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0A solução para um Sporting campeão esteve sempre debaixo do nosso nariz e não a conseguimos cheirar: jogar à porta fechada.
Nos últimos 50 anos… cinco títulos de campeão nacional para o Sporting. Já com a impossibilidade matemática de chegar esta época ao primeiro lugar, são 18 anos sem conquistar qualquer campeonato, o mais longo período de ‘seca’ na nossa história, superando os 17 anos em branco, entre as conquistas de 1981/82 e 1999/2000. Analisando este acontecimento inédito à luz do que dizem hoje numa base quase diária, vários comentadores televisivos, a conclusão é óbvia: Filipe Soares Franco, José Eduardo Bettencourt, Godinho Lopes e Bruno de Carvalho tiveram sempre a solução para o êxito debaixo do nariz mas nem a conseguiram cheirar – fazer a equipa jogar à porta fechada, por forma a que não sentisse a pressão dos adeptos, era afinal o ovo de Colombo.
Com tantos alertas dados a Frederico Varandas por parte destes mesmos comentadores, talvez o líder da SAD possa inovar e decidir que na próxima temporada as portas do estádio continuarão fechadas a Sócios e adeptos. Ao contrário dos seus antecessores, Varandas está avisado por um vasto conjunto de especialistas em ‘factores decisivos para a obtenção de vitórias no futebol’. Se o Presidente da Sporting SAD decidir ignorar tão importantes indicadores, então será ele o maior responsável caso a equipa falhe o título 20/21. Uma vez que este Conselho Diretivo vai tentar fazer aprovar em AG o i-voting, para dispensar os Sócios de se deslocarem às AG’s, é aproveitar o balanço e tentar fazer aprovar o i-fora, dispensando Sócios e adeptos de saírem de casa para verem a equipa jogar.
Bom, deixando agora de lado a ironia: o Sporting não está a ganhar porque os estádios se encontram vazios, logo os ‘meninos’ não têm adeptos a pressionar, mas sim porque está a beneficiar do bom trabalho do treinador; os ‘meninos’ não estão a jogar a um nível alto devido à ausência de pressão do público, mas sim porque têm muita qualidade. E se alguma ausência joga a favor da equipa é a da inexistência de pressão pelos títulos. Jogar sem público faz diferença, claro. Muita diferença, até, para as equipas grandes. Não pela pressão que esse público exerce sobre a equipa do seu coração, mas sim porque os jogadores dessas equipas (ao contrário das mais pequenas) estão habituados a sentir um calor que hoje não existe nos estádios. Os grandes campeões do FC Porto foram ‘forjados’ no Tribunal das Antas, bancada implacável para com a falta de qualidade; tal como o Terceiro Anel ensinou a quem chegava ao Benfica o que significava jogar com aquela camisola. Se há algo que nunca existiu no Sporting foi precisamente uma bancada mítica que colocasse os jogadores em sentido. A Curva Sul funcionou quase sempre como um ‘centro de acolhimento’, idolatrando por vezes autênticos pernas de pau. Porque eram os ‘nossos’ pernas de pau.
Na próxima época, mesmo que os estádios continuem vazios, a pressão estará lá desde o primeiro dia. E, nesse momento, aquilo que pode ajudar os mais jovens a lidar com tal situação é o trabalho do treinador e a experiência dos mais velhos. Mesmo assim, a época 20/21 será território desconhecido, tal como foi este período de dez jornadas. Basta olhar para o calendário e ver como está desenhado entre setembro e dezembro. Em anos anteriores as provas europeias tinham uma jornada em setembro, duas em outubro, duas em novembro e uma em dezembro, sempre com intervalos largos entre si. Este ano vão ter apenas dois blocos de três jogos, cada qual a ser jogado em três semanas consecutivas. Haverá dias, garanto, em que os jogadores vão suspirar por um estádio cheio que os ajude a ir buscar forças onde elas já não existirão.
A Liga 20/21, mais que qualquer outra, irá triturar as equipas envolvidas nas competições europeias que não consigam um plantel de 16/17 titulares. Caso não se abdique estrategicamente de qualquer competição, este primeiro período de mercado vai marcar o destino de muitos competidores.
Presidência do atual líder dos verdes e brancos tem dado bastante que falar devido à gestão dos grupos organizados de adeptos afetos aos leões
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0Frederico Varandas concedeu, no último domingo, dia 20 de outubro, uma entrevista à RTP. Entre vários temas, o Presidente do Sporting foi questionado sobre a relação da atual Direção com as claques afetas ao Clube de Alvalade, tema que tem feito correr muita tinta.
"Sabe, eu… A mim não me preocupa muito a relação que as claques têm comigo. Preocupa-me sim a relação que as claques têm com o Sporting. E quando nós chegámos aqui, não podia haver quem quer que fosse que estivesse acima do Sporting. Do que é o melhor para o Sporting. Seja uma claque, seja um grupo de sócios, seja quem for.", começou por responder, continuando.
