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Chovia sobre Alkmaar na quinta-feira 5 de maio de 2005 e um 'mar de lágrimas' cairia sobre o mesmo mais tarde: umas de felicidade pelos Adeptos do Sporting, outras de tristeza por quem apoiava o AZ. O modesto estádio De Alkmaarderhout parecia preparado para um milagre e foi isso que aconteceu já perto do final do prolongamento, com o golo de Miguel Garcia que carimbou a presença dos leões na final da Taça UEFA.
O Sporting chegou à Holanda em vantagem mínima, após um triunfo por 2-1 em Alvalade frente ao AZ Alkmaar. Com uma final europeia à vista, que, curiosamente, seria disputada em casa, no Estádio José Alvalade, a 18 de maio, os leões sabiam que precisavam de dar tudo por tudo... mas a noite começou tortuosa.
Para este encontro, o Sporting de José Peseiro alinhou de início com Ricardo, Miguel Garcia, Anderson Polga, Beto, Rui Jorge, Custódio, Rochemback, João Moutinho, Sá Pinto, Douala e Liedson. Já o AZ Alkmaar, de Co Adriaanse, apresentou-se com Timmer, Jaliens, Opdam, Ron Vlaar, Tim de Cler, Landzaat, Adil Ramzi, Van Galen, Tarik Sektioui, Robin Nelisse, Kenneth Pérez.
Logo aos cinco minutos, Kenneth Pérez, a grande figura do AZ, obrigava Ricardo a aplicar-se. Um minuto depois, o mesmo Pérez surgiu livre de marcação na área e, de cabeça, abriu o marcador após canto cobrado por Sektioui. O Sporting estava em desvantagem na eliminatória.
A equipa de José Peseiro demorou a reagir. O jogo partiu-se, com oportunidades em ambas as balizas. Liedson e Miguel Garcia estiveram perto do empate, mas foi só mesmo antes do intervalo que o golo chegou. Anderson Polga colocou a bola na área e Liedson, com instinto matador, fez o empate: 1-1 no jogo, leões novamente em vantagem na eliminatória.
O segundo tempo trouxe um Sporting mais confiante, impulsionado por Douala e pelo incansável Liedson. Ainda assim, aos 78 minutos, Huysegems recolocou o AZ na frente (2-1), aproveitando uma confusão na área provocada por uma saída incompleta de Ricardo e um corte desesperado de Polga. O resultado em causa eliminaria o Sporting e Van Galen e Huysegems desperdiçaram, ainda neste período, oportunidades de ouro nos últimos minutos do tempo regulamentar.
O prolongamento começou com os leões mais agressivos. Tello e Pedro Barbosa elevaram o ritmo e Ricardo manteve o sonho vivo com uma defesa brilhante a remate de Vlaar. Mas aos 109 minutos, um novo golpe: Jaliens fez o 3-1 para o AZ, num novo lance de bola parada. O Sporting estava cada vez mais fora da prova.
Do lado direito, Tello cobrou um canto em cima do fim do prolongamento. Na pequena área, Miguel Garcia, até então discreto, apareceu ao primeiro poste e, com um desvio de cabeça, fez o 3-2. Um golo com peso histórico. Foi o seu primeiro golo com a camisola do Sporting e foi também aquele que recolocou os leões numa final europeia, 41 anos depois da mítica conquista da Taça das Taças, frente ao MTK Budapeste, em 1964.
O Sporting chegou à grande final e recebeu os russos do CSKA Moscovo no Estádio José Alvalade. O percurso memorável até este derradeiro jogo não se traduziu, no entanto, num título, até porque os leões não foram além de um 3-1. O golos verde e branco foi apontado por Rogério, ao minuto 28.
Recorde, abaixo, o golo de Miguel Garcia ao AZ Alkmaar:
Clube de Alvalade sai vitorioso do confronto decisivo com os encarnados e acaba por deixar a definição em aberto para a próxima partida
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Joaquim Ferreira, técnico leonino, alinhou com Azevedo, Octávio Barbosa, Álvaro Cardoso, António Lourenço, Ismael, Veríssimo Alves, Manuel Marques, Albano, Jesus Correia, João Cruz e Fernando Peyroteo. János Biri, líder húngaro dos encarnados, avançou com Mário da Rosa, Gaspar Pinto, Francisco Moreira, Joaquim Alcobia, Eduardo Cerqueira, Francisco Ferreira, Espírito Santo, Joaquim Teixeira, Rogério Pipi, Arsénio e Julinho.
O Sporting entrou muito forte na partida, desde logo a dominar qualquer zona do campo por completo. Fernando Peyroteo, que é o maior goleador da história dos verdes e brancos, não perdeu tempo e fez o 1-0, surpreendendo o eterno rival logo aos dois minutos.
Ainda na primeira parte, já perto do intervalo, o Benfica soube responder com um golo. O responsável por fazer a bola bater nas redes defendidas por Azevedo, guarda-redes do Sporting, foi Espírito Santo. O médio das águias marcou o seu único golo na partida aos 41 minutos.
Depois do intervalo, ambas as equipas demoraram a entrar realmente no jogo. O Sporting conseguiu chegar-se à frente novamente, mas desta vez por Jesus Correia. O remate certeiro do avançado leonino surgiu aos 65 minutos, para deixar o Clube de Alvalade na frente do marcador.
O Sporting continuou a carregar para cima do eterno rival, com Fernando Peyroteo a aparecer novamente. O craque histórico do Clube verde e branco foi o responsável por fazer o 3-1 e deixar os verdes e brancos na frente da eliminatória. Ainda assim, o Benfica não se deixou ficar.
