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Já se sabia desde o (mau) jogo frente ao D. Aves, o primeiro de Rúben Amorim pelo Sporting, que com o novo treinador subia também ao relvado uma diferente proposta futebolística, a qual carecia de posterior confirmação. Em Guimarães a evolução natural do sistema respondeu parcialmente às dúvidas, mas só os próximos desafios mostrarão se Amorim está mesmo tão confiante com o lado mais ofensivo da ideia. Utilizar três defesas é bem diferente de jogar com três centrais. A presença de Ristovski no onze com o Aves mostrava, portanto, essa ‘nuance’. Estavam em campo quatro jogadores de cariz defensivo, os quais colocavam a equipa mais perto de um sistema de cinco defesas (com o recuo de Acuña na perda de bola) do que propriamente três. Em certos momentos a deslocação de Mathieu para a esquerda, compensando a permanência de Acuña no meio-campo a tapar a descida do lateral, dava à equipa uma linha de quatro defesas. Tudo mudou no minuto 24, após as expulsões de dois avenses. Aí o treinador leonino assumiu os três defesas (trocando Ristovski por Jovane) e ao intervalo também trocou Mathieu por Francisco Geraldes, baixando Battaglia para a posição de ‘6’ puro, para libertar os dois médios interiores. Agora, no retomar da Liga, Rúben foi a jogo sem receios de ter uma linha defensiva a três, um meio-campo a quatro e um ataque a três.
O Sporting evoluiu imenso quando comparado com o que se viu frente ao Aves, apesar de ter recuado em termos de resultado final. Se esta proposta é melhor ou pior do que outras apresentadas desde a época passada, para já pode dizer-se apenas que é diferente, e a resposta definitiva só a iremos obter com os resultados futuros. Porque no futebol é isso que interessa: o resultado final. Jogar ‘bonito’ ou ‘feio’ são conceitos que ficam ao critério de cada um. Passemos então a ‘ler’ Rúben Amorim a partir de três pontos:
1 – AS IDEIAS E O TREINO. Percebeu-se de forma clara em Guimarães que o treinador sabe operacionalizar bem o treino de zonas de pressão. Os jogadores raramente cometeram erros na definição destas zonas (quando o adversário tinha bola e tentava sair em organização) e mantiveram o padrão ao longo dos 90 minutos. A forma como executaram os movimentos de criação de pressão após a perda de bola revelaram igualmente a qualidade do treino. E este é o ponto que faz toda a diferença: muitas vezes os treinadores pedem aos jogadores o desenvolvimento de determinadas ações em competição, mas não as operacionalizaram previamente no treino, ou seja, não criaram exercícios específicos que possibilitassem a aprendizagem e consolidação da ideia, a qual acaba por ser passada apenas de forma teórica (mensagem verbal normalmente com recurso a esquemas visuais ou vídeos). Pode resultar num jogo muito específico, mas não promove a evolução do conjunto nem dos próprios futebolistas. Por outro lado, quando vemos uma equipa repetir determinado tipo de acções, percebemos que estamos perante um factor comportamental e não aleatório, o que, uma vez mais, nos diz que assistimos a algo que foi preparado em contexto de treino. Independentemente dos resultados obtidos pela equipa, identificar estes dados permite afirmar que estamos perante um treinador competente (não necessariamente vitorioso). Ora, Rúben Amorim sabe fazer e é muito claro nas ideias: pressão na saída de bola do adversário; criar pressão na zona de perda de bola, em vez do habitual recuar de linhas; organizar acções ofensivas de forma paciente a partir da defesa, convidando o adversário a subir linhas para ganhar, com dois ou três passes no máximo, espaço nas costas da defesa (ataque à profundidade); utilizar sempre um dos dois extremos no espaço interior, libertando um corredor para o médio-ala, por forma a criar desequilíbrios. A rapidez ao pensar e ao executar (intensidade) é a chave para o êxito destas ideias e a equipa, em Guimarães, deu mostras de estar confortável neste aspeto, não promovendo a circulação paciente de bola nos 40 metros da zona normalmente destinada à fase de construção/preparação da acção ofensiva, situação que foi alvo de algumas críticas, com as quais não alinho.
2 – O DOIS CONTRA TRÊS. Se o adversário coloca três jogadores com grande qualidade técnica e capacidade física (como fez Ivo Vieira com Joseph, Pêpê e João Carlos Teixeira) no espaço onde o Sporting tem apenas dois elementos (Battaglia e Matheus Nunes, em Guimarães), um erro no passe curto/médio pode ter custos elevados. Creio que foi essa a leitura que Rúben Amorim fez e procurou, bem, minimizar os riscos, dando sempre mais liberdade a um médio, fixando o outro na zona de posição ‘6’. Claro que tal decisão limitava, e muito, essa tal organização/circulação nos 40 metros, mas a opção de criar soluções ofensivas através do passe preferencial a partir dos corredores laterais (Acuña desempenhou aqui um papel decisivo), solicitando ora a capacidade de condução de Jovane, ora a capacidade de rutura de Sporar, resultou muito bem e a equipa nunca necessitou de mais de dois ou três toques para chegar à área contrária. Em especial na primeira parte o Sporting teve a ação muito condicionada pela qualidade de organização ofensiva do Vitória. Apesar de pressionar bem e nos locais certos, o ‘terceiro’ elemento do meio-campo vitoriano soltava-se com facilidade para dar linha de passe aos colegas da defesa, pelo que a bola chegava fácil ao ataque. Daí que Camacho fosse quase sempre apenas lateral neste período, não deixando Eduardo Quaresma exposto a situações de dois para um. Na segunda parte Rúben Amorim deu outra capacidade ao meio-campo, com a colocação de Jovane num espaço mais interior. Então Camacho passou a subir de forma constante e ia travar Florent no meio-campo, e Quaresma já se sentiu mais confortável disputando o espaço apenas com Davidson, porque o ‘terceiro’ médio contrário já não surgia solto naquela zona. Bastou um ‘pequeno’ acerto posicional para resolver um problema que podia decidir o resultado final a favor dos minhotos. Claro que a maioria dos adversários não tem médios de qualidade semelhante aos do Vitória, nem em capacidade técnica nem em conhecimentos tácticos do jogo. E nesses casos o dois para três que Amorim terá pela frente em muitos desafios não oferecerá ao Sporting dificuldades de semelhante envergadura. Por outro lado, Wendel tem uma capacidade de ocupação de espaço que Matheus Nunes ainda não possui, e uma qualidade de decisão superior a Battaglia, quando se envolve no apoio ao ataque. Lá está, as ideias podem ser as melhores e não resultar na plenitude por falta de jogadores capazes de lhes dar corpo.
3 – AS OPÇÕES. É por isso que não dou qualquer importância à proveniência dos jogadores que integram o onze (nem fiz o exercício, que excitou muitos sportinguistas, de olhar a idades e local de formação dos que atuaram em Guimarães). Desde que lá dentro estejam aqueles que são os melhores, isso basta-me. E sobre esta matéria, nem consigo colocar Eduardo Quaresma na ‘lua’ nem Matheus Nunes no ‘inferno’, tão-pouco Camacho num patamar de excelência pelo que fizeram em Guimarães. Podem tentar ‘vender-me’ a ideia de uma exibição fantástica de Quaresma a partir dos passes certos que fez, mas não a compro porque a larga maioria desses mesmos passes foram ‘burocráticos’, ou seja, óbvios na circulação de bola entre defesas, sem oferecer algo de transcendente ao jogo, ao contrário do que conseguiu Acuña, por exemplo, decisivo neste capítulo. No jogo defensivo teve uma óptima ajuda de Camacho na primeira parte e após o intervalo, sim, passou a ter maior e melhor ação. Já Matheus Nunes sentiu sempre a dificuldade acrescida de estar a trabalhar numa zona na qual a equipa se encontrava em inferioridade numérica. O jogo dele foi mais posicional, de evitar expor a equipa a situações delicadas e, claro, não teve pulmão para manter a mesma intensidade a partir da hora de jogo, por isso saiu. Quanto a Camacho, apenas se libertou na segunda parte. Está a aprender os posicionamentos defensivos e um outro aspeto bem mais complicado num sistema de três defesas: saber quando e como desfazer a ação de marcação em sintonia com o central do seu lado (algo que Acuña já domina muito bem), e isso foi notório durante os 45 minutos iniciais. Libertou-se quando o treinador assumiu que era chegado o momento de ele olhar para o jogo mais a partir das ações ofensivas.
P.S. Li várias críticas a Rúben Amorim devido ao facto de não ter mudado o sistema a partir da expulsão de Joseph (76’). Dizer que nos 17 minutos seguintes o Vitória não se alterou, antes aceitou ficar a jogar de dois para dois no meio-campo. Não seria aconselhável desfazer este equilíbrio, até porque Ivo Vieira colocara aí um homem ‘fresco’ (Lucas Evangelista). Substituir Battaglia por Matheus Oliveira, talvez, mas só para ganhar melhor decisão de passe, a troco da luta pela posse de bola. O Vitória só ‘aceitou’ o empate a dois minutos do fim (93’), quando trocou Davidson por um terceiro central (Suliman). Tomar decisões que coloquem em risco o equilíbrio da equipa fazem sentido quando se está a perder. Caso contrário pode ter custos elevados (ver exemplo do Sp. Braga frente ao Santa Clara).
Reduto do Clube de Alvalade está a ser alvo de obras de renovação, que fazem parte do Alvalade 2.0, levado a cabo pelo Presidente Frederico Varandas
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A Fenwick Iribarren Architects especificou todos os detalhes da transformação do estádio do Sporting, que já está a decorrer. A empresa de design encarregue do desenho do projeto Alvalade 2.0, levado a cargo pela direção presidida por Frederico Varandas, partilhou os pormenores dos desenhos para o reduto leonino.
Através de uma publicação no site Vía Construcción, a Fenwick Iribarren Architects partilhou as especificidades dos planos para renovar o estádio do Sporting, apelidado de Alvalade 2.0: ”O projeto, juntamente com uma equipa internacional de experiência em construção, engenharia e consultoria desportiva, transformará o recinto numa autêntica 'experiência imersiva' para os adeptos do clube. O redesenho arquitetónico do estádio do Sporting começa a ganhar forma”
“A reforma do estádio implicará uma autêntica reinvenção da experiência do futebol, já que permitirá aos adeptos aceder a salas exclusivas com catering gourmet, poder ver de perto os jogadores quando entram no estádio e desfrutar de novos lugares VIP, para viver uma experiência de primeira classe no estádio, algo único em Portugal. Isto irá convertê-lo num estádio do século XXI”, fazendo referência assim às novas condições do Estádio José Alvalade.
Além dos novos espaços do estádio, a empresa de design falou também das mudanças estruturais do renovado reduto do Sporting: ”Em termos arquitetónicos, a mudança mais significativa do estádio, e que irá afetar mais os utilizadores do edifício , é a eliminação do atual fosso situado à volta do relvado."
“O novo desenho do estádio trouxe consigo avançados estudos tecnológicos para cumprir com os critérios técnicos exigidos pela FIFA e para otimizar as condições de visibilidade e sonoridade do estádio. Foram efetuados diversos estudos paramétricos com 3D com o objetivo de conseguir o equilíbrio perfeito entre o aumento da capacidade da bancada mais baixa com a descida da zona do terreno de jogo”, fazendo assim referência às obras que estão, neste momento, a ser realizadas em Alvalade. Conheça o resto do projeto Alvalade 2.0 aqui.
Planos da direção de Frederico Varandas procuram a modernização do novo José de Alvalade e as obras avançam a todo o gás
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Tal como é visível através de uma foto que circula pelas redes sociais, a remoção do relvado do Estádio José Alvalade avança a todo o vapor, naquela que é uma das muitas fases do projeto de renovação do reduto do Sporting, levado a cabo pelo Presidente Frederico Varandas e a sua direção.
Com o Sporting a terminar a temporada e depois da final da Liga dos Campeões Feminina, fecharam-se as atividades no Estádio José Alvalade. A direção de Frederico Varandas aproveitou para continuar a remoção do relvado dos leões, que se encontra num estado mais avançado do que foi noticiado no dia de ontem.
O relvado do Estádio de Alvalade está irreconhecível, já não existindo o habitual tapete verde para a prática de futebol. Atualmente o espaço está ocupado por areia, terra e as máquinas que trabalham na intervenção como escavadoras e camiões. Para facilitar as obras, foram também tiradas as balizas, placares publicitários e bancos de suplentes.
A remoção do relvado é o primeiro passo para o desnivelamento do campo de jogo, uma obra necessária para a o cobrimento do fosso do Estádio de Alvalade. Nos próximos meses estão também planeadas intervenções nas várias bancadas e na Praça Centenário, num projeto que deverá custar aos cofres do Sporting cerca de 50 milhões de euros.
O projeto Alvalade 2.0 começou já em 2021, com a alteração das cadeiras originais em troca de uma bancada completamente verde, já em 2023 deu-se a pintura dos corrimãos e escadas do Estádio. As obras mais recentes passaram por um novo sistema de iluminação, que foi estreado no início da temporada 2024/25. Está disponível o restante planeamento das obras, que pode conferir aqui.
José de Alvalade terá um aspeto renovado muito diferente ao que foi construído em 2003 e o processo de obras continua no reduto dos leões
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Como se pode ver através de uma foto que já circula nas redes sociais, o Sporting já avançou para a remoção do relvado do Estádio José Alvalade, uma das muitas fases do projeto de remodelação da sua casa levado a cabo pelo Presidente Frederico Varandas.
Com o final da temporada do Sporting e o acolher da final da Liga dos Campeões feminina - marcada por um episódio caricato - em que o Arsenal derrotou o Barcelona por 1-0, no dia 24 de maio, as remodelações do Estádio José Alvalade retomaram. Desta vez, as obras visam a retirada e desnivelamento do relvado, que são parte do processo de eliminar o fosso.
O desnivelamento do relvado e o cobrir do fosso não serão as únicas alterações no Estádio José de Alvalade. Ao longo dos próximos meses estão também planeadas intervenções nas várias bancadas e, também, algumas obras na Praça Centenário, num projeto que deverá custar aos cofres do Sporting um valor de 50 milhões de euros.
O projeto Alvalade 2.0 começou já em 2021, com a alteração das cadeiras originais em troca de uma bancada completamente verde, já em 2023 deu-se a pintura dos corrimãos e escadas do Estádio. As obras mais recentes passaram pela retirada dos marcadores eletrónicos e um novo sistema de iluminação, que foi estreado no início da temporada 2024/25.
A foto da remoção do relvado do Estádio José de Alvalade foi partilhada por uma página de apoio ao Sporting, na rede social X, em que se pode ver uma máquina escavadora a retirar o tapete verde do estádio dos verdes e brancos, tal como pode ver na publicação: