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Jogadores
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No dia 15 de Junho de 1937 nasceu Fernando Mendes, um homem que se preparava para ter uma história muito bonita com o seu Clube de coração. No Sporting, o craque ganhou títulos enquanto jogador e capitão - por exemplo, a Taça das Taças -, chegou a ser treinador e até desempenhou outras funções mais para a frente. O que é mais importante destacar na sua carreira é que nunca deu um 'não' ao conjunto verde e branco.
Fernando Mendes esteve perto de chegar ao Benfica, com 10 anos, quando foi para Lisboa, mas acabou por ser desviado para o Sporting, porque um dos seus irmãos jogava nos juniores dos leões. O médio estreou-se em 1957, mas foi apenas a partir de 1958/59 que se conseguiu destacar. O craque combinava uma bela técnica com uma grande disponibilidade física e um enorme espírito de liderança e, com apenas 22 anos, tornou-se capitão.
Em 1957/58 foi campeão nacional e em 1961/62 repetiu o feito. Ainda assim, não escapou a uma suspensão válida até ao fim da temporada depois de ter contestado uma multa da direção para os jogadores. Isso não o impediu de regressar em grande no ano seguinte. Fernando Mendes foi um dos totalistas da equipa que levou o Sporting a conquistar a Taça das Taças de 1964, como capitão.
O craque era imprescindível na seleção das quinas, onde somou 21 partidas oficiais. A última arruinou-lhe a carreira, após sofrer uma entrada violenta que o lesionou gravemente num dos joelhos, quando tinha ainda apenas 27 anos. Apesar de ter sido operado e ter conseguido recuperar, nunca mais foi o mesmo e abandonou os leões com 30 anos para jogar no Atlético.
O português acabou por jogar em clubes da África do Sul e dos Estados Unidos, onde esteve como jogador-treinador. As coisas correram bem para Fernando Mendes, que regressou a Portugal para treinar equipas jovens do Atlético e do Sporting, conjuntos em que também atuou como técnico-adjunto. Depois de uma passagem pelo Vianense, em 1979 foi chamado para comandar a equipa principal dos leões e conseguiu, à primeira, conquistar o campeonato.
Fernando Mendes recebeu o Prémio Stromp na categoria ‘Técnico’, em 1980, mas nesse mesmo ano acabou por sair do Sporting depois de um início de época complicado. Teve passagens pelo Marítimo, Belenenses, Farense e Trofense, até que regressou a Alvalade em 1987, desta vez para ser adjunto de Keith Burkinshaw.
Daí em diante, Fernando Mendes desempenhou imensas funções no departamento do futebol, como na área da formação e foi chamado ao comando da equipa principal em emergências. O homem que nunca virou a cara ao seu Sporting morreu no dia 31 de março de 2016, com 78 anos de idade, vítima de doença prolongada.
Jogador em questão é um médio espanhol que nunca vingou dentro das quatro linhas, mas sempre viu muitas esperanças depositadas no futebol que apresentava
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Alberto Zapater Arjol, conhecido apenas como Zapater, nasceu a 13 de Junho de 1985, em Ejea de los Caballeros, um município de Espanha. O médio do país vizinho - que entrou para o onze de jogadores espanhóis ex-leões elencados pelo Leonino - chegou ao Sporting com muita expectativa, mas acabou por não as cumprir, fazendo apenas uma temporada pelo Clube de Alvalade, na qual disputou 34 partidas e marcou quatro golos.
Zapater é um médio defensivo espanhol formado no Zaragoza, que foi promovido à equipa principal em 2004/05. Na altura, o craque rapidamente tornou-se numa peça-chave do onze titular, destacando-se, essencialmente, por combinar uma grande capacidade de passe e um poderio físico invejável.
