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No dia 19 de abril de 1936, o Sporting bateu em sua casa a formação do Boavista, numa partida a contar para a 12.ª jornada do Campeonato. As ambições eram altas, o Clube leonino encontrava-se na segunda posição da tabela classificativa, em igualdade pontual com a equipa que estava em primeiro lugar, Benfica.
Nesta tarde de domingo, os 11 escolhidos do treinador Sportinguista,Wilhelm Possak, foram Azevedo, Mário Galvão, Vianinha, João Jurado, Rui Araújo, Costa, Manuel Soeiro, Francisco Lopes, João Correia, Pedro Pireza e Adolfo Mourão. Já a aposta dos axadrezados foi para Janos Biri, César Machado, Humberto Costa, José Monteiro, Manuel Reis, Guimarães, Adérito, Costuras, Nel, Laguna e Ferraz.
Os adeptos leoninos não esperaram muito para ver o primeiro tento da partida. O goleador de serviço do Sporting, Manuel Soeiro, marcou o primeiro golo da partida, com apenas 4 minutos de jogo. Pouco depois, aos 8 minutos, Pedro Pireza fez abanar as redes boavisteiras pela segunda vez.
Com 2 golos em menos de 10 minutos, o Sporting mostrou qual seria a toada do jogo, e quem não acreditava, talvez tenha ficado convencido quando num curto espaço de tempo os leões fizeram mais dois e pelo mesmo homem: Francisco Lopes marcou o primeiro golo da sua conta pessoal ao 25.º minuto (3-0). Mas não ficou por aí, apenas sete minutos depois, o avançado fez o gosto ao pé (4-0), resultado com que a partida acabou por ir para intervalo.
Quando as equipas voltaram do balneário, talvez se esperasse que o Sporting gerisse o ritmo do encontro, mas aconteceu precisamente o contrário. Em nova investida à baliza do Boavista, a turma de Alvalade marcou o seu quinto golo através do extremo-direito, Adolfo Mourão, mas o natural de Algés não ficou por aí: aos 67 minutos bisou na partida e aumentou a vantagem leonina para 6-0.
Os Sportinguistas que festejaram este último golo nem tiveram tempo de se sentar quando, de novo, Manuel Soeiro fez o sétimo para a equipa comandada por Possak, apenas um minuto depois, e fez o “bis” para a sua conta pessoal. Mesmo com o resultado em 7-0, o Sporting continuava a arriscar, e talvez por isso tenha sofrido um golo na partida: numa infelicidade Vianinha marcou na própria baliza e o Boavista aparecia pela primeira vez no marcador aos 75 minutos.Mas a turma leonina não se ficou por aí, ficava mais alguém por bisar no jogo: agora foi a vez de Costa, o avançado bateu o guarda-redes axadrezado aos 83 e 86 minutos da partida e fechava o resultado desta que foi uma verdadeira chuva de golos.
Com este resultado, o Sporting manteve-se no encalço do primeiro classificado, Benfica, que seria o adversário na jornada seguinte. Infelizmente, os leões perderam o jogo por 3-1 e na último jogo do campeonato tiveram nova derrota, desta vez contra o Vitória de Setúbal, decidindo assim a competição para o rival da Luz.
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Joaquim Ferreira, técnico leonino, alinhou com Azevedo, Octávio Barbosa, Álvaro Cardoso, António Lourenço, Ismael, Veríssimo Alves, Manuel Marques, Albano, Jesus Correia, João Cruz e Fernando Peyroteo. János Biri, líder húngaro dos encarnados, avançou com Mário da Rosa, Gaspar Pinto, Francisco Moreira, Joaquim Alcobia, Eduardo Cerqueira, Francisco Ferreira, Espírito Santo, Joaquim Teixeira, Rogério Pipi, Arsénio e Julinho.
O Sporting entrou muito forte na partida, desde logo a dominar qualquer zona do campo por completo. Fernando Peyroteo, que é o maior goleador da história dos verdes e brancos, não perdeu tempo e fez o 1-0, surpreendendo o eterno rival logo aos dois minutos.
Ainda na primeira parte, já perto do intervalo, o Benfica soube responder com um golo. O responsável por fazer a bola bater nas redes defendidas por Azevedo, guarda-redes do Sporting, foi Espírito Santo. O médio das águias marcou o seu único golo na partida aos 41 minutos.
Depois do intervalo, ambas as equipas demoraram a entrar realmente no jogo. O Sporting conseguiu chegar-se à frente novamente, mas desta vez por Jesus Correia. O remate certeiro do avançado leonino surgiu aos 65 minutos, para deixar o Clube de Alvalade na frente do marcador.
O Sporting continuou a carregar para cima do eterno rival, com Fernando Peyroteo a aparecer novamente. O craque histórico do Clube verde e branco foi o responsável por fazer o 3-1 e deixar os verdes e brancos na frente da eliminatória. Ainda assim, o Benfica não se deixou ficar.
