
Receba, em primeira mão, as principais notícias do Leonino no seu WhatsApp!
Jogos
|
No dia 11 de abril de 1937, o Sporting deslocou-se ao Campo das Amoreiras para defrontar o seu eterno rival, Benfica, em jogo da 11.ª jornada da Liga Portuguesa 1936/37. Nesta edição do dérbi, os encarnados venceram os leões por 5-1, com Pedro Pireza a ser o autor do golo solitário dos verdes e brancos (80’).
Neste jogo, o técnico Joseph Szabo apostou num 11 inicial composto por Azevedo, João Jurado, Mário Galvão, Rui de Araújo, Aníbal Paciência, Manecas, Heitor Nogueira, Adolfo Mourão, João Cruz, Pedro Pireza e Manuel Soeiro. Já na equipa da casa, os selecionados foram Augusto Amaro, Gaspar Pinto, António Vieira, Gustavo Teixeira, Francisco Albino, Raul Baptista, Domingos Lopes, Espírito Santo, Rogério de Sousa, Luís Xavier e Alfredo Valadas.
Os ingredientes estavam reunidos para um grande jogo de futebol, mas a verdade é que a ação apenas começou na segunda parte. Logo no início do último tempo, Espírito Santo abriu o marcador para a equipa da casa e fez o 1-0 na partida, aos 48 minutos e não foi preciso esperar muito, para os encarnados aumentarem a vantagem, ao marcar o 2-0, por intermédio de Rogério de Sousa (55’).
O Sporting teve de correr atrás do marcador e como tal, correr mais riscos, o que abriu mais espaços para o ataque do Benfica. Os encarnados não desperdiçaram a oportunidade e marcaram dois golos em rápida sucessão: o terceiro da contagem chegou aos 72 minutos por Alfredo Valadas e logo no minuto seguinte, Espirito Santo fez o seu segundo da conta pessoal e o 4-0 para o Benfica (73’).
Ainda assim, o Sporting teve oportunidade de fazer o seu golo de honra, que chegou da autoria de um dos seus goleadores de serviço, Pedro Pireza. O avançado leonino fez o 4-1 aos 80 minutos, mas, ainda antes do jogo terminar, o Benfica marcou mais um. Desta vez foi Luís Xavier, que foi o último jogador a abanar as redes do guardião Carvalho e selou o resultado final em 5-1 (81’).
Com este resultado, o Benfica deu mais um passo em frente na temporada, que terminou com os encarnados a sagrarem-se campeões do Campeonato Experimental 1936/37. No final da prova, somaram 12 vitórias e apenas duas derrotas, somando um total de 24 pontos e tiveram o melhor ataque e defesa da competição.
Já o Sporting, atrasou-se em relação ao segundo classificado da prova, o Belenenses, e terminou o Campeonato Experimental na terceira posição, com 20 pontos, ficando atrás dos azuis do Restelo por três pontos e do campeão, Benfica, por quatro. Apesar da prestação menos positiva nesta competição, os leões venceram o Campeonato Regional de Lisboa, não terminando assim a temporada de mãos a abanar.
Leões conseguem chegar à final da prova rainha após empate com os dragões num jogo de desempate das meias-finais da competição
|
No dia 11 de abril de 1996, o Sporting enfrentava o Porto fora de casa, nas meias-finais da Taça de Portugal, um jogo que duas semanas depois viria a ser desempatado em Alvalade, com a vitória dos leões que conseguiam alcançar a final no Jamor.
Octávio Machado, treinador do Sporting, alinhou com Costinha, Nélson, Naybet, Marco Aurélio, Nuno Valente, Oceano, Pedro Martins, Pedro Barbosa, Afonso Martins, Sá Pinto e Ammunike. Bobby Robson, comandante técnico do Porto, levou para campo Lars Eriksson, Jorge Costa, Rui Jorge, Aloísio, Carlos Secretário, Paulinho Santos, Emerson, Rui Barros, Gomingos Paciência, Drulovic e Edmílson.
Um jogo polémico, arbitrado por António Rolo, começava com as reclamações da equipa portista depois de Domingos Paciência, avançado dos dragões, cair dentro da área adversária. O árbitro esteve bem em não assinalar nada e o jogo seguiu. Algo azarado, pouco depois o Sporting vê-se obrigado a fazer a primeira substituição, Nuno Valente sai lesionado para a entrada de Luís Miguel. Aos 22 minutos de jogo, Oceano lança Ammunike em contra-ataque, com o avançado dos leões a encontrar espaço no lado esquerdo da defesa portista, mas a atirar ao lado da baliza da casa.
Nessa altura, o Sporting já dominava e foi aos 30’ que surge o primeiro golo do jogo. Os verde e brancos adiantam-se no marcador depois de Pedro Martins lançar Pedro Barbosa, que simula um primeiro remate, deitando Paulinho Santos e faz um golo cheio de classe na baliza dos dragões, rematando para o lado esquerdo, o contrário ao que se encontrava o guarda-redes adversário.
Logo após o golo, o Sporting continua com azar e Oceano sai do jogo lesionado, que foi imediatamente substituído por Iordanov. A um minuto do intervalo, o Porto consegue um grande lance de perigo depois de Domingo Paciência aparecer dentro da área dos leões, com a defensiva da equipa visitante a aliviar de qualquer forma.
A segunda parte do jogo fica marcada pela falta de oportunidades perigosas, mas também pela falta de controlo do árbitro sobre o jogo, que não marcava nenhuma falta a favor do Sporting. A equipa da casa foi claramente beneficiada. O golo do Porto surge aos 90’ depois de António Rolo ter cometido o grande erro na partida. É assinalada, incorretamente, uma falta de Marco Aurélio sobre Jorge Couto à entrada da área leonina, que acaba com um cruzamento de Durlavic para o golo, nas alturas, de Jorge Costa.
O emocionante jogo nas Antas termina 1-1, o que o levou a uma segunda mão em Alvalade. A partida foi mais intensa do ponto de vista físico, mas menos emocionante em termos de oportunidades, foram precisos 120 minutos de domínio para o Sporting sair vitorioso. O melhor momento é aos 107 minutos, quando Ouattara ultrapassa Aloísio e coloca a bola em Pedro Barbosa, que remata contra a defensiva portista. Ainda assim, a bola sobra para Afonso Martins, que de primeira e sem a deixar de cair, empurra-a para dentro das redes. Alvalade foi ao delírio e o Sporting prepara-se para enfrentar o Benfica no Jamor.
Leões saem com a derrota de um jogo que deu motivo aos azuis e brancos para festejarem o título nacional já em Alvalade, a três jogos do fim
|
No dia 7 de maio de 1995, o Sporting - Porto (jornada 31) foi um dos jogos mais marcantes da história do futebol português. Momentos antes do jogo, cai um varandim em Alvalade, com Adeptos Sportinguistas, o que resulta em duas mortes e mais de 20 feridos. É assim que os jogadores vão para campo, muito perturbados com o ocorrido e um ambiente muito intenso nas bancadas do estádio. O jogo, esse, era decisivo: em caso de vitória da equipa da casa, os leões continuavam na luta pelo título, em caso de derrota, os dragões já podiam levantar o troféu.
A equipa da casa, treinada por Carlos Queiroz, alinhou com Costinha, Nélson, Paulo Torres, Budimir Vujacic, Oceano, Luís Figo, Carlos Xavier, Krasimir Balakov, Emmanuel Amuneke, Ivaylo Iordanov e Andrzej Juskowiak. No lado dos dragões, o treinador era o inglês Bobby Robson, que apostou em Vítor Baía, João Pinto, Carlos Secretário, Jorge Costa, Aloísio, Rui Jorde, Emerson, Paulinho Santos, Rui Barros, Vasili Kulkov e Domingos Paciência.
Bento Marques, árbitro do jogo, dá o apito inicial e a primeira oportunidade surge aos três minutos de jogo no ataque do Sporting. iordanov remata à entrada da área dos azuis e brancos, para defesa de Vítor Baía. No minuto seis, surge Emerson, a funcionar como pulmão da equipa do Porto, carrega a bola no meio-campo dos leões, passa a bola para Rui Jorge que estava à esquerda e consegue devolver ao centro, desta vez para Kulkov fazer um remate potente fora de área, que acaba nas mãos do guarda-redes Sportinguista, Costinha.
Aos 7’, Nélson, da equipa da casa, aparece bem a apoiar o ataque do lado direito e consegue cruzar para dentro de área, o que culmina num remate com pouca força de Luís Figo que é facilmente defendido por Vítor Baía. A resposta da equipa portista surge na sequência de um canto quando Costinha sai da baliza em falso e Carlos Secretário atira por cima. Ainda neste lance, Oceano fica magoado no choque com o seu colega Juskowiak. Ainda Oceano, um minuto depois, falha um passe que possibilita a interceção de Rui Barros e o remate de Domingos Paciência, que passa ao lado da baliza Leonina.
Bobby Robson, treinador dos azuis e brancos, começa a ficar preocupado, o Sporting começa a dominar aos poucos e uma das melhores oportunidades do jogo surge aos 12 minutos, quando Amuneke se antecipa a João Pinto no ar e cabeceia ao lado da baliza portista. Juskowiak, avançado Sportinguista, consegue romper a área adversária várias vezes seguidas, mas poucas delas com perigo para a baliza de Vítor Baía. Aos 45’, mesmo antes de acabar a primeira parte, o Porto vê um golo anulado por Bento Marques depois de Domingos Paciência cabecear a bola em cima de Costinha, dentro da pequena área verde e branca.
