
Receba, em primeira mão, as principais notícias do Leonino no seu WhatsApp!
Jogos
|
A 8 de março de 2012, o Sporting entrou em campo com a missão de esquecer a derrota em Setúbal e dar um passo importante na Liga Europa. Do outro lado estava o poderoso Manchester City, visto como favorito à passagem à próxima fase. Apesar disso, mais de 34 mil adeptos marcaram presença em Alvalade, confiantes num bom resultado.
A equipa da casa, com Ricardo Sá Pinto na liderança do comando técnico, alinhou com Rui Patrício (GR), João Pereira, Carriço, Polga, Xandão, Insúa, Stijn Schaars, Izmailov, Matías Fernández, Van Wolfswinkel e Diego Capel. Já os ingleses, orientados por Roberto Mancini, a jogo com Joe Hart (GR), James Milner, Kompany, Kolarov, Clichy, Kolo Touré, Gareth Barry, David Silva, de Jong, Dzeko e Agüero.
A primeira parte foi marcada pelo equilíbrio e pela estratégia das duas equipas. Tanto Rui Patrício como Joe Hart estiveram em destaque logo nos minutos iniciais, impedindo que o marcador fosse inaugurado cedo. O Sporting, ainda algo receoso, começou a crescer na partida, com Matías Fernández a assumir o comando do meio-campo e a 'alimentar' Van Wolfswinkel no ataque.
O momento decisivo do jogo chegou aos 51 minutos. Os leões beneficiaram de um livre perto da área adversária, que Matías Fernández bateu com perigo. Joe Hart conseguiu defender o primeiro remate, mas a bola sobrou para Xandão, que, num gesto técnico, marcou de calcanhar, surpreendendo toda a defesa dos citizens e fazendo explodir Alvalade de alegria.
A reação do Manchester City não foi imediata e foi o Sporting que esteve mais perto de aumentar a vantagem. A equipa de Sá Pinto soube aproveitar o entusiasmo do golo para manter a pressão e criar perigo, deixando os ingleses desconfortáveis e sem soluções claras para contrariar o jogo leonino.
Perante a inércia da sua equipa, Roberto Mancini lançou Balotelli para tentar dar outro poder ofensivo ao City. Os visitantes passaram a ter mais posse de bola e empurraram o Clube de Alvalade para a sua área nos minutos finais. Apesar da pressão, a defesa leonina manteve-se firme, e Rui Patrício assegurou que a vitória não escapava. Com o apito final, o Sporting levava assim uma vantagem preciosa para Manchester, onde teria de resistir à pressão de uma das equipas mais fortes da Europa.
Em Inglaterra, na segunda mão, o Manchester City conseguiu vencer por 3-2, mas valeu ao Sporting o facto de um golo marcado fora contar como dois em caso de desempate. Assim, os leões seguiram para os 'quartos' da Liga Europa, onde defrontaram o Metalist (eliminatória da qual também saíram por cima).
Em dérbi a contar para os quartos-de-final da prova rainha, lenda do Clube de Alvalade apontou dois golos e foi fundamental para o triunfo leonino
|
No dia 5 de março de 1978, o Sporting recebeu e venceu o Benfica, por 3-1, em jogo a contar para os quartos-de-final da Taça de Portugal. A grande figura da partida foi Manuel Fernandes - que recentemente foi recordado por Viktor Gyokeres -, que apontou um bis, e mostrou-se essencial para os verdes e brancos seguirem em frente nessa edição da prova rainha.
Nesse encontro, Rodrigues Dias, então técnico do Sporting, fez alinhar Botelho (GR), Artur Correia, Francisco Barão (89'), Manaca, Augusto Inácio, Laranjeira, Paulo Menezes, Aílton Ballesteros, Salif Keita (88'), Manuel Fernandes e Manoel Costa. Ademar (89') e Carlos Freire (88') foram a jogo no decorrer da contenda.
Por sua vez, o Benfica de John Mortimore alinhou com Manuel Bento, Pietra, Humberto Coelho, Eurico Gomes, António Bastos Lopes (43'), Alberto Gomes, Shéu, Toni, Nené, Cavungi (70') e Celso Pita, sendo que Joaquim Pereirinha (43') e Mário Wilson /70') foram opções a partir do banco de suplentes.
O encontro começou com o Sporting a pressionar desde os primeiros minutos. Aos 13 minutos, Manuel Fernandes colocou a equipa da casa em vantagem, aproveitando uma boa jogada coletiva. Aos 35 minutos, o Clube de Alvalade ampliou a vantagem. O avançado, em grande forma, fez o segundo golo, deixando o Benfica em dificuldades. Os leões mostraram-se bastante superiores ao longo da primeira parte, terminando o primeiro tempo com uma confortável vantagem de 2-0.
No segundo tempo, o Benfica tentou reagir, mas o Sporting não deu espaços. Aos 55 minutos, Salif Keita marcou o terceiro golo, colocando o marcador em 3-0 e garantindo uma margem segura. Apesar de Humberto Coelho ter marcado para as águias aos 81 minutos, reduzindo a desvantagem para 3-1, a turma de Rodrigues Dias manteve o controlo da partida e assegurou a qualificação para as meias-finais da Taça de Portugal.
Nas meias-finais, o Sporting haveria de defrontar o Varzim, triunfando, por 2-1, com golos de Salif Keita e Manoel Costa. Na final da Taça de Portugal, que só se decidiu na finalíssima, os leões venceram o Porto, também por 2-1, com finalizações certeiras de Manuel Fernandes e Vítor Gomes.
