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O Sporting recebeu, no antigo Estádio José Alvalade, a equipa cabo-verdiana do Mindelense, para uma partida a contar para os oitavos-de-final da Taça de Portugal, no dia 23 de maio de 1971. No final do jogo, o marcador registou aquela que é aos dias de hoje a maior goleada da história da prova rainha: uma vitória leonina por 21-0, em que os golos foram apontados por Lourenço (4’, 17’, 27’, 31, 42’ e 88’), Chico Faria (13’), Pedras (21’, 45’ e 49’), Dinis (23’), Fernando Peres (29’, 41’, 46’, 47’, 62’, 74’ e 85’), Fernando Tomé (37’ e 44’) e Marinho (84’)
Nesta partida, o treinador Fernando Vaz apostou num onze inicial composto por Vítor Damas, Manaca, José Carlos, Francisco Caló, João Laranjeira, Fernando Peres, Fernando Tomé, Pedras, Lourenço, Dinis e Chico Faria. Já do lado do Mindelense, os escolhidos foram Funa, Toy, Tehibita, Sílvio, Djosai, Carlos, Ibrantino, Tinaysa, Duca, Djonei e Guey.
O Sporting tinha como um dos grandes objetivos da sua temporada conquistar a Taça de Portugal e não entrou na prova para brincar. Os comandados de Fernando Vaz entraram nos 16-avos-de-final da prova contra a equipa do Oriental. Neste dérbi da cidade de Lisboa, os leões ‘despacharam’ o seu adversário por uma goleada de 8-0 e avançaram para a fase seguinte da prova rainha.
Mais à frente, o Sporting recebeu, nos oitavos-de-final, a equipa do Mindelense, que apesar de ser de Cabo Verde, na altura ainda era considerada uma província ultramarina portuguesa. Os leões eram favoritos e por larga margem, mas, não querendo ser surpreendidos, jogaram a todo o gás e respeitaram o seu adversário, pelo que rapidamente se puseram em vantagem no marcador através de Lourenço, aos 4 minutos (1-0).
O Sporting não tirou o pé do acelerador no que faltava na primeira parte e os golos vieram em sequência, através de Chico Faria (13’), quatro golos de Lourenço (17’,27’,31 e 42’), dois de Pedras (21’ e 45’) um de Dinis (23’), dois de Fernando Peres (29’ e 41’) e outros dois de Fernando Tomé (37’ e 44’). Assim, as duas equipas foram para o intervalo com um resultado de 13-0.
A verdade é que já com um resultado expressivo no marcador, o jogo estava mais do que resolvido, mas, ainda assim, o Sporting continuou ao ataque. A segunda parte arrancou logo com golo, que chegou através de Fernando Peres aos 46 minutos, fazendo o 14-0 na partida. Mas, nem ele nem a restante equipa ficaram por aí. Chegaram mais golos com a autoria de Peres (47’, 62’ , 74’ e 85’), Pedras (49’), um recém-entrado Marinho (84’) e Lourenço (88’). No final dos 90 minutos de jogo, o marcador assinalou aquela que continua a ser a maior vitória da história da Taça de Portugal: 21-0.
Depois de bater o Mindelense por 21-0, o Sporting manteve-se na luta pela Taça de Portugal. Nos quartos-de-final, encontrou a equipa do Belenenses, que venceu por um resultado de 4-3 em agregado. Nas ‘meias’, a vítima foi o Vitória de Setúbal, que os leões eliminaram por 2-1 um nas duas mãos. Na final do Estádio Nacional do Jamor, o adversário foi o Benfica, a quem a equipa de Fernando Vaz ganhou por 4-1 e assim, conquistou a prova rainha do futebol português.
Leões saem derrotados de confronto com o eterno rival, com destaque para o desempenho de avançado português, que estava imparável nesse dia
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Disputava-se o dérbi eterno no antigo Estádio da Luz, na 29.ª jornada do Campeonato Nacional, no dia 21 de maio de 1972. Mesmo com o golo de Yazalde - histórico matador dos leões - o Sporting não conquistou os três pontos e acabou mesmo por perder o jogo com o Benfica por 2-1, depois de sofrer um bis de Eusébio, que estava muito inspirado.
O Sporting, treinado por Mário Lino, alinhou em campo com Vítor Damas, Laranjeira, Hilário, Caló, Manaca, Fernando Peres, Fernando Tomé, Nélson Fernandes, Chico Faria, Héctor Yazalde, Nando e as posteriores entradas de Dinis e Lourenço aos 78’ da partida. Jimmy Hagan, treinador inglês das águias, encarou a partida com José Henrique, Adolfo Calisto, Zeca, Artur Correia, Messias, Vítor Martins, Toni, Jaime Graça, Nené, Eusébio e Rui Jordão.
Maximio Afonso, árbitro lisboeta, apitou para o início da partida e o primeiro golo da equipa da casa surgiu logo no primeiro minuto de jogo depois das falhas da defensiva leonina. Eusébio pressionou forte e conseguiu ganhar a bola na área contrária, tendo apenas de empurrá-la para o fundo das redes.
Neste lance, Vítor Damas ficou no chão, mas ao que parece, o árbitro da partida não considerou qualquer falta sobre o guarda redes dos leões. Ainda na primeira parte, Eusébio voltaria a aparecer no marcador depois de conseguir ‘chapelar’ o guardião dos verde e brancos, aos 29’.
O resultado não estava favorável para os leões, que na segunda parte mudaram de comportamento e entraram a matar. Aos 56’ surge o golo do avançado argentino Yazalde, que só teve de encostar depois de uma belíssima combinação da equipa Sportinguista, já dentro da grande área adversária.
Mesmo com a atitude mudada, o jogo acabou 2-1 para a equipa da casa, que contou com o histórico português Eusébio bastante inspirado. Os leões viram a época 1971/1972 piorar depois de voltarem a perder um título para o rival, mas desta vez, na final da Taça de Portugal.
O Sporting acabou a temporada em terceiro lugar e sem qualquer título, numa época que contava com a presença de grandes lendas no Clube verde e branco, como Vítor Damas e Héctor Yazalde, que acabaram por fazer história mais tarde.
Leões saíram na frente da contenda no dérbi eterno, mas não conseguiram segurar a vantagem, e permitiram o empate do eterno rival
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No dia 21 de maio de 2023, o Sporting recebeu o Benfica, em jogo a contar para a 33.ª jornada da Liga Portugal Betclic. Apesar de ter saído na frente do marcador, o Clube de Alvalade acabou por permitir o empate aos encarnados, evitando, porém, que os encarnados se sagrassem campeões nacionais no reduto dos leões. Os golos dos leões foram apontados por Francisco Trincão (39') e Ousmane Diomande (44'), enquanto Fredrik Aursnes (71') e João Neves (90+4').
No lado dos leões, Ruben Amorim alinhou com Franco Israel, Ousmane Diomande, Sebastián Coates, Gonçalo Inácio, Ricardo Esgaio (72'), Manuel Ugarte, Hidemasa Morita (79'), Nuno Santos (79'), Marcus Edwards (54'), Francisco Trincão (72') e Pedro Gonçalves. No decorrer do encontro, Paulinho (54'), Matheus Reis (72'), Bellerín (72'), Arthur Gomes (79') e Dário Essugo (79') foram chamados a jogos.
Já as águias, lideradas por Roger Schmidt, entraram no Estádio José Alvalade com Odysseas Vlachodimos, Fredrik Aursnes, Nicolás Otamendi, António Silva, Álex Grimaldo, Chiquinho, João Neves, David Neres, Rafa Silva, João Mário e Gonçalo Ramos.
O primeiro golo da partida surgiu pouco antes do intervalo, aos 39 minutos. Num passe de belo efeito, Nuno Santos lançou Francisco Trincão nas costas das defensiva do Benfica. Na cara de Odysseas Vlachodimos, o internacional português contornou o guardião adversário e só teve mesmo de encostar para o fundo das redes.
