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O dérbi eterno entre Sporting e Benfica voltou a incendiar os relvados e as emoções no Estádio da Luz a 30 de abril de 1995, com os leões a imporem-se numa vitória por 2-1, em partida da 30.ª jornada do campeonato nacional. A formação orientada por Carlos Queiroz estendeu para 10 a sua sequência de jogos sempre a marcar, com este triunfo, subiu ao segundo lugar da tabela classificativa.
A equipa do Sporting fez-se alinhar com Costinha, Nélson, Marco Aurélio, Noureddine Naybet, Budimir Vujačić, Luís Figo, Carlos Xavier, Krasimir Balakov, Filipe, Emmanuel Amuneke e Ivaylo Iordanov. Já o Benfica, orientado por Artur Jorge, entrou em campo com Michel Preud’homme, Paulo Pereira, Hélder Cristóvão, Abel Xavier, Kenedy, António Veloso, Dimas, Tavares, Paulo Bento, Claudio Caniggia e João Vieira Pinto.
O Sporting entrou determinado e eficaz, marcando dois golos nos primeiros 11 minutos de jogo. O primeiro momento de celebração verde e branca surgiu aos 9 minutos, quando Krasimir Balakov disparou um remate certeiro de fora da área com o pé esquerdo, inaugurando o marcador.
Mal os adeptos terminavam de festejar quando o segundo golo surgiu: Ivaylo Iordanov, também de pé esquerdo e a longa distância, fez o 2-0 aos 11', com um passe de Luís Figo a dar origem à jogada. Com este golo, Iordanov atingiu os 10 tentos na temporada, um marco de regularidade para o avançado búlgaro. O Benfica não baixou os braços e reduziu pouco depois. Aos 22 minutos, Dimas subiu à área adversária e, de cabeça, reduziu para 2-1, mantendo o jogo vivo e aberto.
O encontro ganhou contornos ainda mais dramáticos na segunda metade, não apenas pelo equilíbrio tático, mas pelas sucessivas expulsões que alteraram o desenho em campo. Primeiro foi António Veloso, que aos 73 minutos viu o segundo cartão amarelo e deixou o Benfica reduzido a 10 unidades.
Pouco depois, o equilíbrio numérico voltou temporariamente, com Noureddine Naybet, central leonino, a ser também expulso após acumulação de amarelos, ao minuto 75. No entanto, aos 80 minutos, Claudio Caniggia juntou-se à lista de excluídos, ao ver vermelho direto, deixando o Sporting em desvantagem numérica no que restava da partida.
Apesar dos vermelhos que serviram como agitação, o resultado não se alterou e o Sporting, a quatro jornadas do fim, chegou ao segundo lugar da classificação. No final da época, os leões registavam 55 pontos, menos sete do que o Porto, que conquistou o campeonato nacional. Já o Benfica limitou-se a fechar o pódio, com 47 pontos.
Turma verde e branca derrotou eterno rival, agravando a crise dos encarnados, que começam a ver as competições europeias por um canudo
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No dia 29 de abril de 2001, o Sporting recebeu, no antigo Estádio José Alvalade, o Benfica, em jogo a contar para a 30ª jornada da Liga Portugal 2000/01. A partida terminou com uma vitória caseira para a formação leonina por 3-0, com golos de Beto Acosta (2’), Pedro Barbosa (21’) e Beto Severo (57’).
Neste dérbi, o técnico Manuel Fernandes lançou no 11 titular Peter Schmeichel, César Prates, Phil Babb, Beto Severo, André Cruz, Rui Jorge, Pedro Barbosa, Paulo Bento, Beto Acosta, Ricardo Sá Pinto e João Vieira Pinto. Do lado encarnado, Toni apostou em Carlos Bossio, Ivan Dudic, Miguel, Fernando Meira, Ronaldo, Diogo Luís, Ednilson, Roger, Chano, Pierre van Hooijdonk e Abdel Sabry.
O jogo não podia ter começado de melhor forma para o Sporting. Logo na primeira jogada, Ricardo Sá Pinto recebeu um passe de calcanhar de João Pinto à entrada da área e, após o primeiro drible, rematou à figura de Bossio, mas Beto Acosta aproveitou a defesa incompleta para empurrar a bola para o fundo das redes e fazer o 1-0 para os leões, com dois minutos de jogo.
O primeiro lance do golo foi um espelho do que seria o resto da primeira parte, com o Sporting a dominar por completo a partida, sem dar descanso à defesa encarnada. Com esta avalanche ofensiva, os leões chegaram ao segundo tento, aos 21 minutos: golo do capitão Pedro Barbosa, que saltou mais alto do que todos e de cabeça deu o melhor seguimento a um centro de Rui Jorge (2-0).
Com o início do segundo tempo da partida, o Sporting continuou a exercer o domínio do jogo. Os leões criaram várias oportunidades mas, para o desespero de Manuel Fernandes, nenhuma terminou no fundo das redes encarnadas. Talvez o técnico do Sporting tenha ficado mais calmo, aos 57 minutos, quando a sua equipa finalmente conseguiu marcar o terceiro: o central Beto Severo driblou que nem um avançado e ultrapassou Sabry e com um remate de muito longe, fez abanar as redes da baliza do Benfica (3-0).
Mesmo com o domínio do jogo, o Sporting manteve-se ao ataque, mas não conseguiu o quarto golo da partida e pôde apenas queixar-se de si, de o resultado não ter sido mais desequilibrado. No final do dérbi, o marcador assinalou uma vitória para o Sporting por 3-0, numa partida onde o resultado não mostrou o verdadeiro domínio que os leões tiveram sobre o seu eterno rival.
Com este resultado, a equipa do Benfica atrasou-se mais na luta pelo futebol europeu, ficando no quinto lugar, mas com o jogar das restantes jornadas, acabou mesmo por cair mais uma posição na tabela, ao ser ultrapassado pelo União de Leiria, terminando em sexto. Já nas contas do Sporting, esta vitória permitiu cimentar o seu lugar na terceira posição da tabela, lugar onde se manteve até ao final do campeonato e assegurou a sua presença na Taça UEFA da temporada seguinte.
Recorde o maior triunfo da turma verde e branca frente à formação axadrezada, num jogo marcado por cartões e pelo desnível no resultado
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No dia 2 de abril de 2005, o Sporting deslocou-se ao Estádio do Bessa para defrontar a equipa do Boavista, em jogo a contar para a então SuperLiga 2004/05. A formação comandada por José Peseiro acabou por vencer a partida por 4-0, com os golos dos leões a serem apontados por Liedson (19’e 68’), Beto (28’) e Carlos Martins (82’).
Nessa noite de futebol, os 11 titulares do Sporting foram Ricardo, Anderson Polga, Beto, Rui Jorge, Pedro Barbosa, Hugo Viana, Fábio Rochemback, João Moutinho, Rogério, Sá Pinto e Liedson. Já do lado da equipa da casa, Jaime Pacheco apostou em William, Nélson, Éder Gaúcho, Cadú, Milhazes, Tiago, Toñito, Lucas, Zé Manuel, Hugo Almeida e Diogo Valente.
Apesar do resultado desnivelado, a primeira ocasião foi do Boavista, quando Hugo Almeida remata para defesa do guarda-redes Ricardo, e na recarga, Nélson atirou para fora. Mas no resto do jogo, só deu Sporting: o primeiro do jogo chegou pelos pés de Liedson, que aos 19 minutos, após um belo passe de Pedro Barbosa, o “Levezinho” fez a bola passar entre as pernas de William, abrindo o marcador para os leões.
Nove minutos depois, os verdes e brancos aumentaram a vantagem: canto batido por Hugo Viana encontrou a cabeça de Beto que desviou a bola para dentro da baliza axadrezada (28’). Com o resultado por 2-0 no marcador para a equipa forasteira, o jogo chegou ao intervalo.
Na segunda parte, o Sporting manteve a toada do jogo e rapidamente se pôs ao ataque. Aos 68 minutos, Ricardo Sá Pinto, após um belo drible, é rasteirado dentro da grande área boavisteira por Éder Gaúcho. Chamado a converter, foi Liedson que não desperdiçou a grande penalidade e marcou o seu segundo golo do encontro (3-0).
Antes do jogo terminar, ainda houve tempo para mais um tiro certeiro do Sporting, através de Carlos Martins, o jovem que viria a jogar no Benfica, percorreu o meio campo defensivo do Boavista todo em corrida, e quando entrou dentro da grande área, desviou a bola do guarda-redes William e fez o 4-0 final, aos 82 minutos de jogo. Mas a ação não acabou aí: após o final do jogo, o árbitro mal amado pelos Sportinguistas, Lucílio Baptista, expulsou Sá Pinto, Rui Jorge e William e Éder Gaúcho, do lado da equipa da casa, este último ainda durante o decorrer do jogo.
