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Jogadores
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Rui Pinto de Araújo, nascido a 25 de março de 1910, em Lisboa, fez grande parte da sua carreira no Sporting, Clube pelo qual totalizou 243 jogos, com nove golos marcados e vários títulos conquistados. Atuou como defesa e como médio e chegou a ser-lhe confiada a braçadeira de capitão dos leões.
Iniciou a sua carreira no União de Lisboa, com exibições que o levaram cedo à seleção nacional, com apenas 21 anos. A 31 de maio de 1931 fez a sua estreia e participou no triunfo de Portugal diante da Bélgica, por 3-2, num jogo de cariz particular, realizado no Estádio de Lisboa, do Sporting.
Em 1932, voltou a este mesmo 'palco', mas, desta vez, para vestir a Listada verde e branca. Durante uma década de leão ao peito, destacou-se pelo espírito de liderança e, após a saída de Faustina, ficou encarregue de comandar as 'tropas' dentro das quatro linhas.
Pelo Sporting, Rui de Araújo conquistou três Campeonatos de Portugal (1933/34, 1935/36 e 1937/38), oito Campeonatos de Lisboa (1933/34, 1934/35, 1935/36, 1936/37, 1937/38, 1938/39, 1940/41 e 1941/42) e um Campeonato Nacional (1940/41). Apesar de ter começado a carreira no meio-campo, com o passar do tempo passou a jogar na defesa, tendo feito dupla com Álvaro Cardoso - que fez parte da vitória histórica por 11-0 ao Famalicão.
Após ter deixado os leões, em 1942, seguiu para o Minho, para representar o Sporting de Braga. Quatro épocas depois, decidiu encerrar a carreira no Sporting Clube de Lamego, em 1948, acumulando às funções de jogador as de treinador.
Apesar de ter chegado cedo à seleção nacional, apenas defendeu a equipa das quinas por quatro ocasiões, sendo que três delas foram pelo Sporting. Para além do triunfo sobre os belgas, participou num empate contra a Espanha, a três golos, em maio de 1935, e nas derrotas contra Áustria e Alemanha, por 3-2 e 3-1, em janeiro e fevereiro de 1936, respetivamente.
Em 1989 foi distinguido com o Prémio Stromp, entregue pelo Clube de Alvalade, na categoria Saudade, e acabou por morrer a 8 de Janeiro de 1998, aos 87 anos. De quando em vez é lembrado pelo Sporting, principalmente pelo vasto palmarés que ajudou a acumular.
Com a Listada verde e branca, antigo internacional argentino realizou 62 partidas, marcou seis golos e conquistou um importante título
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Aldo Duscher, antigo internacional argentino nascido a 22 de março de 1979, chegou ao Sporting no início da temporada 1998/99, oriundo do Newell’s Old Boys, a troco de uma verba a rondar os 2,3 milhões de euros. O médio defensivo gerou grande expectativa nos adeptos e a verdade é que não desapontou, bem longe disso.
Logo na temporada de estreia, Aldo Duscher realizou 29 encontros (27 no Campeonato Nacional e dois na Liga Europa) na turma liderada pelo técnico croata Mirko Jozic, que pediu a sua contratação, confirmando todos os créditos que nele eram depositados no seu país natal e também na América do Sul.
A estreia a marcar de Aldo Duscher pelo Sporting aconteceu a 13 de dezembro de 1998, na receção ao Braga, em jogo válido para a 15.ª jornada do Campeonato Nacional. Com os leões em desvantagem, o médio apontou o golo do empate, aos 41 minutos, e mais tarde, aos 56’, completou a reviravolta. Nessa temporada, o argentino ainda fez mais um golo, diante do Leiria.
No ano seguinte, que haveria de ser de muita felicidade para o Sporting, Aldo Duscher deu continuidade aos bons desempenhos com a Listada verde e branca. Assumindo-se como peça fundamental na equipa liderada, inicialmente, por Giuseppe Materazzi e, depois, por Augusto Inácio, o argentino fez 33 partidas, marcou três golos e fez uma assistência.
No jogo que fechou as contas do título que terminou com um jejum de 18 anos, diante do Salgueiros, na 34.ª jornada do Campeonato Nacional, Aldo Duscher fez o terceiro golo da goleada leonina, aos 75 minutos, juntando o seu nome no marcador aos dos colegas André Cruz (47’ e 88’) e Kwame Ayew (51’).
Após duas temporadas de alto nível com a camisola do Sporting, Aldo Duscher foi vendido ao Deportivo da Corunha, num negócio que rendeu 13 milhões de euros aos cofres leoninos. No histórico emblema espanhol, o argentino enfrentou algumas dificuldades iniciais, jogando só sete partidas na época de estreia. Todavia, nos anos seguintes, o médio afirmou-se, chegando mesmo a ser internacional pelo seu país em três ocasiões.
Para lá de Newell’s Old Boys (Argentina), Sporting e Deportivo da Corunha (212 partidas), Aldo Duscher representou ainda ao longo da sua carreira o Racing Santander (40 jogos, seis golos), Sevilha (54 jogos, um golo), Barcelona do Equador (sete jogos) e ENP do Chipre (oito jogos).
Ao todo, com a Listada verde e branca, Aldo Duscher realizou 62 partidas, marcou seis golos (Braga, por duas vezes; Leiria; Vitória de Guimarães; Marítimo e Salgueiros). No que a títulos diz respeitos, o antigo internacional argentino conquistou um Campeonato Nacional (1999/00).
