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No dia 22 de março de 1396, o Sporting deslocou-se ao reduto do Porto, em jogo a contar para a oitava jornada do Campeonato Nacional. Contudo, os leões tiveram um dia para esquecer, acabando goleados por 10-1, naquela que é, até aos dias de hoje, a maior derrota dos verdes e brancos diante dos dragões.
Os golos do Porto foram da autoria de Pinga (10’, 25’ e 90’), Carlos Nunes (13’, 60’, 70’ e 85’), Valdemar Morta (30’), António Santos (43’) e Carlos Pereira (44’). O único tento do Sporting no encontro surgiu aos 15 minutos, por intermédio de Wilhelm Possak.
Artur Dyson (GR), Vianinha, João Jurado, Mário Galvão, Rui Araújo, João Correia, Pedro Pireza, Adolfo Mourão, Wilhelm Possak, Francisco Lopes e Rui Carneiro foram as escolhas inicias do técnico dos leões, que era também jogador, Wilhelm Possak, contratado pelo Presidente Oliveira Duarte.
Quanto ao Porto, Ferenc Magyar, técnico húngaro, fez alinhar para o clássico da oitava jornada do Campeonato Nacional: Soares dos Reis (GR), Avelino Martins, Carlos Alves, Poças, Carlos Pereira, João Nova, Santos, Pinga, Carlos Nunes, Lopes Carneiro e Valdemar Mota.
O Porto entrou melhor na contenda e, aos 13 minutos, já vencia por 2-0, com tentos de Pinga e Carlos Nunes. A resposta verde e branca não se fez esperar e, aos 15 minutos, Wilhelm Possak reduziu para os leões. Contudo, aos 30 minutos, numa saída destemida, Artur Dyson, guardião do Sporting, acabou por ficar inconsciente e ter de abandonar as quatro linhas.
Nesta época, as substituições ainda não eram permitidas, obrigando um jogador de campo, Rui Carneiro, a ocupar o lugar na baliza, o que, na prática, deixou o Sporting com nove jogadores, estando juntos os principais ingredientes para um verdadeiro desastre, que acabou mesmo por acontecer.
No Boletim do Sporting, que mais tarde viria a denominar-se Jornal, o jornalista Carlos Correia descreveu a prestação dos leões como heroica, dadas as circunstâncias: “O desastre era inevitável, e foi-o mesmo, não obstante o espírito de sacrifício dos nossos dez representantes. A luta tornou-se inglória e altamente desigual, e dificilmente o moral dos jogadores leoninos podia resistir como resistiu: com uma nobreza e galhardia que podem constituir a nossa única satisfação na infelicidade que nos perseguiu”.
No final da edição 1935/36 do Campeonato Nacional, o Sporting terminou no terceiro lugar, com 18 pontos em 14 encontros (oito vitórias, dois empates e quatro derrotas). Os leões foram ultrapassados pelo Porto na última jornada, que, aproveitando o desaire dos verdes e brancos no reduto do Vitória de Setúbal, venceram o Carcavelinhos para somar 20 pontos e ficar no segundo lugar. O Benfica foi campeão nacional, com 21 pontos.
No capítulo individual, Pinga, do Porto, foi o melhor marcador da competição, com 21 finalizações certeiras. Todavia, o pódio contaria com dois jogadores do Sporting. Francisco Lopes e Manuel Soeiro - recorde o percurso do avançado leonino - , com 10 golos cada um, foram o segundo e terceiro artilheiros mais produtivos da prova.
Leões venceram o emblema minhoto a 23 de março de 1980, numa altura em que estavam pressionados a vencerem para conseguirem ser campeões
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A 23 de março de 1980, o Sporting recebeu o Sporting de Braga para um confronto válido para a 22.ª jornada do campeonato nacional. Este encontro, realizado no Estádio José Alvalade, em Lisboa, ajudou o Clube verde e branco a erguer o titulo no final da época e ficou marcado, ainda, por um golo histórico de Rui Jordão.
Os leões, orientados pelo treinador Fernando Mendes, alinharam de início com António Vaz, José Eduardo, Francisco Barão, Eurico Gomes, Vitorino Bastos, Paulo Menezes, Marinho, Lito, Manuel Fernandes, Rui Jordão e Manoel Costa.
O conjunto minhoto, por outro lado, jogou sob a orientação de Hilário Conceição e entrou em campo com João Silva, Artur Correia, João Cardoso, Fernando Martins, António Duarte, Paulo Rocha, Francisco Pinto, Quinito, Chico Faria, Jacques e Nelinho.
Rui Jordão, um dos maiores craques do Sporting nesta altura, inaugurou o marcador ao minuto 21, com a vantagem a ser ampliada pelo próprio já perto do intervalo, aos 43', tendo este sido o 3.000º golo da história do Clube. A equipa de Braga ainda reduziu, por intermédio de Chico Faria, aos 77 minutos, mas o golo já não foi suficiente para 'desviar' os três pontos de Alvalade.
Com este jogo a acontecer a apenas nove jornadas do fim, o Sporting sabia da importância de não cometer deslizes e o Braga, mesmo tendo acabado a época em oitavo lugar, apresentava sempre grandes dificuldades. Apesar desta vitória importante em casa, os leões ainda viriam a perder pontos por duas ocasiões: num empate diante do Portimonense, na ronda seguinte, e num outro frente ao Porto, a 11 de maio.
No final da temporada, o Sporting conseguiu mesmo tornar-se campeão nacional, com 52 pontos, mais dois do que o Porto. O Benfica ficou-se pelo terceiro lugar e não superou a marca dos 45 pontos. Em relação às restantes competições, o Clube verde e branco não foi além dos oitavos de final da Taça de Portugal, do 3.º lugar na Taça de Honra e da 2ª Eliminatória da Taça UEFA.
Numa final muito polémica, leões de Paulo Bento até saíram na frente do marcador, mas acabaram derrotados nas grandes penalidades
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No dia 21 de março de 2009, o Sporting disputou a final da Taça da Liga com o Benfica. Num dos jogos mais polémicos dos últimos anos do futebol português, que se realizou no Estádio do Algarve, os leões foram derrotados nas grandes penalidades, por 3-2, com as águias a conquistarem o trofeu.
Tiago (GR), Pedro Silva, Daniel Carriço, Anderson Polga, Marco Caneira, Fábio Rochemback, Bruno Pereirinha (90’), João Moutinho, Simon Vukcevic (76’), Derlei e Liedson (90’) foram as escolhas iniciais de Paulo Bento. Abel Ferreira (76’), Leandro Romagnoli (90’) e Hélder Postiga (90’) entraram no decorrer do dérbi eterno.
No que ao Benfica diz respeito, Quique Flores alinhou com Quim (GR), Maxi Pereira, Miguel Vítor, David Luiz, José Antonio Reyes (88’), Kostas Katsouranis, Ruben Amorim (79), Pablo Aimar, Nuno Gomes (64’) e David Suazo. Ángel Di María (64’), Carlos Martins (79’) e Óscar Cardozo (88’) foram opção no segundo tempo.
Num encontro muito dividido, a primeira parte não teve qualquer golo, com as equipas a recolherem aos balneários empatadas. No arranque da segunda parte, aos 49 minutos, Bruno Pereirinha inaugurou o marcador. Após Liedson ter mandado a bola ao poste, o ala dos leões aproveitou o ressalto e só teve de disparar para o fundo das redes.
Aos 73 minutos, o lance de toda a polémica. Com Pedro Silva e Di María no lance, o brasileiro dos verdes e brancos atrasou, com o peito, para Tiago. Todavia, Lucílio Baptista entendeu que o atleta do Sporting jogou a bola com a mão, assinalando grande penalidade favorável às aguias.
Naturalmente, revoltado com a situação, tal como os adeptos verdes e brancos, Pedro Silva - que recordou recentemente esta situação - protestou junto da equipa de arbitragem, e Lucílio Baptista mostrou mesmo o segundo amarelo, e consequente vermelho, ao lateral-direito dos leões. Na conversão do castigo máximo, José Antonio Reyes fez o empate (1-1).
O encontro haveria de terminar empatado nos 90 minutos regulamentares e ser decidido nas grandes penalidades. Nesse momento, do lado do Sporting, Leandro Romagnoli e João Moutinho marcaram, enquanto Fábio Rochemback, Derlei e Hélder Postiga falharam. No Benfica, Pablo Aimar e Kostas Katsouranis não conseguiram converter e Óscar Cardozo, David Luiz e Carlos Martins tiveram sucesso, oferecendo a primeira Taça da Liga da história do clube da Luz.
O momento da cerimónia de entrega do troféu ficou para a história. É que Pedro Silva fez questão de demonstrar a sua revolta, atirando a medalha de finalista vencido para o relvado, não esquecendo a grande penalidade mal assinalada a favor do Benfica, bem como a consequente expulsão.
A verdade é que, fruto deste desaire, o Sporting só haveria de conquistar a sua primeira Taça da Liga em 2017/18. Numa final diante do Vitória de Setúbal, curiosamente também decidida apenas nas grandes penalidades depois de um empate a uma bola nos 90 minutos, os leões de Jorge Jesus acabaram por triunfar (5-4).
Confira o resumo da final da Taça da Liga entre Sporting e Benfica:
Conjunto verde e branco recebeu o emblema italiano no Estádio José Alvalade em março de 1991, depois de um empate a um golo na primeira mão
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No dia 20 de março de 1991, o Sporting vencia, no Estádio José Alvalade, para a 2.ª mão dos quartos de final da Taça UEFA, o Bolonha, por 2-0 (golos de Cadete e Fernando Gomes), isto depois de um empate a um golo no primeiro duelo com os italianos e numa altura em que os leões eram os únicos representantes portugueses nas competições europeias.
Sob o comando do treinador brasileiro Marinho Peres, o Sporting alinhou com Ivkovic na baliza, os defesas Carlos Xavier, Luizinho, Venâncio e Leal, os médios Oceano, Litos, Douglas e os avançados Filipe, Fernando Gomes e Cadete.
Já o Bolonha, orientado pelo italiano Luigi Radice, apresentou-se em campo com Gianluigi Valleriani, Roberto Tricella, Paolo Negro, Romano Galvani, Pietro Mariani, Rufo Verga, Martino Traversa, Rosario Biondo, Marco Schenardi, Pierluigi Di Gi e Herbert Waas.
A equipa leonina entrou ofensiva e, logo nos minutos iniciais, Filipe marcou um grande golo. No entanto, o árbitro francês Joël Quiniou anulou o lance por fora de jogo de Cadete e o resultado continuou por inaugurar. Motivado e em busca de seguir em frente na eliminatória, o Sporting continuou a pressionar e a criar oportunidades. Pouco depois, Leal, após um canto, atirou forte e obrigou o guardião italiano a fazer uma excelente defesa.
O primeiro golo chegaria ainda cedo, aos 19 minutos. Douglas, o 'maestro' do meio-campo Leonino, conduziu a bola, deixou para Carlos Xavier à direita e este, com um cruzamento milimétrico, encontrou Cadete, que cabeceou para o 1-0. O Sporting não abrandou com a vantagem e, pouco depois, Carlos Xavier atirou ao poste na sequência de um livre.
Nos minutos finais da primeira parte, o Bolonha viveu o seu melhor momento, mas a defesa leonina, com cortes providenciais de Leal e Carlos Xavier, manteve a vantagem. Ainda antes do intervalo, Cadete (por duas vezes) e Leal estiveram muito perto de ampliar o marcador.
Na segunda parte, o Sporting manteve-se ofensiva. A insistência leonina acabou por dar frutos aos 79 minutos, quando Filipe, após uma excelente combinação com Litos, foi derrubado na área, conquistando uma grande penalidade. Chamado à conversão, Gomes não desperdiçou e levou a melhor sobre o guarda-redes Valleriani, estabelecendo o 2-0. Com classe e determinação, o Sporting carimbava assim a passagem às meias-finais da Taça UEFA, com encontro marcado com o Inter.
António Dominguez, treinador-adjunto de Marinho Peres falou aos jornalistas após o apito final e lançou o desafio: "Agora queremos a Roma, para vingar o Benfica". Já o Presidente, Sousa Cintra, afirmou ao jornal italiano Il Giorno: "O meu Clube é jovem e invencível. O Sporting é o melhor Clube de Portugal. Vamos bater o Inter e disputar a final com a AS Roma."
Em abril do mesmo ano, no entanto, o Sporting despediu-se da prova. Depois de empatar sem golos em casa, diante do conjunto italiano, acabou por perder por dois golos sem resposta, caindo assim nas meias-finais. A competição foi ganha precisamente pelos nerazzurri, ao baterem a AS Roma por 2-1.
Veja, abaixo, o resumo completo do encontro: