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Jogadores
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É um dos maiores nomes da história do basquetebol em Portugal. Mário Albuquerque, antigo jogador e treinador da modalidade, tornou-se numa das mais míticas figuras do Sporting e um dos nomes mais importantes para os leões.
Nasceu em Portugal, mas mudou-se cedo para Moçambique, onde passou a sua infância, e onde começou a jogar, no Sporting Clube de Lourenço Marques, com o qual venceu vários títulos distritais, chegando mesmo a conquistar a Taça de Portugal.
Ingressou no Sporting durante a época 74/75. Desde cedo mostrou a sua qualidade, que se traduziu nos títulos conquistados pelos leões nos sete anos em que esteve em Alvalade (cinco como jogador ou jogador-treinador e mais dois como treinador). Pelos verdes e brancos, venceu dois campeonatos nacionais (75/76; 77/78), três Taças de Portugal (74/75; 75/76; 77/78), e ainda dois Campeonatos de Lisboa (75/76; 76/77).
Demonstrou, regularmente, a sua superioridade na quadra, tendo sido, por várias vezes, o melhor marcador do campeonato nacional. Em 77/78, bateu o recorde de pontos do Sporting, quando apontou um total de 867 durante toda a temporada.
Também se destacou pela seleção nacional. Ao serviço desta equipa, Mário Albuquerque foi internacional por 40 ocasiões, tendo-se estreado com apenas 17 anos, no Europeu de basquetebol, em Madrid. Chegou mesmo a ser capitão de equipa num outro campeonato da Europa, anos mais tarde.
Nelson Serra, outro nome mítico da modalidade em Portugal e no Sporting, disse o seguinte sobre Mário Albuquerque: "Para mim é, sem dúvida, um privilégio falar daquele que na minha opinião foi o jogador mais completo, mais desconcertante, que tornava fácil aquilo que para muitos era complicado com a vantagem de ser o tipo de jogador que nos momentos das grandes decisões decidia o que faz a diferença entre os bons e os grandes jogadores", explicou.
O gigante do basquetebol português recebeu vários prémios que marcaram uma grande carreira, entre os quais se destacam: Troféu de Imprensa, Revelação Masculina de Desporto (1965), Desportista do Ano (1970), Melhor atleta do Sporting Clube de Lourenço Marques (1972), Prémio Maçarico (1973), Prémio Stromp (1976), Menção Honrosa do Comité Olímpico Português, homenageado pelos Os Cinquentenários do Sporting em representação da equipa de Basquetebol.
Antigo internacional português cruzou-se por três ocasiões com o técnico Augusto Inácio e, a terceira delas, foi marcada por muito sucesso
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Rui Jorge nasceu a 27 de março de 1973, no concelho de Vila Nova de Gaia. Formado nas camadas jovens do Porto, chegaria ao Sporting ainda jovem e pelo Clube de Alvalade criou uma paixão tão forte que se traduziu em 243 jogos e em cinco golos marcados.
No Norte deu os primeiros passos como futebolista profissional, estreando-se na equipa principal em 1991. Nesse mesmo ano, e com pouco espaço devido à forte concorrência na lateral esquerda, acabou emprestado ao Rio Ave, onde encontrou Augusto Inácio, treinador que já o havia orientado nos juniores do Porto e com quem mais tarde se cruzaria uma terceira vez, já no Sporting.
De volta ao Porto, foi ganhando o seu lugar e foi parte ativa da conquista de cinco campeonatos nacionais, duas Taças de Portugal e três Supertaças. O período de sucesso no Dragão durou até 1997/98 e, de novo com pouca utilização, viu-se envolvido num negócio com o Sporting, marcado por uma troca de jogadores. Rui Jorge e Bino mudaram-se para Alvalade e, em sentido contrário, Costinha e Peixe passaram a vestir-se de azul e branco.
A chegada de Rui Jorge a Alvalade coincidiu com um período de renovação no Sporting. Estreou-se com a camisola verde e branca numa época exigente, mas rapidamente se afirmou como titular indiscutível. A sua consistência defensiva, aliada à inteligência tática e ao espírito combativo, levaram-no a tornar-se importante, também, na seleção nacional, pelo que garantiu a presença nos Europeus de 2004 e 2004, bem como no Mundial de 2002.
O momento mais alto da sua passagem pelo Sporting registou-se em 1999/2000, quando integrou a equipa que quebrou o jejum de 18 anos sem títulos de campeão nacional. Sob o comando de Augusto Inácio, que já conhecia bem, Rui Jorge foi uma das figuras de estabilidade e maturidade num grupo onde despontavam jogadores como André Cruz, Pedro Barbosa, Beto ou Acosta. Para além da conquista do campeonato, Rui Jorge ajudaria também os leões a levantarem a Supertaça por duas ocasiões e a Taça de Portugal nas temporadas seguintes.
Pelo Sporting, também chegou à final da Taça UEFA, em 2005, e foi utilizado em 12 das 15 partidas dessa histórica campanha na Europa. Ainda assim, ficou de fora do derradeiro encontro e, no final dessa época, deixou Alvalade a custo zero, após terminado o seu vínculo.
Antes de pendurar as chuteiras ainda fez meia época no Belenenses, já com vista ao cargo que viria a desempenhar mais tarde. Tornou-se treinador da equipa de juniores e ainda comandou o plantel principal na reta final da temporada 2008/09. Em novembro de 2020 tomou o lugar do também ex-Sporting como treinador dos sub-21 de Portugal, cargo que assume atualmente. Desde então, já levou a jovem equipa das quinas à final do Europeu de 2015.
Jogador ocupava posição defensiva do terreno, mas teve um início de percurso muito atribulado, que quase o tirou do futebol quando era jovem
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Manuel Passos, uma das lendas do Sporting, nasceu na Madeira e foi lá que iniciou o seu percurso no futebol, no Lusitano do Machico. Foi recrutado pelo União, onde se destacou. Veio para Lisboa com 17 anos, atrás do sonho de ser futebolista - ambição que só se concretizaria anos mais tarde, no Clube de Alvalade.
Chegado a Portugal continental, ingressou nos Unidos, a CUF de Lisboa, onde deu nas vistas, chegando a fazer parte dos planos de Cândido de Oliveira para a Seleção. No entanto, um problema de saúde travou a ascensão que vinha fazendo. Os excessos da vida da capital contribuíram para contrair uma doença que o manteve durante muito tempo no hospital e que o deixaram sem clube durante cinco temporadas.
Aos 25 anos recupera, mas a CUF tinha fechado a secção do futebol. Junta-se assim ao Operário Vilafranquense, clube que não chegou a representar, por ter reforçado o Sporting pouco depois, inicialmente na equipa de reservas.
Jogou pela primeira vez com a Listada verde e branca em 1948/49, lançado por Cândido de Oliveira, aos 26 anos - a estreia foi numa vitória por 3-0, frente ao Atlético. Nessa época, a última dos Cinco Violinos, ajudou o Sporting a conquistar o tricampeonato, marcada pela saída, no final do ano, de Peyroteo - jogador que pode recordar aqui.
Na temporada seguinte, com a chegada de Randolph Galloway, tornou-se o comandante da defesa. Liderou o Sporting à conquista do tetracampeonato, entre 1950 e 1954. Tornou-se capitão verde e branco e conseguiu estrear-se na seleção nacional, já com 30 anos de idade.
Pendurou as chuteiras em 1957, já com 35 anos. Um profissional respeitado por todos no Clube, terminou a carreira com 226 partidas disputadas de leão ao peito, nas quais conseguiu marcar um golo. Venceu o título nacional por cinco ocasiões com o Clube de Alvalade.
Manuel Passos morreu a 10 de janeiro de 1980, com 57 anos. Em 2002, foi homenageado com o prémio Stromp na categoria Saudade. Tornou-se um dos jogadores mais consensuais entre os adeptos do Sporting. Foi, recentemente, homenageado pela Câmara Municipal de Machico, no dia do 100.º aniversário do seu nascimento.
Antigo avançado pendurou as chuteiras recentemente, mas recusou ficar parado e já tem muitas coisas para preencher o seu tempo vago
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André, mais conhecido no mundo do futebol como André Balada, assinou por três épocas mais duas de opção com o Sporting, em agosto de 2016, mas a cláusula de rescisão de 60 milhões de euros com que ficou protegido depositou sobre si elevadas expetativas que nunca se vieram a verificar.
Na única época que passou de leão ao peito, a de 2016/17, fez apenas três golos em 15 jogos, sob a orientação de Jorge Jesus - que em breve terá um duelo com Cristiano Ronaldo -, e apesar da passagem por Alvalade ter sido mais curta do que o esperado, sempre a recordou de forma positiva e com nostalgia.
"Tenho boas recordações. Quando cheguei ao clube, o Sporting estava num período de reestruturação. Após uns anos, acabou mesmo por ser campeão. A massa associativa é muito apaixonada, mas estava um pouco adormecida face ao grande número de anos sem levantar o principal título. Estou muito feliz pelo clube ter voltado ao patamar onde já esteve antes", fez notar André, no passado mês de fevereiro, ao ZeroZero.
Sem espaço no Sporting, André regressou ao Brasil e, até pendurar as chuteiras, em 2024, passou por um corrupio de clubes. Foi na Cabofriense que pôs fim à carreira e foi, também, neste mesmo emblema que iniciou outras funções, igualmente ligadas ao mundo do futebol.
Atualmente com 34 anos, o ex-jogador é o novo presidente da equipa que atua na segunda divisão do Campeonato Carioca e, em declarações recentes, prometeu "ressuscitar" o espírito, dar espaço a "jovens talentos" e até se mostrou a assinar o documento oficial associado a este cargo como dirigente, conforme poderá ver mais abaixo.
Pouco antes deste desafio, André também havia aceitado ingressar no mundo do comentário desportivo, em parceria com a Globo. No programa 'Sport TV', já a partir do mês de março, irá analisar os jogos do Brasileirão (e não só), pelo que deverá acumular estas funções às de dirigente.
Confira, abaixo, o vídeo que mostra André a falar como presidente da Cabofriense: