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Clube
08 Out 2021 | 18:26 |
Ricardo Oliveira não descarta a hipótese de ser candidato a Presidente do Sporting. Em entrevista ao Leonino, o Sócio e acionista da SAD verde e branca mostrou-se “disponível para melhorar aquilo que se passa no Sporting", deixando duas críticas a Frederico Varandas.
“Sou contra esta gestão. Candidato? Não é tempo para se falar nisso”
Leonino (L): É candidato a Presidente do Sporting?
Ricardo Oliveira (RO): Tenho tecido algumas opiniões sobre a forma como o Conselho Diretivo tem gerido o Sporting, que, para mim, não corresponde às necessidades objetivas de gestão face ao momento atual e à situação do Clube. A partir daí, parece que ficamos rotulados de “candidatos”. O Sporting não está em eleições. Discordo desta gestão atual, mas daí a dizerem que sou candidato… tudo a seu tempo!
“O Sporting teve muitos sucessos desportivos, mas a sua continuidade está em perigo”
RO: Felizmente que o Sporting teve muitos sucessos desportivos, mas a sua continuidade enquanto coletividade está em perigo. Não sou eu que o digo. Basta ler o que dizem os auditores das contas (Ernst & Young). Podem filosofar o que quiserem sobre as contas, mas, se isto não fosse o Sporting, eu não fazia nenhum investimento no Clube. Os números dizem isso: fugir e vender.
L: Em março pondera avançar?
RO: Não sou candidato e não estamos em eleições. O Sporting tem um conselho diretivo eleito e em funções. Falar de eleições é prematuro. Quero que o Sporting fique em paz, mas que mude a sua gestão. O Clube está a viver um período conturbado. Temos uma Assembleia Geral (AG) no dia 23. Acho que é preciso acalmar os ânimos e confiar que os órgãos sociais façam o seu trabalho. Fomentar o diálogo e não fechar portas pois somos todos Sportinguistas – todos com os mesmos direitos e deveres. Da minha parte o Sporting contará sempre comigo para o que necessitar. Estou disponível para ajudar e contribuir para um Sporting melhor, sempre. Mas acho engraçado colocarem-me na lista de possíveis candidatos pois eu nem sequer sou conhecido dos sportinguistas. Uma candidatura ao sporting é uma coisa séria, que deve ser muito bem ponderada, e incorporada com gente competente e experiente. Não é algo para qualquer um.
“Os Sócios não protestam só contra as contas, mas também contra a forma como o Clube está a ser gerido”
L: Qual a leitura que faz do chumbo do Relatórios e Contas (2019/20) e dos Orçamentos (2020/21 e 2021/22)?
RO: A minha interpretação dos chumbos consecutivos é de que se trata de um claro sinal de que os Sócios não estão contentes. Os Sócios protestam contra as contas, porque são más, mas também porque é a única forma de protestar contra a forma como o Clube está a ser gerido. Este Presidente não tem conseguido unir a família sportinguista.
L: Partilha da opinião defendida pelo Presidente do Sporting de que se trata de uma minoria?
RO: Não acho que se trate de uma minoria. Em 2018, as contas foram aprovadas por estes mesmos Sócios. Lembro que o atual Presidente do Sporting foi eleito por um sexto dos Sócios. Se se tratasse de uma franja, seria muito fácil para Frederico Varandas chamar uma outra franja às AG’s. O que é certo é que ‘eles’ não vieram. Não estou a dizer que estão todos contra o Conselho Diretivo, mas obviamente que a base de apoio de Frederico Varandas não foi suficientemente cativada para vir em sua defesa.
Tenho as minhas dúvidas sobre a próxima Assembleia Geral (23 de outubro), nomeadamente quanto à convocatória e os seus motivos. As coisas não podem ser sempre assim. Não aprovamos contas e depois? Convocamos sempre outra AG?
“Frederico Varandas já deveria ter retirado ilações políticas há muito tempo”
L: Se as contas forem de novo chumbadas pelos Sócios, acha que Frederico Varandas deveria retirar ilações políticas dos resultados?
RO: Frederico Varandas já deveria ter retirado ilações políticas há muito tempo porque só quem está distraído é que não vê o descontentamento dos Sócios. O que parece é que, para o Presidente do Sporting, quem está de acordo com ele é Sportinguista e, quem não está, é uma minoria.
Frederico Varandas tem de ser Presidente de todos os Sportinguistas, gerindo todas as sensibilidades, sabendo que nunca vai existir consenso. O que não pode fazer é pura e simplesmente excluir alguns só porquê não estão de acordo com aquilo que ele diz. A postura de um líder do Sporting deve ser de unir o Clube e não de o fraturar. Em democracia, vive-se com destabilização e com ideias contrárias. Quem é Presidente de um Clube grande como o Sporting tem de estar à altura de ser quase tão grande como o Sporting. Neste momento, parece que anda alguém distraído.
“Termos múltiplos candidatos, como no passado, só vai beneficiar quem lá está”
L: Nas próximas eleições, como é que olha para um cenário em que possam existir várias candidaturas?
RO: É um grande erro. Se querem que haja oposição à atual gestão do Sporting, os possíveis candidatos devem pensar em unir o Sporting para poder contestar esta Direção. Termos múltiplos candidatos, como no passado, só vai beneficiar quem lá está.
Por isso é que, como foi tornado público, existe uma proposta, que subescrevi para que haja uma alteração nos Estatutos de forma a implementar uma segunda volta entre os dois candidatos mais votados, caso nenhum deles tenha mais de 50% dos votos. Esta alteração faz com que, no primeiro dia em que o novo Presidente do Sporting tomar posse, não o faça com uma grande maioria dos Sócios votantes contra si.
Importa lembrar que essa proposta não foi recusada pela Mesa da Assembleia Geral (MAG). O que eu acredito é que o atual Conselho Diretivo não quer que isso aconteça. Se isso vier acontecer, jamais voltarão a ser eleitos.
L: Acredita que a implementação de uma segunda volta pode mudar os resultados das próximas eleições?
RO: Não tenho qualquer dúvida. Se houver uma alternativa credível e os Sócios tiverem de escolher entre esse candidato e Frederico Varandas, não tenho a menor dúvida disso. Isto não é só sobre resultados desportivos, há que assegurar a estabilidade financeira. Recordo que o Barcelona ganhou mais do que quase qualquer outro clube há poucos anos, mas vejam agora a situação de risco e trágica em que se encontra. É verdade que fomos campeões, mas ganhar uma vez não chega. É preciso continuar a ganhar e preparar o futuro. Foi um ano muito especial. Não vejo que estejam reunidas as condições a nível de gestão, nem mitigada a atual péssima situação financeira da SAD, ou sinais de que a continuidade do Sporting esteja assegurada, para que continuemos a lutar por títulos a que o Sporting deve aspirar. Estamos curtos em muita coisa.
Na última segunda-feira, vice-presidente do Clube de Alvalade partilhou mensagem sobre operação, liderada pelo mercado norte-americano
28 Out 2025 | 07:57 |
Na última segunda-feira, dia 27 de outubro, Francisco Salgado Zenha recorreu à rede social Linkedin com o objetivo de destacar a emissão de obrigações de 225 milhões de euros no Sporting, para investimento no Estádio José Alvalade. O vice-Presidente dos verdes e brancos alertou que, há uns anos, o Clube "vivia um momento de fragilidade financeira", mas que agora "dá um passo histórico no caminho da solidez e da ambição".
"Através da Sporting Entertainment S. A., o Clube concluiu com sucesso uma emissão de obrigações de €225 milhões, com prazo de 28 anos e uma taxa fixa de 5,75%. A operação foi liderada pelo mercado norte-americano, cuja procura — 8,5 vezes superior à oferta, atingindo cerca de €2 mil milhões — demonstra a confiança de investidores internacionais com um histórico profundo no setor de sports entertainment", pode ler-se.
O Sporting volta a entrar em campo já na terça-feira, dia 28 de outubro, frente ao Alverca. O encontro, a contar para os quartos-de-final da Taça da Liga, diante da turma liderada por Custódio, jogar-se-á no Estádio José Alvalade, pelas 20h30.
Confira a mensagem na íntegra:
Há apenas alguns anos, o Sporting Clube de Portugal vivia um momento de fragilidade financeira. Hoje, dá um passo histórico no caminho da solidez e da ambição.
Através da Sporting Entertainment S.A., o Clube concluiu com sucesso uma emissão de obrigações de €225 milhões, com prazo de 28 anos e uma taxa fixa de 5,75%.
A operação foi liderada pelo mercado norte-americano, cuja procura — 8,5 vezes superior à oferta, atingindo cerca de €2 mil milhões — demonstra a confiança de investidores internacionais com um histórico profundo no setor de sports entertainment.
Esta emissão obteve rating “investment grade” (BBB pela Morning Stars e BBB- pela Fitch Ratings, marcando o regresso daFitch Ratingsa emissões de clubes de futebol na Europa desde a operação do Real Madrid CF.
Para o Sporting Clube de Portugal, significa mais do que um selo financeiro — é o reconhecimento internacional de um projeto reconstruído sobre rigor, visão e credibilidade.
É a confirmação de que o Clube voltou a inspirar confiança e respeito no panorama global.
Mais do que uma operação, este é um marco estrutural: cria as bases para uma nova etapa de crescimento, permitindo ao Sporting Clube de Portugal acelerar o seu caminho para se afirmar como um hub global de entretenimento e lifestyle, onde o futebol é o centro, mas a experiência, a inovação e a emoção são o futuro.
Quero expressar o meu profundo agradecimento André Bernardo e à sua equipa — em especial à Teresa Muller e Sousa — pelo rigor e determinação ao longo de todo o processo.
Agradeço igualmente o enorme contributo do André Varela e Helena Morais Lima e as suas equipas, que foram incansáveis ao longo de todo o processo, e aos nossos parceiros estratégicos — J.P. Morgan, PLMJ e Legends Global, entre outros — cuja colaboração foi essencial para o sucesso desta transação.
Este momento marca uma nova era para o Sporting Clube de Portugal: a de uma instituição financeiramente sólida, globalmente respeitada e pronta para transformar a forma como vivemos o desporto e o entretenimento.
Porque quando se alia visão a execução, o impossível torna-se inevitável.
Confira algumas obras já realizadas:
SAD dos verdes e brancos, liderada por Frederico Varandas, comunicou a transação na última quinta-feira, 23 de outubro, à CMVM
24 Out 2025 | 07:17 |
A SAD do Sporting anunciou, na última quinta-feira, dia 23 de outubro, ter procedido ao reembolso integral da operação de titularização “Lion Finance no. 2”, num montante próximo dos 69 milhões de euros. Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o clube explicou esta operação.
A mesma tem por base a cessão dos créditos dos direitos televisivos da NOS à Sagasta Finance, que foi concluída sem quaisquer encargos financeiros associados. Com esta liquidação, a Sporting SAD e a Sporting Comunicação e Plataformas readquirem a totalidade dos créditos do contrato com a NOS até ao final do mesmo.
“Na sequência da conclusão da operação de emissão de obrigações da Sporting Entertainment, S.A. (adiante Sporting Entertainment) realizada no dia 22 de outubro de 2025, informa-se que, na presente data, a operação de titularização de créditos denominada “Lion Finance no. 2”, assente na cessão de créditos emergentes do Contrato de Cessão de Direitos Televisivos da NOS Lusomundo Audiovisuais, S.A. (adiante Contrato NOS) à Sagasta Finance STC, S.A. (adiante Sagasta Finance) e na subsequente emissão de obrigações emitidas pela Sagasta Finance foi, por deliberação unânime dos obrigacionistas, reembolsada, integralmente, pelo montante de EUR 68.792.338,48”, lê-se no comunicado.
Vale lembrar, ainda, que esta operação está diretamente ligada à recente emissão obrigacionista de 225 milhões de euros por parte da Sporting Entertainment, destinada a financiar o projeto de modernização do Estádio José Alvalade e reforçar a estrutura financeira do grupo.
O emblema verde e branco volta a entrar em campo na próximo domingo, dia 26 de outubro, frente ao Tondela. O encontro, a contar para a nona jornada da Liga Portugal Betclic, diante da turma liderada por Ivo Vieira, jogar-se-á no Estádio João Cardoso, às 18h00.
Antiga figura política, e da comunicação social nacional faleceu recentemente. No discurso durante o funeral, o filho mencionou o Clube de Alvalade
23 Out 2025 | 15:49 |
Francisco Pedro Balsemão fez questão de ressalvar que toda a família de Francisco Pinto Balsemão era adepta do Sporting. O filha da figura política nacional, que faleceu recentemente, fez um discurso de homenagem ao pai, esta quinta-feira, dia 23 de outubro, e não se esqueceu do Clube de Alvalade.
"Construiu uma família que tudo fará para continuar o seu legado”, constituída pelos 20 descendentes - entre filhos, netos e bisnetos - “todos Sportinguistas”. “Somos unidos, fortes, divertidos como ele quis", explicou, durante o seu discurso, Francisco Pedro Balsemão.
Relembrar que a notável figura política em Portugal - foi um dos fundadores do PSD - bem como uma personalidade forte no campo da comunicação social - criador do grupo Imprensa, que detém a SIC e o Expresso - morreu na passada terça-feira, 21 de outubro, com 88 anos de idade.
Entretanto, já foram várias as personalidades portugueses que deixaram o seu testemunho e a sua homenagem para com Francisco Pinto Balsemão. Entre muitas vozes, destacam-se as de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, e Luís Montenegro, Primeiro Ministro português.
Francisco Pinto Balsemão era, de resto, adepto e sócio do Sporting Clube de Portugal, - que venceu ontem para a Liga dos Campeões - emblema que apoiava desde criança. Futebol, hóquei em patins, ténis ou golfe eram algumas das modalidades preferidas da personalidade nacional que nos deixou na última terça-feira, dia 21 de outubro.
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