chamo-lhe as ideias do ‘porque sim’, pois sei que o argumento de quem as utilizar terá a solidez de um castelo de areia. A ideia de quem defendia não ter o Sporting capacidade para fazer, com sucesso, três jogos numa semana inscreve-se nesse grupo, porque só devemos assumir tal afirmação depois de termos a demonstração clara de tal ‘verdade’. Ora, no espaço de uma semana o Sporting defrontou Sp. Braga, FC Porto e Boavista (no Bessa). Rodou alguns jogadores e venceu os três jogos, com as duas primeiras vitórias a valerem a terceira Taça da Liga para o Museu Sporting, e com a terceira a não ter números de goleada apenas por acaso (ou más finalizações sobretudo de João Mário e Sporar). Portanto, quem defendia que a eliminação da Liga Europa tinha sido muito útil ainda está a tempo de refletir sobre tal barbaridade.
O mês de janeiro, importante para colocar à prova as capacidades da equipa, teve apenas uma mancha, a eliminação da Taça de Portugal, naquele que terá sido o pior jogo da equipa na presente temporada. Todos sabemos da impossibilidade de uma equipa, seja qual for, conseguir fazer toda uma época só com jogos de sucesso. Um mau jogo, no qual surge um mau resultado, garantidamente acontece. Aliás, acontecem até dois ou três por temporada. Já nos aconteceram dois, os quais custaram a entrada na Liga Europa e a continuidade na Taça de Portugal. Há que lidar com isso e a equipa de Rúben Amorim lidou muito bem.
Na passada semana, o treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, afirmou: “A ideia de jogo do Sporting é fácil de interpretar, mas difícil de contrariar”. Creio ter sido uma das frases mais certeiras, em relação ao futebol, proferidas nos últimos tempos. Porque na verdade é muito fácil de ‘ler’ aquilo que Rúben Amorim quer e faz do Sporting, mas como a força da ideia dele parte de uma grande mobilidade ofensiva, torna-se bem complicado aos adversários apresentarem argumentos para a travarem. Os jogadores do Sporting não ‘estão’ nos espaços de finalização, antes ‘aparecem’ lá e essa mobilidade coloca sempre os treinadores adversários perante um dilema: aceitam ‘desposicionar’ os seus médios e defesas em função dos deslocamentos constantes dos jogadores do Sporting, ou abordam o jogo defensivo a partir da referência à ocupação zonal? Com uma ou outra exceção, raro é o treinador que aceita fazer marcação individual a mais do que um ou dois jogadores ofensivos. Sobre os outros recorre-se à ideia de encurtamento dos espaços, seja com a subida da linha de defesa (quando se tem centrais rápidos), seja com a concentração de homens nas linhas defensiva e média (como fez Jesualdo Ferreira). Quem segue todos os jogos do Sporting sabe bem que já defrontámos todas estas ideias. E na esmagadora maioria das vezes foram os Leões a vencer. Porque a força da ideia de Rúben Amorim, mais minuto menos minuto, acaba por levar a melhor. Ele chamou-lhe, creio que em tom de brincadeira, ‘estrelinha’. Na verdade, não o é. Quando os jogadores aceitam não sair do roteiro, e quando o mesmo é mesmo bom, o sucesso está mais próximo. Ora, o Sporting, mesmo sem muitos jogadores capazes de ‘virar’ o jogo pela sua capacidade individual, faz da ideia do treinador a sua grande arma. Raramente deixa de ser equipa, entende bem que a força do coletivo é bem superior à soma das individualidades. O sucesso reside aí.
Quando um grupo de jogadores aceita submeter-se às ideias de um treinador por acreditar naquilo que lhes é transmitido, estabelece-se a ‘reação química’ que faz os campeões. Não tenho dúvidas que o Sporting está a viver hoje essa ‘reação química’, porque não identifiquei, até ao momento, um jogador que entrasse em campo e não soubesse muito bem qual o papel que lhe cabia desempenhar naquele ‘filme’. Pode fazê-lo melhor ou pior que outro colega, é natural, a qualidade não é igual em todos, mas não vejo ali ninguém errar posicionamentos de forma recorrente. Se houver combustível para manter a lamparina acesa até maio, esta ‘reação química’ terá tudo para ficar na história.
P.S. O cartão amarelo visto por Palhinha no Bessa é uma decisão muito triste para quem, como eu, defende que a arbitragem na atualidade está incomparavelmente melhor do que num passado recente. Aceitaria mais facilmente o amarelo a Coates na falta à entrada da área sobre Paulinho. A falta de Palhinha é igual a dezenas de outras que só valem cartão caso ocorram por acumulação de lances faltosos, mas neste caso... foi a primeira infração. Vários árbitros deram-me fortes razões para deixar de acreditar em ‘encomendas’. Fábio Veríssimo fez-me vacilar, fez-me ficar de pé atrás. Quero acreditar que foi apenas uma decisão infeliz...
