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Futebol
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O Leonino esteve à conversa com Nuno Santos, ex-guarda-redes do Sporting, que fazia parte do plantel verde e branco na época do mítico campeonato de 1999/2000. O guardião lembrou os momentos mais importantes e que, na sua opinião, levaram os leões ao título. A palavra de ordem foi apenas uma: união.
“Um dos grandes segredos foi essa união e todas as coisas que fazíamos em segredo dos deuses”
“Relembro-que que tínhamos uma união enorme. Os jogos eram ao domingo e nós, à sexta-feira, fazíamos os banhos e massagens. O ‘manca’, o Paulinho, ia buscar as chamuças com as cervejas e nós íamos para os banhos de imersão ali a confraternizar. Pode não parecer, mas esses momentos também faziam com que nos uníssemos cada vez mais e com que o grupo se conhecesse cada vez melhor. Um dos grandes segredos foi essa união e todas as coisas que fazíamos em segredo dos deuses. Era algo como se estivesse no nosso regulamente interno, todos os jogadores tinham de estar presentes para perceberem um bocado a mística de uma equipa campeã”, começou por explicar, contando, de seguida, alguns episódios que ainda hoje lhe enchem a memória.
“A história mais marcante, nesse ano, foi seguramente quando estávamos a sair de Vidal Pinheiro, onde tínhamos imensas pessoas no meio da estrada. Lembro-me de um episódio em particular, em que estava um casal numa mota, enquanto víamos do autocarro, e a rapariga, que vinha à pendura, tira a camisola para mostrar os peitos ao pessoal do Sporting (risos). Lembro-me porque ela tinha lá escrito o número de telemóvel, e começámos todos a rir no autocarro, porque não era uma situação normal”, recordou, lembrando ainda a chegada ao velhinho Alvalade.
“Depois, quando chegámos ao Estádio, uns foram para a Praça do Comércio, outros para o Estádio onde estavam 70 mil pessoas. Lembro-me de lá estar o Jorge Gabriel, que era o speaker da altura, a pedir aos adeptos para terem calma e não invadirem o campo, porque os jogadores iam entrar, para tudo ser pacífico. O Schmeichel foi o primeiro a entrar, depois fui eu e lembro-me de começar a ouvir um assobio descomunal e pensar: “Mas o que é isto?”. Tinha sido a bancada a ceder, a festa acabou logo aí e os adeptos invadiram o campo, retiraram bocados do relvado, redes das balizas, tudo”, relembrou.
“Treinar com o Schmeichel é algo que marca para o resto da vida”
Nuno Santos não poderia deixar de recordar alguém muito importante para o seu percurso: Peter Schmeichel. “Fiz a pré-época, nesse ano, com o Nelson e o Schmeichel. No primeiro dia, o de apresentação, fui logo ter com ele, para lhe dizer que era um enorme gosto poder aprender com ele, com o melhor do mundo. Lembro-me de algumas situações do balneário, porque eu era dos que estava há mais tempo no Clube, mas também o ‘cabeleireiro’ do pessoal todo, além do DJ de Kizomba para alegrar a equipa”, explicou, antes de passar às histórias com o ‘Grande’, como lhe chama.
“Treinar com o Schmeichel é algo que marca para o resto da vida. Era praticamente o braço direito dele, porque era eu quem lhe traduzia as coisas, porque era quem falava inglês fluente. Acima de tudo, aprendi imenso, é uma pessoa muito aberta, muito dedicada ao trabalho, bastante rigoroso e fez-me entender que, na vida, as coisas custam imenso e só com trabalho lá chegamos”, sublinhou.
Ao contrário do que muitos possam pensar, devido à sua postura ameaçadora entre os postes, também Schmeichel era o entusiasta de muitos episódios caricatos entre o grupo.
“Com o ‘Grande’ tive vários episódios. No dia em fomos campeões e estávamos a festejar no Estádio, só me lembro dele a afastar tudo e todos por causa dos filhos, com os adeptos a tombarem no chão”, contou, falando também dos seus momentos mais característicos antes de cada encontro.
