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Rui Patrício nasceu em Marrazes, Leiria, a 15 de fevereiro de 1988, e é um dos nomes mais históricos s que já passaram pela baliza leonina. O guardião vestiu a camisola principal do Sporting em 467 jogos oficiais, sendo o segundo jogador mais utilizado de sempre do Clube. De leão ao peito, o antigo internacional português conquistou duas Taças de Portugal, uma Supertaça e uma Taça da Liga, tudo isto em 12 temporadas.
Rui Patrício é um dos vários grandes nomes totalmente moldados na Academia Cristiano Ronaldo, tendo em conta que se destacou desde muito jovem como guarda-redes dos iniciados, equipa que foi campeã nacional em 2002. Posteriormente, o mesmo plantel conquistou quatro títulos consecutivos, e o craque entre os postes foi o primeiro daquela geração a chegar ao plantel principal.
Com apenas 18 anos, ainda quando era júnior, o craque integrou o plantel principal como terceira opção. A 19 de novembro de 2006 estreou-se contra o Marítimo, defendendo um penálti e garantindo o triunfo por 1-0. Rapidamente, Rui Patrício ganhou espaço na equipa e, na época seguinte, beneficiou de um desentendimento entre Stojkovic e Paulo Bento para se afirmar como o titular absoluto.
Apesar da idade, Rui Patrício mostrou personalidade na baliza leonina, mantendo a confiança do treinador mesmo após alguns erros naturais. Foi decisivo nas conquistas da Taça de Portugal e Supertaça frente ao Porto, em 2008, tendo sido distinguido com o Prémio Stromp Revelação no mesmo ano.
Rui Patrício tornou-se indiscutível no Clube verde e branco. Em 2011 e 2012 venceu o Prémio Stromp, mas desta vez na categoria Futebolista. Para além disso, alcançou o jogo 300 em dezembro de 2014 e, no ano seguinte, foi distinguido com o Leões Honoris Sporting. O craque voltou a vencer mais um título importante de leão ao peito em 2015 - a Taça de Portugal.
O guardião renovou contrato em 2012 e, novamente, em 2016, já como um dos capitães de equipa. Com cláusula de rescisão de 45 milhões de euros, Rui Patrício já era um dos pilares do Clube e da seleção nacional. Vale a pena recordar que foi o melhor guarda-redes do Euro 2016, competição que venceu por Portugal com exibições de alto nível que lhe valeram o 12.º lugar na Bola de Ouro.
Em 2018, o guarda-redes venceu a Taça da Liga pela primeira vez na história do Clube verde e branco. No entanto, foi um dos 'protagonistas' da crise que culminou com a invasão à Academia em Alcochete. Rui Patrício liderou os protestos dos jogadores e tornou-se o primeiro dos nove atletas a rescindir contrato, partindo assim para o Wolverhampton, de Inglaterra, com 467 jogos feitos, a apenas 28 do recorde absoluto. Mais tarde, os leões haveriam de chegar a acordo, com os verdes e brancos a receberem uma verba a rondar os 12 milhões de euros.
Titular da Seleção em múltiplas competições, incluindo os Europeus de 2012, 2016 e 2020 e os Mundiais de 2014, 2018 e 2022, o guardião é um dos futebolistas mais internacionais por Portugal. Após três anos no Wolverhampton, de Inglaterra, Rui Patrício rumou à Roma, onde venceu a Liga Conferência. Em 2024, já sem espaço no clube italiano, assinou pela Atalanta, mantendo-se na Serie A. Em 2025, o craque encontra-se sem clube.
*Atualizado a 10 de julho de 2025
Craque que mostrava uma grande disponibilidade para jogar onde fosse necessário representou os leões durante impressionantes 16 temporadas
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Manuel Marques, conhecido como Manecas, nasceu a 10 de julho de 1917, em Lisboa, e tornou-se uma figura lendária do Sporting. Durante 16 temporadas consecutivas ao serviço da equipa principal verde e branca, o craque conquistou seis Campeonatos Nacionais, quatro Taças de Portugal, dois Campeonatos de Portugal, oito Campeonatos de Lisboa e uma Taça Império, somando assim 352 jogos e quatro golos com a camisola leonina.
Manecas começou a jogar futebol no Desportivo do Campo Grande, antes de se juntar ao Sporting com apenas 15 anos, em novembro de 1932, para representar a equipa de principiantes. Anteriormente, Manuel Marques trabalhava como carpinteiro de barcos no Arsenal da Marinha e, mais tarde, num grémio de armazenistas, conciliando desde cedo a vida profissional com o futebol.
Após a conquista do Campeonato de Lisboa da 2.ª categoria, em 1934/35, Manecas passou pelas Reservas e estreou-se na equipa principal a 15 de março de 1936, frente ao União de Lisboa, como extremo-direito. Com a chegada do mítico Joseph Szabo ao comando técnico, na época seguinte, foi adaptado ao meio-campo, onde ganhou consistência tática e solidez, sendo posteriormente recuado para a defesa em fases mais maduras da carreira.
A disponibilidade que Manecas mostrava aos treinadores permitiu-lhe atravessar várias gerações e ainda integrar a lendária equipa dos Cinco Violinos. O médio era tão respeitado no balneário que conseguiu o estatuto de capitão em Alvalade. A descontração de Manuel Marques fez com que o craque se tornasse num dos líderes mais carismáticos da história do futebol português.
Manecas, brincalhão como sempre mostrou ser, protagonizou vários episódios curiosos. Um dos mais engraçados aconteceu quando o craque escondeu os bonecos do treinador Szabo antes dos treinos com a equipa. Outra marca pessoal foi o famoso lenço branco à cintura, um presente da sua mãe. Embora fosse destinado a limpar feridas, Manuel Marques admitiu nunca o ter usado para esse fim, preferindo vê-lo como uma espécie de amuleto da sorte.
Manuel Marques despediu-se dos relvados a 5 de outubro de 1950, num eterno dérbi disputado no Lumiar. Nesse jogo o Sporting venceu o Benfica por 8-1. Manecas foi ainda internacional português quatro vezes, duas pela seleção principal e as restantes pela equipa B, ambas em 1945, durante a fase mais competitiva da sua carreira.
Após o final da carreira, o antigo craque teve uma curta experiência como treinador, mas a verdade é que os melhores momentos que teve foram todos enquanto jogador. Manecas morreu a 20 de fevereiro de 1987, aos 69 anos, e será recordado por ter sido um dos líderes mais carismáticos da história leonina.
Defesa uruguaio representou as cores verdes e brancas ao longo de nove temporadas e consolidou-se como uma das grandes figuras do Clube neste século
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Sebastián Coates - que recentemente pediu um favor a Gonçalo Inácio - nasceu em Montevidéu, no Uruguai, a 7 de outubro de 1990 e ajudou o Sporting a voltar a atingir o patamar que ele merece. Em nove épocas ao serviço do Clube de Alvalade, o craque uruguaio disputou 369 jogos oficiais e apontou 37 golos, tornando-se assim o defesa mais goleador de sempre dos leões. Durante esse período conquistou ainda dois Campeonatos Nacionais, uma Taça de Portugal, uma Supertaça e quatro Taças da Liga.
O defesa uruguaio formou-se no Nacional de Montevidéu, onde desde cedo se mostrou promissor com uma impressionante altura de 1,96 metros. Em 2011, Coates foi contratado pelo Liverpool, mas não se afirmou e, em 2014, regressou por empréstimo ao seu clube formador. O craque regressou a Inglaterra e foi cedido ao Sunderland, em 2015, que adquiriu o seu passe no ano seguinte.
Coates chegou a Alvalade em janeiro de 2016, por empréstimo do Sunderland, e rapidamente conquistou a titularidade no setor defensivo leonino. Imediatamente se destacou pela sua capacidade física e rigor tático, bagagem que trazia de Inglaterra. Em fevereiro de 2017, o Sporting exerceu o direito de opção de compara e assegurou a contratação definitiva do uruguaio por apenas cinco milhões de euros.
Já com o estatuto de referência dentro do grupo, Coates foi renovando sucessivamente o vínculo com o Clube, ficando ligado ao Sporting até 2024, com cláusula de rescisão de 45 milhões de euros. Desta forma, o uruguaio assumiu a braçadeira de capitão durante a época 2019/20, após a saída de Bruno Fernandes, e tornou-se num líder calmo, respeitado e exemplar dentro e fora de campo.
Na temporada 2020/21, Seba, tal como era conhecido pelos colegas, tornou-se numa das figuras da conquista do Campeonato Nacional, 19 anos depois do último. Para além da liderança no trio defensivo de Ruben Amorim, Coates marcou golos em momentos decisivos, chegando a atuar como ponta-de-lança nos momentos finais de algumas partidas. A influência do capitão foi reconhecida com o Prémio Stromp na categoria Futebolista do Ano em 2021.
Durante o seu percurso no Sporting, venceu ainda a Taça de Portugal, a Supertaça e quatro edições da Taça da Liga. Ao longo dos anos manteve uma impressionante regularidade, resistindo às constantes mudanças no plantel e no comando técnico. Apesar do interesse de vários clubes, optou sempre por continuar de leão ao peito.
A nível internacional, Coates já tinha conquistado a Copa América em 2011, pela seleção uruguaia, onde foi considerado o melhor jovem do torneio. Ao longo da carreira, o defesa foi marcando presença nas convocatórias do Uruguai, totalizando assim, 51 partidas, nas quais apontou dois golos.
Em julho de 2024, depois de já ter acertado a continuidade por mais uma época no Sporting, Coates pediu para regressar ao Nacional de Montevidéu devido a problemas de saúde de um familiar próximo. O craque uruguaio abandonou Alvalade, após nove épocas, com o estatuto de sétimo jogador com mais partidas oficiais (369) e como um dos capitães mais marcantes da história do Clube.
Atleta que atuou pelos verdes e brancos em muitas ocasiões acabou a carreira e ainda foi praticar outro desporto, mas desta vez, em campos de areia
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Carlos Xavier nasceu a 26 de janeiro de 1962, em Lourenço Marques, Moçambique. O médio formado no Sporting - que falou recentemente sobre os leões - conquistou duas Taças de Portugal e três Supertaças ao serviço do Clube de Alvalade. No total, o craque disputou 334 partidas com o equipamento verde e branco.
Carlos Xavier chegou ao Sporting em 1978, vindo do Casa Pia, ainda como juvenil. O defesa destacou-se desde cedo pela qualidade técnica e inteligência tática, o que lhe valeu uma ascensão rápida nos escalões de formação. O craque estreou-se na equipa principal em 1980/81, lançado por Srecko Radisic, formando com Eurico uma belíssima dupla de centrais.
Na época seguinte, Carlos Xavier afirmou-se como titular e integrou a equipa que conquistou a dobradinha nacional na temporada 1981/82, sendo também chamado à Seleção Nacional, pela qual somou um total de 10 internacionalizações. Esta fase da carreira consolidou-o como um dos melhores da posição a atuar em Portugal.
Contudo, a instabilidade que marcou o Clube verde e branco nos anos seguintes, com sucessivas mudanças no comando técnico e no plantel, dificultou a sua afirmação em concreto. A (pouca) idade e as elevadas expectativas que tinham sido criadas acabaram por pesar no seu rendimento e a sua evolução foi mais irregular do que aquilo que era esperado.
Com a chegada de Manuel José ao comando técnico leonino, Carlos Xavier perdeu espaço na equipa e acabou emprestado à Académica por uma temporada. O craque regressou a Alvalade como opção para o meio-campo, até que Marinho Peres o adaptou com sucesso a lateral-direito, posição na qual ajudou o Sporting a chegar às meias-finais da Taça UEFA em 1990/91.
Em 1991, Carlos Xavier transferiu-se com Oceano para a Real Sociedad, onde passou três temporadas a um belíssimo nível no campeonato espanhol. O craque regressou ao Sporting em 1994, numa fase mais madura da carreira, e contribuiu para a conquista daquela que foi a sua segunda Taça de Portugal e a terceira Supertaça, encerrando a carreira de futebolista em 1996.
Depois de pendurar as botas, Carlos Xavier manteve-se ligado ao futebol, ao representar Portugal e o Sporting no futebol de praia. Em 2009, assumiu a liderança da secção de futebol de praia do Clube e em 2012 voltou à competição, ajudando a equipa a alcançar o quarto lugar no Mundialito. Para além disso também teve presença regular na Sporting TV como comentador.