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Clube
19 Out 2020 | 11:47 |
As declarações de Frederico Varandas e Rúben Amorim no final do jogo com o FC Porto devem ser bem esmiuçadas, porque nelas encontramos as frases que servirão de entrave ao crescimento pretendido para o Sporting CP. Entre as críticas bem levantadas à má arbitragem de um desafio concluído com um empate, surgiram duas confissões reveladoras de toda a ingenuidade de presidente e treinador. O primeiro, porque acredita conseguir sair vencedor na luta de lama em que se transformou o futebol português nos últimos 40 anos, sem sujar a camisa branca; o segundo porque pensa estar hoje a preparar uma equipa para disputar o título na próxima temporada.
Varandas apresentou-se a votos, há dois anos, garantindo saber tudo sobre o mundo do futebol. A cada declaração que faz, a cada decisão que toma, instala-se a dúvida: ele é mesmo tão ingénuo assim, ou apenas um fala-barato que não tem ideia do mundo em que está inserido? Nenhuma das possibilidades é propriamente uma qualidade, bem pelo contrário, mas ele e aqueles que o rodeiam parecem ser os únicos a não perceber o problema.
O futebol português transformou-se numa luta de lama há cerca de 40 anos. Os clubes que nesse período venceram campeonatos, raramente o conseguiram de forma totalmente limpa, isto é, sem recorrer a jogos de bastidores. Sim, não sejamos ingénuos, os nossos últimos dois títulos também só foram conseguidos porque nesse período o Sporting CP encontrou a fórmula certa para não se deixar ‘comer’. As escutas do ‘Apito Dourado’ ou os mais recentes casos expostos através da publicação de vários e-mails relacionados com o SL Benfica, acordaram a opinião pública para uma realidade que já o era, então, há uns bons 20 anos. Só que feito de forma mais discreta, usando poucos canais de comunicação, com contactos diretos em locais que ficaram muito famosos na altura.
Quando Varandas diz que ‘interessa é ter poder’, falando de escutas, percebo que se refere a Pinto da Costa. E pergunto: porque não lhe passa pela cabeça que Luís Filipe Vieira tenha feito o mesmo? Por acaso esqueceu ou não teve conhecimento da totalidade desse dossier de escutas? É que numa delas surge um ex-Presidente da Liga, Valentim Loureiro (esse mesmo, o que foi este ano homenageado pela Liga Portugal…) a perguntar a Vieira que árbitro pretende para determinado jogo. E quando lhe é sugerido um nome, o presidente do SL Benfica atira de pronto, ‘não, esse não’.
E quando Varandas diz que ‘não vamos fazer o que se fazia, não vamos jogar sujo’, refere-se a quem? Era o Sporting CP que jogava sujo? Se era, jogava sujo de forma bem incompetente porque nada ganhou com isso. Ou referia-se a adversários? Ficava-lhe bem esse esclarecimento. De caminho, e aproveitando a ocasião, sempre podia cumprir a promessa de campanha e contar tudo o que disse saber sobre a forma como o Sporting CP perdeu a Liga 2015/16. A memória dele pode ser curta, mas a minha não o é.
Após dois anos a ser brindado com uma série de arbitragens ‘simpáticas’, Varandas pensou mesmo que era ‘amor para sempre’? Não percebeu que por questões ‘políticas’ dava jeito permitir umas quantas vitórias leoninas? Quem mexe os ‘cordelinhos’ sabe bem que não são as arbitragens a decidir quem é o campeão. Pode haver um ou outro empurrão, uma ou outra rasteira, mas no final uma equipa sem treinador competente ou sem jogadores altamente qualificados não ganha. O Sporting CP não preenchia nenhuma dessas exigências, logo, nem com uma ou outra simpatia lá chegaria. E no momento certo, quando um jogo corresse particularmente mal, seria fácil atirar a equipa ao tapete. Foi o que sucedeu em Moreira de Cónegos na época passada.
