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O BURACO NEGRO

O exercício 19/20 apresentou resultados positivos à custa do desastre desportivo e não há indicadores de esperança para 20/21 ou 21/22

Leonino - Onde o Sporting é notícia
Leonino - Onde o Sporting é notícia

14 Set 2020 | 10:00 |

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A grande maioria dos Sócios dos clubes nem se dá ao trabalho de ler um Relatório e Contas das SAD gestoras das equipas de futebol que defendem com paixão em cada jogo. Por falta de tempo ou paciência, por puro desinteresse, ou porque não entendem as ‘metáforas’ contidas em algumas rúbricas. Depois revelam surpresa quando confrontados com notícias de dívidas astronómicas, necessidade de um pedido de PER (o Sporting esteve a semanas de recorrer a um em 12/13) ou mesmo processos de insolvência. Nos chamados grandes clubes, os adeptos normalmente aceitam como boas as mensagens que são passadas pelos administradores e ignoram que muitas das frases proferidas (ou escritas) têm uma grande carga propagandística, sob a qual se escondem verdades inconvenientes.


Na última semana vários sportinguistas escreveram e falaram sobre o ReC 19/20 da Sporting SAD. Excluindo um ou outro alucinado ou ignorante na interpretação dos números (como Sérgio Abrantes Mendes), a larga maioria dos textos publicados foi coincidente na leitura dos tópicos principais, bem como nos alertas assinalados. Por isso não vou aqui explicar rúbrica por rúbrica, antes demonstrar de forma muito resumida o porquê de o Sporting não ter dado qualquer passo ‘gigante’ (ideia utilizada por Varandas) rumo a um futuro melhor. Dizer, antes de mais, que assinalar o ‘maior volume de negócios da história da SAD’ seria muito positivo não se desse o caso de tal ser conseguido à custa dos resultados desportivos, afinal a atividade principal de uma SAD, porque chegar aos 175 milhões implicou a venda de Bruno Fernandes, Raphinha, Bas Dost, Thierry Correia, Félix Correia, Matheus Pereira, Domingos Duarte e Iuri Medeiros. Falamos principalmente de três jogadores titularíssimos, cuja ausência ajuda a explicar os desastrosos resultados da equipa, a qual não conquistou qualquer troféu e terminou a Liga na quarta posição, com 60 pontos! Creio que bastaria manter Bruno Fernandes até final do campeonato para garantir o terceiro lugar, mas nesse caso o exercício poderia terminar com um resultado negativo superior a 30 milhões de euros (se não fosse transferido antes de 30 de junho). Percebem?


Reparem: não foi a pandemia que fez com que o Sporting vendesse produtos e serviços (sem contar com jogadores) no valor de 68,5 milhões e assumisse custos num total de 107,4 milhões, ou seja, não foi pela COVID-19 que a SAD teve um desequilíbrio negativo em quase 39 milhões, entre receitas e despesas correntes. De forma séria podemos aceitar que sem pandemia a SAD encaixaria mais seis a sete milhões de euros, mas também teria mais 3,5 a quatro milhões de custos. Ok, o desequilíbrio estaria da ordem dos 35 ou 36 milhões de euros.


Por outro lado, aos proveitos extraordinários da venda de jogadores (106,9M) há a descontar os custos relacionados com essas transacções, como sejam as comissões (18,1M) mais as amortizações que são feitas aos custos do plantel e as respectivas imparidades [jogadores que custaram X, mas cujo valor é agora menor ou inexistente, por terem saído a custo zero, por exemplo] (22,7M). Logo, esse encaixe de 106,7 milhões na venda de jogadores traduz-se, isso sim, em 66,1 milhões de lucro. Portanto, aos 66,1M garantidos com receitas extraordinárias há a descontar os 38,9M negativos ocorrido nas receitas correntes. E então temos um resultado de exploração positivo em 27,2 milhões. Só que a estes a SAD ainda tem de subtrair os custos dos juros das dívidas bancárias e de factoring, que totalizaram 15,4M. É assim (juntamente com outros pequenos acertos financeiros) que o maior volume de negócios da história da SAD (175M) se traduz em apenas 12,5 milhões de resultado positivo!

E agora perguntam-me: mas o que tem tudo isto a ver com a perspectiva de um 20/21 e um 21/22 igualmente negros? Ora, os indicadores disponíveis mostram que o cenário em 20/21 ainda será pior. Porque, agora sim, devido à pandemia, a SAD não terá os 15 a 18 milhões de encaixe com a bilhética. Nem os cerca de 4,5 milhões de venda de merchandising. Estes números sofrerão forte redução. Mas tem de amortizar 17,6 milhões até maio de 2021 por conta do factoring realizado ao contrato com a NOS e tem dívidas a clubes pela aquisição de jogadores e treinador (a pagar até 30 de junho de 2021) no valor de 28,5 milhões. Ou seja, além dos gastos obrigatórios com pessoal (superior a 50 milhões de euros), existem estas duas faturas que totalizam 46 milhões de euros. Mas as despesas relacionadas com a atividade futebol são muitas mais. Mesmo que tudo seja reduzido ao máximo, há no mínimo mais 10 milhões de custos inevitáveis. Logo, a Sporting SAD terá responsabilidades perante funcionários e fornecedores superiores a 105 milhões, mas dificilmente conseguirá atingir ou superar os 60M em receitas correntes. Assim, neste momento a SAD terá a necessidade mínima de arrecadar 40 a 50 milhões em receitas extraordinárias (transação de jogadores), sendo que em termos de balanço de contas, a venda de Acuña mais o produto da venda de Matheus Pereira (20 milhões os dois juntos) não chegam sequer para tapar os custos já assumidos por Rúben Amorim (12,6), Pedro Gonçalves (6,5), Nuno Santos (3) e Feddal (3), os quais ultrapassam os 25 milhões de euros.


O que pode o Conselho de Administração fazer para lidar com este problema? 1 – Vender jogadores num valor mínimo de 50 milhões e, com isso, voltar a enfraquecer a equipa (porque os futebolistas colocados na lista de ‘dispensas’, todos juntos provavelmente nem 15 milhões garantirão caso sejam negociados), tal como fez em 19/20; 2 – Negociar um novo factoring sobre o contrato da NOS, o que seria totalmente contrário aos interesses do Sporting porque colocaria em causa a capacidade competitiva da equipa durante pelo menos mais três temporadas; 3 – Adiar a amortização dos 17,6 milhões de factoring para mais tarde, assumindo o pagamento de juros e, simultaneamente, aceitar que o exercício 20/21 terá resultados muito negativos, mas que tal será um mal necessário para dar à equipa todas as possibilidades de apurar-se para a Champions 21/22 e, depois, tapar boa parte do ‘buraco’ agora aberto com as receitas dessa prova. Esta opção seria tanto arriscada, quanto o será querer chegar à Champions delapidando ainda mais um plantel que já não é muito forte.

Este quadro, como se percebe, não reflete, em nada, o discurso ‘vencedor’ de Frederico Varandas. Porque na verdade esse quadro de otimismo só faz sentido na cabeça de garotos alucinados ou irresponsáveis, que recusam olhar a realidade de frente, como se no final do dia pudessem voltar a esconder-se atrás dos papás ou das mamãs, como faziam em pequenos após terem cometido algum disparate que prejudicasse terceiros.

Ah, falta explicar porque o cenário em nada melhora em 21/22: nessa época, além da devolução dos 26 milhões do Empréstimo Obrigacionista agendada para novembro (que será tentada através de um revolving, ou seja, a emissão de novas obrigações), há a amortizar entre maio e junho de 2022 um total de 63 milhões (!) entre empréstimo bancário e factoring. Uma vez mais: só é possível pagar toda esta dívida com a venda dos passes dos melhores jogadores. Infelizmente, o Sporting transformou-se neste buraco negro que faz desaparecer todo o dinheiro que dele se aproxima. Claro que Varandas e Zenha podem assobiar para o lado e deixar a ‘bomba’ nas mãos da administração que tomar posse em março de 2022…


Clube

Salgado Zenha detalha financiamento de 225 milhões de euros no Sporting

Na última segunda-feira, vice-presidente do Clube de Alvalade partilhou mensagem sobre operação, liderada pelo mercado norte-americano

Francisco Salgado Zenha, vice-presidente do Sporting, recorreu ao Linkedin para deixar uma mensagem de destaque
Francisco Salgado Zenha, vice-presidente do Sporting, recorreu ao Linkedin para deixar uma mensagem de destaque

28 Out 2025 | 07:57 |

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Na última segunda-feira, dia 27 de outubro, Francisco Salgado Zenha recorreu à rede social Linkedin com o objetivo de destacar a emissão de obrigações de 225 milhões de euros no Sporting, para investimento no Estádio José Alvalade. O vice-Presidente dos verdes e brancos alertou que, há uns anos, o Clube "vivia um momento de fragilidade financeira", mas que agora "dá um passo histórico no caminho da solidez e da ambição".


"Através da Sporting Entertainment S. A., o Clube concluiu com sucesso uma emissão de obrigações de €225 milhões, com prazo de 28 anos e uma taxa fixa de 5,75%. A operação foi liderada pelo mercado norte-americano, cuja procura — 8,5 vezes superior à oferta, atingindo cerca de €2 mil milhões — demonstra a confiança de investidores internacionais com um histórico profundo no setor de sports entertainment", pode ler-se.


O Sporting volta a entrar em campo já na terça-feira, dia 28 de outubro, frente ao Alverca. O encontro, a contar para os quartos-de-final da Taça da Liga, diante da turma liderada por Custódio, jogar-se-á no Estádio José Alvalade, pelas 20h30.


Confira a mensagem na íntegra:

Há apenas alguns anos, o Sporting Clube de Portugal vivia um momento de fragilidade financeira. Hoje, dá um passo histórico no caminho da solidez e da ambição.


Através da Sporting Entertainment S.A., o Clube concluiu com sucesso uma emissão de obrigações de €225 milhões, com prazo de 28 anos e uma taxa fixa de 5,75%.

A operação foi liderada pelo mercado norte-americano, cuja procura — 8,5 vezes superior à oferta, atingindo cerca de €2 mil milhões — demonstra a confiança de investidores internacionais com um histórico profundo no setor de sports entertainment.

Esta emissão obteve rating “investment grade” (BBB pela Morning Stars e BBB- pela Fitch Ratings, marcando o regresso daFitch Ratingsa emissões de clubes de futebol na Europa desde a operação do Real Madrid CF.

Para o Sporting Clube de Portugal, significa mais do que um selo financeiro — é o reconhecimento internacional de um projeto reconstruído sobre rigor, visão e credibilidade.

É a confirmação de que o Clube voltou a inspirar confiança e respeito no panorama global.

Mais do que uma operação, este é um marco estrutural: cria as bases para uma nova etapa de crescimento, permitindo ao Sporting Clube de Portugal acelerar o seu caminho para se afirmar como um hub global de entretenimento e lifestyle, onde o futebol é o centro, mas a experiência, a inovação e a emoção são o futuro.

Quero expressar o meu profundo agradecimento André Bernardo e à sua equipa — em especial à Teresa Muller e Sousa — pelo rigor e determinação ao longo de todo o processo.

Agradeço igualmente o enorme contributo do André Varela e Helena Morais Lima e as suas equipas, que foram incansáveis ao longo de todo o processo, e aos nossos parceiros estratégicos — J.P. Morgan, PLMJ e Legends Global, entre outros — cuja colaboração foi essencial para o sucesso desta transação.

Este momento marca uma nova era para o Sporting Clube de Portugal: a de uma instituição financeiramente sólida, globalmente respeitada e pronta para transformar a forma como vivemos o desporto e o entretenimento.

Porque quando se alia visão a execução, o impossível torna-se inevitável.

Confira algumas obras já realizadas:


Clube

Oficial! Sporting paga 69 milhões de euros para recuperar direitos televisivos

SAD dos verdes e brancos, liderada por Frederico Varandas, comunicou a transação na última quinta-feira, 23 de outubro, à CMVM

Sporting SAD anunciou ter procedido ao reembolso integral da operação de titularização “Lion Finance no. 2”
Sporting SAD anunciou ter procedido ao reembolso integral da operação de titularização “Lion Finance no. 2”

24 Out 2025 | 07:17 |

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A SAD do Sporting anunciou, na última quinta-feira, dia 23 de outubro, ter procedido ao reembolso integral da operação de titularização “Lion Finance no. 2”, num montante próximo dos 69 milhões de euros. Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o clube explicou esta operação.


