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0Foi na jornada 9, após o empate em Famalicão, que o Sporting passou a ter o Benfica a apenas dois pontos de distância, logo, em posição de pressionar o 1º lugar. Com esta nova realidade instalada, começou o ‘jogo falado’, aquele em que Jesus repetia querer chegar à liderança o mais rápido possível e Sérgio Conceição atirava a cobiça da mesma posição lá mais para a frente. Pois bem, como um desafio de futebol decide-se a jogar e não a falar, o Sporting respondeu a essa pressão com três vitórias e, de forma natural, acabou por ver restabelecida uma certa verdade na Liga: estar em primeiro com dois resultados de vantagem.
Não é questão de olhar para este campeonato com ‘lentes verdes’, é antes tentar analisar os acontecimentos com dados objetivos: entre os candidatos ao título, o Sporting é de facto aquele que tem apresentado argumentos mais sólidos até ao momento. A eficácia ofensiva é real (só acabou um desafio com apenas um golo marcado), como demonstrado frente ao Sp. Braga, e o acerto defensivo continua a ser real, como provam os apenas 8 golos encaixados nestas 12 jornadas.
Ora, à entrada para um ciclo de enorme desgaste, ter dois resultados de vantagem permite retirar a carga que andou às costas durante três jornadas. Mesmo que não vença um dos próximos jogos, a liderança não cai. E isso também mexe com a cabeça da concorrência que sabe estar a chegar a um ponto em que qualquer erro pode ser fatal. Tudo porque dentro de duas jornadas há um FC Porto-Benfica. Significa que ao Sporting ‘basta’ ganhar ao Nacional (5ª feira) e ao Rio Ave (depois, em Alvalade) para ficar com a certeza de ter algum dos concorrentes atrasado em 7 pontos (três resultados), ou os dois 6 pontos lá atrás.
Não se podia pedir um início de 2021 muito melhor. Agora, é manter o foco naquilo que interessa (o futebol jogado) e ignorar o que não interessa para nada (o futebol falado).
Ah, já me esquecia: esqueçam lá a história do Sp. Braga ser um adversário direto do Sporting na luta pela mesma posição na Liga. Existe um núcleo de comentadores que quer transformar uma lagartixa em jacaré, pelo facto de nos últimos cinco anos ter feito num (19/20) os mesmos pontos do Sporting, mas isso vale o que vale. Nas Taças, em que tudo se resolve num jogo, sim, o Sp. Braga é adversário perigoso. Numa prova a pontos... vai a 8 e a ‘viagem’ ainda agora começou.
Declarações do Presidente do Clube de Alvalade têm como diretos destinatários os mais altos responsáveis de Benfica e Porto
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0No documentário divulgado pelo Sporting sobre a conquista do título de campeão nacional na época 2023/24 - e onde Rúben Amorim também é protagonista - , Frederico Varandas defende que o sucesso dos leões é a prova do fim da bipolarização do futebol português, deixando um claro ‘recado’ a Rui Costa, do Benfica, e André Villas-Boas, do Porto.
“Conquista deste título vai ficar sempre marcada como uma época brilhante do Sporting. Mérito do nosso treinador, mérito dos nossos jogadores, obviamente sempre suportados por uma estrutura fantástica do ponto de vista humano e técnico. A começar pelo diretor desportivo, unidade de performace, direção clínica, comunicação, gabinete de apoio… Uma estrutura fantástica, com um grupo fantástico, com uma equipa técnica fantástica”, começou por afirmar Frederico Varandas.
“Recorde de golos marcados, recorde do número de vitórias, recorde de pontuação. Há 70 anos que não se via uma época com estes registos. Felizmente, o Sporting conseguiu, após 70 anos, fazer algo deste género”, acrescentou o Presidente do Clube de Alvalade.
“[Jogo com o Benfica] Ao minuto 93, vencíamos por 1-0. Nesse momento, estávamos com seis pontos de avanço sobre o nosso rival e terminamos o jogo com uma derrota por 2-1 e saímos do estádio em segundo lugar. A partir daí, em todos os jogos que jogámos até final da temporada, sei que esse jogo esteve presente na cabeça do nosso treinador e dos nossos jogadores. Nunca mais deram nada de borla até ao final da época”, lembrou Frederico Varandas.
“Este título é diferente do de há três anos, sobretudo porque é a confirmação de que o Sporting está de volta. É a confirmação do fim da bipolarização [Benfica e Porto] do futebol português. É a prova de que o Sporting está de volta, está forte, está ambicioso. We are back”, finalizou Frederico Varandas.
Confira as declarações de Frederico Varandas sobre a conquista do título do Sporting em 2023/24:
Emblema verde e branco apresentou um resultado líquido positivo pelo terceiro ano de forma consecutiva, cenário inédito em Alvalade
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0A SAD do Sporting fechou a temporada 2023/2024 com um resultado líquido de 12,1 milhões de euros. Além disso foram reforçados os capitais próprios positivos (fixados nos 21 milhões), sendo este um resultado histórico para o Clube de Alvalade, pois foi a primeira vez em que os leões apresentaram contas positivas em três exercícios consecutivos.
"Pela primeira vez em mais de 20 anos, a auditora responsável pela certificação legal das contas e relatório de auditoria removeu do seu parecer a incerteza material relacionada com a continuidade da Sporting SAD", salienta o presidente Frederico Varandas na mensagem que abre o documento.
Olhando para alguns dos pontos relativos ao relatório e contas, nota para alguns que fizeram sorrir a Direção verde e branca. O volume de negócios da sociedade foi de 246,7 milhões de euros, o maior de sempre, mesmo sem participação na Liga dos Campeões.
O rendimento com transação de jogadores foi de 143,5 milhões de euros, sendo que os leões gastaram 65,9 milhões de euros no reforço do plantel, verba que subiu para 72,6 na presente temporada. Em termos de vendas, o Sporting fez 129,9 milhões em 2023/24 e no presente mercado de verão, já contabilizado em 2024/25, 41,9 milhões de euros.
A SAD aumentou o ativo em 56,5 milhões de euros, para um valor de 374,4 milhões de euros, registando capitais próprios positivos de 21 milhões de euros. O passivo aumentou 44,4 milhões. Em termos de merchandising, os leões tiveram um volume de negócios recorde de 15,2 milhões de euros, o valor mais alto de sempre. O valor de bilheteira ascendeu a 20,1 milhões.
Sporting é a primeira equipa portuguesa de hóquei em patins a vencer a Liga Europeia pela terceira vez
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0No sábado, o único dérbi que me prendia a atenção e me dava alguma ansiedade era o da noite. O Sporting-Benfica de hóquei em patins a contar para a meia-final da Liga Europeia. De tal forma que ‘passei’ pelo dérbi de futebol com uma tranquilidade que nem foi alterada quando o resultado estava em 3-0 ou 4-1. Sim, a possibilidade de terminar a Liga de futebol sem derrotas era aliciante. Mas Rúben Amorim estava mais interessado, e bem, em perceber num jogo de elevado grau de dificuldade como se comportava a dupla Daniel Bragança/Matheus Nunes. Porque na próxima época, sem o descanso europeu a meio da semana e sem a certeza de poder contar com João Mário, talvez esses jogadores sejam chamados mais vezes ao onze... ou não, depende da leitura que o treinador fez ao desempenho deles, não podendo a mesma ser elaborada à margem do facto de o Benfica ter promovido naquele sector do terreno uma luta de 3 para 2, com a colocação de Pizzi sempre perto de Weigl e Taarabt, o que se alterou de certa forma aos 53’ com a troca do marroquino por Gabriel. Mas deixemos o futebol e vamos lá ao que interessa.
Na década de 1970 era fácil ter enorme paixão pelo hóquei em patins. Não sei, para dizer a verdade, se gostava mais que o meu pai me levasse ao hóquei ou ao futebol. Ver o Chana passar por trás da baliza, fazer a picadinha e conseguir o golo com um pequeno toque ‘aéreo’ ao primeiro poste era o momento especial pelo qual sempre esperava. E raro era o jogo em que o craque me dececionava por não o concretizar. Dizia-me o meu pai que o Livramento é que era o verdadeiro génio da ‘coisa’. Mas eu só tinha olhos para os golos do Chana e para as defesas do Ramalhete. E, claro, lá estive aos 9 anos na meia-final de 76/77 contra o Voltregá, como não faltei à primeira mão da final com o Villanueva do fantástico Carlos Trullols (entre ele e o Ramalhete é melhor não discutir qual era melhor, eram os dois autênticos muros à frente da baliza). O Sporting era indiscutivelmente a melhor equipa da Europa. De tal forma que a Seleção de Portugal foi campeã europeia nessa altura com o cinco leonino.
Quando o Sporting deixou de ter equipa sénior de hóquei em patins, a meio da década de 1990 chamei muitos nomes a muita gente. Para mim, era impensável terminar com a segunda modalidade que mais troféus internacionais dera ao Clube, entre eles o de campeão europeu. Mas ser sportinguista também é isto, ter de assistir a episódios vergonhosos e seguir o caminho com a convicção de que os dias de sol serão mais que os de chuva. E a verdade é que o sol voltou a brilhar pelo trabalho insistente de Gilberto Borges, peça-chave para o regresso da modalidade a partir de 2010 (na 3ª divisão), embora, de forma oficial, o hóquei em patins só voltasse à gestão do Clube em 2014. E logo nesse ano foi contratado Ângelo Girão e seria conquistada a Taça CERS. Foi o primeiro passo.
Em 17/18, ao fim de 30 anos de seca, o hóquei voltou a vencer o título português. Um ano depois, em 2019, nova marca cairia, o Sporting vencia a Liga Europeia 42 anos depois do ‘cinco mágico’ (Ramalhete, Sobrinho, Rendeiro, Livramento e Chana) o ter conseguido pela primeira vez.
Depois disto, restava a afirmação definitiva: ser a primeira equipa portuguesa a revalidar o título e ser a única equipa portuguesa com três triunfos na principal competição, ultrapassando os dois de FC Porto e Benfica.
Foi com isto tudo na cabeça que assisti ao emocionante jogo com o Benfica, acreditando sempre na vitória apesar de andarmos de desvantagem em desvantagem... até à vantagem final nos penáltis.
Bom presságio: em 2019 (lá estive, agora no Pavilhão João Rocha, com mais 42 anos do que o miúdo de 9 em 1977) também passámos pelo Benfica na meia-final antes de enfrentarmos o FC Porto no jogo final. Pela televisão e não ao vivo, não foi a mesma coisa. Mas no final a alegria por ver o Sporting bicampeão (mais Gilberto Borges [diretor da secção], João Alves [secretário técnico], Paulo Freitas [treinador] e os jogadores Girão, Platero, Toni Pérez, Zé Diogo, Romero, Pedro Gil e Ferrant-Font, nomes que se repetem nos dois títulos) valeu por tudo.
As últimas semanas foram em tons de verde e branco. No final desta, o futebol feminino pode ser campeão nacional, se vencer o Benfica na última jornada A equipa de basquetebol começará a discutir o título frente ao FC Porto e a de futsal, se tudo correr sem surpresas, também estará na final do playoff. Esta mesma equipa de hóquei em patins segue em vantagem sobre o Óquei de Barcelos para atingir a final. Vamos acreditar. Em breve teremos mais dias de sol para sorrir.