"E teve de ser feito o que nós entendíamos o melhor para o Sporting, para defender o Sporting. As consequências disso, se depois ficam a gostar muito ou pouco de mim, isso é para o lado, mais uma vez, que durmo melhor", atirou o líder máximo dos verdes e brancos.
Vale lembrar que o Sporting iniciou uma ação judicial contra o Directivo Ultras XXI (DUXXI) e a Juventude Leonina (Juve Leo), em outubro de 2020. Em junho deste ano, havia dado entrada com o processo, com o objetivo de despejar os dois grupos organizados de adeptos das sedes ocupadas por ambas, anexas ao Estádio José Alvalade, e que os dirigentes do Sporting exigiram, por duas vezes, que as claques desocupassem os referidos espaços antes de avançarem com a ação judicial.
De resto, os dois grupos de adeptos voltaram a ser notificadas a 29 de julho, novamente para serem despejadas das suas sedes, para efeitos de "obras de perfuração e escavação na Rua Professor Moniz Pereira". Posto isto, a Juventude Leonina recusou as ordens de Frederico Varandas, apresentando uma providência cautelar.
Presidente dos verdes e brancos concedeu uma entrevista à RTP, na qual abordou vários temas da sua gestão deste que orienta dos caminhos dos leões
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0Frederico Varandas concedeu, no último domingo, dia 20 de outubro, uma entrevista à RTP. Entre vários temas, o Presidente do Sporting foi questionado sobre o perdão da banca à dívida dos leões, tendo acabado por explicar o que tornou este um bom negócio para todas as parte envolvidas no processo.
"Aqui foi um trabalho, um trabalho duro, longo, onde o mérito tem de ser todo dado ao meu administrador Francisco Zenha e à sua equipa. Mas, atenção, isto só foi feito porque no final de contas foi bom negócio para todos. Eu sei que as pessoas podem perguntar… 'Mas o que é um bom negócio?'…", começou por dizer, em tom de questão, passando depois à sua explicação.
"A verdade é que foi um bom negócio para o Sporting e um bom negócio para a banca. Se não fosse, não o teríamos feito. Isso não há qualquer dúvida. Eu acho que a banca… Acredito muito na competência dos seus administradores e fizeram o melhor que podiam para defender as suas instituições", atirou Varandas.
Vale lembrar que, em outubro de 2019, a Sporting SAD anunciou que foram formalizadas as alterações aos contratos de financiamento entre o Grupo Sporting e os bancos Millennium bcp e Novo Banco e que "procedeu à regularização de todas as obrigações pecuniárias vencidas, encontrando-se assim em cumprimento perante os bancos".
No final de 2018, o BCP e o Novo Banco, os dois maiores credores da SAD verde e branca, já se haviam disponibilizado renegociar as condições do acordo quadro – relativo aos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC), na altura no valor de 135 milhões de euros – com a Direção leonina, sendo posteriormente formalizadas as cláusulas dessa mesma alteração.
Líder máximo do emblema verde e branco deixou duras críticas ao clube da Luz e a um grande aliado do antigo dirigente máximo dos encarnados
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0Frederico Varandas, em entrevista à RTP, disse que o futebol português passou por dois períodos negros, que tiveram Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira como rostos. Ambos esses períodos são passado, garante, mas ambos também tornaram muito complicado para o Sporting conseguir ganhar.
O Presidente do Clube de Alvalade lembrou ainda Paulo Gonçalves, ex-assessor jurídico das águias: "Há uma pessoa que é o denominador comum em todos os processos: Paulo Gonçalves. Fez parte da sociedade do Porto. Foi para o Boavista e curiosamente o Boavista foi campeão. Saiu quando o Boavista desceu de divisão no caso Apito Dourado. Ele passou entre os pingos da chuva e o Vieira foi buscá-lo".
Recentemente a Benfica SAD, Luís Filipe Vieira, Paulo Gonçalves e a SAD do Vitória de Setúbal estão a ser alvos de uma acusação do Ministério Público (MP) pelos crimes de corrupção ativa e fraude fiscal. A acusação do Ministério Público diz respeito ao designado caso dos emails.
Em causa está, segundo a acusação, um alegado esquema, que teve como mentor Luís Filipe Vieira e que teria como objetivo a subversão da verdade desportiva pelo controlo de outros clubes para facilitarem ao Benfica nos jogos de confronto direto. A investigação da Polícia Judiciária, realizada entre 2016 e 2019, debruçou-se sobre a compra e venda de atletas do Vitória de Setúbal.
O objetivo seria injetar dinheiro no clube sadino, que passava por dificuldades financeiras naquele período, e desviar dinheiro das águias. A atuação da equipa do Vitória em jogos contra o Benfica também foi alvo de buscas, tendo concluído a investigação que o clube da Luz foi beneficiado pela má atuação em campo, alegadamente propositada, de alguns atletas adversários.