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Curiosidades
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Ao que parece, Viktor Gyokeres - que está a ser colocado na rota do Manchester United - não se cansa de marcar golos. No jogo do passado domingo, a contar para a 31ª jornada da Liga Portugal Betclic, o Sporting bateu a equipa do Boavista, por 5-0, e o avançado sueco apontou o segundo “poker” da temporada. No total, o número 9 dos leões soma já 52 golos em todas as competições de clubes, nesta época, e está de olho num recorde de Cristiano Ronaldo.
Mas a fome de Gyokeres começou ainda na temporada passada, quando entrou pelas portas de Alvalade em 2023/24, temporada em que apontou 43 tiros certeiros às baliza adversárias. Somando estes registos do goleador leonino, as contas são fáceis de fazer: 95 golos em 98 jogos oficiais de leão ao peito.
Este registo impressionante de Viktor Gyokeres pode apenas ser comparado com o daquele que, para muitos, é o melhor jogador da história, Cristiano Ronaldo. Na sua chegada ao Santiago Bernabéu, o cinco vezes melhor do mundo precisou de apenas 105 partidas para chegar à centena de golos pelo Real Madrid, mas o avançado do Sporting pode roubar o recorde ao português.
Até ao encerramento da sua época desportiva, o Sporting vai ter encontros com o Gil Vicente, Benfica, Vitória de Guimarães e a final da Taça de Portugal, também ela contra o rival encarnado. Isto significa que Viktor Gyokeres tem a oportunidade de chegar à marca dos 100 golos em 103 jogos, batendo a marca de Cristiano Ronaldo por duas partidas e tirando o recorde das mãos da estrela do Al-Nassr.
Viktor Gyokeres chegou ao plantel do Sporting no mercado de verão da temporada 2023/24, sendo contratado ao Coventry por um valor de 20 milhões de euros, atualmente graças aos seus registos impressionantes, o ponta-de-lança sueco está já avaliado em 75 milhões de euros, pelo portal Transfermarkt e promete dar que falar no abrir da janela de transferências no final desta época.
Boavisteiros são o próximo adversário do Clube de Alvalade, em partida que pode ser decisiva na luta pelo título da Liga Portugal Betclic
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No próximo domingo, 27 de abril, o Sporting desloca-se ao terreno da formação do Boavista, em jogo a contar para a 31ª jornada da Liga Portugal Betclic 2024/2025. Este jogo tem um papel fundamental na caminhada dos leões, que procuram manter o primeiro lugar, nesta que é a fase final da prova e as decisões importantes aproxima-se.
Estes dois emblemas, são dois dos mais históricos da história do futebol português: Sporting e Boavista já se defrontaram 135 vezes para todas as competições e os registos são favoráveis para os leões, com 70 vitórias. Sendo duas das equipas que mais se enfrentaram em Portugal, é normal que existam alguns jogadores que, na sua carreira, já representaram os verdes e brancos e os axadrezados. Recorde 10 dos jogadores que já representaram ambas as formações, na lista que pode ver abaixo:
Em fim-de-semana de importante deslocação ao Bessa, recorde quais os melhores artilheiros dos leões diante das panteras negras
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No próximo domingo, às 20h30, o Sporting terá uma deslocação difícil à cidade do Porto, para defrontar a equipa do Boavista, numa partida a contar para a 31ª jornada da Liga Betclic. Recordamos os cinco melhores marcadores dos leões deste confronto histórico do futebol português, numa lista onde estão presentes alguns dos maiores símbolos do clube.
1. Fernando Peyroteo - o primeiro “Violino” desta lista, Peyroteo tem números extraordinários nos seus confrontos frente aos axadrezados. Em apenas sete jogos, o avançado apontou 18 golos à baliza boavisteira, contando com um “poker” e duas partidas com cinco golos ou mais.
2. Rui Jordão - a “Gazela de Benguela” é o segundo nome desta lista. Com 1340 minutos de utilização em 16 partidas contra o Boavista, o antigo ponta-de-lança do Sporting apontou um total de 10 golos, bisando por três vezes contra a equipa da cidade do Porto.
3. Jesus Correia - outro membro dos famosos “5 Violinos” do Sporting, Jesus Correia apontou 10 golos em partidas contra o Boavista, os mesmos que Rui Jordão, mas em apenas 720 minutos, disputados ao longo de 8 jogos, onde por uma vez bisou e por duas, marcou mesmo hattrick.
4. Manuel Vasques - o último membro dos “Violinos” desta lista, Manuel Vasques, defrontou a formação do Boavista por 13 ocasiões. No seu histórico de confrontos frente aos axadrezados, o “Malhoa” apontou 9 golos e também ele marcou um “poker” ao adversário em questão.
5. Manuel Fernandes - o “Leão de Sarilhos” é o jogador que fecha esta lista. Na sua carreira de 12 anos a jogar de leão ao peito, o ponta-de-lança defrontou a equipa do Boavista em 26 ocasiões, e nos seus 2189 minutos de utilização, fez abanar as redes das panteras negras por 8 vezes.
Em dia decisivo para Portugal, a equipa verde e branca esteve muito perto de alcançar a disputa de um importante troféu internacional
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Na tarde cinzenta de 24 de abril de 1974, enquanto o Sporting tentava escrever uma nova página dourada na sua história europeia, o destino do país preparava-se para uma mudança radical. No coração da então República Democrática Alemã, os leões defrontavam o Magdeburg nas meias-finais da Taça das Taças, mas não foram além de uma derrota por 2-1 nesta que foi a segunda vez, em apenas uma década, que chegavam tão longe numa competição continental.
A campanha europeia do Sporting até ali fora notável. Começara com uma espécie de acerto de contas com o passado: a vingança da eliminação de 1964, batendo o Cardiff City. Depois, seguiu-se o Sunderland, outra equipa britânica de renome, e os suíços do Zurique, que em 1968 haviam aplicado um doloroso 3-0. Desta vez, os lisboetas devolveram esse mesmo resultado, com juros de orgulho e eficácia. A caminhada parecia promissora, o destino uma final europeia.
Mas o desafio final antes da consagração revelava-se duro: o Magdeburg, campeão da Alemanha Oriental. Em Alvalade, o Sporting empatara 1-1, num jogo marcado por oportunidades perdidas, incluindo um penálti desperdiçado por Dinis, que fez ecoar a ausência de Héctor Yazalde, o artilheiro argentino afastado por lesão depois de uma entrada dura de Toni num jogo anterior.
Privado de Yazalde e Dinis, o Sporting chegava à Alemanha de Leste combalido, mas ainda crente. O jogo foi tenso e disputado. Pommerank e Sparwasser, este último viria a assinar um golo lendário no Mundial de 1974, colocaram os alemães em vantagem. Marinho ainda reduziu, mas já tarde. Nos últimos segundos, Tomé teve nos pés o golo do milagre, o falhanço de baliza aberta consumou o adeus. Um golo que teria premiado justamente o percurso heroico dos leões, mas que se esfumou em frustração. A derrota por 2-1 eliminava o Sporting e deixava a equipa em choque. O regresso à casa tornou-se, porém, ainda mais surreal do que a eliminação.
Na mesma noite da eliminação europeia, os portugueses ouviam, pela RTP, a transmissão direta da partida, uma raridade nos anos 70. Mal sabiam que, minutos depois do apito final, um novo desafio, bem mais importante, se iniciaria. Às 22h55, os Emissores Associados de Lisboa passavam 'E Depois do Adeus', canção de Paulo de Carvalho. Era a primeira senha do Movimento das Forças Armadas (MFA). Pouco depois, às 00h20, 'Grândola Vila Morena', de Zeca Afonso, ecoava na Rádio Renascença: o golpe militar estava em marcha. As tropas saíam para as ruas, ocupavam pontos estratégicos, e Lisboa acordava para a Revolução de Abril.
Enquanto o povo português marchava rumo à liberdade, a comitiva Sportinguista vivia algo surreal, dado que a viagem de regresso durou mais de 40 horas. Com as fronteiras portuguesas encerradas devido ao clima político incandescente, a equipa ficou retida, sem saber ao certo o que se passava no seu próprio país. Foi necessária a intervenção direta de João Rocha, então presidente do Clube, para que os jogadores pudessem voltar a entrar em Portugal.
A eliminação frente ao Magdeburg, que poderia ter terminado numa glória europeia, acabou por cruzar-se com o nascimento de uma nova era nacional. O Sporting não trouxe a Taça, mas a história ficou marcada: num mesmo dia, viveu-se um adeus à Europa e um olá à liberdade. Nunca um jogo de futebol estivera tão perto, no tempo e no simbolismo, de uma dupla 'revolução'.