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Jogadores
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António Jesus Garcia Gonzalez nasceu em Tenerife, a 24 de fevereiro de 1977, e celebra esta segunda-feira o seu 48º aniversário. O médio chegou a Portugal em 1997, para representar o Vitória de Setúbal, onde rapidamente chamou à atenção dos grandes clubes nacionais. Após uma disputa intensa entre Sporting e Porto, os leões garantiram a sua contratação no verão de 1999, integrando-o num plantel que faria história.
Sob o comando de Giuseppe Materazzi e, mais tarde, de Augusto Inácio, Toñito encontrou o seu espaço na equipa, tornando-se uma das armas secretas do treinador. Era frequente a sua entrada em campo por volta da hora de jogo, substituindo Pedro Barbosa, e a sua velocidade e frescura física davam nova dinâmica ao ataque leonino. Na temporada de estreia, participou em 35 jogos e marcou o seu primeiro golo pelo Clube a 9 de fevereiro de 2000, na Taça de Portugal.
A época 1999/00 ficou marcada pelo regresso do Sporting aos títulos nacionais após 18 anos de jejum e Toñito desempenhou um papel importante nessa conquista. Apesar da concorrência no meio-campo, mostrou-se um jogador útil e seguro, ganhando também a Supertaça Cândido de Oliveira na época seguinte. Contudo, a chegada de novos reforços reduziu o seu espaço na equipa, levando ao empréstimo ao Santa Clara em 2001/02, onde brilhou sob as ordens de Manuel Fernandes.
Regressou a Alvalade na temporada 2002/03, desta vez para ser orientado por Laszlo Bölöni, treinador que recentemente admitiu sentir-se um "pai babado" com Cristiano Ronaldo, e com este voltou a ser um jogador importante, conquistando mais uma Supertaça. Um dos momentos mais curiosos da sua carreira aconteceu a 7 de outubro de 2002, quando fez o passe para aquele que seria o primeiro golo oficial de Cristiano Ronaldo, num jogo frente ao Moreirense.
A temporada 2003/04 começou em grande para o espanhol, mas, de forma inesperada, foi perdendo espaço na equipa de Fernando Santos. A sua última grande contribuição aconteceu a 14 de setembro de 2003, quando marcou contra o Nacional, e o seu último jogo de leão ao peito foi a 20 de março de 2004, numa derrota pesada por 4-0 frente ao Rio Ave, que marcou o início do fim da sua passagem por Alvalade.
No total, Toñito disputou 112 jogos oficiais pelo Sporting e marcou 13 golos ao longo das quatro épocas que vestiu a Listada verde e branca. Apesar de nunca ter sido um titular absoluto, foi um jogador essencial no plantel leonino, especialmente pela sua polivalência e velocidade, qualidades que o tornaram uma peça valiosa em momentos decisivos.
Após a sua saída do Sporting, transferiu-se para o Boavista, mas nunca mais voltou a atingir o nível exibido nos tempos de Alvalade. O regresso ao Tenerife parecia um recomeço, mas a sua carreira entrou numa fase descendente. Ainda passou pelo Rijeka (Croácia), voltou a Portugal para jogar no União de Leiria, e depois rumou à Grécia (Ionikos) e ao Chipre (AEL Larnaca), sem grande impacto.
Jovem médio conhecido pela sua refinada qualidade técnica sempre esteve ligado ao conjunto verde e branco desde muito pequeno
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Nascido a 27 de maio de 1999 nas Fazendas de Almeirim, Daniel Santos Bragança é um médio que tem feito toda a sua carreira ao serviço do Sporting. Pelos leões, já leva três Campeonatos Nacionais - incluindo o bicampeonato de 2024/25 - uma Taça de Portugal e duas Taças da Liga, com 137 jogos oficiais na equipa principal.
Daniel Bragança começou no futebol com oito anos de idade a jogar pelo Footkart. Rapidamente foi recrutado pelo Sporting, onde acabou por fazer toda a sua formação desde os infantis até à equipa principal.
Daniel Bragança viveu um primeiro ano difícil na academia e até pensou em desistir, mas a verdade é que, pouco tempo depois, começou a receber mais oportunidades para jogar e a vencer títulos. Os seus maiores triunfos na formação são os campeonatos nacionais de juvenis e juniores, que lhe valeram uma chamada à seleção nacional sub-18 na temporada 2016/17.
Apesar de ter feito uma boa parte da formação como médio-defensivo, Bragança já mostrava todo o seu refino no passe, que o tornaram num ‘8’ de grande qualidade. O seu primeiro ano de sénior foi de excelência ao serviço da equipa de sub-23, o que resultou num empréstimo para o Farense para ganhar mais experiência.
Um ano depois, acabou emprestado ao Estoril e foi nos canarinhos que mostrou toda a sua qualidade e voltou à seleção para servir os sub-21 de Rui Jorge. Em 2020/21, Ruben Amorim integrou Bragança no plantel principal e o médio aproveitou a oportunidade para ganhar o seu lugar na equipa.
Embora não fosse a presença constante do onze titular do Sporting, fez parte das conquistas do Campeonato Nacional e das duas Taças da Liga entre 2020 e 2022. Em 2023, passou por um dos episódios mais negros da sua carreira até então, quando sofreu uma entorse traumática com lesão do ligamento cruzado anterior no joelho direito, que o fez ser operado e parar um ano.
Em 2023/24, voltou a integrar a equipa e conseguiu recuperar o seu futebol, conquistando mais um título de campeão nacional pelo Sporting. Mais recentemente, em 2024/25, o médio levantou o título do bicampeonato e a Taça de Portugal, fazendo a histórica dobradinha e acabando como um dos vice capitães do Clube, ainda que tenha passado grande parte da temporada uma vez mais lesionado com gravidade.
Antigo capitão dos leões marcou o Clube pela sua experiência e sabedoria no meio dos jovens com quem teve de partilhar as quatro linhas
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Luís Carlos Novo Neto, conhecido apenas como Neto, nasceu na Póvoa do Varzim, no dia 26 de maio de 1988. Novamente campeão esta época de 2024/25, mas desta vez enquanto adjunto, chegou ao Sporting ainda como jogador e até se tornou capitão. O defesa-central acabou com 107 jogos em cinco épocas, que foram muito importantes para o Clube. Conquistou dois Campeonatos Nacionais e duas Taças da Liga, consolidando-se como uma das figuras de maior destaque do balneário verde e branco.
Neto fez toda a formação no clube da sua terra, o Varzim, onde também se acabou por estrear no futebol profissional e chamou à atenção do Benfica, que acabou por não avançar para a sua contratação. O defesa ganhou um lugar na equipa e em 2011 teve uma oportunidade de disputar a primeira divisão nacional pelo Nacional da Madeira, conjunto no qual fez uma excelente época.
A grande época de estreia no primeiro escalão despertou o interesse do Porto, mas acabou por ser contratado pelo Siena da Serie A de Itália, que ofereceu cerca de três milhões de euros pelo seu passe. Seis meses depois foi vendido para o Zenit, emblema russo, por seis milhões de euros, o dobro do preço.
No campeonato russo conseguiu a titularidade e assegurou o lugar na equipa de São Petersburgo, onde ajudou nas conquistas de duas ligas, duas Supertaças e uma Taça da Rússia. Foi ainda no Zenit que conseguiu a sua primeira chamada à seleção A de Portugal, na altura treinada por Paulo Bento.
Fez parte da equipa das quinas que esteve no Mundial do Brasil em 2014, embora não tenha disputado qualquer minuto. Ainda foi a tempo de fazer 19 internacionalizações por Portugal e até se tornou uma presença regular no onze inicial. Em 2017/18 foi emprestado aos turcos do Fenerbahçe, mas no final da época regressou ao Zenit, onde ficou mais um ano e preparou-se para tomar um novo rumo na carreira.
Em janeiro de 2019 não aceitou renovar contrato e tornou-se num jogador livre. Foi neste momento que assinou pelo Sporting por três temporadas e viu um sonho ser realizado. Chegou ao conjunto verde e branco, que atravessava um período instável, mas com a chegada de Ruben Amorim tudo mudou. Foi titular no lado direito do trio de defesas centrais utilizado pelo treinador e foi muito útil pela sua experiência. Só perdeu o lugar depois de uma lesão e o seu sucessor foi Gonçalo Inácio - jogador que Varandas quer manter no clube.
Foi mesmo no Sporting, onde fez 107 jogos oficiais, que acabou a carreira e ganhou uma nova vida, desta vez enquanto adjunto. Se como jogador já tinha vencido dois campeonatos nacionais e duas Taças da Liga, como técnico fez parte da conquista da dobradinha em 2024/25, adicionando mais dois títulos ao currículo pelos leões.
Formado nas academias do Tottenham, o avançado despediu-se oficialmente de Alvalade no final da presente temporada, após um regresso ao futebol britânico
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Marcus Edwards nasceu a 3 de dezembro de 1998 e representou a equipa principal do Sporting durante três anos, entre 2021/22 e 2024/25. Com a oficialização da sua saída de Alvalade na manhã desta segunda-feira, dia 26 de maio, o inglês encerra a sua passagem pelo Clube com 120 jogos de leão ao peito e com um total de 24 golos, contribuindo para a conquista de dois Campeonatos Nacionais e de uma Taça de Portugal.
Natural de Londres, Marcus Edwards deu os seus primeiros toques na bola com 13 anos, ao serviço da equipa de iniciados do Tottenham, clube onde fez todo o seu percurso de formação. Foi um dos melhores jovens do seu país, o que lhe valeu a convocatória para o Euro sub-19 de 2017, onde se sagrou campeão europeu pela seleção de Inglaterra.
O Tottenham não ignorou o bom momento de forma do jovem e fez estrear Marcus Edwards numa partida contra o Gillingham a contar para a Taça da Liga Inglesa de 2016/17. Jogar esporadicamente não era opção e, de forma a somar minutos e ganhar experiência, os Spurs emprestaram o jogador ao Norwich City e, mais tarde, ao Excelsior, da Eredivisie.
Depois de duas boas temporadas em empréstimos, o Vitória de Guimarães contratou Marcus Edwards ao Tottenham, em setembro de 2019. O clube da cidade berço assinou com o jovem inglês a custo zero, ficando com 50% do seu passe, num contrato válido por quatro anos.
Depois de duas temporadas como a principal figura dos vimaranenses, o Sporting contratou Marcus Edwards, em janeiro de 2022. Em troca do inglês, os leões pagaram ao Vitória de Guimarães um total de 7,5 milhões de euros, valor ao qual se somou a cedência do passe de Bruno Gaspar e Geny Catamo por empréstimo.
Já em Alvalade para a segunda metade da temporada 2021/22, a entrada de Marcus Edwards no plantel do Sporting foi gradual, tendo mesmo feito brilhantes prestações e até um golo à sua ex-equipa, quando os leões visitaram o Estádio D. Afonso Henriques. Já na época seguinte, em 2022/23, o inglês era para muitos o membro mais perigoso do trio ofensivo da equipa de Ruben Amorim.
Era notável a qualidade técnica de Marcus Edwards, mas havia um problema: o jogador apresentava altos níveis de inconsistência, podendo ser o membro mais perigoso do ataque do Sporting num jogo, como não se dar pela sua presença no próximo. Isto foi bastante notável na segunda metade da temporada 2023/24 e na primeira de 2024/25.
O episódio que acabou com o seu tempo no Sporting registou-se em janeiro de 2025, quando Marcus Edwards chegou atrasado à concentração de preparação para a final da Taça da Liga, que fez Rui Borges colocar o jogador na lista de dispensados. Como tal, o Clube cedeu o inglês à formação do Burnley por empréstimo, com opção de compra obrigatória, por 10 milhões de euros, caso os clarets subissem à Premier League, o que se concretizou em abril.