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Dário Essugo foi oficializado, na passada quarta-feira, 19 de março, oficializado como reforço do Chelsea, rendendo cerca de 22 milhões de euros aos cofres verdes e brancos, juntamente com Geovany Quenda, sendo que os dois são duas das maiores vendas da história da formação do Sporting.
Dário Essugo ingressou nas camadas jovens do Sporting em 2014, oriundo do União Desportiva Recreativa Santa Maria, emblema onde tinha chamado a atenção com o Benfica. Todavia, a abordagem dos encarnados não agradou à mãe do médio, que acabou mesmo por rumar aos leões.
Nas camadas jovens do Sporting, Dário Essugo foi sempre um dos nomes em destaque, queimando várias etapas e jogando diversos escalões acima do seu. Neste sentido, foi até com alguma naturalidade que o médio alcançou um feito que nunca irá esquecer, estreando-se, pela mão de Ruben Amorim, na equipa principal dos verdes e brancos.
No dia 20 de março de 2021, na receção do Sporting ao Vitória de Guimarães, em jogo 24.ª jornada do Campeonato Nacional, Dário Essugo envergou pela primeira vez a Listada verde e branca na equipa principal, entrando aos 84 minutos para o lugar de João Mário. No final da partida, o jovem então de apenas 16 anos não conseguiu conter as lágrimas.
A verdade é que a entrada de Dário Essugo nesse encontro ficará para a história do Sporting. Com 16 anos e seis dias, o médio tornou-se no jogador mais jovem de sempre a atuar na equipa principal dos leões – e do Campeonato Nacional também –, superando Santamaria (16 anos, 11 meses e 12 dias), Marco Caneira (17 anos e um dia) e Joelson Fernandes (17 anos, quatro meses e três dias). No que a nomes mais conceituados diz respeito, o jogador formado nos verdes e brancos bateu Luís Figo (17 anos, quatro meses e 27 dias), Paulo Futre (17 anos, cinco meses e 29 dias) e Cristiano Ronaldo (17 anos, seis meses e nove dias).
Nessa temporada, esse haveria de ser o único encontro de Dário Essugo pelo Sporting. Porém, a partida diante dos vimaranenses valeu ao médio o título de campeão pelos leões. Se a expectativa era a de que o jovem fosse cada vez mais aposta de Ruben Amorim, a verdade é que tal acabou por não acontecer.
Na época seguinte, Dário Essugo realizou apenas dois jogos pela equipa principal do Sporting (Ajax, fora, Liga dos Campeões, e Arouca, casa, Campeonato Nacional), aos quais juntou 15 encontros pelo conjunto secundário dos verdes e brancos e oito pelos juniores, continuando o seu processo de crescimento.
Em 2022/23, Dário Essugo teve mais algumas oportunidades de Ruben Amorim, mas nunca foi aposta firme do técnico. Ao todo, o médio somou 10 encontros na equipa A do Sporting, contabilizando apenas 406 minutos. No ano seguinte, em janeiro, e perante um cenário semelhante, o médio rumou por empréstimo ao Chaves (14 jogos) na procura de mais minutos de jogo.
No início de 2024/25, e até depois de somar 16 minutos nos triunfos do Sporting frente ao Nacional (6-1) e ao Farense (5-0), Dário Essugo seguiu, por empréstimo, para o Las Palmas. No emblema espanhol, o médio formado em Alvalade deu nas vistas (17 jogos e um golo) chegando mesmo a ser noticiado de que estaria na mira de Barcelona e Real Madrid.
Todavia, o futuro de Dário Essugo haveria de ser outro. O Chelsea chegou-se à frente pelo médio do Sporting e pagou uma verba a rondar os 22 milhões de euros, o que foi suficiente para Frederico Varandas libertar o atleta, que só rumará aos blues no verão, após a conclusão do empréstimo ao Las Palmas.
No Chelsea, o futuro de Dário Essugo é incerto. O clube inglês conta com quase uma centena de jogadores nos seus quadros e a afirmação do antigo jogador do Sporting não será fácil. Resta saber se um empréstimo no próximo defeso pode ser a solução para o internacional pelas camadas jovens de Portugal.
Ao todo, com a camisola do Sporting, Dário Essugo realizou 25 encontros pela equipa principal, não tendo conseguido fazer o gosto ao pé pelo Clube de Alvalade em nenhuma ocasião. O médio conquistou, porém, dois importantes títulos pelo emblema do seu coração: dois Campeonatos Nacionais (2020/21 e 2023/24). Caso os verdes e brancos triunfem na Liga Portugal Betclic, este número subirá para três.
Jogador português teve, estranhamente, apenas uma internacionalização naquela que foi uma carreira marcada por vários sucessos em Lisboa e Coimbra
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Joaquim António Oliveira Duarte, nascido a 19 de março de 1943, em Arroios, jogou como avançado e a sua carreira foi marcada por passagens impactantes pela Académica e pelo Sporting, clubes nos quais soube conquistar o seu espaço e tornar-se importante.
Iniciou a sua carreira profissional no emblema de Alvalade e aos 18 anos recebeu do treinador Juca a oportunidade de se estrear pela equipa principal do Sporting, diante do Marvila, para a Taça de Portugal, apontando, até, um dos quatro golos do triunfo verde e branco.
A mudança para Coimbra deu-se em 1962, para que pudesse prosseguir os estudos, e no Académica jogou, num primeiro momento, três épocas. Depois disso, voltou a vestir a Listada verde e branca e tornou-se titular na equipa que ergueu o Campeonato Nacional em 1956.
Nessa época, a melhor da sua carreira, chegou aos nove golos marcados em 35 partidas de leão ao peito. Venceu, também, a Taça de Honra, numa final disputada diante do Benfica, no Estádio José Alvalade, com o resultado a ficar fechado em 2-1. Os golos dos leões foram apontados por Ferreira Pinto e Peres.
Após terminar a temporada de 1969/70, Oliveira Duarte decidiu regressar a Coimbra para completar a sua licenciatura em Engenharia Agrónoma. Durante esta segunda passagem pela Académica, jogou mais três temporadas e encerrou a carreira como campeão nacional da 2ª Divisão na época de 1972/73.
Apesar do seu enorme talento, Oliveira Duarte jogou uma única vez pela seleção nacional portuguesa. Estreou-se a 13 de novembro de 1966, num jogo de apuramento para o Europeu de 1968, frente à Suécia, em Lisboa, que terminou com uma derrota da armada lusa por 2-1. Chegou a estar pré-convocado para o Mundial de 1966, mas não integrou a lista final e ficou de fora da prova.
Após encerrar a carreira como jogador, Oliveira Duarte manteve a sua ligação ao futebol, assumindo funções diretivas. Entre 1986 e 1988, integrou a Direção do Sporting como Diretor do Departamento de Futebol e contribuiu com a sua experiência e conhecimento para o desenvolvimento do Clube.
Antigo médio brasileiro chegou a Lisboa vindo do Portuguesa e trouxe consigo qualidade, experiência e talento que marcaram uma era em Alvalade
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William Douglas Humia Menezes, conhecido apenas como Douglas, nasceu a 17 de março de 1963, em Belo Horizonte, no Brasil, e iniciou a sua formação no Cruzeiro, no ano de 1981. Cedo tornou-se num símbolo deste clube e não tardou a chegar, também, à seleção canarinha, que no total representou por 12 ocasiões.
Em 1988, depois de uma breve passagem pela Portuguesa, transferiu-se para o Sporting e trouxe consigo a experiência e o talento necessários para ter impacto mediato. Em Alvalade, teve como colegas de setor jogadores de renome como Silas, Carlos Manuel, Oceano, Peixe, Luís Figo e Balakov - que recentemente comentou a mudança de Francisco Trincão para a 'camisola 10'.
Ao longo de quatro temporadas com a Listada verde e branca, entre 1988/89 e 1991/92, Douglas realizou 124 jogos e marcou 14 golos. A qualidade que demonstrava ter com a bola nos pés marcou uma era no meio-campo leonino e levam-no a ser lembrado, ainda hoje, pelos adeptos Sportinguistas.
Terminada a passagem por Portugal, Douglas voltou ao Brasil e deu seguimento à carreira primeiro no Cruzeiro e, posteriormente, no Ponte Preta. Aos 32 anos decidiu 'pendurar as chuteiras' e, a partir desse momento, passou a dedicar-se a gestão de empresas. Também chegou a comandar alguns pequenos clubes da região como treinador.
O antigo internacional brasileiro, que jogava habitualmente com as meias para baixo, a camisola para fora dos calções e os cabelos compridos soltos, chegou a recordar, em maio de 2020, a sua passagem por Alvalade, garantindo sentir muitas saudades desse período.
"Foi uma passagem que marcou muita a minha vida, tenho amigos até hoje. (...) O Sporting merece grandes jogadores, uma grande equipa, pelos Adeptos que tem. Eu sou fã do Sporting, eu e a minha família e os meus filhos. Os Sportinguistas merecem uma equipa boa. Nunca me arrependi de ter ido para o Sporting", garantiu Douglas, em entrevista concedida à Sporting TV.
Ao serviço do Clube de Alvalade, brasileiro realizou 72 encontros e fez o gosto ao pé em três ocasiões. Relação com os adeptos leoninos não foi fácil
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Evaldo, nascido a 18 de março de 1982, representou o Sporting por três temporadas, mas nunca conseguiu encantar os adeptos leoninos. Apesar de ter envergado a Listada verde e branca em 72 ocasiões – nas quais marcou três golos –, o lateral esquerdo nunca se conseguiu afirmar no Clube de Alvalade.
Em 2003, Evaldo, com apenas 21 anos, mudou-se de armas e bagagens do Brasil para o Porto. Na turma de José Mourinho, o brasileiro durou apenas uma época, na qual realizou dois jogos – Vilafranquense (Taça de Portugal) e Rio Ave (Campeonato) –, acabando mesmo por conquistar o título nacional.
Na época seguinte, Evaldo rumou ao Marítimo e, na ilha da Madeira, a experiência foi bem mais positiva. Ao cabo de quatro temporadas, o brasileiro era um ala confiável, sendo dos elementos mais valiosos do conjunto insular. Ao todo, o ala realizou 113 encontros, não tendo, porém, marcado qualquer golo.
No mercado de verão de 2008, Evaldo trocou o Marítimo pelo Braga, num negócio a rondar os 800 mil euros. Na pedreira, o brasileiro esteve apenas por duas épocas, mas as suas prestações (85 jogos, três golos e parte da equipa que terminou no segundo lugar do Campeonato) foram suficientes para convencer os responsáveis do Sporting a avançar para a sua contratação.
No verão de 2010, a estrutura do Sporting decidiu avançar para a contratação de Evaldo, investindo cerca de 3 milhões no brasileiro. O objetivo passava por trazer um atleta capaz de concorrer com Leandro Grimi e a verdade é que isso foi alcançado, dado que o ex-Braga foi titular absoluto em 2010/11 (47 partidas e um golo).
A estreia pelo Sporting aconteceu a 29 de julho de 2010. Na deslocação ao reduto do Nordsjaelland, em jogo a contar para a terceira pré-eliminatória da Liga Europa, Evaldo foi titular na vitória da turma de Paulo Sérgio, por 1-0, com finalização certeira de Simon Vukcevic aos 24 minutos. Nessa mesma competição, o canhoto marcou o primeiro golo com a Listada verde e branca frente ao Brondby.
Contudo, os bons tempos de Evaldo no Sporting tiveram vida curta. Em 2011/12, com a chegada de Emiliano Insúa, o brasileiro passou a ser habitual suplente, realizando apenas 25 encontros, nos quais apontou dois golos (Nordsjaelland e Sporting Vaslui). Na época seguinte, o ala foi emprestado ao Deportivo da Corunha e não mais viria a representar os leões.
Em outubro de 2013, depois de não ter chegado a um entendimento para renovar contrato com o Sporting, Evaldo chegou a acordo com os responsáveis leoninos para abandonar o Clube de Alvalade. Até final da carreira, o brasileiro representou emblemas como o Gil Vicente (35 jogos e três golos), Moreirense (35 partidas e um golo), Cova da Piedade (126 encontros e cinco golos), Torreense (27 encontros e quatro golos) e Atlética da Malveira (19 partidas e dois golos).
Apesar de não ter terminado da melhor maneira, Evaldo manteve uma ligação emocional ao Sporting. Recentemente, no torneio de lendas organizado pela Liga Portugal, o lateral representou os leões e ajudou o Clube de Alvalade a vencer o torneio, deixando pelo caminhos clubes como o Benfica e o Porto, em encontros bastante quentinhos.