Depois de imensas tentativas, os encarnados conseguiram empatar a eliminatória ao marcar golo aos 90 minutos, mesmo a acabar o encontro. Francisco Ferreira trouxe a esperança para as águias, que acabaram por perder para o Sporting na terceira mão. Os verdes e brancos aproveitaram a final com o Olhanense e venceram por 1-0, erguendo assim, mais uma Taça de Portugal.
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O Sporting encontrou o Porto num confronto que decidia o vencedor da Taça de Portugal no dia 24 de junho de 1978. Os verdes e brancos saíram a sorrir da finalíssima com o rival do norte, após triunfarem por 2-1 na partida. Os golos leoninos foram de Vítor Gomes (55’) e de Manuel Fernandes (62’) – histórico já perfilado pelo Leonino.
Rodrigues Dias, técnico dos leões, avançou com Botelho, Artur Correia, Augusto Inácio, Laranjeira, Paulo Menezes, Ademar, Aílton Ballesteros, Vítor Gomes, Salif Keita, Manuel Fernandes e Manoel Costa. José Maria Pedroto, treinador da equipa portista, alinhou com Fonseca, Gabriel, Simões, Teixeirinha, Adelino Teixeira, Octávio Machado, Taí, Carlos Brandão, Duda, Fernando Gomes e Seninho.
Mário Luís, árbitro da partida, não teve grandes dificuldades na primeira parte, já que apesar de ter sido um jogo disputado nestes 45 minutos, o português só apitou remates certeiros no segundo tempo, que começou desde logo com grande domínio da equipa verde e branca.
O primeiro remate certeiro da segunda parte surgiu da genialidade de Vítor Gomes. O craque português abriu o marcador da finalíssima, aos 55 minutos, depois de empurrar a bola para o fundo das redes defendidas por Fonseca, o guarda-redes da equipa portista na temporada.
O Sporting continuou a carregar e, aos 62’, apareceu o 2-0 no placar. Desta vez, o suspeito do costume, que ainda não tinha marcado no jogo, conseguiu superar a defesa dos dragões e ampliou a vantagem para a equipa vestida de verde e branco. Assim, os leões já ganhavam algum conforto.
Quando parecia estar tudo bem, Seninho surpreendeu a defesa Sportinguista e fez o 2-1 para o Porto. O remate certeiro do avançado surgiu aos 80 minutos, ou seja, ainda faltavam 10 para terminar. Depois do golo, o conforto desapareceu e o Sporting sofreu até ao final.
A verdade é que a partida que decidia o título terminou com o 2-1 no marcador e o Sporting pôde, finalmente, depois de uma final que parecia interminável, comemorar a oitava Taça de Portugal da sua história. Os verdes e brancos conseguiram impedir que o Porto conseguisse o segundo título da prova rainha seguida.
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No dia 23 Junho de 1977, o Sporting e o Benfica encontravam-se para disputar o eterno dérbi a contar para a Taça FPF. O Clube de Alvalade foi derrotado, por 3-0, pelo eterno rival. Os golos das águias surgiram de Manuel Bento (guarda-redes) - que estava na derrota na Taça de Portugal em 1974 -, Artur Correia e Shéu.
João Laranjeira, treinador dos leões, avançou para campo com Luís Matos, Vítor Gomes, João Laranjeira (capitão), José Mendes, Da Costa, Valter Costa, Camilo, Baltasar, Manoel, Manuel Fernandes, Libânio Teresa e João Laranjeira. John Mortimore, técnico das águias, alinhou com Manuel Bento, Artur Correia, Eurico Gomes, António Bastos Lopes, Alhinho, Shéu, Vítor Martins, José Luís, Fernando Chalana, Nené e Nelinho.
O golo surpreendente da partida, que teve palco no antigo Estádio da Luz, surgiu do guarda-redes dos encarnados, Manuel Bento. O remate certeiro não aconteceu de baliza a baliza, mas sim através de uma grande penalidade, que acabou por ser bem convertida pelo internacional português.
Os outros dois golos também foram do conjunto da Luz. A equipa da casa viu Artur Correia e Shéu contribuírem para a pesada derrota do Sporting. Com o 3-0 no marcador, os leões terminaram a fase de grupos em terceiro lugar, atrás do eterno rival e do primeiro classificado Estoril, que foi o único clube a avançar para a próxima etapa.
A Taça Federação Portuguesa de Futebol, conhecida como 'Taça FPF', foi uma competição organizada pela Federação exclusivamente em 1976/77. Nesta temporada, houve uma edição para cada uma das três principais divisões portuguesas, resultando em três campeões de diferentes escalões do futebol nacional.
No Campeonato Nacional, a equipa de Alvalade acabou na segunda posição da tabela classificativa, com 42 pontos. O vencedor esta edição da principal competição no futebol português foi o Benfica, que levantou o título com uma vantagem de nove pontos relativamente ao Sporting.
Na Taça de Portugal a história não foi diferente. O Sporting teve uma campanha ainda mais complicada de defender, depois de ter sido eliminado nos quartos de final 3-0 para o Porto. O vencedor deste clássico, foi também o clube que festejou o título da prova rainha depois de triunfar na final sobre o Braga.