Com o resultado a terminar por quatro golos sem resposta, os derrotados do Boavista manteve-se no quinto lugar, mas viu os seus adversários diretos fugirem de si. Com mais três pontos que os axadrezados, ficou a equipa do Sporting, que se manteve na segunda posição do campeonato, a seis do primeiro, Benfica e em igualdade pontual com o terceiro e quarto da tabela, Braga e Porto, com 48 pontos no total.
No decorrer do jogo, já haviam que celebrasse o título, mas o golo do Sporting, já ao cair do pano, fez gelar os adeptos da casa
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No dia 24 de abril de 1955, o Sporting deslocou-se ao Campo das Salésias para defrontar o Belenenses numa partida a contar para a 26.ª - e última - jornada do Campeonato Nacional 1954/55. A partida terminou com um empate a dois, com os golos da formação leonina a serem apontados por Albano (11’) e João Martins (86’).
Nessa tarde de futebol, o técnico Alejandro Scopelli escolheu Carlos Gomes, João Galaz, Manuel Passos, Armando Barros, Manuel Caldeira, Juca, Albano, Travassos, León Mokuna, Hugo Sarmento e João Martins, para compor o onze do Sporting. Do lado dos azuis do Restelo, jogaram de início José Pereira, Vicente Lucas, Carlos da Silva, Serafim Neves, Miguel Di Pace, Francisco Pires, Raul Figueiredo, Tito, José Dimas, Ricardo Pérez e Matateu.
Na altura, o Sporting era o tetracampeão nacional, após levantar o troféu de forma sucessiva entre 1950 e 1954. Infelizmente, o pentacampeonato tornou-se numa miragem quando as equipas chegaram à última jornada. O Sporting estava em terceiro lugar com 37 pontos, menos um que o segundo classificado Benfica e dois a menos que o líder Belenenses. Os leões tinham ainda uma palavra a dizer na prova, visto que no dia da decisão iriam defrontar os azuis do Restelo.
No Campo das Salésias, o Belenenses entrou em campo sabendo que apenas dependia de si para se sagrar campeão, enquanto o Benfica dependia de terceiros. Com essa informação em mente, os comandados de Fernando Riera entraram em força no jogo e Ricardo Peréz abriu o marcador para os da cruz de cristo: 1-0 com apenas três minutos da partida. Já sem hipótese de ganhar o campeonato, o Sporting lutou pela sua honra e assim o fez. Albano fez abanar as redes da baliza adversária e calou os muitos adeptos benfiquistas, que na semana anterior, acusaram os leões de falhar golos de forma propositada para prejudicar os encarnados e empatou a partida a um (11’).
Ainda antes do primeiro tempo terminar, o árbitro assinalou penálti para o Belenenses, que foi cobrado pelo goleador de serviço das Salésia, Matateu. Aos 41 minutos da partida, o avançado repôs a vantagem azul no marcador e a liderança do campeonato para o seu clube.
A segunda parte foi um misto de emoções para os adeptos da casa: no início houve nervosismo, mas com o Belenenses a ter maior parte do domínio de bola, o sentimento passou para alegria. A massa associativa do clube da cruz de Cristo já celebrava o campeonato antecipadamente e muitos insultavam os jogadores do Sporting, mas no final tomaram um verdadeiro balde de água fria.
Já enervado com o comportamento das bancadas, o “Sexto Violino” João Martins lançou um autêntico 'míssil' à baliza de José Pereira, a apenas dois minutos dos 90. O pontapé do avançado dos leões não foi o único momento de fúria que teve no jogo, já que ao celebrar o remate certeiro, teve descarga emocional e terminou a partida em lágrimas. 2-2 foi o resultado final e as bancadas do Campo das Salésias não queriam acreditar no sucedido.
A vitória do Sporting sobre o Belenenses entregou o campeonato de bandeja ao seu eterno rival, Benfica, que ao mesmo tempo venceu o Atlético por 3-0, em Carnide. No final do dia, o Benfica sagrou-se campeão nacional, terminando a prova com 39 pontos, os mesmo que o segundo classificado, Belenenses. Já para o Clube de Alvalade, a vitória permitiu que os leões terminassem na terceira posição da tabela, com 37 pontos.