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CENTENÁRIO JORNAL SPORTING: QUATRO ANTIGOS DIRETORES RELEMBRAM VELHOS TEMPOS

Fernando Correia, Miguel Salema Garção, José Quintela e Pedro Figueiredo recordaram ao Leonino algumas das melhores memórias à frente da publicação do Clube de Alvalade

Leonino - Onde o Sporting é notícia
Leonino - Onde o Sporting é notícia

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O Jornal Sporting celebra, esta quinta-feira, 31 de março, 100 anos. No centenário da mais antiga publicação de clubes do mundo, o Leonino falou com quatro diretores que passaram pelo mesmo: Fernando Correia, Miguel Salema Garção, José Quintela e Pedro Figueiredo.


No caso de Fernando Correia, conhecido jornalista português, esteve por 18 anos no Jornal Sporting, como diretor-adjunto e diretor principal, tendo sido claro quando lhe questionámos sobre as suas melhores memórias: a inauguração do Estádio José Alvalade e da Academia, dois pilares do Clube. Depois, entre junho de 2006 e maio de 2010, foi a vez de Miguel Salema Garção, diretor no total de 186 publicações e que recordou, ao Leonino, ter encetado “um conjunto de medidas que permitiram garantir a sustentabilidade” da publicação.


Mais recentemente, temos ainda José Quintela, diretor da publicação entre 264 edições da mesma, segundo dados recolhidos através da WikiSporting, que acabou por enumerar três recordações especiais de momentos distintos: “um individual, um de evocação e um coletivo”. Posteriormente, Pedro Figueiredo foi diretor interino do Jornal Sporting, assinando 28 edições da mesma, sendo que recorda um tema especial que acompanhou algumas delas: o Pavilhão João Rocha, da sua construção à inauguração.


Veja AQUI as declarações de João Xara-Brasil (pai e filho, que dirigiram o jornal Sporting) e conheça AQUI um pouco mais da história do Jornal Sporting.

Confira, na íntegra, as entrevistas a Fernando Correia, Miguel Salema Garção, José Quintela e Pedro Figueiredo:


Leonino (L): Qual a melhor memória que tem do Jornal enquanto seu diretor?

  • Fernando Correia: Estive na Direcção do Jornal Sporting durante 18 anos, como Diretor – Adjunto e como Diretor principal –, o que vale por dizer que vivi muitas situações inesquecíveis. Recordo, no entanto, todas as reportagens feitas relativas à construção do novo Estádio e à construção da Academia, muitas delas assinadas por mim, bem como a da inauguração do Estádio, essa complementada com o relato do jogo inaugural (TSF), onde Cristiano Ronaldo foi especialmente seguido por Sir Alex Ferguson, acabando por ser contratado pelo Manchester United.
  • Miguel Salema Garção: A melhor memória é sem dúvida ter partilhado momentos de enorme sportinguismo com quem lá trabalhava e colaborava, em particular com a senhora dona Leonor Roque que me conhecia desde muito novo, dos tempos do eterno Presidente João Rocha. Mas o que mais saliento é o facto de ter encetado, logo no início, um conjunto de medidas que permitiram garantir a sustentabilidade do Jornal num momento em que se podia vir a questionar a eventual razão da sua existência.
  • José Quintela: Quando falamos de memória, na verdade, falamos de memórias, pelo que não é fácil reduzir a uma única situação ou acontecimento. Recordo por isso e de forma simbólica três momentos: um individual, um de evocação e um coletivo.

    • O primeiro foi quando tive a honra de assumir a função de Diretor do Jornal Sporting, em 04 de Abril de 2013 e assinei o meu primeiro editorial. Tratou-se de uma grande responsabilidade, um jornal que acabava de completar 91 anos de Sportinguismo.
    • Outro momento, este de evocação, foi sem dúvida o concretizar de um desejo revelado no nosso Jornal Sporting pela nossa colunista mais antiga, a nossa querida amiga e saudosa consócia Maria de Lourdes Borges de Castro. Na coluna que então assinava, “Verde Rosa”, revelou aos leitores que gostaria de ter recebido por batismo, a graça de “Maria Sporting”. Esta não pela graça concedida pelo batismo mas apenas simbolicamente foi concretizada com a surpresa que então realizámos ao mudar o nome da sua coluna precisamente para “Maria Sporting”. E no dia do 94º aniversário do Jornal, fomos com o Jornal Sporting e Sporting TV, ao lar onde se encontrava alojada, com um bolo de aniversário em que a cobertura era a primeira página do Jornal Sporting desse dia, tendo cantado os parabéns e apagado as velas.
    • O terceiro momento, é um momento de celebração coletiva e de exaltação da grandeza do nosso Jornal. No 95.º aniversário, conseguimos reunir a maioria dos Diretores do Jornal Sporting ainda vivos e em Alvalade homenageá-los. Em pleno relvado, ao intervalo, foram apresentados e saudados pelos Sportinguistas enquanto recebiam uma moldura com a réplica da capa da primeira edição do Jornal responsabilidade de cada um deles. Foi sem dúvida um momento de união e de reconhecimento, pois todos foram importantes para que chegássemos até aí, tal como agora, chegarmos ao Centenário, um imenso orgulho.

  • Pedro Figueiredo: Do Pavilhão João Rocha. Dos trabalhos que fomos publicando ao longo da construção e na inauguração propriamente dita. Foi um marco histórico na vida do Clube e espero que tenha ficado bem documentada no Jornal, para memória futura.

L: No atual contexto mediático, qual deve ser o posicionamento editorial do jornal?

  • Fernando Correia: Defender os interesses do Sporting Clube de Portugal; ser um órgão de comunicação aberto a todos os Sócios e adeptos; promover a união entre todos os Sportinguistas; dedicar especial atenção aos Núcleos, tanto em Portugal (Continental e Insular) como no estrangeiro; ser o porta-voz da “verdade” sportinguista.
  • Miguel Salema Garção: O Jornal Sporting é um meio de comunicação de defesa intransigente dos superiores interesses do Sporting Clube de Portugal. Deve ter um caracter informativo, mas também um dos pilares de combate mediático do Clube.
  • José Quintela: O posicionamento do Jornal compete e é responsabilidade da sua equipa dirigente, nomeadamente do seu Diretor e na qual não me quero imiscuir.
  • Pedro Figueiredo: O Jornal Sporting sempre teve e continua a reunir todas as condições para funcionar como a verdadeira agência de informação do Clube. A Sporting TV, infelizmente, não tem meios para chegar a todas as modalidades como o Jornal consegue chegar. É uma questão de articular a equipa com os restantes departamentos, como de resto já aconteceu.

L: Quais os desafios do Jornal Sporting para o futuro?

  • Fernando Correia: O jornal deve ser editado em papel, mas também deve ter uma edição “online”, sobretudo informativa, que justifique os tempos atuais onde a comunicação é global e imediatista. Para além disso, deve ter, mensalmente, uma edição em formato revista para colecionadores de artigos especializados, de fotos com história e da ação desenvolvida pelas modalidades. Essa edição mensal deveria ser publicada juntamente com o jornal, enquanto suplemento. A referida edição “online” não pode ser confundida, nem prejudicada, pela existência do “site”. Os objetivos são necessariamente diferentes.
  • Miguel Salema Garção: Os desafios devem passar pelo seu crescimento e pela digitalização. Com o desenvolvimento das novas tecnologias de comunicação e informação, o jornal Sporting deve juntar o físico ao digital e tentar aumentar o seu alcance e chegar a outras geografias.
  • José Quintela: Os desafios são imensos e similares em muitos aspetos àqueles que a imprensa em geral vive, nada fáceis, mas onde a criatividade e capacidade de reinvenção serão fundamentais.
  • Pedro Figueiredo: Adaptar-se da melhor maneira à realidade digital. Continuo sem entender por que razão o Jornal Sporting continua sem presença nas redes sociais, por exemplo. Não deve abandonar a versão impressa e o caminho na versão digital está a ser bastante positivo. A inserção de vídeos foi um excelente passo nesse sentido, basta agora fazer ajustes no tipo de conteúdos oferecidos. É notável chegar-se à celebração do centenário do Jornal Sporting e a sua ‘Razão de Ser’ continuar tão atual como no dia em que foi escrita, há mais de 100 anos!

L: Numa frase, o que significa o Jornal Sporting para si?

  • Fernando Correia: A paixão pelo Clube e a necessidade de divulgar a nossa Verdade.
  • Miguel Salema Garção: Significa uma já longa, rica e bonita história do melhor Clube do mundo.
  • José Quintela: O único Jornal que coloca toda a verdade verde no branco!
  • Pedro Figueiredo: Um dos pontos mais altos da minha carreira profissional como jornalista e o maior orgulho por ter servido em tão nobre posição o Clube do meu coração.

L: Como é que olha para a atual situação do Sporting?

  • Fernando Correia: O Sporting Clube de Portugal recuperou a sua imagem de grande instituição desportiva e social que é. Por outro lado, voltou a afirmar-se como grande potência desportiva, respeitada e “temida”. Voltou a ser Campeão Nacional no futebol profissional (SAD) e a colocar-se numa posição que lhe permite, todos os anos, lutar pelo melhor lugar na classificação, ou seja, ser sempre candidato ao título. Também cimentou a ação desenvolvida pela Academia, enquanto Escola, não abdicando dos valores morais e educacionais que devem acompanhar o crescimento desportivo. Finalmente recuperou totalmente (ou quase) a sua apetência eclética, praticando todas as modalidades com capacidade para conquistar primeiros lugares.
  • Miguel Salema Garção: Do ponto de vista desportivo, é com alegria que vivemos momentos de sucesso nas várias modalidades. Do ponto de vista económico e financeiro, e face ao que se passa em Portugal e no mundo, a juntar às dificuldades inerentes à sua atividade, vejo o futuro a curto e medio prazo com expectativa e alguma preocupação, mas mantendo a crença e o entusiasmo de que saberemos todos contribuir para um Sporting cada vez mais unido e coeso para vencermos os desafios e obstáculos que teremos pela frente.
  • José Quintela: O Sporting vive um bom momento desportivo e de tranquilidade, acabámos de sair de um processo eleitoral em que a vontade dos Sócios foi expressa de forma inequívoca. Agora todos temos que trabalhar e apoiar o nosso Sporting em todo o lado que estiver representado. Os Sócios nos locais apropriados, a cada momento farão ouvir aquilo que consideram ser o mais indicado para o Sporting Clube de Portugal, como é normal em qualquer organização democrática. Aproveito, antes de terminar, esta oportunidade, que desde já agradeço, para felicitar todos aqueles que contribuíram para que o Jornal Sporting chegasse até aqui e hoje possamos em conjunto celebrar este honroso e único Centenário, naquele que é o Jornal mais antigo de clubes e faço-o, na pessoa do seu atual Diretor, a quem cumprimento e saúdo.
  • Pedro Figueiredo: Com as recentes eleições, politicamente pouco se alterou. As saídas que se registaram não determinaram uma mudança política significativa. Desportivamente, o futebol mantém-se uma fortaleza sob o comando de Rúben Amorim, mas as modalidades, na sua generalidade, ficaram mais vulneráveis pelos cortes orçamentais a que foram sujeitas. Algumas fecharam mesmo no anterior mandato (incluindo modalidades olímpicas), o que é sempre de lamentar. A grandeza do Sporting Clube de Portugal não advém, apenas, do futebol.


Clube

Museu Sporting encerrado; Saiba porquê

No seu site oficial, emblema verde e branco explica, esta sexta-feira, dia 3 de janeiro, os motivos pelos quais tomou esta decisão

Museu Sporting encerrado para obras
Museu Sporting encerrado para obras

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O Sporting anunciou, através de uma nota publicada no seu site, esta sexta-feira, dia 3 de janeiro, que o Museu foi encerrado para obras de remodelação. A modernização do Estádio José Alvalade e a Nova Era 2.0 continua em marcha e as remodelações anunciadas recentemente estão a avançar.


“Algumas zonas do estádio irão ser intervencionadas para que, no início da época 2025/2026, os sócios e adeptos possam já vivenciar toda uma nova experiência de hospitalidade num renovado Estádio José Alvalade", começam por detalhar os verdes e brancos.


Recorde-se que, aquando do anúncio da recompra do espaço comercial conhecido por Alvaláxia, em setembro do ano passado ano de 2024 e aprovado pelos sócios em Assembleia Geral no mês seguinte, o emblema verde e branco anunciou a intenção de realocar o Museu neste espaço.


"Uma das primeiras áreas afetadas por estas obras será o Piso 1 Poente, onde se localiza atualmente o Museu Sporting, que será alvo de uma grande remodelação tendo em vista a criação de um conceito único e inovador a ser apresentado em breve", revelam os leões.

"O Stadium Tour mantém-se e convidamos todos os Sócios e adeptos, que ainda não tiveram a oportunidade de conhecer por dentro o Estádio José Alvalade, a virem visitar-nos das 11h00 às 17h00, de terça-feira a domingo (incluindo feriados)", acrescentam.


Veja a publicação do Sporting:



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Prémios Leonino 2024: Nani é o escolhido para o Prémio Carreira do Sporting

Com três passagens pelo Clube do coração, despediu-se dos relvados em Alvalade um dos melhores jogadores portugueses das últimas décadas

Nani vence Prémio Carreira do Sporting para o Leonino
Nani vence Prémio Carreira do Sporting para o Leonino

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Nani é o eleito da Redação Leonino para o Prémio Carreira. Aos 38 anos de idade, o antigo capitão do Sporting decidiu recentemente colocar fim a uma longa e triunfante carreira no mundo do futebol, onde jogou durante quase 20 anos ao mais alto nível.


Foi a 10 de agosto de 2005, frente à Udinese, que Nani se estreou como sénior, na altura com 19 anos. Lançado por José Peseiro, o internacional luso entrou aos 72 minutos da partida da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões, para o lugar de Custódio.


Dois anos depois, Nani viria a ser contratado pelo Manchester United, em 2007, por cerca de 25,5 milhões de euros, tendo jogado sete épocas no clube de Inglaterra, até 2014. Pelos "red devils", venceu uma Liga dos Campeões, um Mundial de Clubes, quatro vezes a Premier League, quatro vezes a Supertaça inglesa e duas vezes a Taça da Liga inglesa.


Após épocas de grande protagonismo em terras de Sua Majestade, retornou a Alvalade, onde chegou por empréstimo e como reforço de proa para a equipa orientada por Marco Silva (2014/15), antes de ressurgir novamente de verde e branco, em definitivo, onde apenas permaneceu pouco mais de meia época em 2018/19.

Nani atuou assim em três momentos distintos pelo clube do Coração. No total, pela equipa principal do Sporting, o craque fez 141 jogos, marcou 33 golos e fez 24 assistências, além de ter conquistado três Taças de Portugal (2006/07, 2014/15, 2018/19) e uma Taça da Liga (2018/19). Além de leões e 'red devils, Nani atuou ainda no Fenerbahçe (Turquia), Valência (Espanha), Lazio (Itália), Orlando City (EUA), Venezia (Itália), Melbourne Victory (Austrália), Adana Demirspor (Turquia) e, finalmente, Estrela da Amadora.


O extremo foi ainda 112 vezes internacional A por Portugal (24 golos), conquistando, inclusive, o Campeonato da Europa de 2016, Na final, realizada no Stade de France, diante dos gauleses, Nani "herdou" a braçadeira de Capitão, após a lesão de Cristiano Ronaldo nos minutos iniciais.

Quis o destino que a última vez que Nani entrasse em campo como jogador profissional fosse no sítio onde tudo começou: Alvalade. A 1 de novembro de 2024, o extremo atuou 38 minutos na derrota do emblema da Reboleira frente aos leões (5-1), num jogo onde foi recebido com uma monumental ovação por parte dos adeptos Sportinguistas. O encontro no reduto verde e branco foi mesmo o último da carreira de um dos melhores jogadores portugueses das últimas décadas.


Clube

Depois das críticas a João Pereira, Sporting venceu

Cronista não se poupou nas palavras dirigidas ao antigo técnico do Clube de Alvalade; Na estreia de Rui Borges, os leões triunfaram

Luís Avelãs criticou João Pereira, ex técnico do Sporting
Luís Avelãs criticou João Pereira, ex técnico do Sporting

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Luís Avelãs criticou recentemente o mau momento que os leões atravessaram nas últimas semanas e deixou duras críticas na direção no antigo treinador do Clube de Alvalade. Ainda antes da saída do treinador do Sporting, o jornalista apontou diversas falhas ao antecessor de Rui Borges.


"Há várias razões, como a falta de sorte em certos momentos (destaque para a bola à trave perto do fim), mas é evidente que a saída de Ruben Amorim mexeu com a confiança coletiva. E para tornar tudo ainda mais complicado, João Pereira não dá sinais de ser capaz de alterar o rumo dos acontecimentos", começou por escrever.


"Não acerta no onze; as substituições pouco ajudam; sempre que fala – antes ou depois dos jogos – não consegue transmitir uma mensagem forte e o grupo está à deriva. Depois de tecer rasgados elogios a João Pereira na sua apresentação – seja estranho, tão pouco tempo volvido, optar por interromper a ligação".


"Confiar no processo será a atitude mais coerente, mas como conseguirá fazer frente aos maus resultados e ao descontentamento generalizado entre as hostes leoninas? O facto de ter marcado primeiro não deveria ter serenado os leões? Sim, mas a jogar com pouca confiança os jogadores estão sempre mais perto de errar. E quando a onda é negra, os erros custam caro", afirmou na altura.

Certo é que, com a chegada de Rui Borges, os leões venceram o Benfica por 1-0. O Clube de Alvalade volta a entrar em campo na próxima sexta-feira, dia 3 de janeiro, frente ao Vitória de Guimarães, ex equipa do novo técnico leonino. O encontro da 17.ª jornada da Liga Portugal Betclic diante da turma liderada por Daniel Sousa jogar-se-á às 20h15, no Estádio D. Afonso Henriques.



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