O médio fazia parte das seleções jovens de Espanha e, pelo Zaragoza, alcançou a final da Taça do Rei de 2006, e conseguiu um regresso à 1ª Divisão, na época de 2008/09. Com todo este destaque, Zapater foi contratado pelo Génova, de Itália, por uma verba a rondar os 4,5 milhões de euros. O jovem não tinha uma missão fácil, pois iria substituir o ítalo-brasileiro Tiago Motta.
A verdade é que, um ano depois, Zapater acabou por ser usado como ‘moeda de troca’ na transferência de Miguel Veloso, na altura bastante promissor, do Sporting para o Génova. Desta forma, o espanhol assinou um vínculo de cinco temporadas com os leões e chegou com uma cláusula de rescisão no valor dos 25 milhões de euros.
Zapater nunca se conseguiu impor como titular nos leões, apesar de ter conseguido fazer uma boa reta final na temporada 2010/11. Para além disso, o médio defensivo espanhol não foi capaz de superar, nem de cumprir as expectativas e, até hoje, é relembrado pelos adeptos Sportinguistas como um ‘flop’ do Clube.
Na época seguinte, o espanhol foi uma das vítimas da reestruturação do plantel que a nova direção do Sporting fez e acabou como dispensado. Em agosto de 2011, Zapater assinou pelo Lokomotiv de Moscovo, que na altura era orientado por José Couceiro. Os verde e brancos ainda ficaram com direito a receber uma percentagem de uma futura venda do seu passe.
Mais uma vez, acabou por ‘flopar’ e depois de um ano parado, regressou ao Zaragoza, onde esteve até 2023, ano em que se transferiu para o Owattara, clube do Canadá que representa até aos dias de hoje. Pelo Sporting, Zapater nunca cumpriu com o esperado e deixou para trás 34 jogos oficiais, nos quais marcou quatro golos.
Craque foi um atleta com uma excelente capacidade na polivalência que o permitiu representar o Clube de Alvalade em diversas modalidades
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Nascido em Lisboa a 13 de junho de 1911, Eduardo de Oliveira Martins tornou-se num verdadeiro símbolo do Sporting. Sócio desde 1925, representou o Clube em 11 modalidades distintas, tendo conquistado títulos pelo Futebol - como o Campeonato de Lisboa em 1930/31, que começou com a morte trágica do lendário Francisco Stromp, Andebol de 11, Basquetebol e Râguebi. O atleta viveu para o conjunto verde e branco, dentro e fora de campo.
Aos 15 anos, o craque estreou-se com a camisola verde e branca num jogo do Campeonato Infantil de Futebol. Nessa mesma época, já jogou pela equipa principal, mas só se fixou como titular no final da época 1928/29. Oliveira Martins jogou a avançado-centro e desde cedo destacou-se como um finalizador nato.
Em maio de 1929, Oliveira Martins protagonizou um episódio caricato frente a um dos maiores rivais do Clube de Alvalade. De manhã, capitaneou a seleção de Lisboa numa vitória sobre o Porto, e à tarde marcou três golos no triunfo do Sporting por 3-2, novamente frente à equipa dos dragões, mas agora a contar para o Campeonato de Portugal.
Com a chegada de Rogério de Sousa para o ataque, Oliveira Martins perdeu o lugar de avançado, passando a fazer parte da equipa de reservas. Uma lesão levou-o a abandonar o futebol em 1935, ainda assim, fez 19 jogos oficiais pela equipa principal, com 10 golos e um título de Campeão de Lisboa.
Oliveira Martins foi craque também noutras modalidades. No Andebol de 11, somou oito Campeonatos de Lisboa. No Basquetebol, estreou-se em 1927 e jogou até 1939. Foi duas vezes internacional e chegou à final do Campeonato de Portugal em 1936/37, a primeira leonina. O eclético do Sporting ainda fez parte da primeira equipa de Râguebi dos leões, alinhando na defesa frente a um conjunto inglês.
No Atletismo destacou-se como júnior, vencendo o Lançamento de Peso da 'Taça Serra e Moura'. O craque competiu ainda em Esgrima, Natação, Polo Aquático, Voleibol, Ténis e até Automobilismo, tendo praticado desporto até aos 39 anos, sempre pelo Sporting. Para além de atleta, Oliveira Martins foi também um dirigente incansável. Esteve em múltiplos Órgãos Sociais do Clube de Alvalade, como Vice-presidente da Direcção, Relator e Secretário-geral.
O atleta destacou-se ainda como Diretor das Atividades Desportivas e como Vice-presidente para as Relações com Entidades e fez parte do primeiro Conselho Leonino e do Conselho Geral. Fora do desporto, o craque brilhou no cinema português em filmes como 'Maria do Mar', 'Pupilas do Senhor Reitor', 'Rosa do Adro' e 'Fátima Terra de Fé'. Em 1987, recebeu o Prémio Fair Play do Comité Olímpico Português. Quatro anos depois, no dia 21 de outubro de 1991, Oliveira Martins acabou por morrer.
Estrela em questão continua a fazer história no conjunto verde e branco, com um currículo de sonho para qualquer outro jogador da modalidade
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Paulo César Vaz Mendes, conhecido como Pauleta, nasceu a 12 de junho 1994 em São Domingos, freguesia de Santiago do Cacém, Portugal. O ala da equipa de futsal do Sporting - que está na final da liga em 2024/25 - já leva seis épocas pelo Clube, tendo alinhado em 222 jogos e marcado 100 golos. Durante este período pelos verde e brancos, ergueu uma Liga dos Campeões, quatro Campeonatos Nacionais, três Taças de Portugal, duas Supertaças e quatro Taças da Liga.
Pauleta fez a formação nos Leões de Porto Salvo, emblema que voltaria a representar mais tarde, depois de uma passagem pelos azuis do Restelo. Estreou-se no escalão sénior pelo Belenenses em 2013/14 e ficou lá dois anos, até ser contratado pelo seu clube de formação em 2015/16.
Com duas belíssimas temporadas ao serviço dos Leões de Porto Salvo, Pauleta transferiu-se para a equipa do Fundão em 2017/18 e foi no ano seguinte (2018/19) que se estreou ao serviço da seleção A das quinas na modalidade. Com isto, o ala estava pronto para dar o primeiro grande salto da sua carreira.
O ala chegou ao Sporting em 2019/20 e tornou-se numa das principais peças da equipa dos leões. De caras, ganhou a Supertaça, que acabou por ser o único título pintado de verde e branco nessa época. Pauleta não sabia, mas os seus próximos dois anos guardavam-lhe muitos momentos de festa.
A temporada seguinte, 2020/21, foi mágica para o craque. Não só limpou quase todos os títulos disponíveis para conquistar em solo português, à exceção da Supertaça, como ganhou a única Liga dos Campeões do seu currículo e ainda fez uma campanha histórica por Portugal. Pauleta foi campeão do Mundo em 2021 com o emblema das quinas ao peito.
Em 2021/22, agora sim, o ala venceu todos os títulos que tinha para erguer em território nacional ao serviço do Sporting, conquistando o campeonato, a Taça, a Supertaça e a Taça da Liga. Neste ano, ainda foi o melhor marcador do play-off e acabou considerado como o MVP da final. Para além disso, voltou a erguer um grande troféu por Portugal, mas desta vez, o Europeu de 2022.
Mais um ano se passou e, em 2022/23, Pauleta distinguiu-se como o homem da final na liga, ao marcar em todos os jogos e atingindo os cinco golos. Com mais três temporadas de títulos no currículo, Pauleta, em 2024/25, já leva uma Liga dos Campeões, quatro Campeonatos Nacionais, três Taças de Portugal, duas Supertaças, quatro Taças da Liga, um Campeonato do Mundo e um Campeonato da Europa. O ala totaliza 100 remates certeiros em 222 partidas de leão ao peito.