É na segunda parte que acontece o lance que define o jogo. Aos 58’ o árbitro aponta para a marca de grande penalidade, depois de Iordanov cometer falta sobre Domingos Paciência dentro de área. O avançado portista, que tinha sofrido a falta, não perdoou ao convertê-la e fez o 0-1 em Alvalade, depois de conseguir enganar Costinha, que cai para o lado direito quando o remate sai para o lado esquerdo. Após o golo, os dragões fecharam bem a sua área defensiva, impedindo que o Sporting criasse mais oportunidades perigosas.
Só mesmo Iordanov conseguiu romper a área azul e branca, num lance em que os leões reclamavam uma grande penalidade e Bento Marques nada assinalou. A partida acabou 0-1, com o Porto a festejar o título em casa do Sporting, a três jornadas do fim do campeonato, depois de uma das maiores tragédias do futebol português.
Após uma goleada caseira, que deixou os Adeptos em delírio, a turma verde e branca conquista novamente o campeonato nacional
|
No dia 6 de maio de 2018, a equipa de futebol feminino do Sporting recebeu, no Estádio José Alvalade, a formação do Valadares Gaia, em partida a contar para a 21.ª jornada do campeonato nacional feminino 2017/18. As leoas acabaram por vencer o encontro por 4-1, o que lhes valeu a conquista da prova. Os golos leoninos foram marcados por Diana Silva (34’), Carole Costa (38’ e 70’) e Ana Capeta (70’).
Nessa tarde de futebol, o professor Nuno Cristóvão apostou num onze formado por Patrícia Morais, Matilde Fidalgo, Carole Costa, Matilde Figueiras, Joana Marchão, Carlyn Baldwin, Tatiana Pinto, Fátima Pinto, Sharon Wojcik, Ana Borges e Diana Silva. Já do lado visitante, as escolhidas foram Marta Dias, Neide Simões, Sarinha, Ivone Calado, Inês Maia, Leandra Pereira, Tita Dias, Cristina Ferreira, Lúcia Alves, Carolina Rocha e Sara Sá.
As jogadoras do Sporting entraram em campo sabendo exatamente aquilo que tinham de fazer: vencer a partida para se sagrar bicampeãs nacionais, o segundo título seguido desde o regresso do futebol feminino dos leões, na temporada 2016/17. Mas, a verdade é que o jogo começou melhor para a equipa visitante.
Aos 17 minutos de jogo, uma falha de comunicação entre a guarda-redes Patrícia Morais e a defesa-central Matilde Figueiras criou uma oportunidade para Lúcia Alves, que com a baliza praticamente deserta, rematou para o fundo da baliza do Sporting, fazendo assim o primeiro golo da partida (0-1).
As leoas não baixaram os braços e, 'empurradas' pelo anfiteatro de Alvalade, foram em busca da igualdade que chegou aos 34 minutos: a recém-entrada Ana Capeta entrega a bola nos pés de Diana Silva, que com um remate em arco marca um grande golo que faz o 1-1 no jogo e deixava tudo em aberto. Apenas três minutos depois (38’), Tatiana Pinto faz um cruzamento para a grande área e encontra a central Carole Costa, que cabeceia da melhor forma e dá a primeira vantagem para a turma verde e branca por 2-1.
Ficou assim a faltar muito pouco tempo para o intervalo, mas isso não impediu que o Sporting marcasse novamente. Aos 40 minutos, Ana Borges começou uma correria desenfreada pelo lado direito do ataque das leoas e com um cruzamento rasteiro, encontrou os pés de Ana Capeta, que desviou a bola da guarda-redes do Valadares Gaia, fazendo assim o 3-1 no marcador.
Na segunda parte, o rumo do jogo mudou e, já com menos nervosismo, o Sporting passou a controlar definitivamente a partida. Depois de sucessivas aproximações, as leoas lá marcaram o seu quarto e último golo do encontro aos 70 minutos. Ana Borges dribla a sua adversária e, junto à linha, tirou um cruzamento que foi finalizado por Carole Costa, que bisou e, novamente, de cabeça. Com este último tento, o marcador fechou com um resultado 4-1 e o Clube pode festejar a conquista do bicampeonato junto dos seus adeptos na bancada.
O Sporting fechou o campeonato na primeira posição da tabela do campeonato nacional feminino 2017/18, somando 59 pontos, num total de 63 possíveis. Ao longo de toda a prova, as leoas venceram 19 dos 21 jogos que compunham a competição, apenas empatando com as equipas do Braga e do Estoril-Praia.