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Curiosidades
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João Cruz - um dos grandes craques do Clube de Alvalade, que morreu a 7 de Julho de 1981 - fez história ao serviço do Sporting. O extremo-esquerdo, que à época era um dos jogadores mais famosos a atuar em Portugal, integrou o plantel leonino liderado pelo mítico Joseph Szabo, em outubro de 1936.
Nos factos conhecidos, João Cruz destaca-se pelo seu espírito goleador e vencedor, para além de ter uma história caricata na baliza do Sporting. O Leonino recorda cinco curiosidades sobre a vida daquele que fica marcado nos livros de história do Clube de Alvalade como um dos seus melhores 'matadores':
João Cruz carregou o símbolo do leão ao peito durante 11 anos, tempo suficiente para conquistar impressionantes 16 troféus: oito Campeonatos de Lisboa, três Campeonatos Nacionais, duas Taças de Portugal, um Campeonato de Portugal, uma Taça Império e uma Taça 1.ª Categoria.
Apesar do Sporting só ter vencido o Campeonato de Lisboa, em 1942/43, ano em que perdeu a Taça de Portugal e o Campeonato Nacional para o Benfica, João Cruz fez história. O avançado do conjunto leonino não se cansou de faturar e acabou a época com 29 golos em 30 jogos, a melhor marca da sua carreira.
Um dos momentos mais caricatos da carreira de João Cruz no Sporting aconteceu numa partida frente ao eterno rival. O avançado dos leões teve de substituir João Azevedo, guardião verde e branco, num encontro contra o Benfica, e a verdade é que não podia ter corrido melhor. O craque esteve bem entre os postes e não sofreu qualquer golo.
Bastaram 11 temporadas para João Cruz se tornar num dos maiores goleadores da história leonina. O craque português encontra-se na 11.º posição do ranking que reúne os grandes matadores do Sporting, com 149 golos em 277 encontros, apenas um lugar atrás de Figueiredo, que se encontra em 10.º, com 150 remates certeiros.
Durante os anos 30 e 40, vários craques do plantel leonino davam alcunhas aos colegas. João Cruz era reconhecido como o 'Sinfonia', por ser considerado um grande jogador. Vários eram os nomes dados aos leões, por exemplo, Jesus Correia era o 'Dois Amores', devido à dupla paixão que englobava o hóquei em patins e futebol, Albano era o 'Feijão', por ser gordinho e pequeno, mas com muita classe em campo, e João Azevedo era o 'Zé dos Calos', pela forma como corria.
Equipa verde e branca foi mais longe do que todos os outros clubes e assegurou a conquista de troféu que, somado a outros dois, constitui algo inédito
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Em julho de 1984, o Sporting conquistou a Taça CERS e completou, dessa forma, o trio de troféus continentais mais prestigiados da modalidade, juntando esse título à Taça dos Campeões Europeus (1977) e à Taça das Taças (1981). Após o triunfo por 11 - 3 diante do Novara, de Itália, a equipa verde e branca tornava-se a primeira da Europa a atingir esse feito notável.
Sob o comando do mítico António Livramento - referência maior do hóquei nacional - o plantel leonino para a época 1983/84 era composto por nomes que ficariam na memória dos Sportinguistas: Ramalhete, Carlos Realista, José Rosado, Pedro Trindade, Campelo, Sérgio Nunes, Luís Nunes, Camané, Fernando Gonzada, Carlos Serra e Parreira.
O adversário da final era o histórico Novara, um colosso do hóquei italiano com quatro internacionais na equipa e um ambiente caseiro verdadeiramente hostil. O primeiro jogo foi mais próximo de uma batalha campal do que de um duelo técnico. Apesar de começar a vencer, o Sporting sucumbiu ao jogo físico e à pressão das bancadas, perdendo por 4 - 1.
A decisão final ficou então marcada para 7 de julho de 1984, no Pavilhão de Alvalade — que, naquele dia, se transformou num verdadeiro vulcão verde e branco. Com uma exibição vibrante e ofensiva desde o apito inicial, o Sporting chegou ao intervalo a vencer por 4 - 0, anulando a desvantagem da primeira mão com classe.
Na segunda parte, o Novara ainda reagiu e marcou cedo, igualando a eliminatória no agregado. Mas Sérgio Nunes, com dois golos decisivos, colocou o Sporting novamente por cima. O domínio foi absoluto até ao fim, culminando num triunfo por 11 - 3 (12 - 7 no total), perante um público em êxtase.
A campanha europeia não começou, no entanto, de forma tranquila. O sorteio da primeira eliminatória colocou o Sporting frente ao poderoso Noia da Espanha. A abordagem foi clara: resolver cedo e em casa. Em Alvalade, os leões impuseram um categórico 5 - 0. Na segunda mão, mesmo fora de portas, mostraram superioridade e venceram por 4 - 1.
Nos quartos-de-final, a história foi outra (ou melhor, o adversário era bem diferente). Frente ao modesto Gujan, de França, o desafio era manter a motivação. O resultado? Um massacre histórico: 33 - 1 em Lisboa, estabelecendo um recorde europeu que duraria mais de uma década. Na segunda mão, nova goleada por 23 - 4, deixando claro que os leões estavam determinados a levantar o troféu.
As meias-finais, no entanto, apresentaram um cenário de maior exigência. O adversário era o temido Voltregà, da Catalunha, já bem conhecido dos Sportinguistas. Em Alvalade, o equilíbrio foi evidente, mas o Sporting conseguiu vencer por 10 - 9. O segundo jogo, em Espanha, seria de tensão, mas também de eficácia leonina. Numa exibição de grande maturidade e disciplina tática, o Sporting venceu por 6 - 3 e carimbou o passaporte para a final.
A conquista da Taça CERS não foi um episódio isolado nos sucessos do Sporting neste ano e a vitória coroou uma semana memorável para o ecletismo do Clube. A 2 de julho, Fernando Mamede batia o recorde mundial dos 10.000 metros. No dia seguinte, 3 de julho, Paulo Ferreira conquistava uma etapa da Volta à França em ciclismo. E, para fechar com chave de ouro, no dia 7, o hóquei em patins conquistava a Europa.
Antigo extremo-direito que envergou a Listada verde e branca fez história pelo Clube de Alvalade em diversas modalidades enquanto esteve em atividade
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António Stromp - um dos fundadores do Clube de Alvalade, que faleceu a 6 de julho de 1921 - fez história pelo Sporting. O craque, irmão de Francisco Stromp, não só representou a equipa principal de futebol dos verdes e brancos como conquistou inúmeros prémios no atletismo e ainda integrou outras modalidades.
Nos factos conhecidos, António Stromp destaca-se pelo seu histórico eclético, que poucos atletas conseguiram ter ao mais alto nível e também por desempenhos decisivos. O Leonino recorda cinco curiosidades sobre a vida daquele que fica marcado nos livros de história do Sporting como um dos seus membros fundadores.
António Stromp, ao lado do seu irmão Francisco Stromp, integrou o grupo que, impulsionado por José Alvalade, idealizou o Sporting. Além de ter sido um dos principais membros fundadores, o craque português foi também um dos primeiros Sócios inscritos no Clube de Alvalade.
O jogo decisivo para o Sporting conquistar o Campeonato de Lisboa foi arbitrado pelo juiz sueco Boo Kuberg. A partida que culminou num triunfo para os verdes e brancos, foi jogada a 15 de julho de 1915, no Estádio do Lumiar. O Benfica chegou primeiro ao marcador, mas rapidamente os leões empataram por Armour. O segundo golo leonino foi de Francisco Stromp, que viria o seu irmão, António Stromp, a fechar o resultado no 3-1.
António Stromp tornou-se num dos primeiros futebolistas, em território nacional, a dar nome a uma rua. Tudo aconteceu a 13 de junho de 1926, já depois da morte do desportista. A decisão foi tomada pela Câmara Municipal de Lisboa, que escolheu a 'artéria' ocidental do Campo Grande, que serve de passagem aos elétricos a caminho do Rossio.
O futebolista estreou-se com década e meia de vida na equipa principal do Sporting, na qual esteve durante oito anos até seguir a carreira no atletismo. Além disso, António Stromp representou todas as seleções de Lisboa à época e ainda foi o mais votado no jornal 'Os Sports', por 45 craques e técnicos, como o melhor extremo direito português de todos os tempos, isto 19 anos após a sua morte.
António Stromp foi campeão nacional de atletismo por três vezes: uma nos 100m, uma nos 200m e mais outra no Salto com Vara. O craque fez parte das equipas do Sporting que ganharam a prova dos 3x100m, entre 1911 e 1913. Para além de inúmeros recordes, foi ainda o primeiro atleta Olímpico dos leões ao participar nos Jogo de Estocolmo. Para além desta modalidade, o antigo verde e branco fez Críquete, Esgrima e Ténis.
Desportista representou os verdes e brancos ao mais alto nível durante oito anos e conseguiu marcos históricos na melhor prova em termos mundiais
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Joaquim Agostinho - que viveu um dia trágico na Volta ao Algarve - é o melhor ciclista que Portugal já viu e fez história no Sporting. O desportista destacou-se numa época dominada por nomes como Bernard Hinault e Zoetemelk, que reinavam a modalidade. O atleta leonino participou em 12 edições da Volta a França, entre 1969 e 1983.
Os melhores resultados de Joaquim Agostinho no Tour incluem dois pódios consecutivos: 3.º lugar em 1978 e 1979. Além disso, o antigo ciclista leonino também conseguiu lugares de destaque noutras edições, como o 5.º lugar em 1971 e 1980 e o 8.º em 1972 e 1973.
Confira, abaixo, todos os desempenhos de Joaquim Agostinho na Volta a França: