Rui Borges mostra-se 'indeciso' para escolher titular no Estoril - Sporting

Carlos Saleiro considera que Luis Suárez e Fotis Ioannidis podem jogar em simultâneo no ataque do Sporting. Em entrevista em Exclusivo para o nosso Jornal, o antigo ponta de lança do Clube de Alvalade acredita que eleger qualquer um dos dois atacantes é uma tarefa difícil, tendo em conta a fase embrionária da temporada.

Carlos Saleiro: "Suárez e Ioannidis? A meu ver, poderão jogar em conjunto"

“Não é uma escolha fácil. Neste momento ainda estamos no início da temporada. Se estivéssemos a falar do valor de transferência, são praticamente os mesmos valores que o Sporting investiu. Por isso estamos a falar de dois jogadores para ‘um poleiro’. Mas, a meu ver, poderão jogar em conjunto”, começa por dizer.

Apesar do desejo de Fotis Ioannidis em assumir a titularidade, Carlos Saleiro acredita que Luis Suárez está, neste momento, em vantagem: “Olhando para aquilo que são as características do próprio jogador, o Suárez parte como principal aposta, tanto um como outro poderão ser apostas”.

Carlos Saleiro: "Seja o Suárez ou o Ioannidis, o mais importante é o Clube"

O ex-internacional sub-23 por Portugal refere que ambos dão garantias a Rui Borges: “Temos dois excelentes pontas de lança, dois excelentes jogadores que podem dar muito ao Clube e significar muitos golos. Mas, dentro daquilo que é o estilo de jogo de Rui Borges, acredito que Suárez seja a primeira opção e porque também tem justificado. O Fotis é um ponta de lança ligeiramente diferente e por isso digo que podem jogar os dois no 11 a curto e médio prazo, como recurso”, acrescentou o antigo ‘camisola 9’ dos leões.

Em jeito de conclusão, Carlos Saleiro mostrou que o seu amor ao Sporting está acima de qualquer escolha titular e que o mais importante é o sucesso do seu Clube de coração: “Em primeiro lugar está o Sporting e como ex-jogador e Sócio, seja o Suárez ou o Ioannidis, o mais importante é o Clube”.

Zeca, antigo médio do Panathinaikos e da seleção grega, diz que acompanha regularmente os jogos do Sporting. O futebolista, que partilhou balneário com Georgios Vagiannidis e Fotis Ioannidis no emblema ateniense diz ser um grande amigo da dupla que reforçou os leões e quer ver o Clube de Alvalade sagrar-se tricampeão no final da época.

Zeca sobre Vagiannidis: "Parece já estar mais próximo da forma dele"

Apesar de ter nascido em Lisboa, o ex-futebolista foi internacional pela Grécia e começou por avaliar as exibições do novo ala: "Teve um início discreto, de adaptação, entrando aos poucos e jogando só alguns minutos para se ir habituando e conhecendo os companheiros. Agora, parece já estar mais próximo da forma dele, embora eu saiba que ele ainda tem mais para dar. O que não invalida que eu esteja já muito agradado com a forma de ele jogar", disse ao jornal Record.

Zeca reconheceu que o sistema de Rui Borges beneficia o 'camisola 13': "É um lateral muito ofensivo, muito rápido, que gosta de atacar, pelo que o sistema do Sporting é o ideal para ele. Também é importante que os companheiros de equipa conheçam melhor a sua forma de jogar", alertou.

Zeca sobre Ioannidis: "Fico muito feliz por ele ter feito o golo e acredito que muitos mais virão"

Relativamente a Fotis Ioannidis - que luta para ser titular -, o antigo atleta admite que o grego e Luis Suárez possam jogar em simultâneo: "Tem características para isso. Já no Panathinaikos baixava muito, para vir buscar a bola e combinar com os companheiros. Está preparado para jogar com ou sem o Suárez na frente. Pela qualidade de jogo dele e pela forma como ele interpreta o futebol, vai adaptar-se, se tiver que jogar com outro companheiro na frente. Os golos vêm sempre numa boa altura. É um golo que vai dar-lhe mais confiança, tão importante para um jogador que atua na sua posição. Além de ter sido um grande golo, uma grande movimentação, a arrastar ao segundo poste e a aparecer ao primeiro. Eu fico muito feliz por ele ter feito o golo e acredito que muitos mais virão", confessou.

O ex-jogador é um confesso adepto do Sporting: "É a única equipa portuguesa que eu acompanho sempre... e agora muito mais. São dois companheiros, dois amigos que eu tenho no Sporting. Quero que lhes corra tudo bem, que ganhem, sejam campeões e tenham muito sucesso no futuro", concluiu.

Na vitória (3-0) do Sporting sobre o Moreirense, foi visível a utilização de pirotecnia na bancada Sul do Estádio José Alvalade, num momento que serviu para simbolizar um regresso ao recinto dos bicampeões nacionais. A Juventude Leonina exibiu uma tarja com a mensagem "We are back", numa alusão aos invasores à Academia de Alcochete.

Carlos Barbosa da Cruz comentou o caso e demonstrou a sua revolta pelas atitudes tomadas pelos meliantes envolvidos na invasão a Alcochete: "Das coisas que mais me indignam, é que, até hoje, não houve um pedido de desculpas aos sócios e adeptos do Sporting, por parte dos perpetradores desse funesto acontecimento, com efeitos devastadores na reputação, valores e economia do Clube", começou por escrever no jornal Record.

C. Barbosa da Cruz: "Não há sanção que compense o mal que dolosamente fizeram"

O líder do Grupo Stromp fala num dos episódios mais indignos da História do Clube: "A Justiça já castigou quem tinha de castigar, mas isso não redime integralmente os responsáveis, porque não há sanção que compense o mal que dolosamente fizeram, escrevendo uma das páginas mais negras da centenária e gloriosa história do Sporting".

O gesto dos tais adeptos mereceu duras críticas: "Pois esses energúmenos não acharam melhor ideia do que gabar-se do seu regresso, obviamente prevaricando, com a ignição de tochas. Não sei se é um gesto de desafio ou de afirmação, nem me interessa, porque quem fez o que fez, desengane-se, porque nunca mais volta a fazer", pode ler-se.

Carlos Barbosa da Cruz refere que os mesmos não fazem falta às bancadas de Alvalade: "Podem estar fisicamente de volta, mas a sua mentalidade e perversa forma de viver o Clube está erradicada, morta e enterrada e não há retorno possível ao passado. O tempo da 'claquocracia', filha das lideranças fracas, já passou e o apoio genuíno dos sócios e adeptos não precisa destes intermediários mercenarizados".

C. Barbosa da Cruz: "Sei que há muita gente, a começar por mim, que não os perdoa, nem esquece e estará especialmente atenta"

O advogado não perdoa os adeptos envolvidos na invasão: "Se se sentem à vontade para ir ao Estádio, é com eles; sei que há muita gente, a começar por mim, que não lhes perdoa, nem esquece e estará especialmente atenta. A Justiça apostou na redenção destes arguidos e acho que o princípio é salutar, desde que se limitem a ser como todos os outros adeptos, ou seja, que apoiem a equipa e se manifestem dentro dos princípios da legalidade, respeito e tolerância. Espero que, de futuro, se mostrem merecedores da confiança que a juíza Sílvia Pires, generosamente, lhes concedeu. Para já, começaram mal", terminou.