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Futebol
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O futebol em Portugal tem vivido momentos de alguma tensão, com vários clubes a direcionarem críticas ás arbitragens - e críticas entre si. Tal é o que se tem verificado entre Benfica e Sporting, com ambos os Presidentes a estarem envolvidos em trocas de 'galhardetes' entre os dois rivais eternos de Lisboa.
Este clima de crítica e tensão não parece, no entanto, criar mau ambiente entre os dois Presidentes dos grandes de Lisboa. Frederico Varandas e Rui Costa estiveram ambos presentes na tomada de posse de Pedro Proença como novo Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, em representação de Sporting e Benfica, respetivamente.
Os dois não parecem minimamente chateados com o estado dos clubes e do futebol em Portugal. Num vídeo capturado durante o evento, é possível ver os quatro presidentes dos primeiros quatro classificados da Liga Portugal Betclic. André Villas Boas, António Salvador ao seu lado, seguido de Frederico Varandas e Rui Costa.
Os líderes dos clubes de Lisboa não se limitaram a sentar-se um ao pé do outro. Nas imagens que foram capturadas durante o evento, é possível ver os dois a partilhar um momento de diversão, com algumas gargalhadas a serem trocadas entre os dois, que mantém uma postura amigável durante o vídeo que está disponível.
Nas redes sociais, já começaram as críticas para com ambos os Presidentes. Numa altura em que os clubes portugueses têm trocado acusações sobre a arbitragem em Portugal, os adeptos têm demonstrado o seu espanto pela proximidade demonstrada pelos dois responsáveis máximos de Sporting e Benfica.
Veja, aqui, o vídeo do momento:
Antigo defesa-esquerdo destacou-se no clube verde e branco entre 1972 e 1975, conquistando um Campeonato Nacional e duas Taças de Portugal
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Carlos Eduardo da Silva Pereira nasceu a 23 de fevereiro de 1949, em Lisboa e celebrou este domingo 76 anos de vida. Começou no Sporting aos 13 anos, sendo apadrinhado por Travassos, que o lançou como defesa-esquerdo. Durante anos, evoluiu na equipa de reservas até ter a sua estreia oficial na equipa principal em 1972, sob a orientação de Ronnie Allen.
O primeiro jogo de Carlos Pereira pelos leões foi a 10 de setembro de 1972, frente ao Porto, nas Antas, numa partida que terminou com uma vitória verde e branca por 1-0. A sua consistência valeu-lhe a titularidade durante quase toda a época, ajudando o Sporting a conquistar a Taça de Portugal.
Na temporada seguinte, manteve-se como titular e foi peça fundamental na campanha vitoriosa que culminou com a conquista do Campeonato Nacional e da Taça de Portugal, garantindo a famosa "dobradinha" de 1973/74. Disputou um total de 38 partidas, demonstrando grande regularidade e entrega ao jogo.
O último ano de Carlos Pereira em Alvalade foi o de 1974/75. Apesar de continuar como principal opção para a lateral-esquerda, acabou por perder protagonismo com a chegada do brasileiro Da Costa. O seu derradeiro jogo com a camisola verde e branca aconteceu a 29 de maio de 1975, na meia-final da Taça de Portugal frente ao Boavista.
Deixou Alvalade após três temporadas na equipa principal, totalizando 86 encontros oficiais sem registo de golos. Seguiu para o Estoril, onde jogou ao lado de Eusébio e Simões, e mais tarde para o Belenenses, clube onde encerrou a carreira de futebolista na época 1981/82 e iniciou a sua jornada como treinador.
Como técnico, passou por diversos clubes, incluindo Alverca e Sporting, onde integrou a equipa técnica de Paulo Bento entre 2005 e 2009, ajudando os leões a conquistar duas Taças de Portugal e duas Supertaças. Em 2008, foi distinguido com o Prémio Stromp, na categoria Especial. Carlos Pereira é irmão de Aurélio Pereira, figura emblemática na prospeção de talentos do Sporting, e pai da cantora Rita Redshoes. Fez parte da lista de João Benedito nas eleições de 2018, candidatando-se à vice-presidência para o futebol.
Antigo árbitro, que foi Presidente da Liga de Clubes nos últimos anos, vai agora começar no novo cargo à frente da Federação, e já se conhecem algumas mudanças
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Pedro Proença, antigo árbitro e antigo Presidente da Liga de Clubes, venceu as eleições para a Presidência da Federação Portuguesa de Futebol, e apesar de ainda não ter tomado posse, já se sabe que um dos primeiros passos será o afastamento de José Couceiro, antigo treinador do Sporting, do organismo.
José Couceiro ocupava a posição de Diretor Técnico Nacional. Este é um cargo exigido pela UEFA nas Federações nacionais de Futebol, e que implica também a detenção do nível máximo de formação para um treinador. O antigo técnico dos leões estava no cargo há cinco anos, onde o seu adjunto era José Guilherme Oliveira.
Para além de ocupar esta posição na antigo estrutura da FPF, José Couceiro era também o vice presidente do organismo, tendo lugar de destaque durante a presidência de Fernando Gomes, que chegou ao fim, também devido a se terem atingido o número máximo de mandatos para o anterior responsável máximo da Federação.
De resto, apesar das informações ainda não serem oficiais, uma vez que Pedro Proença ainda não tomou posse como novo Presidente da FPF, o jornal 'A Bola' avança que há outros membros da atual direção da Federação que, ao contrário de José Couceiro, vão permanecer na estrutura, agora comandada pelo antigo árbitro.
Fala-se, especificamente, de João Vieira Pinto e Pauleta. Os dois antigos jogadores da seleção nacional não poderão fazer parte dos órgãos sociais para FPF, devido a terem atingido o número máximo de mandatos, mas fazem parte dos planos de Pedro Proença para o organismo, e vão-se manter como peças importantes da instituição.
Jornalista português assinou o seu espaço de opinião no jornal 'A Bola', acerca dos erros que foram cometidos durante o jogo dos leões em Vila das Aves
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O Sporting entrou em campo no passado domingo, dia 23 de fevereiro, para partida a contar para a 23ª jornada da Liga Portugal Betclic. Os leões não foram além de um empate a duas bolas, com o destaque negativo a recair sobre Ousmane Diomande, que apesar de ter marcado o primeiro golo, cometeu um penálti, e foi expulso pouco depois. Rogério Azevedo, jornalista do jornal 'A Bola', aproveitou o seu espaço de opinião para falar sobre os erros do costa marfinense.
"Diomande anda a dar passos maiores do que as pernas. Gonçalo Inácio diz (e bem) que Diomande não fez por mal. Era o que faltava ter feito por mal, caro Gonçalo. Porém, depois da cena no Dragão face a Fábio Vieira, surge a estalada em Piazón e o pisão em Mendonça. Tudo em sete minutos", começou por escrever.
Prosseguiu: "Há algo que, seja em que profissão for, é preciso ter: controlo emocional. Todos, por vezes, a perdemos, a não ser quem tem sangue de barata. Raro é um jogador que viu um cartão amarelo sete minutos antes não tenha o cuidado necessário para não cometer segundo erro. Rui Borges não quis castigar o jogador na conferência de imprensa pós-jogo. Percebe-se. Mas tem de dar corretivo ao costa-marfinense", atirou Rogério Azevedo.
O jornalista português lembrou, de seguida, que os leões levam, agora, cinco jogos consecutivos sem conhecer o sabor da vitória. Relembrou também que uma sequência pior remonta a 2012/2013, com Ricardo Sá Pinto, Oceano Cruz e Franky Vercauteren.
Terminou, com alguma reflexões sobre o que falta do campeonato: "Perdeu em três jogos os seis pontos que tinha de vantagem sobre o Benfica e vê o FC Porto com francas possibilidades de reentrar na luta. Se ganhar hoje ao V. Guimarães, fica a quatro pontos dos dois de Lisboa. E receberá o Benfica (jornada 28), sabendo que Benfica e Sporting se defrontarão no final (33.ª). E o SC Braga, a seis pontos da liderança e ainda jogando com os três? Terá perna para este passo?", rematou Rogério Azevedo.