GERALDES LAMENTA DESINTERESSE DOS FUTEBOLISTAS PELA POLÍTICA; EX SPORTING DEIXA APELO AOS COLEGAS

O Panathinaikos perdeu esta quinta-feira, dia 8 de agosto, em Atenas com o Ajax por 1-0, em jogo da primeira mão da terceira pré-eliminatória da Liga Europa. O único golo do encontro foi apontado por Steven Berghuis, a passe de Kian Fitz-Jim, aos 28 minutos, garantindo à equipa de Francesco Farioli.

Fotis Ioannidis, alvo do Sporting neste mercado de verão, entrou aos 63 para o lugar de Alexander Jeremejeff e viu o cartão amarelo 12 minutos depois. Já Carlos Borges, extremo português que passou pelos escalões de formação do Sporting, foi titular e deixou o campo aos 57 minutos para dar lugar a Mika Godts.

Esta quinta-feira, na antevisão ao jogo com o Rio Ave, da primeira jornada da Liga, o treinador do Sporting, Rúben Amorim, foi questionado sobre o jogador grego, mas não confirmou o interesse diretamente, dizendo apenas que os leões têm "alvos bem definidos" e que não vão desistir "até que seja impossível".

A direção liderada por Frederico Varandas vai esperar até ao final da semana pelo atleta e, caso as negociações voltam a não ser bem sucedidas, os verdes e brancos partirão de seguida para novos alvos, de modo a garantir uma alternativa a Viktor Gyokeres no setor ofensivo.

Em 2023/24, ao serviço do Panathinaikos, Fotis Ioannidis – que está avaliado em 13 milhões de euros – realizou 43 partidas: 27 na Liga Grega, seis na Liga dos Campeões, seis na Liga Europa e quatro na Taça da Grécia. Ao todo, nos 2.954 minutos em que esteve dentro das quatro linhas, o avançado que está na mira do Sporting marcou 23 golos e fez 10 assistências.

Vladan Kovacevic teve um jogo pouco feliz na derrota dos leões frente ao Porto, na Supertaça Cândido de Oliveira (derrota por 4-3, após prolongamento. Luís Mateus, editor-executivo do jornal A Bola, diz que o contexto que o antigo jogador do Raków é diferente daquele que encontrou na Polónia e teme pelas suas exibições na Liga dos Campeões.

Mesmo sendo um “jogador que acredita nas suas capacidades”, o “contexto [é] diferente, o nível de exigência subiu e ainda não estamos a falar da Liga dos Campeões”, começou por afirmar. “É normal que Rúben Amorim e a sua equipa técnica tentem proteger o jogador e também qualquer decisão contrária à sua permanência em campo nesta altura seria muito negativa para o próprio”, acrescentou.

“É alguém em quem o Sporting deposita confiança e tem que manter até à última instância confiança no jogador que comprou, porque há um período de adaptação que me parece bastante importante, embora o seu erro não esteja relacionado com essa adaptação”, sublinhou Luís Mateus

“Um erro que comete de abordagem, um erro individual, não está ligado à forma como a equipa se pôs em campo. Um erro posicional e uma jogada que acaba por manchar muito e colocá-lo em cheque nesta fase da temporada. Somado a um erro mais ligado aos processos da equipa”, rematou o responsável do diário desportivo.

Vladan Kovacevic tem um valor de mercado de 6 milhões de euros – e, na temporada passada, disputou 47 partidas pelo emblema que terminou no sétimo lugar do campeonato da Polónia: seis na Liga Europa (540’), oito na qualificação da Liga dos Campeões (720’), 29 no campeonato nacional polaco (2.610’), três na Pokal POL (330’) e um na Supertaça da Polónia (90’). Nos 4.290 minutos em campo, o guardião sofreu o total de 52 golos, o que dá uma média de 1,11 tentos sofridos por encontro. 

Francisco Geraldes, antigo médio do Sporting, trocou o Baniyas (Emirados Árabes Unidos) pelo Johor (Malásia) no último mercado de janeiro. Em entrevista ao jornal O Jogo, o internacional sub-21 pela equipa das quinas fala nos primeiros meses no novo emblema e explica que a questão financeira pesou na decisão de abandonar Portugal.

"Estou num momento bastante bom, sólido, num clube que acredita muito em mim. Vejo uma estrutura muito bem montada, desde o staff ao diretor desportivo. Estou rodeado de pessoas competentes, com uma maioria espanhola, com experiência ao nível de La Liga. O Johor é um clube bem organizado, que oferece ótimas condições de trabalho, de treino e ginásio. Não esperava isto aqui, o estádio é fantástico", começou por dizer.

"A questão financeira foi primordial para sair do país. Mas a experiência nos Emirados foi algo que não correu como esperava, não foi do meu agrado, cultural e desportivamente. As condições não eram boas e, climatericamente, não me senti confortável. Achei que era boa decisão mudar e aproveitei um interesse que existia desde agosto, quando já tinha assinado pelo Baniyas. Os contactos foram reatados, o interesse seguiu, percebi a dinâmica do clube e não demorei a perceber: era o passo certo".

"É um clube sem par no sudeste asiático. É o melhor desta área geográfica, de uma dimensão avassaladora, massa associativa gigante, com uma pressão interna enorme para obtenção de resultados. É um contexto que me agrada, um clube que também vai ser competitivo na Liga dos Campeões Asiática, uma prova que me gera muito interesse e que convoca muitos olhares. Foi uma decisão fácil, porque o Johor é mesmo muito grande".

"Regresso a Portugal? Não é algo que queira ou que faça parte da minha ambição. Sei que deixei excelentes relações em todos os clubes onde estive, fui bem-sucedido em todos. Tenho um sentimento de gratidão pelas recordações e amizades que ficaram. O que fiz fala por si, o meu desejo será voltar mas não num futuro próximo, até porque assinei por dois anos e meio com o Johor", referiu Francisco Geraldes.