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0Com 10 pontos de vantagem sobre o 2º classificado, ao fim de 19 jornadas, devem os sportinguistas ‘encomendar as faixas’ ou manter uma relação de desconfiança com tudo o que de bom está a suceder com a equipa de futebol? Bom, ambas as opções estão devidamente escudadas em campeonatos anteriores, mas pela minha parte remeto a resposta para o final da noite de 27 de fevereiro, dia em que o Sporting joga no Dragão. Basta um pouco de paciência e aguardar semana e meia, coisa pouca para quem já (des)espera há quase 19 anos. Se os Leões vencerem os portistas, o processo de encomenda das faixas pode ser iniciado e os festejos podem acompanhar-nos ao longo das restantes 13 jornadas. Em caso de derrota, a angústia pelo título continuará por mais uns tempos, embora o troféu continue a estar mais perto do Museu do Sporting.
Vejamos o exemplo feliz que nos deve servir de guia: o FC Porto orientado por André Villas-Boas (tinha apenas uns meses como treinador da Académica antes de chegar ao Dragão), em 2010/11, foi campeão com 27 vitórias e apenas 3 empates (a Liga era de 30 jornadas, 16 participantes). Ao fim de 17 rondas (o equivalente às 19 de agora) somava somente dois empates (em Alvalade e em Guimarães) e tinha uma vantagem de 8 pontos para o Benfica (16 para o Sporting). Daí em diante fez apenas mais um empate (3-3 no Dragão frente ao P. Ferreira), quando já era virtual campeão, três dias depois de apurar-se para a final da Liga Europa (que venceria 10 dias mais tarde). Deixou o 2º classificado (Benfica) a uns impensáveis 21 pontos!
Há vários pontos de contato entre o Sporting de Rúben Amorim e o FC Porto de Villas-Boas. Desde logo o percurso dos treinadores (Amorim também somou poucos meses na Liga antes de chegar ao Sporting), ou as vantagens pontuais para com o 2º classificado, mas também o número reduzido de golos que as equipas concedem, ou a capacidade para somar vitórias umas atrás das outras, fruto de uma capacidade anormal em controlar todos os momentos de um jogo. A diferença substancial reside no facto de o FC Porto ter feito tal trajeto na Liga ao mesmo tempo que avançava de forma impressionante na Liga Europa (na qual nem conseguimos entrar). Em maio, acredito, o Sporting vai estar mais perto deste exemplo do que daquele apresentado de seguida.
Na época passada, o Benfica de Bruno Lage fechava a 19ª jornada com 18 triunfos e apenas uma derrota (no Dragão, à 3ª ronda). Somava 54 pontos, mais 7 que o FC Porto, mais 11 que o Sp. Braga e mais 12 que o Sporting. Um quadro em linha com o atual dos Leões. A diferença é o facto de Lage ter acumulado mais 3 pontos que Amorim, mas tinha uma margem de erro inferior, igualmente em 3 pontos. O Benfica, tal como o Sporting de hoje, parecia a ‘equipa perfeita’, mas em duas semanas tudo mudou com derrotas sucessivas no Dragão e na Luz (frente ao Sp. Braga). Sem que nada o fizesse prever, o líder via encurtar a vantagem para apenas 1 ponto, em duas jornadas! Bastaram mais três rondas, nas quais empatou na Luz, frente ao Moreirense, e em Setúbal para perder a liderança, mesmo com o FC Porto a ser travado pelo Rio Ave.
Não foi, portanto, a paragem do campeonato devido à pandemia que travou o Benfica, mas sim as cinco jornadas anteriores a este acontecimento, período que o então líder incontestado venceu um único desafio, ao mesmo tempo que perdia dois e empatava outros tantos. Cinco jornadas em que o FC Porto, vencendo 4, anulou os 7 pontos de desvantagem e passou a ter um à maior.
Daí em diante Bruno Lage não mais teve mão para alterar o estado de queda livre em que entrou a equipa e acabou demitido após mais duas derrotas seguidas que deixaram o Benfica com atraso de 6 pontos no final da jornada 29. Como se percebe, em 10 jogos, a vantagem de 7 transformou-se num atraso de 6. Conquistou apenas 10 dos 30 pontos disputados.
Se leram com atenção o que acima escrevi, então deram conta do essencial: tudo mudou após a derrota com o 2º classificado (FC Porto). Ora, é precisamente o 2º classificado (o mesmo FC Porto) que iremos defrontar na jornada 21 (dentro de semana e meia). Por isso defendo ser esse o momento que pode catapultar o Sporting para um campeonato inesquecível. Sair do Dragão, pelo menos, com a vantagem pontual ora existente colocará os Leões com uma mão no troféu. Depois, com tranquilidade, teremos 13 jogos para ir aproximando a segunda mão do ‘caneco’.
Há ainda outro dado que não deve ser esquecido numa análise ao que resta do campeonato: neste momento, o FC Porto já só pode chegar aos 86 pontos e o Benfica aos 83. Mas como ainda vão defrontar-se na Luz, para um fazer o máximo de pontos possível, o outro ficará com a meta final encurtada em 3. Ou seja, para o FC Porto fazer 86 o Benfica só pode chegar aos 80; acabarem ambos nos 83 (vitória do Benfica) ou FC Porto nos 84 e Benfica nos 81 (empate entre ambos). Como o campeão, desde que temos de volta as 34 jornadas, nunca fez menos de 82 pontos, verificamos que os nossos adversários já estão sem margem de erro pela frente, enquanto o Sporting ainda joga para 96 pontos (o máximo histórico dos Leões está nos 86 de 2015/16, com 5 empates e duas derrotas). Significa poder escorregar algumas vezes sem colocar em causa o objetivo final: ser campeão.
Antigo Presidente do emblema verde e branco também foi inquirido e confirmou algumas informações ao Ministério Público
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0O Sporting contactou Álvaro Sobrinho - acusado de crime de branqueamento de capitais agravado - para comprar a participação da Holdimo na SAD presidida por Frederico Varandas. A informação está a ser avançada pelo jornal Record, que terá, segundo o diário desportivo, tido acesso ao despacho do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP). São ainda reveladas as declarações de Godinho Lopes.
O antigo Presidente do Sporting e da SAD, entre 2011 e 2013, afirmou ao Ministério Público que "Álvaro Sobrinho aceitou emprestar dinheiro ao Sporting Clube de Portugal, exigindo apenas que estivesse garantido por passes de jogadores, sendo que se o SCP vendesse os jogadores e não tivesse dinheiro para saldar o valor em dívida podia substituir os passes destes jogadores pelos passes de outros jogadores", pode ler-se.
De resto, o ex-líder dos leões ainda terá confirmado que o dinheiro que entrou em Alvalade "pertencia à sociedade Holdimo e que, nesta altura [à data dos contactos], com ligação à Holdimo apenas conheceu Álvaro Sobrinho", ainda assim, "anos mais tarde, foi-lhe dito que o dinheiro recolhido para emprestar ao Sporting Clube de Portugal tinha origem em várias pessoas de nacionalidade angolana, não tendo sido identificado qualquer nome", detalha o DCIAP. De resto, Godinho reiterou "desconhecer que o dinheiro pertencia ao BESA, e, no seu entender, este dinheiro pertencia à sociedade Holdimo".
Recorde-se que, depois da recompra dos VMOC's, por parte do Sporting de Frederico Varandas ao Novo Banco, a presença da Holdimo no capital social da SAD ficou bastante reduzida, passando de uma percentagem a rondar os 30% para um valor perto dos 13%.
De resto, no passado, a empresa de Álvaro Sobrinho, quando tinha 30% das ações, detinha um administrador executivo -, Nuno Correia da Silva -, tendo, posteriormente, o mesmo passado a não executivo. Ao dia de hoje, a Holdimo não tem qualquer administrador na SAD verde e branca, o que se explica pela perda de força da empresa no capital social - atualmente nos 9%.
Presidente dos verdes e brancos terá contactado a Holdimo para recuperar os 9% do capital social detidos pela empresa angolana
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0O Sporting contactou Álvaro Sobrinho - acusado de crime de branqueamento de capitais agravado - para comprar a participação da Holdimo na SAD presidida por Frederico Varandas. A informação está a ser avançada pelo jornal Record, que terá, segundo o diário desportivo, tido acesso ao despacho do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
"[Francisco Salgado Zenha] Esclareceu também que, ao longo das conversas que manteve com Álvaro Sobrinho manifestou àquele, de forma informal, o possível interesse do Grupo Sporting em adquirir, no futuro, a totalidade da participação social da sociedade Holdimo, se aquela quisesse vender. Contudo, frisou que, não houve nenhuma sequência formal a esta abordagem e, para além desta, não tem conhecimento de mais nenhuma intenção de venda da participação social por parte da sociedade Holdimo", escreve o DCIAP.
"Nesta matéria, esclareceu que, caso a sociedade Holdimo pretenda vender no mercado a sua participação social, face à lei da oferta e da procura, pode obter, por cada ação, um valor superior ou inferior ao valor unitário de €1,00 que atualmente lhe está atribuído", pode ler-se no documento, que conclui o resumo da inquirição a Zenha referindo que o dirigente leonino "disse desconhecer a origem do dinheiro aplicado pela sociedade Holdimo na Sporting SAD e no Sporting Clube de Portugal", pode ler-se no despacho.
Recorde-se que, depois da recompra dos VMOC's, por parte do Sporting de Frederico Varandas ao Novo Banco, a presença da Holdimo no capital social da SAD ficou bastante reduzida, passando de uma percentagem a rondar os 30% para um valor perto dos 13%.
De resto, no passado, a empresa de Álvaro Sobrinho, quando tinha 30% das ações, detinha um administrador executivo -, Nuno Correia da Silva -, tendo, posteriormente, o mesmo passado a não executivo. Ao dia de hoje, a Holdimo não tem qualquer administrador na SAD verde e branca, o que se explica pela perda de força da empresa no capital social - atualmente nos 9%.
Sporting é a primeira equipa portuguesa de hóquei em patins a vencer a Liga Europeia pela terceira vez
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0No sábado, o único dérbi que me prendia a atenção e me dava alguma ansiedade era o da noite. O Sporting-Benfica de hóquei em patins a contar para a meia-final da Liga Europeia. De tal forma que ‘passei’ pelo dérbi de futebol com uma tranquilidade que nem foi alterada quando o resultado estava em 3-0 ou 4-1. Sim, a possibilidade de terminar a Liga de futebol sem derrotas era aliciante. Mas Rúben Amorim estava mais interessado, e bem, em perceber num jogo de elevado grau de dificuldade como se comportava a dupla Daniel Bragança/Matheus Nunes. Porque na próxima época, sem o descanso europeu a meio da semana e sem a certeza de poder contar com João Mário, talvez esses jogadores sejam chamados mais vezes ao onze... ou não, depende da leitura que o treinador fez ao desempenho deles, não podendo a mesma ser elaborada à margem do facto de o Benfica ter promovido naquele sector do terreno uma luta de 3 para 2, com a colocação de Pizzi sempre perto de Weigl e Taarabt, o que se alterou de certa forma aos 53’ com a troca do marroquino por Gabriel. Mas deixemos o futebol e vamos lá ao que interessa.
Na década de 1970 era fácil ter enorme paixão pelo hóquei em patins. Não sei, para dizer a verdade, se gostava mais que o meu pai me levasse ao hóquei ou ao futebol. Ver o Chana passar por trás da baliza, fazer a picadinha e conseguir o golo com um pequeno toque ‘aéreo’ ao primeiro poste era o momento especial pelo qual sempre esperava. E raro era o jogo em que o craque me dececionava por não o concretizar. Dizia-me o meu pai que o Livramento é que era o verdadeiro génio da ‘coisa’. Mas eu só tinha olhos para os golos do Chana e para as defesas do Ramalhete. E, claro, lá estive aos 9 anos na meia-final de 76/77 contra o Voltregá, como não faltei à primeira mão da final com o Villanueva do fantástico Carlos Trullols (entre ele e o Ramalhete é melhor não discutir qual era melhor, eram os dois autênticos muros à frente da baliza). O Sporting era indiscutivelmente a melhor equipa da Europa. De tal forma que a Seleção de Portugal foi campeã europeia nessa altura com o cinco leonino.
Quando o Sporting deixou de ter equipa sénior de hóquei em patins, a meio da década de 1990 chamei muitos nomes a muita gente. Para mim, era impensável terminar com a segunda modalidade que mais troféus internacionais dera ao Clube, entre eles o de campeão europeu. Mas ser sportinguista também é isto, ter de assistir a episódios vergonhosos e seguir o caminho com a convicção de que os dias de sol serão mais que os de chuva. E a verdade é que o sol voltou a brilhar pelo trabalho insistente de Gilberto Borges, peça-chave para o regresso da modalidade a partir de 2010 (na 3ª divisão), embora, de forma oficial, o hóquei em patins só voltasse à gestão do Clube em 2014. E logo nesse ano foi contratado Ângelo Girão e seria conquistada a Taça CERS. Foi o primeiro passo.
Em 17/18, ao fim de 30 anos de seca, o hóquei voltou a vencer o título português. Um ano depois, em 2019, nova marca cairia, o Sporting vencia a Liga Europeia 42 anos depois do ‘cinco mágico’ (Ramalhete, Sobrinho, Rendeiro, Livramento e Chana) o ter conseguido pela primeira vez.
Depois disto, restava a afirmação definitiva: ser a primeira equipa portuguesa a revalidar o título e ser a única equipa portuguesa com três triunfos na principal competição, ultrapassando os dois de FC Porto e Benfica.
Foi com isto tudo na cabeça que assisti ao emocionante jogo com o Benfica, acreditando sempre na vitória apesar de andarmos de desvantagem em desvantagem... até à vantagem final nos penáltis.
Bom presságio: em 2019 (lá estive, agora no Pavilhão João Rocha, com mais 42 anos do que o miúdo de 9 em 1977) também passámos pelo Benfica na meia-final antes de enfrentarmos o FC Porto no jogo final. Pela televisão e não ao vivo, não foi a mesma coisa. Mas no final a alegria por ver o Sporting bicampeão (mais Gilberto Borges [diretor da secção], João Alves [secretário técnico], Paulo Freitas [treinador] e os jogadores Girão, Platero, Toni Pérez, Zé Diogo, Romero, Pedro Gil e Ferrant-Font, nomes que se repetem nos dois títulos) valeu por tudo.
As últimas semanas foram em tons de verde e branco. No final desta, o futebol feminino pode ser campeão nacional, se vencer o Benfica na última jornada A equipa de basquetebol começará a discutir o título frente ao FC Porto e a de futsal, se tudo correr sem surpresas, também estará na final do playoff. Esta mesma equipa de hóquei em patins segue em vantagem sobre o Óquei de Barcelos para atingir a final. Vamos acreditar. Em breve teremos mais dias de sol para sorrir.