A ingenuidade de Varandas chega ao ponto de pensar ser possível sair vencedor nesta luta de lama sem sujar a camisa branca. Ao deixar sistematicamente o SL Benfica fora desta equação e das críticas, pensa ter ali um aliado que ajude o Sporting CP a ficar em segundo lugar, afinal o máximo que ambiciona, olhando à entrada direta na Liga dos Campeões. É a segunda versão de Filipe Soares Franco. O ‘campeão’ das segundas posições. Um pensamento que é o verdadeiro entrave ao crescimento do Sporting CP. Pois fique sabendo que para quem não está disposto a sujar a camisa, o melhor mesmo é manter-se fora do futebol. Ou estar nele a cumprir sempre o mesmo papel de perdedor. Porque está a tentar ganhar o lugar de um dos clubes que inventou a luta na lama.
Em duas ocasiões, antes e depois do jogo com o FC Porto, o treinador Rúben Amorim falou em ano menos um. Bom, Varandas já nos tinha brindado com dois anos zero. Só faltava agora o treinador dizer que este é o ano menos um. Portanto, no primeiro ano zero, a SAD gastou, entre investimento (aquisições) e custo (salários) do plantel, mais de 90 milhões de euros; na época passada, o segundo ano zero implicou gastos, nas mesmas rubricas, igualmente acima dos 90M e este ano, entre aquisições e salários, a conta não ficará abaixo dos 80M. Como é possível falar em anos zero ou menos um com custos desta envergadura? Que Varandas não corrija Rúben Amorim até compreendo, também não lhe dá jeito mostrar ambição, por força a não arriscar nova derrota. E, afinal, a vitória deles até passa apenas pelo terceiro lugar, por isso é natural que pensem poder festejar em maio. Mas apetece-me perguntar ao treinador: acredita mesmo que na próxima época vai ter esta mesma equipa? Quando pede paciência para estes ‘meninos’, quando diz que os está a fazer crescer para ficarem aptos daqui a um ano a disputar objetivos mais ambiciosos, é porque pensa que não os vai perder entre os mercados de janeiro e do próximo Verão. Qual é a parte de ‘o Sporting precisa vender jogadores para equilibrar contas’ que o Rúben não entende? São os jogadores que o próprio treinador não quis que vão proporcionar o encaixe financeiro necessário? Não me faça rir, Rúben. No próximo Verão voltamos ao assunto.
Enfim, ingénuos ou vendedores de sonhos impossíveis, é o que estes dois são.
Transferência de vários milhares de euros do Lokomotiv Moscovo para as contas bancárias dos encarnados estão na mira das autoridades
07 Out 2025 | 15:40 |
Rui Costa, presidente do Benfica - que levou resposta à letra de Frederico Varandas - foi constituído arguido por um negócio feito com um emblema russo. Em causa estão 70 mil euros relacionados com a venda de Germán Conti. Dinheiro veio do Lokomotiv de Moscovo, algo que as regras europeias não permitem.
Germán Conti não foi um jogador propriamente marcante no Benfica. Em 2018 saiu do Colón rumo a Lisboa, mas só ficou uma época no plantel do Benfica. Jogou 12 vezes, com duas participações na equipa B e 10 jogos pela equipa principal. Ainda marcou um golo.
No ano seguinte, 2019, começou uma série de empréstimos, até que foi vendido ao Lokomotiv Moscovo no início de 2023. E o que coloca o jogador na história, nem é essa transferência para um clube russo; é a transferência seguinte, ainda em 2023, dos russos para o Racing.
A TVI/CNN Portugal avança que 76.021 euros foram transferidos do Lokomotiv para o Benfica. Isto na altura em que já tinha começado a guerra na Ucrânia – e já tinham começado as sanções contra a Rússia. Ou seja, esse valor, vindo de Moscovo, seria uma violação das medidas restritivas aprovadas pela Organização das Nações Unidas e pela União Europeia contra a Rússia.
Às suspeitas da violação das medidas restritivas aprovadas pela Organização das Nações Unidas e/ou pela União Europeia, o Ministério Público (MP) junta a suspeita de crime de branqueamento de capitais, embora o dinheiro em causa tenha seguido diretamente da conta do clube russo para a conta do Benfica, no BCP, sem qualquer intermediário ou dissimulação.
Pitagórica mediu a intenção de voto dos lisboetas para as eleições autárquicas, mas também avaliou preferências clubísticas dos cidadãos
06 Out 2025 | 17:11 |
Uma sondagem da Pitagórica mediu a intenção de voto dos lisboetas para as eleições autárquicas, mas também avaliou o estilo de vida e as preferências dos cidadãos de Lisboa a vários níveis, entre os quais o clubístico. O Sporting é o clube da maioria dos 'alfacinhas'
À pergunta "qual é o clube de futebol de que se sente mais próximo", 48% dos inquiridos afirmaram ser do Sporting, com apenas 30% mais perto do Benfica e 5% do Porto. Há ainda 15% que responderam que não ligam a futebol. São os homens que fazem pender mais a balança para Alvalade, visto que 58% dizem ser do Sporting e 27% do Benfica. As mulheres estão mais divididas, dado que 38% preferem os leões e 32% as águias.
Os cidadão mais novos tendem a ser mais próximos do Clube de Alvalade e os mais velhos do Benfica. O emblema encarnado apenas reúne a maioria das preferências na faixa etária entre os 55 e os 64 anos. Em Lisboa, o Porto reúne mais adeptos entre os 45 e os 54 anos, ainda que só alcance aqui os 8% e continue longe dos rivais da capital.
Ainda no estilo de vida e preferências dos cidadãos, a sondagem da Pitagórica concluiu que 55% pratica desporto com regularidade e 45% admite não o fazer. Os homens e os mais novos são os que praticam mais, sendo que os lisboetas com maiores rendimentos também são os que têm melhores índices de prática desportiva.
Neste momento, após o empate com o Braga, os comandados de Rui Borges têm agora 19 pontos e estão no segundo lugar da tabela classificativa da Liga Portugal Betclic. O Porto é primeiro classificado com 22. Por outro lado, o Benfica está no terceiro posto com 17 pontos conquistados.
João Palma, presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) do Clube de Alvalade, congratulou-se pelos números apresentados
05 Out 2025 | 21:44 |
João Palma, presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) do Sporting, anunciou, aos microfones do canal oficial do Clube, no intervalo da partida entre os leões e o Braga (1-1), que foi aprovado, com uma percentagem de 93,5%, o Relatório e Contas 2024/25 apresentado pela Direção, liderada por Frederico Varandas.
O presidente da MAG congratulou-se pelos resultados apresentados, salientando o bom momento que o clube vive em termos desportivos e financeiros, anunciando que marcaram presença na AG 1.670 sócios votantes, que corresponderam a 9.871 votos. Palma referiu ainda o momento de paz e união se vive no Sporting, recordando a pequena percentagem de votos contra, brancos e nulos.
J. Palma: "A percentagem a favor foi de 93,5%"
"A Assembleia Geral apurou 1.670 sócios votantes, a que corresponderam 9.871 votos. Quer em termos de sócios, quer em termos de votos, a percentagem a favor foi de 93,5%. Portanto, a proposta do Conselho Diretivo do Relatório e Contas do ano de 1 de Julho de 2024 a 30 de Junho de 2025 foi aprovada por esta larga maioria de Associados", começou por anunciar o dirigente, felicitando de seguida o Conselho Diretivo pelo "excelente resultado".
"Queria sublinhar o momento de união que o Sporting Clube de Portugal vive. Foi, ainda, um número significativo de votantes, tendo em conta o histórico de pessoas que por norma participam nas Assembleias Gerais. Nesse sentido, foi uma boa votação, com números expressivos. Tirando os votos nulos e os brancos, que também houve alguns, houve de facto muito poucos votantes contra", sublinhou ainda, fazendo depois uma leitura destes resultados.
J. Palma: "O Sporting está unido, a viver uma fase fantástica, reconhecida por todos"
"Significa que o Sporting está unido, a viver uma fase fantástica, reconhecida por todos. Quer no futebol masculino sénior, porque ganhámos, fomos bicampeões Nacionais e estamos a bater-nos pelo tricampeonato, como o Presidente Frederico Varandas sublinhou há dias, mas também nas modalidades, onde temos obtido grandes resultados. Portanto, a Mesa da Assembleia Geral queria sublinhar o grande momento que o Clube vive, sobretudo com as perspectivas de afirmação do Sporting como a maior potência nacional", concluiu.