Frederico Varandas pode perder estrela do Sporting e o culpado é... Bruno Fernandes

Rui Borges tem mais uma dor de cabeça no plantel do Sporting. Gonçalo Inácio, um dos jogadores mais importantes do eixo defensivo dos leões, regressou a Alvalade, depois de estar ao serviço da Seleção nacional, com alguns sinais físicos que preocupam os responsáveis verdes e brancos.

O jogador, que foi formado na Academia Cristiano Ronaldo, alinhou um total de 134 minutos ao serviço da seleção nacional, nos jogos a contar para os quartos de final da Liga das Nações - chegou mesmo a demonstrar algumas dificuldades físicas no final da partida da segunda mão, que decorreu no estádio de Alvalade.

Numa altura em que a enfermaria dos leões começa a estar um pouco mais desafogada, devido às recuperações de alguns dos jogadores que se encontravam indisponíveis, a equipa técnica do Sporting continua a gerir algumas situações com muito cuidado - Gonçalo Inácio é um desses casos.

A verdade é que a equipa comandada por Rui Borges ainda tem na memória o período difícil que o Sporting passou no início do ano, em virtude das muitas lesões que se sentiram no plantel verde e branco. Nesse sentido, a prioridade será a proteção do estado físico dos jogadores, sem apressar nenhum regresso ao campo. Gonçalo Inácio pode ser sujeito a esta política, e poupado na partida frente ao Estrela da Amadora.

O Sporting tem, de resto, algumas ausências importantes para esse jogo. Com as opções do meio campo reduzidas, Zeno Debast deverá ocupar esse espaço do campo, o que abre uma vaga no eixo defensivo. Ousmane Diomande deverá ser presença certa no onze, faltando ainda perceber quem acompanhará o costa marfinense, com vantagem para Matheus Reis, faltando, depois, perceber o resto do xadrez montado por Rui Borges.

Cada vez mais próximo do Sporting: Giorgi Kochorashvili deverá mesmo ser reforço em Alvalade no final da temporada, numa altura em que os responsáveis verdes e brancos já vão preparando o plantel de Rui Borges para 25/26, altura em que o médio natural da Geórgia já deverá vestir a Listada verde e branca. Deve chegar a Alvalade para substituir Hidemasa Morita.

A história do médio é marcada pela sua resiliência. Rejeitado por clubes que consideravam a sua estrutura física insuficiente, não desistiu e transformou-se num jogador completo e combativo. Atualmente, festeja os seus golos imitando o Capitão América, super-herói da Marvel, em resposta aos que duvidaram do seu potencial.

A paixão pelo futebol do país vizinho começou ainda em criança, quando assistiu à final do Mundial de 2010, entre Espanha e Países Baixos, com um grupo de amigos e um saco de pipocas, revela o jornal O Jogo. Inspirado por Ronaldinho, Zidane, Xavi e Iniesta, decidiu que um dia jogaria em Espanha, sonho que cumpriu ao chegar ao Girona em 2017.

No Levante, Kochorashvili tornou-se peça-chave e ajudou o clube a lutar pelo regresso à La Liga 2. Ao mesmo tempo, brilhou pela seleção, sendo decisivo no apuramento da Geórgia para o Euro 2024, apontando um dos penáltis que derrotou a Grécia, no desempate por grandes penalidades.

O médio-defensivo caracteriza-se por ser um jogador cheio de convicções, católico e guerreiro. Levou esse espírito para dentro de campo e é reconhecido como um jogador cerebral, tático, agressivo e intenso. Neste momento soma esta 32 partidas jogadas, época nove golos, seis no campeonato da II divisão de Espanha e três pela seleção da Geórgia. Agora está prestes a trocar Espanha por Portugal, onde poderá escrever um novo capítulo da sua carreira no Sporting. Vale mencionar que, além do georgiano, há também outro novo reforço que vai chegar a Alvalade em breve.

Marco Silva é, hoje, um dos treinadores mais cotados da Premier League. Chegou a ser técnico da equipa principal do Sporting, na altura em que Bruno de Carvalho era o Presidente dos leões. Recentemente, concedeu uma extensa entrevista ao jornal A Bola, onde abordou o seu período em Alvalade e a relação com o dirigente máximo.

Começou por fazer uma comparação: "Durou um ano e acabou. Foi diferente do que sucedeu com o presidente do Estoril, que foi uma pessoa muito importante na minha carreira e um grande amigo (...) com umas pessoas ficamos com uma relação mais próxima, com outras, nem tanto", disse, inicialmente, Marco Silva.

De seguida, falou do período no Sporting: "Bruno de Carvalho, em primeiro lugar, foi o presidente que me abriu as portas de um clube grande em Portugal, e isso não há como esquecer. Houve alguns percalços, que não gostaria de aprofundar, e acredito que a comunicação não tenha sido a melhor. (...) Vencemos a Taça de Portugal, de forma memorável, depois de termos ido ao Dragão eliminar o FC Porto", explicou.

Sobre Bruno de Carvalho, começou por partilhar: "A relação com o presidente foi profissional, e ambos queríamos que o Sporting vencesse. Mas algumas questões de comunicação entre nós não correram da melhor forma, e isso foi público, não adianta muito estar a esconder", confidenciando mesmo que um dia tinha deixado Alvalade a pensar que estava despedido, apenas para lhe dizerem, no dia seguinte, que não passava de um mal entendido.

Comparou, ainda, o estado atual do Clube com o que era quando por lá passou: "A realidade era muito diferente. O Sporting, hoje em dia, tem uma capacidade financeira ao nível dos outros clubes, naquela altura os investimentos de Benfica e FC Porto eram muito superiores", rematou Marco Silva.