Depois de imensas tentativas, os encarnados conseguiram empatar a eliminatória ao marcar golo aos 90 minutos, mesmo a acabar o encontro. Francisco Ferreira trouxe a esperança para as águias, que acabaram por perder para o Sporting na terceira mão. Os verdes e brancos aproveitaram a final com o Olhanense e venceram por 1-0, erguendo assim, mais uma Taça de Portugal.
Conjunto verde e branco quase viu o troféu a fugir, mas no final de contas tudo correu bem e o Clube de Alvalade conseguiu derrotar os dragões
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O Sporting encontrou o Porto num confronto que decidia o vencedor da Taça de Portugal no dia 24 de junho de 1978. Os verdes e brancos saíram a sorrir da finalíssima com o rival do norte, após triunfarem por 2-1 na partida. Os golos leoninos foram de Vítor Gomes (55’) e de Manuel Fernandes (62’) – histórico já perfilado pelo Leonino.
Rodrigues Dias, técnico dos leões, avançou com Botelho, Artur Correia, Augusto Inácio, Laranjeira, Paulo Menezes, Ademar, Aílton Ballesteros, Vítor Gomes, Salif Keita, Manuel Fernandes e Manoel Costa. José Maria Pedroto, treinador da equipa portista, alinhou com Fonseca, Gabriel, Simões, Teixeirinha, Adelino Teixeira, Octávio Machado, Taí, Carlos Brandão, Duda, Fernando Gomes e Seninho.
Mário Luís, árbitro da partida, não teve grandes dificuldades na primeira parte, já que apesar de ter sido um jogo disputado nestes 45 minutos, o português só apitou remates certeiros no segundo tempo, que começou desde logo com grande domínio da equipa verde e branca.
O primeiro remate certeiro da segunda parte surgiu da genialidade de Vítor Gomes. O craque português abriu o marcador da finalíssima, aos 55 minutos, depois de empurrar a bola para o fundo das redes defendidas por Fonseca, o guarda-redes da equipa portista na temporada.
O Sporting continuou a carregar e, aos 62’, apareceu o 2-0 no placar. Desta vez, o suspeito do costume, que ainda não tinha marcado no jogo, conseguiu superar a defesa dos dragões e ampliou a vantagem para a equipa vestida de verde e branco. Assim, os leões já ganhavam algum conforto.
Quando parecia estar tudo bem, Seninho surpreendeu a defesa Sportinguista e fez o 2-1 para o Porto. O remate certeiro do avançado surgiu aos 80 minutos, ou seja, ainda faltavam 10 para terminar. Depois do golo, o conforto desapareceu e o Sporting sofreu até ao final.
A verdade é que a partida que decidia o título terminou com o 2-1 no marcador e o Sporting pôde, finalmente, depois de uma final que parecia interminável, comemorar a oitava Taça de Portugal da sua história. Os verdes e brancos conseguiram impedir que o Porto conseguisse o segundo título da prova rainha seguida.
Conjunto verde e branco sai derrotado de jogo desastroso diante do eterno rival e fica fora da competição criada pela Federação Portuguesa de Futebol
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No dia 23 Junho de 1977, o Sporting e o Benfica encontravam-se para disputar o eterno dérbi a contar para a Taça FPF. O Clube de Alvalade foi derrotado, por 3-0, pelo eterno rival. Os golos das águias surgiram de Manuel Bento (guarda-redes) - que estava na derrota na Taça de Portugal em 1974 -, Artur Correia e Shéu.
João Laranjeira, treinador dos leões, avançou para campo com Luís Matos, Vítor Gomes, João Laranjeira (capitão), José Mendes, Da Costa, Valter Costa, Camilo, Baltasar, Manoel, Manuel Fernandes, Libânio Teresa e João Laranjeira. John Mortimore, técnico das águias, alinhou com Manuel Bento, Artur Correia, Eurico Gomes, António Bastos Lopes, Alhinho, Shéu, Vítor Martins, José Luís, Fernando Chalana, Nené e Nelinho.
O golo surpreendente da partida, que teve palco no antigo Estádio da Luz, surgiu do guarda-redes dos encarnados, Manuel Bento. O remate certeiro não aconteceu de baliza a baliza, mas sim através de uma grande penalidade, que acabou por ser bem convertida pelo internacional português.
Os outros dois golos também foram do conjunto da Luz. A equipa da casa viu Artur Correia e Shéu contribuírem para a pesada derrota do Sporting. Com o 3-0 no marcador, os leões terminaram a fase de grupos em terceiro lugar, atrás do eterno rival e do primeiro classificado Estoril, que foi o único clube a avançar para a próxima etapa.
A Taça Federação Portuguesa de Futebol, conhecida como 'Taça FPF', foi uma competição organizada pela Federação exclusivamente em 1976/77. Nesta temporada, houve uma edição para cada uma das três principais divisões portuguesas, resultando em três campeões de diferentes escalões do futebol nacional.
No Campeonato Nacional, a equipa de Alvalade acabou na segunda posição da tabela classificativa, com 42 pontos. O vencedor esta edição da principal competição no futebol português foi o Benfica, que levantou o título com uma vantagem de nove pontos relativamente ao Sporting.
Na Taça de Portugal a história não foi diferente. O Sporting teve uma campanha ainda mais complicada de defender, depois de ter sido eliminado nos quartos de final 3-0 para o Porto. O vencedor deste clássico, foi também o clube que festejou o título da prova rainha depois de triunfar na final sobre o Braga.