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O nome Jorge Theriaga está gravado na história do desporto português. Considerado o maior bilharista nacional de todos os tempos, destacou-se pela sua impressionante carreira, recheada de títulos nacionais e internacionais, enquanto simultaneamente exercia a profissão de médico. Nascido a 8 de março de 1954, em Lisboa, Theriaga desenvolveu desde cedo um fascínio pelo bilhar. Aos 12 anos já praticava a modalidade e, aos 18, decidiu federar-se, iniciando uma ascensão que o levaria ao topo da elite mundial.
Em 1980, conquistou o seu primeiro Campeonato Nacional às três tabelas, prova na qual se tornaria dominante ao longo das décadas, somando 19 títulos nesta especialidade. A sua supremacia no bilhar português foi inquestionável, não encontrando rival à altura durante anos. O sucesso além-fronteiras não tardou a surgir. Em 1986, subiu ao pódio no Campeonato da Europa e, três anos depois, sagrou-se Campeão do Mundo de Triatlo, uma competição que reúne as variantes mais exigentes do bilhar. Em 1996, atingiu o auge ao conquistar a medalha de ouro da Taça do Mundo na Turquia.
Ao longo da sua carreira, Theriaga representou o Sporting, clube do qual era sócio desde os oito dias de vida. Com os leões, ajudou a conquistar três títulos de vice-campeão europeu e inúmeros títulos nacionais, elevando o bilhar sportinguista a um patamar nunca antes alcançado.
A sua dedicação ao desporto valeu-lhe várias distinções, incluindo o Prémio Stromp, em 1982, prémio que recebeu também Chen Shi Chao por três vezes, e a Medalha de Bons Serviços Desportivos, atribuída pelo Governo Português em 1989. Mesmo sem se profissionalizar, conseguiu feitos que muitos atletas de carreira não alcançaram.
Em 2015, já com décadas de competição, Jorge Theriaga voltou a surpreender ao estabelecer um novo recorde nacional de média num jogo. Para além dos títulos e recordes, Jorge Theriaga sempre foi um defensor da modalidade, contribuindo ativamente para o crescimento e reconhecimento do bilhar em Portugal. O seu compromisso com o Sporting também foi inabalável, recusando convites de outros clubes e optando por jogar como individual quando a secção de bilhar do clube foi suspensa em 1994.
A sua capacidade de conciliar a carreira de médico com uma vida desportiva de alto rendimento é um feito notável. Ao longo dos anos, Theriaga foi um verdadeiro embaixador do bilhar português, competindo lado a lado com os melhores do mundo e elevando o nome de Portugal e do Sporting no cenário internacional.
Reações à morte do antigo presidente do Porto continuam a suceder-se e, desta feita, foi a vez de um atleta do Clube de Alvalade
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Beto, guarda-redes que representa a equipa de lendas do Sporting, comentou a morte de Pinto da Costa, que partiu no passado sábado. Para o antigo internacional português, o ex-presidente do Porto será eterno não só para o clube azul e branco, mas também para o futebol português, fruto do seu histórico de conquistas.
Beto sobre Pinto da Costa: "Figura eterna"
"É uma figura que será eterna no universo do Porto, mas também do futebol português, a nível internacional. Liga dos Campeões, Liga Europa, campeão do mundo de clubes... quando o presidente pegou num clube de bairro e o transformou num clube mundial. Há pouco mais a dizer", começou por afirmar Beto, em declarações à Agência LUSA.
"Mais do que isso, o maior legado que deixa são as lembranças a todos os que trabalharam com ele. Posso quase garantidamente falar por quase todos [os jogadores que passaram pelo clube], é difícil encontrar algum que não tenha gostado de trabalhar com Pinto da Costa. Ele protegia os seus jogadores", referiu Beto, antigo jogador do Sporting, que alinhou sete vezes pela equipa principal dos leões.
"Olhava [Jorge Nuno Pinto da Costa] muito para a parte pessoal dos jogadores, da família, a preocupação diária com o atleta, a família. Quer queiramos quer não, tudo isso conduz a que o jogador tenha respeito e carinho muito grande não só pelo presidente, como pela pessoa em si", finalizou Beto.
O Sporting não reagiu, de forma oficial, à morte de Pinto da Costa, o que gerou algumas críticas. A relação entre Frederico Varandas e o antigo líder dos azuis e brancos estará na origem desta decisão. O ex-presidente do Porto lutava contra o cancro há vários anos, acabando por não resistir a doença prolongada.
Estudo económico-financeiro revelou que Clube de Alvalade apresenta melhores resultados em comparação com a direção do eterno rival
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Um grupo de sócios do Benfica pediu uma análise económico-financeira das contas dos encarnados. O estudo, que analisou minuciosamente o último triénio, mostrou que, em comparação com a direção de Rui Costa, o Sporting de Frederico Varandas apresenta números bastante superiores aos do eterno rival, dando um 'boost' aos cofres leoninos.
No período compreendido entre abril de 2019 e março de 2023, os encarnados apresentam um valor de 53 milhões de euros em comissões. No total de 48 intermediações negociais, 20 são relacionadas com a compra de jogadores e 28 com vendas. Sporting e Porto têm valores algo semelhantes entre os dois e inferiores aos do clube da Luz - 25 milhões acumulados, com 13 intermediações relacionadas com compras para ambos os emblemas, mas os dragões com apenas 12 vendas comparativamente às 13 dos leões.
Quanto aos rendimentos com transações de direitos, que incluem, segundo o estudo, "os ganhos com alienações de direitos de atletas, que correspondem às mais-valias obtidas com as transações de direitos de atletas" e "outros rendimentos relacionados com transações de direitos de atletas, que englobam as receitas obtidas com as cedências temporárias de atletas e os rendimentos provenientes do mecanismo de solidariedade de atletas formados no Benfica que foram transferidos entre clubes", o Sporting volta a bater o Benfica.
A direção de Rui Costa apresenta 439 milhões em vendas brutas de jogadores, de acordo com o portal Transfermarkt, e 230M com rendimentos com transações de direitos, segundo números oficiais do clube, apresentando um rácio de 52% entre as duas variáveis. Em contrapartida, o Sporting fez 321 milhões de euros com vendas brutas de jogadores e 300M com rendimentos com transações de direitos - rácio de 93%, mesmo valor que o Porto.
Num resumo do estudo, os dados apontam que, por cada euro ganho entre compras e vendas, o Sporting arrecadou diretamente 84 cêntimos - 84% do valor total. O Porto conseguiu 28 cêntimos (28%) e o Benfica somente 15 cêntimos (15%). Em suma, a análise pedida pelos sócios encarnados revela que a Direção de Frederico Varandas apresenta resultados bastante superiores aos rivais diretos no último triénio.
Figura incontornável do atletismo português dedicou a sua vida ao desporto e ao Clube verde e branco, formando campeões mundiais
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Mário Alberto Freire Moniz Pereira, conhecido como o “Senhor Atletismo”, nasceu em Lisboa no dia 11 de fevereiro de 1921 e morreu dia 31 de julho de 2016 com 95 anos. Se fosse vivo, faria esta terça-feira 104 anos. Desde cedo revelou uma paixão inata pelo desporto. Apesar da oposição familiar, seguiu a sua vocação e licenciou-se em Educação Física, dando início a uma carreira que revolucionaria o atletismo português. Para além de atleta e treinador, foi um exímio organizador e estratega, desempenhando papéis determinantes no crescimento da modalidade em Portugal.
Ao longo da sua carreira, Moniz Pereira destacou-se no voleibol e no atletismo, chegando a representar clubes como o CDUL e o Sporting Clube. No voleibol, sagrou-se campeão nacional como jogador e treinador, mas foi no atletismo que atingiu o auge, tornando-se num dos mais importantes treinadores da história do desporto nacional. A sua visão e exigência elevaram Portugal a um patamar nunca antes alcançado.
A ligação de Moniz Pereira ao Sporting foi profunda e duradoura. Foi em 1939 que se juntou ao Clube leonino como praticante de ténis de mesa, posteriormente passou para o atletismo, para além de ter integrado as classes de ginástica e de ténis, e de ter feito também parte da equipa de hóquei em patins na época e 1942/43. Desde os anos 40, desempenhou funções essenciais no clube, tendo sido responsável por 30 títulos nacionais de atletismo masculino e 24 femininos, além de várias conquistas internacionais. Sob a sua liderança, o Sporting tornou-se uma referência no atletismo europeu, conquistando 12 Taças dos Clubes Campeões Europeus de Corta Mato e, em 2000, a histórica Taça dos Campeões Europeus de Atletismo.
Além do Sporting, Moniz Pereira marcou também o futebol português, tendo sido preparador físico da seleção nacional e do próprio Sporting, onde ajudou a equipa a conquistar o campeonato nacional e a Taça de Portugal no início da década de 70. O seu conhecimento sobre preparação física tornou-se uma referência para diversas modalidades, sendo reconhecido pelo seu rigor e disciplina nos treinos.
Moniz Pereira foi o grande mentor de atletas como Carlos Lopes, Fernando Mamede e Domingos Castro, contribuindo para feitos históricos como a medalha de ouro na maratona dos Jogos Olímpicos de 1984. O recorde mundial dos 10.000 metros, alcançado por Mamede no mesmo ano, e os títulos mundiais de corta-mato conquistados por Carlos Lopes são apenas alguns exemplos do impacto da sua dedicação ao atletismo português.
Ao longo da sua carreira, recebeu inúmeras distinções pelo seu contributo ao desporto nacional. Foi agraciado com a Medalha de Mérito Desportivo em 1976 e 1984, além de ter sido condecorado com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique em 1980 e com a Comenda da Ordem de Instrução Pública em 1984. Em 1985, recebeu a Medalha de Mérito em Ouro e foi nomeado Conselheiro da Universidade Técnica de Lisboa, sendo ainda distinguido com a Ordem Olímpica em 1988 e com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique em 1991.
O reconhecimento pelo seu trabalho também veio do Sporting, onde dedicou grande parte da sua vida. Em 30 de outubro de 2000, foi-lhe atribuído o Leão de Ouro com Palma, a mais alta distinção do clube. Recebeu ainda o Prémio Stromp na categoria Técnico Amador em 1964, mas foi apenas em 2015 que voltou a ser homenageado pelo clube, desta vez com o prémio Leões Honoris Sporting na categoria Honra Especial. Após o seu falecimento, em dezembro de 2016, foi-lhe atribuído o Prémio Stromp na categoria Saudade.