“Antes dos jogos, os jogadores criavam aquela rodinha com ele todo nu, porque ainda não estava equipado e ouvíamos o Inácio a dizer: “Peter, então? Despacha-te”, e ele só respondia: “Calma, já viste algum jogo começar sem guarda-redes?”. A verdade é que o grito dele fazia tremer, mas motivava muito, já sabíamos que eram momentos que aconteciam todos os jogos”, recordou.
“Éramos apertados por todo o lado”
Além disso, Nuno Santos partilhou as suas experiências no que toca a clássicos, de forma a antever aquele que o Sporting enfrenta já este sábado, referindo que, atualmente, as coisas mudaram bastante.
“Os clássicos, antigamente, eram muito diferentes do que são agora. Lembro-me de jogarmos nas Antas e estar no autocarro, até perto da hora do jogo… era um inferno. Éramos apertados por todo o lado, porque era algo que fazia parte do ADN do Porto. Era uma forma de nos melindrarem para entrarmos dentro de campo com medo, porque também acontecia no túnel. Hoje em dia já não, mas claro que são jogos com muita responsabilidade e que fazem com que os verdadeiros homens apareçam e consigam sobressair”, relembrou.
“Chegou a vez destes jovens darem uma alegria aos mais ‘cotas’”
Sobre este sábado, o ex-leão foi claro: “O título está encaminhado, mas não garantido”.
“Certamente o Sporting vai dar uma boa resposta, num clássico que poderá decidir muita coisa. Têm estado muitíssimo bem, com os pés bem assentes na terra, com um treinador que sabe aquilo que quer e é o melhor para o Clube, que está a viver um momento único, muito à custa dos jovens jogadores que estão a despontar, que sentem o símbolo. É dar continuidade, serem humildades como têm sido até agora e certamente que vão deixar a sua marca no Clube, tal como nós deixámos em 1999/200. Chegou a vez destes jovens darem uma alegria aos mais ‘cotas’, pois quem é do Sporting já sofre há bastante tempo. O título está encaminhado, mas não garantido. Os jogos só acabam quando o árbitro apita, nunca vi uma equipa ganhar antes de ele ser jogado, portanto, é continuar a fazer o seu trabalhinho”, terminou.
Começa assim o nosso pré-Clássico em no Leonino, no qual também realizámos uma entrevista com Edmílson Pimenta (VER AQUI).
Jogo entre Benfica e Arouca fica marcado por lance caricato que envolveu jogador da equipa encarnada; Lance não mereceu admoestação por parte do árbitro
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Ángel Di María voltou a ser protagonista pelos piores motivos. No jogo entre Benfica e Arouca, da 29.ª jornada da Liga Portugal Betclic, o jogador argentino mostrou novamente que tem queda para a coisa e simulou uma grande penalidade, à passagem dos 75 minutos.
Com o marcador em 1-1, o pupilo de Bruno Lage tentou 'cavar' um penálti depois de um lance com Amadou Danté. No entanto, o defesa maliano da turma orientada por Vasco Seabra nem sequer toca no adversário, pelo que o próprio extremo encarnado deveria ter visto o quinto cartão amarelo e falharia o próximo encontro na casa do Vitória de Guimarães.
Certo é que o Benfica viria a marcar o 2-1 minutos depois por Vangelis Pavlidis (80'). No entanto, aos 90+5, numa transição rápida muito bem conseguida, onde claramente faltaram pernas à defesa benfiquista, Weverson Costa gelou por completo a Luz e fez o 2-2 final.
O duelo ficou ainda marcado por um momento lamentável dos adeptos do Benfica em memória de Aurélio Pereira. O minuto de silêncio não foi respeitado no reduto dos encarnados (Recorde AQUI). Ouviram-se sons de very lights no momento da homenagem à figura histórica do Sporting, que morreu esta semana.
Neste momento, os comandados de Rui Borges estão novamente na primeira posição da tabela classificativa da Liga Portugal Betclic, com 69 pontos, os mesmos do Benfica. Já o Braga está no terceiro posto com 60 pontos. O Porto é quarto classificado com 59 pontos somados.
Veja a simulação de Ángel Di María:
Atual treinador do Lusitano de Évora recorda que pupilo de Rui Borges chegou a fazer testes no emblema azul e branco, mas acabou por não ficar
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Pedro Russiano trabalhou com Geny Catamo no Amora e tece rasgados elogios ao ala do Sporting. O atual treinador do Lusitano de Évora recordou a forma inesperada como descobriu o agora pupilo de Rui Borges e lembra que o jogador chegou a fazer testes no Porto, mas acabou por não ficar nos dragões.
"No Amora tínhamos investimento moçambicano"
"No Amora tínhamos investimento moçambicano. O Geny tinha acabado de fazer testes no Porto e estava só de passagem, porque tinha amigos no clube. Conversei com o investidor e disse para o miúdo treinar connosco antes de voltar para Moçambique. Quando ele fez o primeiro treino, disse logo que queria que assinasse contrato", começou por contar ao jornal 'A Bola'.
"Era irreverente. Não há muitos jogadores assim nos dias de hoje"
O elevado custo da inscrição de um jogador estrangeiro obrigou a que Pedro Russiano negociasse e garantisse à direção do emblema do Seixal que Geny seria utilizado: "Era irreverente. Não há muitos jogadores assim nos dias de hoje, muito forte no 1x1. Estreou-se connosco apenas com 17 anos sem vergonha nenhuma e já era o jogador mais desequilibrador da nossa equipa".
Pedro Russiano refere que não é surpreendente que o jogador de 24 anos de idade tenha chegado ao nível de um Clube como o emblema verde e branco: "Não era jogador para os patamares do Campeonato de Portugal. Facilmente ia chegar onde está agora".
O técnico não tem dúvidas de que o jogador ainda vai evoluir: "Está a crescer. É um jogador inteligente e quando se é inteligente joga-se bem em todo o lado. Adapta-se bem a qualquer tipo de posição" acrescentou sobre Geny Catamo, que marcou o golo decisivo na vitória dos leões frente ao Santa Clara (1-0).
Futebolista tem estado a contas com problemas físicos e só deverá voltar às opções do técnico em vésperas do duelo diante dos encarnados
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O Sporting realizou, este domingo, dia 13 de abril, o primeiro treino após o triunfo (1-0) diante do Santa Clara. Os titulares no embate da 29.ª jornada fizeram apenas ginásio e massagens, enquanto os restantes elementos estiveram no relvado sob orientação de Rui Borges. No entanto Hidemasa Morita - que vive dias felizes na sua vida pessoal - continua de fora e só deverá voltar em vésperas do Benfica - Sporting.
A lesão no pé esquerdo contraída ao serviço da seleção do Japão na data FIFA de março obriga a cuidados redobrados e trabalho de recuperação demorado. Assim, o jogador só estará 100% na penúltima jornada da Liga Portugal Betclic, no Estádio da Luz, no encontro que pode decidir o campeão nacional 2024/2025.
Além da ausência de Hidemasa Morita, o ala Nuno Santos, além dos médios Daniel Bragança e João Simões continuam a recuperar das respetivas lesões, que obrigaram a intervenções cirúrgicas, e continuam de fora do leque de opções para Rui Borges.
Perante os muitos problemas físicos no plantel, principalmente no meio-campo, o treinador tem sido obrigado a adaptar Zeno Debast. O plantel vai gozar de uma folga na próxima segunda-feira, dia 14 de abril, estando agendado o regresso para terça-feira, tendo em vista a receção ao Moreirense.
Na presente temporada, com a camisola do Sporting, Hidemasa Morita - avaliado em 15 milhões de euros - contabiliza 30 encontros: 19 na Liga Portugal Betclic, sete na Liga dos Campeões, dois na Taça da Liga, um na Taça de Portugal e outro na Supertaça Cândido de Oliveira. Nos 1.765 minutos que disputou, o médio apontou dois golos e realizou três assistências.