A mesma tem por base a cessão dos créditos dos direitos televisivos da NOS à Sagasta Finance, que foi concluída sem quaisquer encargos financeiros associados. Com esta liquidação, a Sporting SAD e a Sporting Comunicação e Plataformas readquirem a totalidade dos créditos do contrato com a NOS até ao final do mesmo.


“Na sequência da conclusão da operação de emissão de obrigações da Sporting Entertainment, S.A. (adiante Sporting Entertainment) realizada no dia 22 de outubro de 2025, informa-se que, na presente data, a operação de titularização de créditos denominada “Lion Finance no. 2”, assente na cessão de créditos emergentes do Contrato de Cessão de Direitos Televisivos da NOS Lusomundo Audiovisuais, S.A. (adiante Contrato NOS) à Sagasta Finance STC, S.A. (adiante Sagasta Finance) e na subsequente emissão de obrigações emitidas pela Sagasta Finance foi, por deliberação unânime dos obrigacionistas, reembolsada, integralmente, pelo montante de EUR 68.792.338,48”, lê-se no comunicado.


Vale lembrar, ainda, que esta operação está diretamente ligada à recente emissão obrigacionista de 225 milhões de euros por parte da Sporting Entertainment, destinada a financiar o projeto de modernização do Estádio José Alvalade e reforçar a estrutura financeira do grupo.

O emblema verde e branco volta a entrar em campo na próximo domingo, dia 26 de outubro, frente ao Tondela. O encontro, a contar para a nona jornada da Liga Portugal Betclic, diante da turma liderada por Ivo Vieira, jogar-se-á no Estádio João Cardoso, às 18h00.



Clube

Francisco Pedro Balsemão fala do Sporting na homenagem a Pinto Balsemão

Antiga figura política, e da comunicação social nacional faleceu recentemente. No discurso durante o funeral, o filho mencionou o Clube de Alvalade

Pinto Balsemão, figura política nacional faleceu recentemente. No discurso durante o funeral, Francisco Pedro Balsemão falou do Sporting
Pinto Balsemão, figura política nacional faleceu recentemente. No discurso durante o funeral, Francisco Pedro Balsemão falou do Sporting

23 Out 2025 | 15:49 |

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Francisco Pedro Balsemão fez questão de ressalvar que toda a família de Francisco Pinto Balsemão era adepta do Sporting. O filha da figura política nacional, que faleceu recentemente, fez um discurso de homenagem ao pai, esta quinta-feira, dia 23 de outubro, e não se esqueceu do Clube de Alvalade.


"Construiu uma família que tudo fará para continuar o seu legado”, constituída pelos 20 descendentes - entre filhos, netos e bisnetos - “todos Sportinguistas”. “Somos unidos, fortes, divertidos como ele quis", explicou, durante o seu discurso, Francisco Pedro Balsemão.


Relembrar que a notável figura política em Portugal - foi um dos fundadores do PSD - bem como uma personalidade forte no campo da comunicação social - criador do grupo Imprensa, que detém a SIC e o Expresso - morreu na passada terça-feira, 21 de outubro, com 88 anos de idade.


Entretanto, já foram várias as personalidades portugueses que deixaram o seu testemunho e a sua homenagem para com Francisco Pinto Balsemão. Entre muitas vozes, destacam-se as de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, e Luís Montenegro, Primeiro Ministro português.

Francisco Pinto Balsemão era, de resto, adepto e sócio do Sporting Clube de Portugal, - que venceu ontem para a Liga dos Campeões - emblema que apoiava desde criança. Futebol, hóquei em patins, ténis ou golfe eram algumas das modalidades preferidas da personalidade nacional que nos deixou na última terça-feira, dia 21 de outubro.


Vídeo relacionado - Sporting vence o Marselha na UEFA Youth League:


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23 Out 2025 | 07:04

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