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Clube
14 Set 2020 | 10:00 |
A grande maioria dos Sócios dos clubes nem se dá ao trabalho de ler um Relatório e Contas das SAD gestoras das equipas de futebol que defendem com paixão em cada jogo. Por falta de tempo ou paciência, por puro desinteresse, ou porque não entendem as ‘metáforas’ contidas em algumas rúbricas. Depois revelam surpresa quando confrontados com notícias de dívidas astronómicas, necessidade de um pedido de PER (o Sporting esteve a semanas de recorrer a um em 12/13) ou mesmo processos de insolvência. Nos chamados grandes clubes, os adeptos normalmente aceitam como boas as mensagens que são passadas pelos administradores e ignoram que muitas das frases proferidas (ou escritas) têm uma grande carga propagandística, sob a qual se escondem verdades inconvenientes.
Na última semana vários sportinguistas escreveram e falaram sobre o ReC 19/20 da Sporting SAD. Excluindo um ou outro alucinado ou ignorante na interpretação dos números (como Sérgio Abrantes Mendes), a larga maioria dos textos publicados foi coincidente na leitura dos tópicos principais, bem como nos alertas assinalados. Por isso não vou aqui explicar rúbrica por rúbrica, antes demonstrar de forma muito resumida o porquê de o Sporting não ter dado qualquer passo ‘gigante’ (ideia utilizada por Varandas) rumo a um futuro melhor. Dizer, antes de mais, que assinalar o ‘maior volume de negócios da história da SAD’ seria muito positivo não se desse o caso de tal ser conseguido à custa dos resultados desportivos, afinal a atividade principal de uma SAD, porque chegar aos 175 milhões implicou a venda de Bruno Fernandes, Raphinha, Bas Dost, Thierry Correia, Félix Correia, Matheus Pereira, Domingos Duarte e Iuri Medeiros. Falamos principalmente de três jogadores titularíssimos, cuja ausência ajuda a explicar os desastrosos resultados da equipa, a qual não conquistou qualquer troféu e terminou a Liga na quarta posição, com 60 pontos! Creio que bastaria manter Bruno Fernandes até final do campeonato para garantir o terceiro lugar, mas nesse caso o exercício poderia terminar com um resultado negativo superior a 30 milhões de euros (se não fosse transferido antes de 30 de junho). Percebem?
Reparem: não foi a pandemia que fez com que o Sporting vendesse produtos e serviços (sem contar com jogadores) no valor de 68,5 milhões e assumisse custos num total de 107,4 milhões, ou seja, não foi pela COVID-19 que a SAD teve um desequilíbrio negativo em quase 39 milhões, entre receitas e despesas correntes. De forma séria podemos aceitar que sem pandemia a SAD encaixaria mais seis a sete milhões de euros, mas também teria mais 3,5 a quatro milhões de custos. Ok, o desequilíbrio estaria da ordem dos 35 ou 36 milhões de euros.
Por outro lado, aos proveitos extraordinários da venda de jogadores (106,9M) há a descontar os custos relacionados com essas transacções, como sejam as comissões (18,1M) mais as amortizações que são feitas aos custos do plantel e as respectivas imparidades [jogadores que custaram X, mas cujo valor é agora menor ou inexistente, por terem saído a custo zero, por exemplo] (22,7M). Logo, esse encaixe de 106,7 milhões na venda de jogadores traduz-se, isso sim, em 66,1 milhões de lucro. Portanto, aos 66,1M garantidos com receitas extraordinárias há a descontar os 38,9M negativos ocorrido nas receitas correntes. E então temos um resultado de exploração positivo em 27,2 milhões. Só que a estes a SAD ainda tem de subtrair os custos dos juros das dívidas bancárias e de factoring, que totalizaram 15,4M. É assim (juntamente com outros pequenos acertos financeiros) que o maior volume de negócios da história da SAD (175M) se traduz em apenas 12,5 milhões de resultado positivo!
E agora perguntam-me: mas o que tem tudo isto a ver com a perspectiva de um 20/21 e um 21/22 igualmente negros? Ora, os indicadores disponíveis mostram que o cenário em 20/21 ainda será pior. Porque, agora sim, devido à pandemia, a SAD não terá os 15 a 18 milhões de encaixe com a bilhética. Nem os cerca de 4,5 milhões de venda de merchandising. Estes números sofrerão forte redução. Mas tem de amortizar 17,6 milhões até maio de 2021 por conta do factoring realizado ao contrato com a NOS e tem dívidas a clubes pela aquisição de jogadores e treinador (a pagar até 30 de junho de 2021) no valor de 28,5 milhões. Ou seja, além dos gastos obrigatórios com pessoal (superior a 50 milhões de euros), existem estas duas faturas que totalizam 46 milhões de euros. Mas as despesas relacionadas com a atividade futebol são muitas mais. Mesmo que tudo seja reduzido ao máximo, há no mínimo mais 10 milhões de custos inevitáveis. Logo, a Sporting SAD terá responsabilidades perante funcionários e fornecedores superiores a 105 milhões, mas dificilmente conseguirá atingir ou superar os 60M em receitas correntes. Assim, neste momento a SAD terá a necessidade mínima de arrecadar 40 a 50 milhões em receitas extraordinárias (transação de jogadores), sendo que em termos de balanço de contas, a venda de Acuña mais o produto da venda de Matheus Pereira (20 milhões os dois juntos) não chegam sequer para tapar os custos já assumidos por Rúben Amorim (12,6), Pedro Gonçalves (6,5), Nuno Santos (3) e Feddal (3), os quais ultrapassam os 25 milhões de euros.
O que pode o Conselho de Administração fazer para lidar com este problema? 1 – Vender jogadores num valor mínimo de 50 milhões e, com isso, voltar a enfraquecer a equipa (porque os futebolistas colocados na lista de ‘dispensas’, todos juntos provavelmente nem 15 milhões garantirão caso sejam negociados), tal como fez em 19/20; 2 – Negociar um novo factoring sobre o contrato da NOS, o que seria totalmente contrário aos interesses do Sporting porque colocaria em causa a capacidade competitiva da equipa durante pelo menos mais três temporadas; 3 – Adiar a amortização dos 17,6 milhões de factoring para mais tarde, assumindo o pagamento de juros e, simultaneamente, aceitar que o exercício 20/21 terá resultados muito negativos, mas que tal será um mal necessário para dar à equipa todas as possibilidades de apurar-se para a Champions 21/22 e, depois, tapar boa parte do ‘buraco’ agora aberto com as receitas dessa prova. Esta opção seria tanto arriscada, quanto o será querer chegar à Champions delapidando ainda mais um plantel que já não é muito forte.
Este quadro, como se percebe, não reflete, em nada, o discurso ‘vencedor’ de Frederico Varandas. Porque na verdade esse quadro de otimismo só faz sentido na cabeça de garotos alucinados ou irresponsáveis, que recusam olhar a realidade de frente, como se no final do dia pudessem voltar a esconder-se atrás dos papás ou das mamãs, como faziam em pequenos após terem cometido algum disparate que prejudicasse terceiros.
Ah, falta explicar porque o cenário em nada melhora em 21/22: nessa época, além da devolução dos 26 milhões do Empréstimo Obrigacionista agendada para novembro (que será tentada através de um revolving, ou seja, a emissão de novas obrigações), há a amortizar entre maio e junho de 2022 um total de 63 milhões (!) entre empréstimo bancário e factoring. Uma vez mais: só é possível pagar toda esta dívida com a venda dos passes dos melhores jogadores. Infelizmente, o Sporting transformou-se neste buraco negro que faz desaparecer todo o dinheiro que dele se aproxima. Claro que Varandas e Zenha podem assobiar para o lado e deixar a ‘bomba’ nas mãos da administração que tomar posse em março de 2022…
Novidade foi lançada nas plataformas oficiais do Clube de Alvalade nesta sexta-feira, dia 28 de novembro, já a pensar nas festividades
28 Nov 2025 | 10:59 |
O Sporting anunciou, esta sexta-feira, dia 28 de novembro, uma edição especial de Natal em colaboração com a Nike. A novidade, que conta com uma nova camisola, foi apresentada e explicada nos meios de comunicação oficiais dos verdes e brancos.
Este produto é intitulado como 'Christmas Kit' e, de acordo com o comunicado dos leões, "pretende homenagear simultaneamente a quadra festiva e a identidade única do Sporting", mostrando que a época natalícia "vai além das luzes e dos presentes".
"Este equipamento especial reflete o calor dos reencontros familiares, o brilho das memórias partilhadas e a ligação que, de geração em geração, une os Sportinguistas em torno do seu Clube", pode ainda ler-se na explicação dada pela turma leonina.
De resto, o Sporting anunciou que o Christmas Kit em questão já se encontra disponível para venda e poderá ser adquirido em lojaverde.pt, na Loja Verde do Estádio José Alvalade, Colombo, Almada, e nos quiosques do Vasco da Gama, Ubbo e Cascais.
O Sporting volta a entrar em campo no próximo domingo, dia 30 de novembro, frente ao Estrela da Amadora, em jogo relativo à 12.ª jornada da Liga Portugal Betclic. O encontro diante da turma liderada por João Nuno jogar-se-á às 18h00, em Alvalade.
Confira:
Glória do Clube de Alvalade morreu aos 83 anos; Além do Presidente leonino, também Salgado Zenha e André Bernardo marcaram presença no velório
24 Nov 2025 | 19:49 |
Frederico Varandas, Presidente do Sporting, deslocou-se, este domingo, dia 24 de novembro, à Basílica da Estrela para marcar presença no velório de Júlio Rendeiro, antigo hoquista e figura histórica do emblema de Alvalade e da Seleção Nacional, que faleceu na última quarta-feira, aos 83 anos.
Além do presidente da Direção, marcaram presença Francisco Salgado Zenha, André Bernardo e vários elementos do Conselho Diretivo e dos restantes Órgãos Sociais do Sporting. Aos canais do Clube, Frederico Varandas prestou uma homenagem ao antigo atleta, treinador e dirigente leonino.
F. Varandas: "Júlio Rendeiro é uma das glórias do nosso Sporting"
"Júlio Rendeiro é uma das glórias do nosso Sporting. É um desportista de eleição que representou o Sporting e a Seleção Nacional ao mais alto nível. Foi duas vezes Campeão do Mundo, cinco vezes Campeão da Europa, Campeão Europeu pelo nosso Sporting, ganhou vários títulos nacionais. Dentro do clube, foi um atleta de eleição, treinador, vice-presidente. Parte uma das grandes glórias da nossa história", disse.
F. Varandas: "Perdemos um amigo"
Frederico Varandas recordou a convivência com o ex-atleta: "Do ponto de vista pessoal, perdemos um amigo. Era uma pessoa que vivia o Sporting intensamente, mas sempre com muita racionalidade. Tinha bom senso, era inteligente. Tivemos a sorte de nos cruzarmos com ele quando decidimos avançar para este projeto e foi uma pessoa que apoiou este Sporting deste 2018. Foi nosso mandatário nas duas eleições e, mesmo antes de partir, sei que estava muito orgulhoso e feliz por ver o Sporting como está. Era o grande amor da sua vida. Colocava o Sporting acima de qualquer outra coisa".
Nascido no Porto, Júlio Rendeiro chegou ao Sporting em 1971 e passou sete anos de leão ao peito. Foi tetracampeão nacional, venceu duas Taça de Portugal e uma Liga dos Campeões. Ao serviço de Portugal foi bicampeão mundial e pentacampeão europeu.
Grupo de Sócios do Clube de Alvalade alertou sobre as suas opções no mais recente comunicado, lançado na última terça-feira, 18 de novembro
19 Nov 2025 | 08:24 |
Depois da notícia a revelar que Frederico Varandas não iria concorrer às próximas eleições do Sporting sozinho, uma vez que o Movimento 'Hoje e Sempre Sporting' se preparava para apresentar um candidato para março de 2026, o grupo fez um esclarecimento.
Com Sócios do Sporting como Afonso Pinto Coelho, Vitor Afonso e Roberto Carvalho a porta-vozes, o Movimento lançou um comunicado no qual explicou que tem três hipóteses em vista: apresentar um nome, apoiar uma das listas ou manter uma equidistância "muitíssimo vigilante", tal como sucedeu em 2022.
Confira o comunicado na íntegra:
1 - O MHSS é constituído por uma base alargada de sócios, pese embora os comunicados emitidos sejam apenas assinados pelos membros fundadores em nome do MHSS, por razões de orgânica interna de funcionamento.
2 - O MHSS é um movimento agregador, que conversa regularmente com muitos outros sócios extra-Movimento e que está sempre disponível para falar com todos os sócios e grupos de associados que queiram falar com o Movimento, como aconteceu no período pré-eleitoral às eleições para os Órgãos Sociais do SCP de 2022, e como está a acontecer relativamente às eleições para os Órgãos Sociais do SCP de 2026.
3 - Oportunamente, o Movimento Hoje e Sempre Sporting tomará uma posição pública sobre o seu posicionamento em relação ao próximo ato eleitoral do nosso clube, sendo que estão em aberto, atualmente, três cenários possíveis:
A) Apresentação de um candidato a emergir do seio do Movimento Hoje e Sempre Sporting
B) O eventual aparecimento de outras candidaturas, poderá levar a que o MHSS se reveja num determinado projeto para o Clube e, em função do mesmo, decidir formalizar o apoio a essa candidatura.
C) À semelhança do processo eleitoral de 2022, no qual o MHSS recebeu convites para integrar duas das três listas candidatas poderemos, também, manter-nos equidistantes, embora muitíssimo vigilantes no que respeita à gestão financeira e desportiva do Grupo Sporting.