Antigo Presidente do emblema verde e branco também foi inquirido e confirmou algumas informações ao Ministério Público
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0O Sporting contactou Álvaro Sobrinho - acusado de crime de branqueamento de capitais agravado - para comprar a participação da Holdimo na SAD presidida por Frederico Varandas. A informação está a ser avançada pelo jornal Record, que terá, segundo o diário desportivo, tido acesso ao despacho do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP). São ainda reveladas as declarações de Godinho Lopes.
O antigo Presidente do Sporting e da SAD, entre 2011 e 2013, afirmou ao Ministério Público que "Álvaro Sobrinho aceitou emprestar dinheiro ao Sporting Clube de Portugal, exigindo apenas que estivesse garantido por passes de jogadores, sendo que se o SCP vendesse os jogadores e não tivesse dinheiro para saldar o valor em dívida podia substituir os passes destes jogadores pelos passes de outros jogadores", pode ler-se.
De resto, o ex-líder dos leões ainda terá confirmado que o dinheiro que entrou em Alvalade "pertencia à sociedade Holdimo e que, nesta altura [à data dos contactos], com ligação à Holdimo apenas conheceu Álvaro Sobrinho", ainda assim, "anos mais tarde, foi-lhe dito que o dinheiro recolhido para emprestar ao Sporting Clube de Portugal tinha origem em várias pessoas de nacionalidade angolana, não tendo sido identificado qualquer nome", detalha o DCIAP. De resto, Godinho reiterou "desconhecer que o dinheiro pertencia ao BESA, e, no seu entender, este dinheiro pertencia à sociedade Holdimo".
Recorde-se que, depois da recompra dos VMOC's, por parte do Sporting de Frederico Varandas ao Novo Banco, a presença da Holdimo no capital social da SAD ficou bastante reduzida, passando de uma percentagem a rondar os 30% para um valor perto dos 13%.
De resto, no passado, a empresa de Álvaro Sobrinho, quando tinha 30% das ações, detinha um administrador executivo -, Nuno Correia da Silva -, tendo, posteriormente, o mesmo passado a não executivo. Ao dia de hoje, a Holdimo não tem qualquer administrador na SAD verde e branca, o que se explica pela perda de força da empresa no capital social - atualmente nos 9%.
Presidente dos verdes e brancos terá contactado a Holdimo para recuperar os 9% do capital social detidos pela empresa angolana
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0O Sporting contactou Álvaro Sobrinho - acusado de crime de branqueamento de capitais agravado - para comprar a participação da Holdimo na SAD presidida por Frederico Varandas. A informação está a ser avançada pelo jornal Record, que terá, segundo o diário desportivo, tido acesso ao despacho do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
"[Francisco Salgado Zenha] Esclareceu também que, ao longo das conversas que manteve com Álvaro Sobrinho manifestou àquele, de forma informal, o possível interesse do Grupo Sporting em adquirir, no futuro, a totalidade da participação social da sociedade Holdimo, se aquela quisesse vender. Contudo, frisou que, não houve nenhuma sequência formal a esta abordagem e, para além desta, não tem conhecimento de mais nenhuma intenção de venda da participação social por parte da sociedade Holdimo", escreve o DCIAP.
"Nesta matéria, esclareceu que, caso a sociedade Holdimo pretenda vender no mercado a sua participação social, face à lei da oferta e da procura, pode obter, por cada ação, um valor superior ou inferior ao valor unitário de €1,00 que atualmente lhe está atribuído", pode ler-se no documento, que conclui o resumo da inquirição a Zenha referindo que o dirigente leonino "disse desconhecer a origem do dinheiro aplicado pela sociedade Holdimo na Sporting SAD e no Sporting Clube de Portugal", pode ler-se no despacho.
Recorde-se que, depois da recompra dos VMOC's, por parte do Sporting de Frederico Varandas ao Novo Banco, a presença da Holdimo no capital social da SAD ficou bastante reduzida, passando de uma percentagem a rondar os 30% para um valor perto dos 13%.
De resto, no passado, a empresa de Álvaro Sobrinho, quando tinha 30% das ações, detinha um administrador executivo -, Nuno Correia da Silva -, tendo, posteriormente, o mesmo passado a não executivo. Ao dia de hoje, a Holdimo não tem qualquer administrador na SAD verde e branca, o que se explica pela perda de força da empresa no capital social - atualmente nos 9%.