A 27 de setembro de 1994, o Clube de Alvalade venceu os madrilenos, por 2-1, em Lisboa, com finalizações certeiras de Sá Pinto e Oceano
|
O Sporting protagonizou uma noite memorável a 27 de setembro de 1994, ao vencer o Real Madrid, por 2-1, no Estádio José Alvalade, em jogo relativo à segunda mão da primeira ronda da Taça UEFA. Após a derrota por 1-0 no Santiago Bernabéu, os leões precisavam de um triunfo por dois golos de diferença para seguir em frente, mas tal acabou por não acontecer.
Carlos Queiroz, então técnico do Sporting, fez alinhar Zoran Lemajic (GR), Stan Valckx, Marco Aurélio, Paulo Torres, Nélson, Oceano (72'), Emílio Peixe, Luís Figo, Krasimir Balakov, Sá Pinto (62') e Andrzej Juskowiak. No decorrer da partida, Carlos Xavier (62') e Jorge Cadete (72') foram chamados a jogo.
Por sua vez, Jorge Valdano, treinador do Real Madrid, fez alinhar: Buyo, Quique Flores, Rafael Alkhorta (46'), Fernando Hierro, Manolo Sanchís, Mikel Lasa, Michael Laudrup, José Amavisca (59'), Martín Vázquez, Luis Enrique e Iván Zamorano. Luis Milla (46') e Míchel (59') entraram no decorrer da contenda.
Aos 3 minutos, Ricardo Sá Pinto abriu o marcador com um remate certeiro de pé direito, incendiando as bancadas de Alvalade. A vantagem leonina não durou muito, dado que, aos 15 minutos, Michael Laudrup, de cabeça, empatou a partida após cruzamento de José Amavisca, relançando as esperanças dos merengues.
O Sporting não se deixou abater e voltou à carga. Aos 31 minutos, Oceano restabeleceu a vantagem leonina com um remate forte, depois de uma assistência de cabeça de Andrzej Juskowiak. Com este golo, os leões voltavam a sonhar com a qualificação para a fase seguinte da Taça UEFA.
Na segunda parte, o Sporting de Carlos Queiroz manteve a intensidade e criou várias oportunidades para ampliar o resultado. No entanto, o Real Madrid soube sofrer e segurou a desvantagem por apenas um golo de diferença, tentando explorar o contra-ataque, mas sem sucesso perante a defesa leonina.
Apesar da vitória, a regra dos golos fora penalizou o Sporting. O agregado de 2-2 favoreceu os espanhóis, que seguiram em frente na competição devido ao golo marcado em Alvalade. Ainda assim, o jogo ficou para a história como o único triunfo dos leões sobre os merengues até hoje.
Confira o resumo do Sporting 2 - 1 Real Madrid:
Dérbi realizado no Estádio José Alvalade viria a revelar-se decisivo nas contas de um campeonato em que os verdes e brancos chegaram a ter oito pontos de avanço
|
Foi há precisamente nove anos que o Sporting perdeu, por 1-0, com golo de Kostas Mitroglou, na receção ao Benfica, num jogo que viria a revelar-se decisivo nas contas finais do Campeonato Nacional da temporada 2015/16, dado que as águias não mais saíram da liderança até final da competição.
Neste dérbi eterno, em que o Sporting entrou com um ponto de avanço para o Benfica, Jorge Jesus fez alinhar: Rui Patrício (GR), João Pereira, Ewerton, Sebastián Coates, Jefferson, William Carvalho, Adrien Silva (C), Bryan Ruiz, João Mário, Islam Slimani e Bruno César. Teo Gutiérrez (59’), Ezequiel Schelotto (77’) e Gelson Martins (77’) entraram no decorre da contenda.
Mitroglou apontou golo do Benfica no único remate das águias na direção da baliza do Sporting
Aos 20 minutos, num lance algo confuso e após um ressalto, Kostas Mitroglou apareceu na cara de Rui Patrício e atirou para o fundo das redes, fazendo o único golo do dérbi entre Sporting e Benfica. Importa lembrar que este haveria mesmo de ser o único remate das águias na direção da baliza dos leões em toda a partida.
Apesar do domínio total do encontro por parte do Sporting – 10 tentativas de golo contra cinco, 11 remates contra 5, oito cantos contra 1 –, a falta de eficácia ditou o desaire da turma de Jorge Jesus no dérbi, com destaque para o tremendo falhanço de Bryan Ruiz, que ficará para sempre na memória dos adeptos leoninos e que o próprio já comentou por várias vezes.
No que ao jogo propriamente dito diz respeito, nota para a enorme exibição de Ederson – que aproveitou a lesão de Júlio César para se afirmar na baliza do Benfica – e para uma entrada muito violenta de Renato Sanches sobre Bryan Ruiz, que deveria ter valido o cartão vermelho ao internacional português.
Jorge Jesus: "Sporting sai derrotado sem saber como"
No final do encontro, Jorge Jesus mostrou-se bastante insatisfeito: “Perdemos a liderança para o Benfica. É verdade. O Sporting sai derrotado sem saber como. O Benfica fez o golo e o Sporting nenhum. Este foi o Benfica mais fraco dos quatro jogos. A sorte tem uma influência. O Benfica sai daqui sem saber como é que ganhou”.
Antes do dérbi eterno, o Sporting liderava o Campeonato Nacional, com 59 pontos em 24 encontros (18 vitórias, cinco empates e uma derrota), sendo que o Benfica ocupava o segundo lugar, com 58 pontos em 24 partidas (19 triunfos, um empate e quatro desaires). Após o jogo, as águias passaram para a frente, venceram todos os jogos – tal como o Sporting – e acabaram por se sagrar campeãs, isto depois de terem chegado a estar a oito pontos do Sporting.
Confira o resumo do Sporting 0 – 1 Benfica: