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0Na Assembleia Geral do Sporting Clube de Portugal, realizada no sábado, ocorreram várias agressões, mas de uma forma geral os media optaram por reportar e comentar a reunião magna a partir daquela que é, para mim, a menor: um Sócio que deu um soco noutro numa AG em 2018, que tentou agredir um segundo e ainda teve comentários racistas na mesma ocasião para com um associado com ascendência africana (acabando expulso da sala); que tem actuado como agente provocador publicando várias ameaças e promessas de acerto de contas nas redes sociais, ter estado envolvido uma vez mais numa troca de sopapos não encerra nada de novo nem de extraordinário. Não concordo nem apoio qualquer forma de violência, mas também não aceito que se tente transformar em vítima alguém que criou de forma consciente o cenário para este desfecho excessivo. Teve os cinco minutos de fama que tanto procurou, porque afinal este é o jornalismo dos novos tempos, aquele que tem mais audiências ao reportar e comentar uma troca de sopapos na rua, em vez de procurar a notícia nas outras ‘agressões’ ocorridas.
Compreendo que para os media seja desinteressante, e uma perda de tempo, reportar e analisar agressões bem mais preocupantes como o retirar da liberdade de voto a um determinado grupo de cidadãos num país democrático. E no entanto os responsáveis pela realização das últimas 6 AG’s do Sporting (com Rogério Alves à cabeça) fizeram-no. Sim, a colocação do código de barras nos boletins (entretanto trocados por um código numérico que garante o mesmo resultado) permite conhecer o sentido de voto de cada Sócio, porque quando este apresenta o cartão para fazer a acreditação, o programa gera um código, sempre diferente, que imprime no boletim. No final, já com o voto colocado no boletim, é fácil ligar esse número de código ao Sócio respetivo. Pela minha parte, é-me igual que os Órgãos Sociais do Clube saibam como voto em cada AG. Mas não sei se os funcionários do Clube que são associados (a grande maioria) terão o mesmo entendimento. Duvido, porque ficam totalmente expostos e obviamente limitados a votar no sentido pretendido pelo CD, sob risco de perderem o emprego. Ora, nesta Assembleia Geral Ordinária na qual participaram 3.115 Sócios (a mais concorrida dos últimos seis ano, pelo menos), os que votaram de forma favorável às pretensões do CD não chegaram aos 740. E entre estes, quantos sobram se excluirmos elementos dos Órgãos Sociais e funcionários? Diria que pouco mais de 650.
Também não se deu o devido destaque a outra ‘agressão’: a forma como os Sócios do Sporting deram um enorme ‘murro no estômago’ à forma como o Clube tem sido gerido. Os comentadores afetos a Frederico Varandas atribuíram o resultado à mobilização das claques, creditando-lhes uma quantidade decisiva de votos. Curioso, quando fui votar cruzei-me com o grupo de elementos da Juve Leo que também exerceu o seu direito. Bem contados não ultrapassavam 50. Entre 3.115 Sócios! Quem realmente conhece o Sporting, e a sua orgânica, sabe perfeitamente que a esmagadora maioria dos elementos das claques são avessos a marcar presença nas AG’s. E que nenhum líder de claque é capaz de fazer valer determinado sentido de voto. Mas pronto, explicar tudo o que se passa ou passou a partir do fenómeno ‘claques’ é mais fácil e, afinal, um grande número de consumidores de televisão até aceitam, sem questionar, esta narrativa construída para acéfalos.
O facto de mais de 75 por cento dos votantes terem dito não às opções de Varandas/Zenha/Bernardo deveria ser ‘agressão’ mais que suficiente para o CD retirar daí as devidas ilações políticas. Mas, como é óbvio, estes ‘soldadinhos’ de passo trocado continuarão a pensar que na verdade são os únicos a marchar de forma correta na parada, porque é isso que lhes garantem familiares e amigos. E no entretanto, o Sporting que se aguente. Afinal, o gestor Zenha até explicou o desequilíbrio nas contas pelo elevado investimento feito nas modalidades em 18/19. Por acaso nesse ano o Sporting foi Campeão Europeu em Futsal e em Hóquei em Patins. Se lhe está a escapar algo, explico: o Sporting foi fundado por alguém que tinha como visão colocar as equipas a competir e a ganhar aos melhores dos melhores. Não fundou o Clube para o transformar num ‘player’ do mercado financeiro. Zenha pode fazer de conta que não sabe, mas a verdade é que o Sporting não é a vocação dele. Ter vocação para gerir o Sporting implica ambição por títulos desportivos, não por resultados financeiros.
Claro que há momentos em que o equilíbrio financeiro e a lógica de investimento são atirados borda fora por estas pessoas. Não para obter resultados desportivos, mas para tentar garantir a sobrevivência. Como anunciar nos jornais, em dia de AG, que se contratou um jogador para a equipa de futebol. Aceitar pagar cinco milhões por 50 por cento do passe de Bruno Tabata mostra bem o desnorte que vai nas cabeças daqueles que gerem o Sporting. Andam meses a fio a justificar vendas a preços abaixo do normal como resultado de um mercado influenciado negativamente pela pandemia. Mas na hora de comprar, a pandemia já não consegue fazer oscilar o valor de Pedro Gonçalves (13 milhões) ou Tabata (10 milhões). Conta-me histórias…
Último fim de semana foi recheado de conquistas importantes para o Clube de Alvalade contra o eterno rival
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0O Sporting utilizou as suas redes sociais, no início da manhã desta segunda-feira, dia 26 de agosto, para não deixar passar em branco o fim de semana histórico de vitórias para o Clube de Alvalade. Poderá dizer-se que foram as duas Supertaças que fizeram abanar o país.
“Com um fim de semana destes, até a terra abana. Três dias, duas Supertaças”, escreveram os leões na publicação divulgada nos meios de comunicação oficiais do clube. A arrecadar duas Supertaças, ambas perante o Benfica, as equipas de andebol e de futebol feminino consagraram-se campeãs.
Com a vitória da equipa de andebol - a segunda em dois jogos oficiais esta temporada - os comandados de Ricardo Costa - depois de uma época de sucesso que terminou com a conquista do triplete: Campeonato Nacional, Taça de Portugal e Supertaça - voltam a conquistar mais um título na modalidade.
Já Mariana Cabral, treinadora das leoas não se deixou ficar calada e comentou a vitória frente às águias: "É um triunfo muito saboroso para nós. Na época passada estivemos nas decisões e acabámos por não ganhar nada. O trabalho estava a ser positivo e bem feito, faltava ganhar e o Sporting precisa de troféus", disse, destacando ainda a atitude das suas jogadoras: "Deu para ver a forma como acreditaram até ao fim e viraram o resultado”.
O sismo de magnitude 5.3 na escala de Richter, às 5h11, com o epicentro a registar-se a 58 quilómetro de Sines, foi o protesto ideal para os leões assinalarem as vitórias de forma bem humorada.
Confira a publicação:
Líder do Clube de Alvalade enalteceu a memória de um "homem com grande elevação e sentido de dever"
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0Frederico Varandas, Presidente do Sporting, homenageou José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), que faleceu no último domingo, dia 11 de agosto, aos 74 anos. Durante o velório realizado na sede do Comité, o líder dos leões deixou uma mensagem emocionada: “Um homem de valores, independência e coragem.”
“Nos quase seis anos em que estive à frente do Sporting, tive o privilégio de conhecer José Manuel Constantino. Foi um homem que me impressionou profundamente. Constantino era um homem de valores, com grande elevação e um enorme sentido de dever, algo que ele demonstrou até o último dia”, afirmou o responsável máximo dos verdes e brancos, realçando a dedicação do dirigente do COP ao longo dos anos.
Apesar da batalha contra a doença nos últimos anos, Constantino não deixou que isso o impedisse de trabalhar até o fim. Foi “um homem com pensamento livre e corajoso” e que “nunca deixou de criticar a total ausência de estratégia, de visão e de política desportiva dos sucessivos governos”, demonstrando ainda “grande independência e coragem”, realçou o dirigente do Clube de Alvalade.
Entre os vários atletas que participaram num dos maiores eventos desportivos do Mundo, 17 representaram o Sporting. Os Jogos Olímpicos tiveram início a 26 de julho, em Paris, e decorreram em França até ao passado domingo, dia 11 de agosto, altura pela qual se entregaram as últimas medalhas.
Entre os vários atletas leoninos que participaram num dos maiores eventos desportivos do Mundo é possível destacar Jorge Fonseca (judo), Teresa Bonvalot (surf), Mouhamed Aly e Pedro Martínez (andebol), Jéssica Inchude (lançamento do peso), Tiago Pereira (triplo salto), Emmanuel Eseme (100 metros) e Cátia Azevedo (400 metros).
Sporting é a primeira equipa portuguesa de hóquei em patins a vencer a Liga Europeia pela terceira vez
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0No sábado, o único dérbi que me prendia a atenção e me dava alguma ansiedade era o da noite. O Sporting-Benfica de hóquei em patins a contar para a meia-final da Liga Europeia. De tal forma que ‘passei’ pelo dérbi de futebol com uma tranquilidade que nem foi alterada quando o resultado estava em 3-0 ou 4-1. Sim, a possibilidade de terminar a Liga de futebol sem derrotas era aliciante. Mas Rúben Amorim estava mais interessado, e bem, em perceber num jogo de elevado grau de dificuldade como se comportava a dupla Daniel Bragança/Matheus Nunes. Porque na próxima época, sem o descanso europeu a meio da semana e sem a certeza de poder contar com João Mário, talvez esses jogadores sejam chamados mais vezes ao onze... ou não, depende da leitura que o treinador fez ao desempenho deles, não podendo a mesma ser elaborada à margem do facto de o Benfica ter promovido naquele sector do terreno uma luta de 3 para 2, com a colocação de Pizzi sempre perto de Weigl e Taarabt, o que se alterou de certa forma aos 53’ com a troca do marroquino por Gabriel. Mas deixemos o futebol e vamos lá ao que interessa.
Na década de 1970 era fácil ter enorme paixão pelo hóquei em patins. Não sei, para dizer a verdade, se gostava mais que o meu pai me levasse ao hóquei ou ao futebol. Ver o Chana passar por trás da baliza, fazer a picadinha e conseguir o golo com um pequeno toque ‘aéreo’ ao primeiro poste era o momento especial pelo qual sempre esperava. E raro era o jogo em que o craque me dececionava por não o concretizar. Dizia-me o meu pai que o Livramento é que era o verdadeiro génio da ‘coisa’. Mas eu só tinha olhos para os golos do Chana e para as defesas do Ramalhete. E, claro, lá estive aos 9 anos na meia-final de 76/77 contra o Voltregá, como não faltei à primeira mão da final com o Villanueva do fantástico Carlos Trullols (entre ele e o Ramalhete é melhor não discutir qual era melhor, eram os dois autênticos muros à frente da baliza). O Sporting era indiscutivelmente a melhor equipa da Europa. De tal forma que a Seleção de Portugal foi campeã europeia nessa altura com o cinco leonino.
Quando o Sporting deixou de ter equipa sénior de hóquei em patins, a meio da década de 1990 chamei muitos nomes a muita gente. Para mim, era impensável terminar com a segunda modalidade que mais troféus internacionais dera ao Clube, entre eles o de campeão europeu. Mas ser sportinguista também é isto, ter de assistir a episódios vergonhosos e seguir o caminho com a convicção de que os dias de sol serão mais que os de chuva. E a verdade é que o sol voltou a brilhar pelo trabalho insistente de Gilberto Borges, peça-chave para o regresso da modalidade a partir de 2010 (na 3ª divisão), embora, de forma oficial, o hóquei em patins só voltasse à gestão do Clube em 2014. E logo nesse ano foi contratado Ângelo Girão e seria conquistada a Taça CERS. Foi o primeiro passo.
Em 17/18, ao fim de 30 anos de seca, o hóquei voltou a vencer o título português. Um ano depois, em 2019, nova marca cairia, o Sporting vencia a Liga Europeia 42 anos depois do ‘cinco mágico’ (Ramalhete, Sobrinho, Rendeiro, Livramento e Chana) o ter conseguido pela primeira vez.
Depois disto, restava a afirmação definitiva: ser a primeira equipa portuguesa a revalidar o título e ser a única equipa portuguesa com três triunfos na principal competição, ultrapassando os dois de FC Porto e Benfica.
Foi com isto tudo na cabeça que assisti ao emocionante jogo com o Benfica, acreditando sempre na vitória apesar de andarmos de desvantagem em desvantagem... até à vantagem final nos penáltis.
Bom presságio: em 2019 (lá estive, agora no Pavilhão João Rocha, com mais 42 anos do que o miúdo de 9 em 1977) também passámos pelo Benfica na meia-final antes de enfrentarmos o FC Porto no jogo final. Pela televisão e não ao vivo, não foi a mesma coisa. Mas no final a alegria por ver o Sporting bicampeão (mais Gilberto Borges [diretor da secção], João Alves [secretário técnico], Paulo Freitas [treinador] e os jogadores Girão, Platero, Toni Pérez, Zé Diogo, Romero, Pedro Gil e Ferrant-Font, nomes que se repetem nos dois títulos) valeu por tudo.
As últimas semanas foram em tons de verde e branco. No final desta, o futebol feminino pode ser campeão nacional, se vencer o Benfica na última jornada A equipa de basquetebol começará a discutir o título frente ao FC Porto e a de futsal, se tudo correr sem surpresas, também estará na final do playoff. Esta mesma equipa de hóquei em patins segue em vantagem sobre o Óquei de Barcelos para atingir a final. Vamos acreditar. Em breve teremos mais dias de sol para sorrir.