Sporting é a primeira equipa portuguesa de hóquei em patins a vencer a Liga Europeia pela terceira vez
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0No sábado, o único dérbi que me prendia a atenção e me dava alguma ansiedade era o da noite. O Sporting-Benfica de hóquei em patins a contar para a meia-final da Liga Europeia. De tal forma que ‘passei’ pelo dérbi de futebol com uma tranquilidade que nem foi alterada quando o resultado estava em 3-0 ou 4-1. Sim, a possibilidade de terminar a Liga de futebol sem derrotas era aliciante. Mas Rúben Amorim estava mais interessado, e bem, em perceber num jogo de elevado grau de dificuldade como se comportava a dupla Daniel Bragança/Matheus Nunes. Porque na próxima época, sem o descanso europeu a meio da semana e sem a certeza de poder contar com João Mário, talvez esses jogadores sejam chamados mais vezes ao onze... ou não, depende da leitura que o treinador fez ao desempenho deles, não podendo a mesma ser elaborada à margem do facto de o Benfica ter promovido naquele sector do terreno uma luta de 3 para 2, com a colocação de Pizzi sempre perto de Weigl e Taarabt, o que se alterou de certa forma aos 53’ com a troca do marroquino por Gabriel. Mas deixemos o futebol e vamos lá ao que interessa.
Na década de 1970 era fácil ter enorme paixão pelo hóquei em patins. Não sei, para dizer a verdade, se gostava mais que o meu pai me levasse ao hóquei ou ao futebol. Ver o Chana passar por trás da baliza, fazer a picadinha e conseguir o golo com um pequeno toque ‘aéreo’ ao primeiro poste era o momento especial pelo qual sempre esperava. E raro era o jogo em que o craque me dececionava por não o concretizar. Dizia-me o meu pai que o Livramento é que era o verdadeiro génio da ‘coisa’. Mas eu só tinha olhos para os golos do Chana e para as defesas do Ramalhete. E, claro, lá estive aos 9 anos na meia-final de 76/77 contra o Voltregá, como não faltei à primeira mão da final com o Villanueva do fantástico Carlos Trullols (entre ele e o Ramalhete é melhor não discutir qual era melhor, eram os dois autênticos muros à frente da baliza). O Sporting era indiscutivelmente a melhor equipa da Europa. De tal forma que a Seleção de Portugal foi campeã europeia nessa altura com o cinco leonino.
Quando o Sporting deixou de ter equipa sénior de hóquei em patins, a meio da década de 1990 chamei muitos nomes a muita gente. Para mim, era impensável terminar com a segunda modalidade que mais troféus internacionais dera ao Clube, entre eles o de campeão europeu. Mas ser sportinguista também é isto, ter de assistir a episódios vergonhosos e seguir o caminho com a convicção de que os dias de sol serão mais que os de chuva. E a verdade é que o sol voltou a brilhar pelo trabalho insistente de Gilberto Borges, peça-chave para o regresso da modalidade a partir de 2010 (na 3ª divisão), embora, de forma oficial, o hóquei em patins só voltasse à gestão do Clube em 2014. E logo nesse ano foi contratado Ângelo Girão e seria conquistada a Taça CERS. Foi o primeiro passo.
Em 17/18, ao fim de 30 anos de seca, o hóquei voltou a vencer o título português. Um ano depois, em 2019, nova marca cairia, o Sporting vencia a Liga Europeia 42 anos depois do ‘cinco mágico’ (Ramalhete, Sobrinho, Rendeiro, Livramento e Chana) o ter conseguido pela primeira vez.
Depois disto, restava a afirmação definitiva: ser a primeira equipa portuguesa a revalidar o título e ser a única equipa portuguesa com três triunfos na principal competição, ultrapassando os dois de FC Porto e Benfica.
Foi com isto tudo na cabeça que assisti ao emocionante jogo com o Benfica, acreditando sempre na vitória apesar de andarmos de desvantagem em desvantagem... até à vantagem final nos penáltis.
Bom presságio: em 2019 (lá estive, agora no Pavilhão João Rocha, com mais 42 anos do que o miúdo de 9 em 1977) também passámos pelo Benfica na meia-final antes de enfrentarmos o FC Porto no jogo final. Pela televisão e não ao vivo, não foi a mesma coisa. Mas no final a alegria por ver o Sporting bicampeão (mais Gilberto Borges [diretor da secção], João Alves [secretário técnico], Paulo Freitas [treinador] e os jogadores Girão, Platero, Toni Pérez, Zé Diogo, Romero, Pedro Gil e Ferrant-Font, nomes que se repetem nos dois títulos) valeu por tudo.
As últimas semanas foram em tons de verde e branco. No final desta, o futebol feminino pode ser campeão nacional, se vencer o Benfica na última jornada A equipa de basquetebol começará a discutir o título frente ao FC Porto e a de futsal, se tudo correr sem surpresas, também estará na final do playoff. Esta mesma equipa de hóquei em patins segue em vantagem sobre o Óquei de Barcelos para atingir a final. Vamos acreditar. Em breve teremos mais dias de sol para sorrir.