Ainda antes do fecho da primeira parte, Ousmane Diomande, na sequência de um pontapé de canto cobrado por Nuno Santos, cabeceou para o fundo das redes, marcando o seu primeiro golo com a camisola do Sporting. As equipas haveriam de recolher aos balneários com os leões em vantagem por dois golos (2-0).
Na segunda parte, e perante a possibilidade de conquistar o título em casa do Sporting, o Benfica reagiu. Aos 71 minutos, Grimaldo cruzou e Fredrik Aursnes desviou para o fundo das redes, num lance em que Franco Israel não tem qualquer hipótese. Ainda antes do apito final, após um pontapé de canto, João Neves fez o 2-2.
Com este resultado, o Sporting conseguiu evitar que o Benfica conquistasse o título de campeão no Estádio José Alvalade. No fecho da jornada 33, os encarnados somavam 84 pontos em 33 jornadas, enquanto o Porto tinha 82 pontos. Por sua vez, o Sporting ficou condenado ao quarto lugar, com 71 pontos, a quatro do Braga (75 pontos).
Clube de Alvalade ia em busca da dobradinha, mas jogo não foi além da igualdade no marcador, no Estádio do Jamor, obrigando a novo compromisso
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O Sporting disputou a final da Taça de Portugal, no Estádio Nacional do Jamor, contra o Porto, no dia 21 de maio de 2000. No final do encontro, e após um prolongamento, o marcador assinalou um empate por 1-1, que forçava a decisão da ‘Prova Rainha’ a uma finalíssima. O autor do golo solitário dos leões foi Pedro Barbosa (56’).
Neste jogo de decisão, o treinador Augusto Inácio apostou num 11 inicial verde e branco composto por Peter Schmeichel, Abdelilah Saber, Beto, André Cruz, Rui Jorge, Aldo Duscher, Luís Vidigal, Pedro Barbosa, Ivone de Franceschi, Beto Acosta e Kwame Ayew. Já do lado do Porto, Fernando Santos lançou Hilário, Carlos Secretário, Aloísio, Ricardo Silva, Rubens Júnior, Esquerdinha, Paulinho Santos, Chaínho, Capucho, Mário Jardel e Drulovic.
O Sporting entrou em campo sabendo que podia conquistar a dobradinha, depois de se ter consagrado campeão nacional após uma vitória de 4-0 frente ao Salgueiros, na última jornada do campeonato. Mesmo com esta informação em mente, foi o Porto que começou melhor a partida. Aos 4 minutos do jogo, Mário Jardel marcou um golo como os que o tornou conhecido, através de uma cabeçada forte que deu o melhor seguimento a um cruzamento de Rubens Júnior e fez assim o 1-0 no jogo.
Apesar de ser o Sporting a ter de correr atrás do resultado num jogo difícil, foi o Porto que manteve o domínio da partida, criando mais oportunidades de perigo e guardando a bola da posse dos leões. Mas os jogadores do Clube de Alvalade não baixaram os braços e foram em busca do golo que os relançasse no encontro.
O Sporting saiu dos balneários decidido a mudar o rumo da partida, na segunda parte e, assim o fez. Os comandados de Augusto Inácio partiram para o ataque e conquistaram um canto à direita do seu ataque. Chamado a bater a reposição de bola, o defesa-central André Cruz fez um cruzamento para a entrada da pequena área portista, que encontrou o capitão e símbolo para muitos Adeptos, Pedro Barbosa, que fez o 1-1 aos 56 minutos de jogo.
O tempo regulamentar terminou com um empate a uma bola, que se manteve depois nos 30 minutos de prolongamento no jogo. Numa altura em que a final da Taça de Portugal não era decidida através de grandes penalidades, foi necessária a realização de uma finalíssima para decidir o grande vencedor da ‘Prova Rainha’.
O jogo da finalíssima foi disputado no dia 25 de maio, quatro dias depois da decisão original da Taça de Portugal e, infelizmente para o lado dos adeptos Sportinguistas, os leões orientados por Augusto Inácio saíram derrotados da partida por 2-0, fazendo a equipa do Porto sair triunfante do Estádio Nacional do Jamor.