Numa entrevista recente, Aldo Duscher confessou a ligação muito especial com o Sporting: “Aquele que mais me tocou o coração, porque era um jovem e conseguimos algo importante, porque as pessoas esperavam há muito por isso, foi o Sporting. Lutavam a cada ano e não conseguiam o título. Quando o ganhámos sentei-me no banco e senti a tranquilidade e a paz por essas pessoas que tanto sofreram”.
Jogador internacional português chegou a ser capitão dos leões e esteve na final inesquecível diante dos russos do CSKA Moscovo
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Natural de Guimarães e nascido a 24 de maio de 1983, Custódio começou por jogar no União Torcatense e, uma época depois, mudou-se para o Vitória SC, com passagens pelos sub-15, sub-17 e sub-19. Em 1999 viajou para Lisboa e iniciou o seu percurso no Sporting, primeiro nos sub-17.
Apenas três épocas depois, fez 14 jogos pela equipa B e provou que merecia começar a ser integrado no plantel principal, pelo qual se estreou em março de 2002, num jogo para o campeonato, diante do Salgueiros, por aposta de Lazlo Boloni. Assim, e devido a estes minutos que somou, também foi considerado campeão nacional no fim da época 2001/02.
No ano seguinte, continuou inserido na equipa B e só em 2003 se juntou, em definitivo, ao primeiro escalão. Assumiu, desde logo, um papel de destaque e somou 31 jogos, numa temporada sem títulos para o emblema verde e branco. Desde então, somou mais duas épocas e meia de leão ao peito, com uma Taça de Portugal conquistada e como parte da histórica campanha na Taça UEFA, na temporada 2004/05.
O Sporting, recorde-se, chegou à final da prova europeia, disputada precisamente no Estádio José Alvalade. Custódio foi titular em grande parte desse percurso e foi um dos rostos da consistência e solidez da equipa orientada por José Peseiro. Apesar da derrota na final frente ao CSKA Moscovo, por 3-1, essa época marcou um dos pontos altos da carreira do médio com a Listada verde e branca.
A sua influência no balneário foi crescendo, e chegou mesmo a envergar a braçadeira de capitão, prova do seu espírito de liderança dentro e fora de campo, até à altura da despedida, em janeiro de 2007, para viver a sua primeira experiência internacional. Ao todo, pelo Sporting, Custódio realizou 47 jogos, com cinco golos marcados.
Este novo desafio nos russos do Dínamo de Moscovo não duraria mais de dois anos, com poucos jogos realizados, e o regresso a Portugal deu-se em 2009, desta vez para o Vitória SC, que lhe deu a possibilidade de se voltar a apresentar num bom plano. Duas temporada e meia depois, mudou-se para o rival Sporting de Braga. No emblema da Pedreira, voltou a viver momentos históricos, como a chegada à final da Liga Europa em 2011, diante do Porto, ganha pelos dragões por 1-0.
Ao longo de todo o seu percurso, que ainda contou com três épocas pelos turcos do Akhisar, Custódio somou 10 internacionalizações pela seleção principal de Portugal, tendo feito parte da convocatória para o Euro'2012, no qual chegou a ser utilizado por Paulo Bento.
Após pendurar as chuteiras, Custódio enveredou pela carreira de treinador. Primeiro, orientou a equipa B do Sporting de Braga, depois sucedeu a Ruben Amorim no plantel principal e, com seis jogos realizados, decidiu voltar a treinar as camadas jovens. Atualmente, comanda a equipa B dos minhotos.
Central deu que falar pelo físico que o tornava praticamente intransponível e chegou à marca de mais de uma centena de jogos pelos leões
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António Henriques Morato nasceu a 20 de Março de 1937 - o mesmo ano que ditou a chegada de Joseph Szabo ao Alvalade -, em Lisboa, e apesar de ter iniciado o seu percurso no futebol no Charneca, foi chamada para ingressar nos Principiantes do Sporting, orientado pelo Dr. Abrantes Mendes, e ganhou, logo na época 1953/54, o seu primeiro título.
No entanto, pouco depois, viu-se confrontado com uma difícil decisão: optar entre a estabilidade de um emprego seguro ou seguir carreira no futebol. Acabou por optar por deixar o desporto para segundo plano e foi assim que, com grande angústia, regressou ao Charneca.
Um ano mais tarde, o destino voltou a cruzar o seu caminho com o dos leões. Francisco Cazal-Ribeiro convidou-o a regressar ao Sporting e prometeu-lhe um emprego numa empresa da capital. Desta vez, Morato não hesitou e aceitou o desafio. O resto, é história.
Na época 1955/56, passou a fazer parte da equipa de juniores como titular, conquistando os títulos Regional e Nacional, ao lado de jogadores como Azevedo, Brito, Couto, Nelito e Fernando Mendes, entre outros.
O seu talento levou-o a ser selecionado para representar a equipa de juniores da Associação de Futebol de Lisboa. O passo seguinte foi a transição para os seniores do Sporting, onde teve de lutar pelo seu espaço, competindo com o brasileiro Lúcio.
Sob o comando de Abel Picabea, Morato conquistou a titularidade, integrando uma linha de três defesas composta por Lino, Morato e Hilário, estrutura que seria mantida pelo técnico Enrique Fernández.
Permaneceria no Sporting durante seis temporadas, até 1964/65, período em que venceu um Campeonato Nacional e chegou a representar a seleção nacional numa ocasião. Ao longo da sua trajetória pelo Clube, realizou 106 jogos e marcou um golo.
O legado de Morato no Sporting perdurou na família, uma vez que o seu filho, António Maurício Farinha Morato, também seguiu os seus passos. Ingressou no emblema de Alvalade em 1983, igualmente como defesa, e por lá ficou até 1989, somando 178 jogos ao serviço dos leões, numa era em que o treinador era Jozef Vengloš.