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Estrela do Sporting deixa recado na despedida: "Não esperava que chegasse já, nem desta forma"
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Paulinho Cascavel, antigo goleador de Sporting e Vitória de Guimarães, vive com o “coração dividido” este fim de semana, mas acredita que os leões vão garantir o título de campeão nacional. Ídolo dos anos 80 e figura incontornável do futebol português, o ex-avançado acompanha de perto o desempenho das duas equipas do seu coração.
“Confesso que estou com o coração dividido para este fim de semana. O Vitória de Guimarães poderia ter facilitado a minha vida se não tivesse falhado contra o Farense, mereciam todos uma surra...”, começou por brincar. A viver no norte do Brasil, entre a construção civil e a vida na fazenda, Cascavel não perde os jogos do campeonato: “Estou convencido de que o Vitória vai qualificar-se para a Liga Conferência e o Sporting só pode ser campeão. É evidente que pela dimensão dos títulos, estou a puxar mais pelo Sporting. Não podem perder a oportunidade. Fico com o coração partido, mas é mesmo assim a vida.”
Paulinho acredita que o jogo frente ao Vitória de Guimarães será decisivo, mas vê o Sporting em vantagem: "O Sporting joga em casa, num ambiente favorável, junto dos seus adeptos, parece-me que dificilmente alguém consegue alterar o figurino do jogo. Portanto, penso que o Sporting irá ganhar e dar mais um título de campeão nacional aos seus adeptos."
Sobre Viktor Gyokeres, o ex-jogador só tem elogios. “Realmente o Gyokeres está noutro patamar. É um jogador fantástico. Pensei até que deixasse o Sporting a meio da época, mas isso seria trágico para a equipa. É um jogador com muita qualidade e apesar de estar focado na baliza e marcar muitos golos, trabalha imenso para a equipa, aliás, como se viu no fim de semana contra o Benfica. Infelizmente, não deve ficar mais tempo. É impossível mantê-lo.”
Cascavel torce para que o sueco conquiste a Bota de Ouro e elogia também o espírito do jogador: “Trata-se de um troféu muito significativo e ele merece ganhá-lo. Quando estive em Lisboa, tive oportunidade de estar alguns momentos com um familiar dele e fiquei com a sensação de que se trata de um jogador que faz também bom balneário, é um bom amigo.” Quanto à grande decisão, já tem tudo planeado: “No sábado, vou ficar colado à televisão a ver o jogo. Não vou comer feijoada porque pode dar sono. Vou assistir ao jogo e beber uma cervejinha. Não podem facilitar, com o Gil Vicente foi em cima da hora"
No final, o antigo avançado destacou ainda o papel de Rui Borges, atual treinador dos leões e antigo colega do seu filho, Guilherme, conhecido como “Cascavel”: “Está a fazer um bom trabalho no Sporting e isso tem muito a ver com o seu estilo disciplinado. Estou convencido de que terá um futuro brilhante. Está muito próximo dos jogadores, usa a mesma linguagem que eles. Hoje em dia, muitas vezes, mais do que um treinador, as equipas necessitam de um psicólogo e ele desempenha bem essa função.”
Ex-jogador, que passou pelos escalões de formação do Clube de Alvalade, dirigiu-se aos adeptos leoninos, na véspera da receção ao Vitória de Guimarães
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O Sporting está a um pequeno passo de conquistar o bicampeonato. Em caso de vitória na receção ao Vitória de Guimarães, este sábado, os verdes e brancos celebram o feito que não alcançam há mais de 70 anos. Afonso Figueiredo, ex-jogador formado no Clube de Alvalade, recorreu às redes sociais para deixar uma mensagem de incentivo, antes do encontro decisivo.
“Sábado não será só mais um jogo, não serão só mais 90’ de futebol. Sábado podemos conseguir algo que nos foge há 72 anos, algo que tanto ambicionámos e merecemos!”, começou por escrever Afonso Figueiredo – que sagrou campeão nacional de iniciados pelo Sporting, em 2007/08 -, numa publicação na rede social Instagram.
O ex-lateral esquerdo deixou um “pedido” aos adeptos do Sporting que vão assistir ao encontro no Estádio José Alvalade: “Os 50 mil privilegiados que estarão nas bancadas que se sintam parte do espetáculo, do primeiro ao último segundo, não poupem a voz para nada que possa vir a seguir, que façam do fator casa a maior força que alguma vez se viu! Não deixem que o medo, a tensão, o jogo em Braga, nos faça perder coragem para apoiar e empurrar aqueles jogadores em todos os momentos do jogo, seja em que bancada for, contagiem quem está ao lado, isso fará toda a diferença!”.
Afonso Figueiredo reforçou a importância do apoio à equipa leonina: “Desde a saída da Academia até ao apito inicial, está nas mãos de todos os adeptos do Sporting entrar a ganhar ainda antes do jogo ter começado. Lembrem-se dos vossos familiares, que já cá não estão e gostariam de poder ver este Sporting, que seja também por eles, pelo senhor Aurélio, Manel Fernandes, Maria José Valério, entre muitos. Façam-no pelo Sporting, por vocês e por todos os que amam este clube! P. S. E que nunca se confunda festas antecipadas com apoio sem igual”.
O Sporting – Vitória de Guimarães joga-se a partir das 18h deste sábado, dia 17 de maio, em Alvalade. O jogo é referente à 34.ª e última jornada da Liga Portugal Betclic e será arbitrado por Fábio Veríssimo, da Associação de Futebol de Leiria. Os leões estão na liderança do campeonato, com 79 pontos.
Guarda redes uruguaio já venceu o campeonato nacional de leão ao peito, e tenta fazê-lo de novo. Concedeu entrevista onde aborda a estadia em Alvalade
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Franco Israel tem tido um percurso de altos e baixos no Sporting. Chegou para ser suplente de Antonia Adán, mas eventualmente ganhou a titularidade ao espanhol. Perdeu-a para Vladan Kovacevic, voltou a consegui-la, antes de Rui Silva o tirar definitivamente das balizas verdes e brancas. Concedeu uma entrevista, recentemente, ao 'Sport890', onde se mostrou contente apesar do momento complicado.
Começou por falar dos adeptos: "A forma como os adeptos sentem... Saímos da Academia e está cheio de pessoas. Aqui [Portugal] vive-se muito o futebol", atirou, para depois deixar uma nota sobre a luta pelo título nacional: "Falta o jogo com o V. Guimarães em casa. Dependemos de nós. Se ganharmos, somos campeões, bicampeões, algo que o Sporting não consegue há 70 anos. Tive sempre a sorte de estar em equipas que lutam por títulos e que jogam para ganhar. Creio que todos os futebolistas querem lutar por isto, por ser campeão e por coisas importantes. A liga portuguesa é muito competitiva".
De seguida, falou do momento que vive, depois de perder a titularidade para Rui Silva: "Ultimamente não estou a ter tantos minutos, mas na parte inicial da temporada pude jogar. É complicado porque todos queremos jogar sempre e competir. São coisas do futebol. As coisas mudam muito, seja para o bem ou para o mal. É uma etapa. Estou pronto e à espera da oportunidade", explicou Franco Israel.
Mencionou, também, a vida na capital portuguesa: "Vivo numa zona exterior [de Lisboa], ou seja, não vivo no centro. É tranquilo, a 5 minutos da praia. Vivo em total relaxamento, embora seja bastante caseiro, não gosto muito de sair", explicou o guarda redes uruguaio.
Por último, falou dos desafios da língua portuguesa: "Em Itália [na Juventus] ou falava em italiano ou não falava, porque eles não falavam inglês. 90% dos italianos só falam italiano. Tive de aprender italiano sim ou sim. Aqui, falo espanhol. Não espanhol como falamos no Uruguai, mas uma mistura entre espanhol e português e eles percebem tudo. Adorava falar um português perfeito, mas não falo. O Seba [Coates] esteve cá 7 ou 8 anos e fala como eu, pior até. O Manu [Ugarte] defende-se um bocadinho mais", rematou Franco Israel.
Câmara Municipal de Lisboa tomou medidas em relação ao jogo do título que estão a encontrar muita contestação perto de adeptos e empresários
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É uma das maiores polémicas que se prendem com o Sporting - Guimarães, jogo que pode dar o título nacional aos leões. A Câmara Municipal de Lisboa decidiu que vários estabelecimentos comerciais devem fechar antes do encontro, e os donos estão revoltados com a medida. O jornal Record falou com Bruno Sá, dono do Cantinho do Sá, restaurante de referência para os adeptos verdes e brancos, que vai ser obrigado a fechar portas no próximo sábado, dia 17 de maio.
O empresário mostrou-se muito descontente com a decisão, e questiona o timing: "Já aceitei reservas, o restaurante leva quase 100 pessoas em dois turnos ao almoço, tenho bancada no andar de baixo, tinha tudo preparado (...) Tinha acabado de vir do talho, encomendei 70 quilos de cachaço, 40 quilos de vazia, 46 barris de cerveja, tinha contratado mais pessoas para ajudar na cozinha", começou por explicar.
Revelou, depois, que lhe foi dito que "a ordem pública ultrapassava o negócio", e que por isso teria de fechar o seu estabelecimento. Apesar disso, confessou: "Não me importo de abdicar de dez mil euros para o Sporting ser campeão", explicando que a perda monetária não é a sua maior preocupação.
Pediu, ainda, ação ao Clube de Alvalade: "Alguém tem de fazer barulho, quem pode fazê-lo é o Sporting. Onde é que as pessoas vão ver o jogo? Vai ser um inferno. Vão estar todos dispersos na rua", atirou Bruno Sá, dono do mítico Cantinho do Sá.
Por último, o empresário português considera, mesmo, avançar para os meios de justiça, caso a decisão não se altere: "Já falei com os advogados, está-se a tornar num ambiente de festa num ambiente de tensão, tenho 44 anos e nunca vi isto", rematou, antes do Sporting - Guimarães da 34ª. jornada da Liga Portugal Betclic.